Capítulo 11- O Dueto

PDV Percy

                Acordei bem cedo. Não consegui dormir pensando no dueto que iria fazer junto com Annabeth.Me levantei e coloquei uma bermuda preta e uma camisa do acampamento.

                Sai do meu chalé e fui até a arena para praticar um pouco. Fiquei lá até a concha de caramujo soar informando a hora do café da manha.

                Eu não estava muito suado, mas mesmo assim pretendia tomar banho antes que Annabeth e eu fossemos compor a música. Fui tomar meu café da manhã e quando estava saindo vi Annabeth e Caius conversando. Quando eu passei Caius viu que eu estava olhando e beijou Annabeth.

                Diferente do que eu imaginava, eu não fiquei com raiva. Eu fiquei triste. Muito triste. Continuei andando em direção ao meu chalé. Queria chegar lá logo para poder tocar meu violão e me acalmar. Tocar violão sempre me acalmava. Não percebi que havia começado a correr até chegar ao meu chalé e ver que estava ofegante.

                Abri a porta e entrei. Peguei meu violão e, passando a correia pelo ombro, comecei a tocar. Não parei de tocar até que ouvi a concha avisando que estava na hora do jantar. Annabeth não havia ido ao meu chalé. Eu havia tomado banho e me arrumado para ela e ela não veio.

                Queria parar de tocar pelo menos durante o jantar, mas não consegui. Levei o violão junto. Algo me dizia que eu iria precisar tocar durante todo o almoço. E eu estava certo.

                Quando cheguei ao refeitório vi Annabeth e Caius conversando animadamente. Sentei-me na minha mesa, mas não comi nada. Coloquei comida no prato, mas dei tudo para os deuses. Fiz oferendas para todos os deuses. Todos mesmo.

                Sentei-me na minha mesa novamente e comecei a tocar meu violão. Enquanto tocava ia me lembrando de todos os momentos com Annabeth. Lembrei-me de quando ela me chamava de Cabeça-de-Algas, o que ela já não fazia a muito tempo. Então eu comecei a cantar. Comecei a cantar a música que havia escrito para eu e Annabeth podermos ter uma base para o dueto. Cantei sem me importar com os olhares que estavam todos sobre mim. Pois enquanto eu cantava, eu recordava de todos os momentos felizes e difíceis que Annabeth e eu passamos juntos. Todos fomos para a fogueira e eu não parei de tocar.

                Surpreendi-me ao perceber que eu não era único que cantava.

                Annabeth cantava junto comigo.

(eu)

Com você eu aprendi que filhos de deuses também podem amar,

Aprendi que também podemos viver,

Aprendi que amar é compartilhar,

Eu aprendi muitas coisas com você.

(Annabeth)

Você ensinou-me que todos podem amar,

Ensinou-me que todos podem errar,

Ensinou-me a perdoar,

Ensinou-me a acreditar.

(eu)

Aprendi que mesmo quando não vemos saída visível,

Podemos realizar o impossível,

Aprendi que um beijo pode tudo,

Inclusive salvar o mundo.

(Annabeth)

Ensinou-me que se olharmos pro céu,

Vamos ver a Lua,

Ensinou-me que minha boca tem gosto de mel,

E que eu serei só tua.

(Annabeth)

Ensinou-me

(eu)

E aprendi

(nós dois)

Que a melhor parte é a comemoração,

Depois de salvar os deuses,

Se salva o coração.

(eu)

Aprendi que com você ao meu lado eu consigo ir,

Encarar um titã e mesmo assim sorrir,

Aprendi que se você me ajudar,

Qualquer missão posso realizar.

(Annabeth)

Ensinou-me que só você me da uma sensação de liberdade,

Você me dá mais coragem,

Ensinou-me a ser feliz,

Ensinou-me a não chorar pelo que de errado eu fiz.

(eu)

Aprendi que o amor é mais,

Aprendi que não devemos satisfações aos nossos pais,

Aprendi que pelo amor qualquer coisa podemos fazer,

Desde que estejamos eu e você.

(Annabeth)

Ensinou-me que se choramos,

É porque amamos,

Ensinou-me que não é errado chorar,

Porque não é errado amar.

(Annabeth)

Ensinou-me

(eu)

E aprendi

(nós dois)

Que a melhor parte é a comemoração,

Depois de salvar os deuses,

Se salva o coração.

                Aproximei-me de Annabeth e tirei a letra de música do meu bolso. Entreguei a ela e ela fez o mesmo.

                Dei um beijo em sua bochecha e fui para o meu chalé.