Falling Inside The Black escrita por Enchantriz


Capítulo 6
Capítulo 06: My Past and My Present


Notas iniciais do capítulo

O capítulo ficou um pouco grande, mas espero que gostem.



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Enfim, esta tudo como era para ser. A única coisa diferente foi à descoberta de que Marion agora realmente faz parte da minha rotina, e o mais cômico de tudo isso é que depois de ter visto ela, não senti mais aquele vazio dentro de mim.


Abri a porta do meu apartamento e fechei a cara ao me deparar com 4 pares de sapatos. Entrei indo em direção a sala já imaginando o que ou quem seria.


Não era possível...

De tantos dias, porque justamente hoje!?

E lá estavam eles... Mãe e Pai sentados no sofá.


- "Tsc... Era só o que me faltava."


Pelo que vejo meu pai não mudou nada... alto, cabelos negros com alguns fios brancos, óculos de armação preta, terno e gravata. Sim, meu "pai" é um daqueles empresários metido a gostoso.

E minha mãe? Bem, estava ao lado dele como sempre. Mas não a culpo, ao contrario, às vezes até lhe dou os parabéns e a admiro por aturar um cara egocêntrico como aquele. Mas ela é muito bonita; olhos cor de mel, longos cabelos dourados levemente cacheados e seus costumeiros vestidos sociais. Novamente, sim... minha mãe é chefe de um dos melhores hospitais aqui da cidade.

As pessoas os chamam de Sr. Max e Sra. Louise, juntos, eles são os Von Teezy.


- Boa tarde... – disse ao passar por eles indiferente.

- É tão ruim e difícil assim você olhar para a gente? – perguntou meu pai ao se levantar do sofá.

- Na verdade... – me virei para olhá-lo. – Pra minha mãe não, mas para você sim.

- Vai começar moleque?

- Pensei que já estivesse acostumado com as minhas "boas vindas". – falei com um sorriso sarcástico no rosto e me encostando na parede perto a TV. – Enfim... O que queres aqui?


Eles se entreolharam e Louise se levantou dando dois passos à frente.


- Queremos que volte para casa...

- HAHAHAHAHAHAHAHA!!! – eu dei uma grande gargalhada. – Não... Desculpe... – falei em meio ao riso. – Acho que não ouvi direito... Repeti, por favor?

- Elliot, estou falando serio. – me repreendeu ela. – Você não quer voltar para casa e ficar com a gente?

- Junto com ele? – apontei o dedo indicador para o homem a sua frente. – Não mesmo! – dei as costas ao sair andando enquanto ouvia Max bufar.

- Elliot!

- Desista Louise. Deixe-o, ele continua uma criança.

- Não foi eu que encheu a cara porque levou um não! – gritei do meu quarto.

- ELLIOT!!! – gritou minha mãe pela segunda vez me olhando nervosa do corredor. – Quando você vai parar com isso e ter mais respeito com o seu pai?

- Quando você se livrar dele!


Bati a porta e a tranquei ouvindo os gritos e brigas dos dois do outro lado.  Sentei-me na cama com as mãos na cabeça.


Ia começar tudo de novo...


Max não é meu pai biológico, mas está com minha mãe desde que eu nasci.

Não sei nada sobre meu verdadeiro pai, minha mãe nunca me falou mais do que o necessário, ou seja, que ele era um homem que a abandonou e não queria nada com a vida.

Antigamente eu não tinha nada contra meu "pai", isto é, até minha mãe recusar a proposta dele de me colocar num colégio interno aos 13 anos.




- Este garoto é doente! Ele precisa conviver mais com as pessoas. – dizia ele.

- E colocá-lo num colégio interno é a solução?

- Lá pelo menos ele vai ter que ser um pouco mais social.

- Só porque você é o centro das atenções não quer dizer que eu e o resto do mundo temos que ser também. – disse eu friamente enquanto via TV. – Se tem algum problema com o meu jeito, discuta comigo não com a minha mãe, a personalidade é minha não dela... – o olhei de canto.

- Desde quando você fala assim comigo garoto?

- Eu tenho nome sabia?

- Elliot! – chamou minha mãe. – Pare com isso. Eu estou conversando com seu pai, vá para o seu quarto.


Olhei para o homem por mais alguns segundos e obedeci minha mãe.




Naquele dia Louise continuou a recusar sua proposta, chateado sabe-se lá porque, ele foi se consolar com o famoso "melhor amigo" do homem, o álcool. Voltou bêbado para casa e discutiu até altas horas da madrugada com minha mãe.


Qual é!? Ser anti-social é crime e doença agora?


No meio de todo aquele escândalo eu acabei acordando, e pode-se dizer que acordei na melhor hora! Eu o vi levantando a mão para a mulher a sua frente... mas não passou disso... pelo menos, ele não...




- Max...? – o chamei normalmente.


Os dois olharam para mim.

Andei até ele, parei em sua frente, fechei o punho e lhe dei um soco no rosto o fazendo cair sobre a mesa de jantar que havia atrás de si. – Nunca mais, levante a mão para a minha mãe. Se você fizer isso de novo, eu juro que te quebro a cara!


Max se recompôs e limpou o sangue que escorria pelo queixo.


- Maldito... Foi essa a educação que eu lhe dei, Elliot? – disse áspero.

- Não lembro de você ter me dado educação...

- Ora seu... – partiu para cima de mim me puxando pela gola da camisa.

- Parem já com isso vocês dois! – gritava Louise em meio a nossa briga.




Bom, acho que não preciso falar que só paramos de "nos matar" quando os vizinhos chamaram a polícia. Daí por diante vocês já devem imaginar.

Brigas, brigas e mais brigas. Até que um dia eu cansei de ficar discutindo todas as noites com aquele homem e fui embora.

Pode parecer um ato infantil o motivo no qual eu fui embora, mas não me arrependo do que fiz. Era obvio que depois daquele dia, nós dois juntos no mesmo teto não daria certo, um dos dois teria que sair.


E quem saiu fui eu...


- Elliot! – minha mãe gritava batendo com força na porta. – Abra essa porta agora!

- Vai embora e me deixa em paz... – me joguei na cama.

- Até quando você pretende viver desse jeito!?

- Até quando você pretende viver com ele?

- Não fuja do assunto Elliot.

- Da pra parar de falar o meu nome!

- Você esta sendo infantil...


Levantei e fui até a porta. A abri e olhei para a mulher a minha frente.


- Você sabe melhor que ninguém, que enquanto estiver com ele, eu não vou a lugar nenhum com você.

- Custa tanto assim para você deixar o passado para trás?

- Custa... E se foi para isso que veio até aqui, com todo o respeito, está perdendo o seu tempo, minha mãe...

- Olha como fala garoto. – ouvi meu pai ao se aproximar da gente.

- Não se intrometi! – o olhei irritado. – Não falei com você, falei com a Louise. E isso tudo é culpa sua e de suas idéias ignorantes!

- Como é!? – elevou a voz.


Louise deu um longo suspiro, levou as mãos ao rosto e em seguida passou entre os cabelos.


- Já basta vocês dois! – ela me olhou cansada e voltou a falar em tom calmo. – Então você realmente preferi viver sozinho do que ter uma família?

- Desculpe... mas eu só considero você como família.


Colocou a mão em meu rosto.


- Por favor. Olhe para seu futuro,  Elliot...


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