O Retorno escrita por Abraxas


Capítulo 12
Capítulo 12: A expiação & Capitulo 13: Campo raso




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- TIAMAT!?! - exclama Hank ao ouvir a conclusão da investigação dos dois magos.

- Exato. - afirma Argana. A prova é o símbolo que o dopperganger possuia em sua nuca.

- Mas você não tinha dito que ela estava presa? - lembra Diana.

- Quanto tempo você acha que pode-se acorrentar uma Deusa? - questiona Zoroastro.

- Esperem! Tiamat foi detida pelo antigo Vingador, o filho do Mestre dos Magos do grupo do Sr. Eric, pagamos um preço muito alto para aprisioná-la. Pensei que o tempo a destruisse, afinal é um ser vivo, envelhece e morre. - observa Nicolai Garacosi.

Argana dá um gemido de descaso.

- Deuses não morrem, esperam. - diz a Maga. Tiamat sabia que se continuasse lutando, o Vingador iria arrumar uma maneira para destruí-la e não aprisioná-la. Foi o erro dele. Achar que Tiamat fosse um Dragão qualquer. A prova disso foi o fato de estar viva até hoje.

- Agora que sabemos quem é o nosso inimigo, o que vamos fazer? - pergunta Bob.

Argana e Zoroastro se entreolham.

Depois de uns minutos de silêncio a Maga responde:

- Fugir o mais rápido possível daqui.

- Pensei que pudessemos lutar!?! E não fugir como covardes! - indigna-se Bob.

- Coragem é uma coisa, estupidez é outra. - corrige Zoroastro. Nós aqui não temos meios para lutar contra ela agora. Precisamos de reforços.

- Onde está Tiamat? - pergunta Presto. Vocês falaram em fugir. Fugir para onde? Ela pode estar em qualquer lugar neste mundo.

- Sabe a sua pergunta, eu tenho uma idéia. Eric sabe que Tiamat está no Império e nos usou para conquistá-lo. - conclui o romeno. Por isso nos tirou de lá. Para que pudéssimos planejar um meio de detê-la.

- Tiamat conquistou o Império Aspisíneo?! Então Eric corre perigo!!! - conclui Presto. Temos que salvá-lo!!!

Argana apenas diz:

- Perda de tempo. Se for o que estou pensando, o seu amigo já era.

Presto fica indignado.

- Nunca!!! Eric pode ser um mala, egoísta e ganacioso, mas é o nosso amigo. Eu vou salvá-lo! Quem mais está comigo?

Um silêncio ecoa. Por fim...

- Eu vou, Presto! - diz Hank. Você tem toda a razão.

Não preciso dizer que o grupo original dizem o mesmo. Tal decisão provoca o seguinte comentário na Mestre dos Magos:

- Loucos. - súbito a Maga faz um gesto com as mãos.

Segundos mais tarde, surge, nas mãos da mulher, um artefato e entrega ao Presto.

- Quando encontrá-lo, toque neste símbolo e todos vocês serão teleportados instantaneamente para onde estiver-mos. É o mínimo que posso fazer. Sejam rápidos! Pois Tiamat não irá hesitar em matá-los. - recomenda Argana.

- É verdade, Presto. - diz Nicolai. Sei por experiência própria.

Presto respira fundo e diz:

- Obrigado.

Em seguida, o grupo parte em direção do Império para resgatar o seu amigo deixando Argana, Zoroastro e os outros ficarem aguardando, ansiosamente, o desfecho dessa história.

O sangue escorre no rosto ferido de Eric.

Foram horas de espancamento, humilhações e torturas. Só Deus sabe como ele está vivo até agora. A sua cabeça lateja, a dor é tanta e caótica que ele não tem idéia da onde doí mais ou que parte do corpo sofreu tamanho suplício.

O pior é que ninguém perguntou coisa alguma.

Eric pressente algo realmente assustador.

- Então, sr. Eric? Está bem acomodado? - pergunta uma voz feminina.

O cavaleiro está pendurado, no ar, sustentado por duas correntes presas aos pulsos e ainda é esticado por outras duas nos tornozelos. Ele está semi-nú e todo ferido. No corpo todo há hematomas, cortes e escoriações. O sangue pinga em abundância no chão.

Diante dele está a Imperatriz...

Ela espera a resposta, mas nada ouve.

- Pôxa vida... Eu nem comecei. - diz a mulher. Vamos, Eric! Xinga-me! Eu deixo. Afinal, as cordas vocais e o seu maxilar estão inteiros. Sei que pode falar...

- Não v-vou trair os meus a-amigos... - cospe as palavras.

- Ah, Eric querido... Você já o fez quando os trouxe para cá. Sabe, eu estou curiosa. Como soube que era eu? Afinal, você e seus amigos me conheciam quando era uma besta voadora...

- Mitologia. Vocês utilizam nomes de entidades assírio-babilônicos similares aos da Terra. Tiamat é uma das Deusas da destruição e o fato de chamaram o antigo Mestre dos Magos de Marduc, o seu arqui-inimigo. Se na Mitologia, Maduc era um animal e podia transformar em um humano, por que não uma dragoa? Além do mais a bandeira que usa é um dragão de inúmeras cabeças e o seu nome imperial é Mattia, invertendo as sílabas... - súbito Eric percebe que falou demais e sua fala está normal e articulada. Como? Como e por que disse isto?

A Imperatriz sorri:

- Magia. Eu posso extrair qualquer coisa de sua mente sem que perceba. Note uma coisa... Tudo que pensa, eu sei. Logo...

- Por que me torturou?!

- Diversão. Gosto de ouvir você gemendo de dor.

- MONSTRA!!!

- Obrigada. - e sorri.

- Por que não me mata de uma vez?!

- Porque eu preciso dos seus amigos. Sei que eles estão vinda para cá com as suas preciosas e adoráveis armas evoluídas e muito mais poderosas...

Eric começa a suspeitar qual é o plano da mulher.

-...para resgatá-lo. Depois eu vou matá-los. Cruel, não? Para falar a verdade nunca suportei vocês e ainda mais sendo discípulos de Marduc. Vai ser um prazer.

- O que quer com o nosso mundo, sua cobra?!

Súbito, surge na mão direita da mulher um chicote de energia. Em seguida, dezenas de chicotadas são deferidas no corpo todo ferido do cavaleiro. Eric grita, a Imperatriz gargalha. Depois da tortura, a Imperatriz lambe o sangue residual que estava empreginado no chicote.

- Que delícia... Quero mais!!! - e mais chicotadas.

E escondidas nas sombras, está Asherat. Uma lágrima rola ao ver o seu marido sofrendo daquela maneira...

Asherat revira o seu baú em seu quarto. A gorata de cabelos verdes procura uma espécie de objeto. Tal atitude não passa desapercebido por sua mãe que a questiona o porquê de tamanha procura.

- Estou procurando a Raiz dos Narburgos.

A sua mãe gela.

- Filha! O que você vai fazer com aquela coisa?

- Mãe... A Imperatriz é uma monstra, muito mais cruel que o usurpador. Por favor, ajude-me a libertá-lo. Se não vai ajudá-lo, pelos menos guarde o que contei em segredo.

A mulher pisca os olhos.

- Eu acredito em você, filha. Mas se usar a Raiz...

- Mamãe! É única forma que posso escapar com Vida! A Imperatriz é Tiamat!!! Acho que sabe o nível de poder estamos lidando. Se ela souber que a traí...

A mãe abraça a filha com força. Em seguida, afasta-se e diz:

- Tome, filha!

Subitamente, uma espécie de raiz negra e retorcida de 30 cm surge nas mãos de Asherat.

- Mamãe...

- Aconteça que acontecer sempre vou te amar. Não sei se vou vê-la novamente. Será como uma espécie de exílio, mas... - e as lágrimas escorrem.

Ambas choram.

Horas mais tarde, Asherat entra na cela onde Eric agoniza. O estado dele é tão deporável que a consorte quase gageja na prece ritualística de cura. A Raiz exala uma espécie de gás que envolve e recupera a saúde do cavaleiro, mas a Raiz cria pequenos tentáculos que entram no ante-braço da garota. Ela geme, mas resiste.

Completamente recuperado, Eric olha para a bela consorte e diz:

- Menina... Sua doida...

- Eu... - ela respira fundo e diz. Eu te amo, meu marido! Estou perdidamente apaixonada pelo senhor. Descobri que te amo quando vi o bem que fez pelo meu país. Apesar da forma que fez. Não roubou nenhum centavo do tesouro Imperial, não perseguiu, não ergeu estátuas em seu nome. Foste simples em suas ações e gestos, sincero em suas atitudes...

- Asherat... - diz Eric encabulado.

De súbito, a consorte o beija. Um beijo longo e apaixonado. Depois separa delicadamente dos seus lábios.

- Como roubaste o emu primeiro beijo, agora roubo-te o teu coração.

Eric esquece que a consorte é uma adolescente e a acolhe como uma mulher em seus braços.

- Que lindo! Um ato de pedofila bem debaixo do meu palácio. Sr. Eric, merece um castigo bem maior por ter seduzido a minha marionete real.

- Vossa Majestade!!! - grita Asherat. Adeus!!! - e desaparece.

Um pouco surpresa, porém irritada. A Imperatriz comenta para si mesma.

- Acha que pode espacar de mim, sua insolente! SOU TIAMAT!!! - e desaparece.

Em um campo florido, o casal de fugitivos deitam na relva. Ambos estavam cansados. Entretanto, uma gigantesca criatura aparece flutuando sobre o casal.

Era um imenso dragão de inúmeras cabeças.

- Tiamat... - reconhece Eric.

- Monstro maldito!!! - grita Asherat. Pelo pacto das pedras que formaram o nosso mundo. Eu, Asherat, filha do povo da terra, apartir do momento que usei a Raiz dos Narburgos, renuncio a minha condição humana e torno-me um elemental da Terra. Pelo pacto das pedras, gozo de todos os direitos diplomáticos, a mim e todos da minha família. Logo tu, mesmo com todos os seus poderes, não poderá nos atacar, a menos numa eventual declaração de guerra aos Devas, com a punição da perda de todos os seus poderes... - e a garota dá uma pausa para respirar.

- Conheço o pacto das pedras há muito mais tempo que você, criança. - diz uma das cabeças. Só que a imunidade diplomática só vale para parentes consangüíneos e casamentos consumados.

- Como?! - exclama a consorte.

Um raio de energia atinge, em cheio, o peito esquerdo do cavaleiro fazendo um buraco no tórax do homem.

- Isto não é válido para ele... - e gargalha. Adeus, criança! Ou melhor, exilada! - e desaparece.

Asherat tenta, inúmeras vezes, recuperar o seu amado, mas, definitivamente...


( Fim do capítulo 12 )


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Notas finais do capítulo

Capítulo 13: Campo raso.

...Eric está morto.

( Fim do capítulo 13 )



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