Capítulo 13-Descobertas parte 2

PDV Annabeth

                Eu ainda estava na fogueira. Não consegui mover um músculo sequer depois de mim e do Percy termos cantado aquele dueto e ele ter me dado aquele beijo na bochecha. Eu só não havia ido até o chalé dele naquela tarde porque passei o dia com o Caius. Eu devia isso a ele já que eu não gostava de verdade dele e só estava com ele para tentar esquecer o Percy.

                Sentei-me em um dos troncos que nós costumamos usar como bancos na hora da fogueira e peguei o papel com os meus sentimentos pelo Percy escritos que estava no bolso da minha calça jeans.

                E foi com muita surpresa que eu li:

Ensinou-me

Você ensinou-me que todos podem amar,

Ensinou-me que todos podem errar,

Ensinou-me a perdoar,

Ensinou-me a acreditar.

Ensinou-me que se olharmos pro céu,

Vamos ver a Lua,

Ensinou-me que minha boca tem gosto de mel,

E que eu serei só tua.

Ensinou-me que a melhor parte é a comemoração,

E que depois de se salvar os deuses,

Se salva o coração.

Ensinou-me que só você me da uma sensação de liberdade,

Você me dá mais coragem,

Ensinou-me a ser feliz,

Ensinou-me a não chorar pelo que de errado eu fiz.

Ensinou-me que se choramos,

É porque amamos,

Ensinou-me que não é errado chorar,

Porque não é errado amar.

Ensinou-me que a melhor parte é a comemoração,

E que depois de se salvar os deuses,

Se salva o coração.

                Aquele era o papel com a minha parte da música...

                Eu havia dado o papel errado ao Percy.

                Eu gostaria de poder dizer que havia sido tudo planejado, mas eu estaria mentindo, pois foi um acidente.

                Mas de qualquer forma é melhor assim.

                O Percy finalmente vai entender que eu o amo.

                Então já que eu havia entregado o papel errado ao Percy e estava com as duas partes da música decidi ler as letras. Talvez assim eu me lembre mais facilmente do momento mágico entre nós dois. Abri o papel que Percy me entregara que, por acaso, ainda estava em minha mão e li:

Eu amo Annabeth Chase. Eu a amo desde que a conheci, mas eu não sabia disso.

                Quando estou perto dela eu me sinto bem, me sinto seguro e feliz. Ela me passa segurança. Com ela eu sinto que eu posso derrotar Cronos novamente. Por ela eu sou capaz de encarar Atena.

                Ela é minha razão de viver. Não fui eu, nem Luke que salvou o mundo. Foi ela. Pois se ela não tivesse dito para eu dar a afaça ao Luke eu não teria dado. Eu teria tentado matar ele e não teria conseguido. E se eu não tivesse dado a faca ao Luke ele não teria se matado.

                Eu faria tudo que Annabeth me pedisse. Eu a amo mais do que a mim mesmo. Eu preciso dela todo dia. Não consigo ficar muito tempo longe dela. Sinceramente eu não sei como consegui ficar 1 ano longe dela.

                Se eu não ouvir ela me chamando de Cabeça-de-Algas todo dia eu sinto que enlouqueço. Se eu não ouvir sua voz eu morro. Se eu não encaro seus olhos acinzentados eu fico cego. Eu preciso dela. Preciso estar perto dela mesmo que seja só como amigo. Mesmo que seja como primo. Ou até mesmo como irmão.

                Ela me deixa sem ar. Me deixa sem fala. Ela faz meu coração bater mais rápido. E ao mesmo tempo ela me acalma fazendo meu coração bater tão divagar que quase chega a parar.

                Eu não gosto de brigar com a Annabeth porque eu sempre, sempre vou perder. Porque, por mais que eu esteja certo, eu estou errado. Estou errado em estar certo. Errado em ter brigado com ela. Errado em estar certo e ela errada. Errado por ainda não ter me declarado. Errado em amar a filha de Atena tanto assim. Errado em amar alguém tanto assim. Errado em amar a filha da inimiga do meu pai tanto assim. Mas quando estou com ela só existimos nós dois. Eu e ela. Ela e eu. Esqueço do mundo. Esqueço de tudo. Esqueço quem sou de onde eu vim e para onde eu vou.

                Eu amo Annabeth Chase incondicionalmente.

                Ai meus deuses! Di immortales! Pensei.

                Ele me ama mesmo!

                Thalia tinha razão.

                Luke tinha razão.

Nico tinha razão.

Bianca tinha razão.

Thison tinha razão.

Beckendorf tinha razão.

Silena tinha razão.

Grover tinha razão.

Júniper tinha razão.

Chris tinha razão.

Rachel tinha razão.

Clarisse tinha razão.

Todos tinham razão.

Menos eu.

Levantei-me pronta para ir atrás de Percy quando sinto dois braços ao meu redor.

Não era Percy.

Não podia ser Percy.

Eu não me sentia bem nesses braços.

Não me sentia segura.

Pelo contrario. Eu sentia medo.

E então eu senti um cheiro forte em meu nariz e apaguei.