Diz que Me Ama escrita por Sleepless


Capítulo 11
11


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. vou tentar demorar menos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11972/chapter/11

Começar a ficar longe do Pedro não era tarefa fácil. Ja haviam se passado semanas.  Meu castigo estava chegando ao fim e eu tinha tentado me aproximar dos meus amigos de novo, mas eles não pareciam querer me perdoar. Lara, aquela garota que sempre me paquerou acabou sendo minha amiga. É com ela que tinha passado a conversar.

    Ver o Pedro alguns dias na  escola era bastante complicado, porque lá ele parecia querer mostrar para as pessoas que ele não tinha nada a esconder. Eu não entendia porque ele não era daquele jeito comigo. Porque ele tinha que ser tão complicado?

    Os professores estavam adorando, eu nunca mais tinha gritado em sala de aula. Estava estudando mais, fazendo as tarefas direito. E ainda tinha prometido ajudar minha mãe com o lance dela de livros e doações. Tudo para esquece-lo. Mas quanto mais eu procurava uma coisa para me ocupar, sempre alguma coisa me lembrava dele. Até no banho, quando eu pegava o sabonete, era cômico pensar nele enquanto eu estava pelado e ensaboado, me sentia até constrangido, era como se o sabonete tivesse olhos.

    Mas de vez em quando eu me pegava olhando para a janela dele. Ela agora vivia fechada. Acho que ele estava cumprindo o que disse. Duas vezes por semana ele saia com a mãe dele, provavelmente para a análise. Eu nunca mais tive coragem de pisar naquele consultório desde daquele dia. Então comecei a escrever, escrever coisas que me vinham a cabeça.

    Era estranho porque eu estava mesmo conseguindo enfrentar aquilo. E ao mesmo tempo minha vida parecia totalmente sem graça. Acho que tudo tinha voltado a ser como era antes, exceto pelos meus amigos e pelo vizinho. Eu tinha feito um trato comigo mesmo, que não iria mais chama-lo pelo nome. Que eu ia fingir que ele não existia.

    Mas um dia no colégio, eu estava pegando meu lanche na cantina quando alguma coisa esbarrou em mim. Tinha sido ele, derrubando meu suco no chão. Ele me olhou com raiva e saiu de perto. O cara da cantina viu tudo e as pessoas que estavam na fila atrás de mim também. Ele me deu um outro copo de suco e não cobrou mais nada por isso, e eu sentei em um canto com a Lara.

    - Você viu isso? - perguntou ela.

    - Esse Pedro é um encrenqueiro mesmo. Acho que é marcação.

    - Marcação? Como assim? - perguntei.

    - Hoje de manhã eu vi ele mexendo no seu armário do vestiário. - comentou ela.

    - Sério? Mas...

    Olhei para ela confuso.

    - Mas o que eu estava fazendo no vestiário masculino? - completou ela.

    - Sim.

    - Eu estava te procurando. - disse ela, corando, envergonhada.

    - Certo. Esse suco está muito bom. - comentei, tentando desviar o assunto e disfarçar meu desconforto.

    Esperei a aula terminar para ir correndo para casa. Na verdade o que eu queria mesmo era ir tirar satisfações com ele, mas eu não podia, se não isso iria faze-lo pensar que eu estava interessado.

    A mãe dele foi busca-lo como sempre fazia. Isso nas vezes que ele ia ao colégio, porque ele sempre faltava uma duas vezes na semana e até mais. Eu sabia porque, na verdade, eu achava que sabia, pelo menos alguma coisa eu sabia. Eu sabia! Falei para mim mesmo, tentando não me culpar por pensar que ainda havia muito para saber dele.

    Em casa, recebi um telefonema da Lara, marcando a hora para o trabalho em grupo, na casa dela. Eu gostava dela, era uma garota bonita, simpática e bem divertida, mas tinha um problema, ela era simpática até demais, ela queria mais de mim, e isso eu não podia dar para ela. Pelo menos eu não estava disposto a tentar, ainda não.

    Minha mãe recebeu ela com todo amor. Também devia ser porque eu estava me comportando muito bem e ajudando meu pai e ela com seus afazeres. Eu tomei um banho rápido e vesti uma roupa confortável, uma camiseta e um calção. Eu desci as escadas e ja vi a Lara no sofá toda tímida se dando muito bem com a minha mãe. Porque será que mães e garotas sempre se dão bem?

    A Lara podia ser um pouco grudenta, mas era a única pessoa que estava do meu lado. Eu fiquei pensando, que amigos eu tinha, só por causa de uma bobagem não queriam me perdoar. Tudo bem que eu tinha dado toda a atenção para o Pedro. Mas, não era justo. Justo ou não, se tinha alguma coisa entre a gente, havia acabado. Eu não conseguia lembrar dele sem sentir um pouco de raiva.

    Chamei a Lara para subir para o meu quarto, tinhamos uma trabalho enorme para fazer, o que significaria que conversáriamos bastante. Ela entrou sem cerimônia, ja que ela ja havia estado no meu quarto e depois cruzou as duas pernas e sentou-se no tapete, que ficava entre minha cama e meu computador. Eu peguei os livros na minha mochila, em cima da cama, e depois sentei do outro lado, de frente para ela, de costas para janela. Eu estava pronto para começar a desenvolver o trabalho, quando ela começou.

    - Quem é aquele? - perguntou ela.

    Eu fiz de conta que não sabia do que ela estava falando.

    - Você o conhece? - perguntou ela, ficando de pé e se encostando na janela.

    - Eu? Quem? - falei, ainda sentado, de costas, suando.

    Ela ficou em silêncio e depois falou.

    - Eu sei quem ele é! É o encrenqueiro da escola, o tal do Pedro! Nossa. Você sabia que ele morava na antiga casa dos Moura?

    Eu não tive outra alternativa a não ser me levantar e ir até a janela, eu não resisti e acabei olhando. Quando vi o que ela estava vendo meu coração pulou. Era o Pedro sentado, sem blusa na ponta da cama e assistindo televisão. Eu não sabia que tinha televisão no quarto dele! Pensei.

    - Ele... Ele tirou a cortina. - eu disse, silenciosamente surpreso, mas com um tom que qualquer pessoa do meu lado podia ouvir.

    - O que você disse? Você sabia que ele morava do lado? E não me contou? - perguntou ela, como se eu fosse algum namoradinho.

    - Não. Eu... Eu fui perceber agora. Por isso eu achava o rosto daquele garoto familiar. - eu disse, tentando não gaguejar com o nervosismo.

    - Sei. - disse ela, ainda desconfiada.

    Ela continuou olhando e eu comecei a me sentir incomodado com aquilo. Ela ficou analisando ele, mas eu continuei me mantendo a calma, tranquilo, absolutamente tranquilo.

    - Vamos voltar a estudar! Amanhã é a entrega do trabalho sabe? A gente precisa dos pontos para tirar nota máxima na prova! E ficar aqui na janela olhando a intimidade dos outros não vai fazer nosso trabalho!

    - Alex? Você está bem? - disse ela, depois do meu ataque.

    - Eu... Eu na verdade estou. Vamos só... Voltar ao que interessa.

    - Está bem. Está bem. - disse ela, saindo da janela e voltando ao lugar no tapete, eu fiz o mesmo, limpando o suor do meu rosto, nervoso.

    Abrimos o livro no capítulo que nos ajudaria a fazer o trabalho e iniciamos. Durante esse tempo nós apenas falamos o necessário, eu senti que ela tinha ficado com raiva de mim por ter gritado antes. Quando terminamos o trabalho ja eram quase cinco horas da tarde, desci com ela para deixa-la na porta, minha mãe ainda tentou oferecer um bolo só para ela ficar mais.

    - Obrigada. Mas minha mãe ja está chegando aqui para me buscar.

    - Foi ótimo. Venha sempre. Meu filho adora você.

    - Mãe? - eu disse, enquanto a observava entrar no carro da mãe, envergonhado.

    - O que foi?

    - Nada. Eu vou para o meu quarto.

    - Está bem. Não esqueça que daqui a pouco vamos ter que ir para aquela reunião da comunidade.

    - Certo. Não vou esquecer. - eu disse, fechando a porta do meu quarto e me jogando na cama.

    Mas que dia eu tinha tido. Talvez a Lara não fale comigo nunca mais. O que era aquele meu ataque? Eu não tinha entendido nada. Ja fazia semanas que eu estava levando aquilo muito bem. Mas ele não me ajudava. Tirar a cortina dele tinah sido golpe baixo. Parecia que ele queria ser notado. O que ele ganhava me torturando daquela forma?

    Fiquei na cama, pensando, até que olhei o relógio e vi que ja estava quase na hora da reunião da minha mãe, e como parte do castigo eu ainda tinha que participar. Coloquei uma calça e uma camisa, e um tênis e desci. Minha mãe ja estava pronta, esperando no carro. Não pude deixar de notar, que não havia nenhum carro em frente a casa do lado. Minha mãe percebeu.

    - Alexandre. Nem pense em se misturar com essa família problemática de novo! - disse ela, batendo a porta do carro e ligando.

    - Eu não pensei nada. Estou indo para essa reunião estúpida.

    - Como é? - perguntou ela zangada.

    - Nada.

    - Se você for chegar lá emburrado, vou aumentar o seu castigo.

    - Quer saber mãe? Faça o que você quiser, eu não vou mais para reunião nenhuma.

    - Alexandre! Volta aqui!

    Mas quando ela disse isso eu ja tinha saído do carro. Ela ficou gritando comigo, mas eu sabia que ela não perderia a reunião para ir atrás de mim. E eu corria mais rápido que ela. Eu corri para o lado oposto ao dela, passando pela casa do Pedro. Mas a minha intenção era ficar sozinho, em um lugar qualquer, onde ninguém fosse me perturbar. Acabei ficando perto da ponte. Que era um lugar cheio de lembranças. Eu sentei perto do lago, que ficava abaixo. Algumas pessoas gostavam de tomar banho ali. Eu sempre imaginava um carro se desviando e caindo na água em cima de mim, por isso nunca entrava.

    Ja tinha escurecido e eu estava cansado de ficar ali. E eu sabia que dentro de casa tinha uma fera pronta para me matar. Minha mãe, que com certeza não iria deixar barato minha fuga do castigo. Eu estava subindo para a rua quando uma coisa me empurrou direto na água. Eu fiquei desesperado com aquilo. Eu estava tão nervoso que comecei a afundar.

    - Socorro! Socorro! Alguem me ajude! - eu gritava, enquanto a iluminação não favorecia.

    Eu não estava conseguindo enxergar direito, mas escutei alguem entrar na água e me agarrar por trás, eu pensei que fosse algum assassino que iria me afogar, mas quando cheguei na beirada, e a iluminação melhorou  eu pude ver quem era. Ele saiu do lago, respirando cansado, por ter me carregado e andou, sem olhar para trás. Estava de camiseta azul, uma bermuda vermelha toda encharcada e descalço. Eu recuperei o fôlego para sair rapidamente e alcança-lo, mas ele ja tinha desaparecido da minha vista.

    Voltei para casa todo ensopado. Assim que fechei a porta, minha mãe e meu pai estavam em pé na sala com uma cara preocupada. Eles correram para me abraçar e minha mãe chorou.

    - Onde você estava? Meu Deus! Graças a Deus que você está bem. - disse minha mãe quase me sufocando com um abraço.

    - E porque você está molhado? - perguntou meu pai.

    - Gente. Calma. Não aconteceu nada comigo. Eu só estava tomando banho no lago.

    Quando eu disse isso. Me arrependi. Eles me largaram e me olharam com uma cara brava.

    - Ja para o seu quarto e você só sai de lá na próxima reencarnação! - gritou meu pai, com raiva, mas, feliz que eu estava bem.

    - Você escutou o seu pai! E tire logo essas roupas molhadas, para não pegar um resfriado.

    - Tudo bem. Como vocês quiserem. - eu disse, subindo.

    Eu na verdade não estava tão chateado. Eu entrei no meu quarto e a luz do quarto dele estava acesa. Ainda sem cortina. Dava para ver o quarto dele. Eu fiquei esperando, até que ele apareceu no meio do quarto, estava com uma roupa seca, acho que tinha vindo do banheiro. Eu desejei mil vezes que ele olhasse para mim, mas ele não olhou, apagou a luz e não acendeu o abajur.

    No outro dia acordei e me arrumei para a escola. Meus pais jamais me impediriam de estudar. Mas eles deixaram claro, da escola para casa, da casa para escola e se eu desobedecesse, iriam me colocar em um internato. Cheguei cedo no colégio. A aula começou e o Pedro não apareceu. A Lara tinha me dado bom dia, mas não tinha deixado muito claro se ainda estava falando comigo.

    Era dia de natação. Então fui para o vestiário me trocar depois da aula. Não o tinha visto em lugar nenhum. O armário dele estava fechado. Eu precisava conversar com ele, agradecer por ele ter salvo a minha vida. Tudo bem que ele tinha me empurrado, mas, ele não deixou lá. Eu fiquei pensando, quando fui interrompido pela Lara.

    - Ei. - disse ela, me cutucando.

    - Lara? O que está fazendo no vestiário dos meninos?

    - Eu entendi tudo Alexandre. Ah e esse treco aqui, era o que seu vizinho estava tentando colocar no seu armário outro dia. Não se preocupe, eu não li. - disse ela, saindo e me entregando um envelope.

    Eu peguei o envelope da mãe dele, e fiquei parado. Sem saber o que fazer. Ela sabia? Mas como? Eu sabia que meninas amadureciam mais cedo, mas desse jeito? Não tinha como ela saber, não tinha! Achei melhor deixar o bilhete no meu armário e ir para piscina, os outros ja tinham entrado.

    Durante a natação não consegui me concentrar direito. Levei várias reclamações do meu professor e acabei tendo que sentar no banquinho. Quem sentava no banquinho só podia sair de lá no final da aula. Depois que a aula terminou, fui no vestiário tirar o calção de banho e me trocar. Alguns colegas meus tomaram banho e eu senti um leve vontade de ficar olhando, mas desviei minha atenção para o bilhete no meu armário.

    Fiquei lá, criando coragem para abrir e ler, enquanto um a um iam saindo. Eu pensei que estava sozinho, mas o Mário, um garoto meio nerd, mas muito bonito chegou perto de mim.

    - Alexandre. Você viu o Pedro? - perguntou ele.

    - O Pedro. Eu? Não. Porque?

    - Por nada. É que ele tinha prometido tentar superar o medo dele de água. - comentou o Mário, saindo.

    Depois daquela notícia, abri o bilhete rapidamente. E senti uma grande vontade de bater no Pedro. Estava escrito: Lunático!

    Eu senti uma raiva imensa, mas acabei rindo com aquilo. Era bem a cara do Pedro. Eu guardei o bilhete na mochila e corri para entrada do colégio. Minha mãe ja estava esperando.

    Quando cheguei em casa, subi para o quarto liguei o chuveiro e tranquei a porta do banheiro. Depois desci pela janela e esperei a mãe dele sair de carro. Ela sempre saia depois do almoço, e depois voltava para pegar ele para consulta. Assim que eu a vi saindo, corri para a porta e toquei a campainha. Ele veio abri, escutei ele praguejar algo como: Ela deve ter esquecido a chave.

    Quando a porta se abriu eu não me contive, eu o abraçei.

    - Mas o que você está fazendo? - disse ele, tentando me empurrar.

    Mas eu segurei firme.

    - Alex. Alex! Me solta!

    - Só se você disser que me ama.

    - O que? Ficou louco? - disse ele, ainda tentando me soltar da cintura dele.

    - Não. Eu só quero ouvir. Diz.

    Ele andou com dificuldade rapidamente para fechar a porta e depois continuou a tentar me repelir.

    - Me solta seu maluco! Me solta!

    Eu apertei com mais mais força, era tão bom sentir o corpo dele, o cheiro bom do seu cabelo, e os braços dele tentando soltar os meus.

    - Eu não vou soltar. Não vou! Você me salvou. Você pulou na água por mim, mesmo tendo medo, você pulou por mim!

    - Chega! - disse ele, conseguindo me tirar.

    Eu olhei para ele, triste, eu não queria ouvir mais nada da boca dele. Ele virou de costas e ajeitou a camiseta dele, que eu tinha amassado um pouco, depois ele respirou fundo e virou para mim com uma cara séria.

    - Escuta... Eu ja disse que...

    Mas ele não conseguia completar as frases.

    - Pedro. Eu não quero mais ficar sem você. Não me interessa se sua mãe vai me matar, ou qualquer coisa. Eu não me importo. Eu quero lutar por você!

    - Você sabe que o que você está dizendo é muito sem sentido...

    - Pedro. Para de fugir. Você me salvou!

    - Eu não sei do que você está falando. - disse ele, abrindo a porta para eu ir embora.

    Eu percebi que ele não conseguia me olhar nos olhos. Ele estava travado, parecia estar lutando contra alguma emoção. Então eu me aproximei dele, peguei na sua mão, que estava gelada. E eu senti ele aperta-la, mas com raiva, por estar fazendo aquilo.

    - Você tem certeza que quer que eu va embora? - perguntei, quase chorando.

    - Não. - disse ele, como se dizer aquilo fosse a coisa mais difícil do mundo para ele.

    - Posso ficar aqui com você? - perguntei.

    - Porque? Eu não sou quem você pensa. Você tem seus amigos...

    - Porque eu te amo. - eu disse.

    Ele olhou para mim por cinco segundos, e depois fechou a porta. Eu o abraçei e ele não resistiu. Depois ele segurou na minha mão e me levou para o quarto dele.

    - Você é doido. Lunático. - comentou ele, num meio sorriso, enquanto estavamos deitados na cama dele.

    - Eu sou doido por você.

    - Você ainda vai se arrepender disso. - comentou ele, tentando me espantar, como sempre fazia.

    - Então vai ser o melhor arrependimento da minha vida.

    Escutamos a mãe dele chegar. E eu fiquei com medo. O Pedro pegou na minha mão e me chamou para descer com ele. Quando estavamos descendo as escadas ele soltou.

    - O que este garoto está fazendo aqui? - perguntou ela, sem gostar nenhum pouco.

    - Ele está aqui porque eu chamei. - disse Pedro.

    - Como é?

    Eu fiquei calado, com os olhos brilhando em ver ele dizer aquilo. Parecia um sonho.

    - É isso mesmo que você ouviu. O Alexandre é o meu amigo. E dessa vez você não vai impedir isso.

    - Pedro! Você sabe o que você tem. Não é justo com o seu amigo...

    - Alexandre, algum problema para você eu ser doente? - perguntou ele olhando para mim sério.

    - Nenhum. - eu disse.

    - Ouviu. Ele não se importa. Vamos subir para fazer alguma coisa. Pode preparar um lanche para gente?

    - Está bem meu filho. Eu vou desmarcar a consulta de hoje.

    Eu segui o Pedro até o quarto, muito contente. Ele tinha falado aquelas coisas toda. Eu queria tanto beija-lo. Mas eu sabia que ainda não era hora, que ele era como uma cebola, tinha que tirar uma camada de cada vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:)
Espero que goste.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diz que Me Ama" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.