Percy Jackson e a Grande Exploração escrita por bibi_di_angelo


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Genteee!!!
Só pra avisar: EU TO VIVA!!!
Mas quase que eu não consegui volta pra casa, o aeroporto fechou por causa das chuvas e foi um caos, enfim. logo que cheguei, comecei a escrever e me perdi fazendo o cap, eu não sei se tá bom...mas não queria que vocês esperassem muito, então me perdoem se não gostarem...



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POV Samantha

Allyson não estava em Orlando, nós procurávamos em todos os lugares possíveis e não havia pistas, eu entrei em uma loja para pegar água, minha foto com Allyson na mão, eu a fitava triste, sabia que minha melhor amiga estava arrasada, ela nunca fez isso, mas também nunca se aproximava muito dos outros, ela sempre foi muito reservada como o seu pai, Nico.

- Está procurando sua amiga? – A moça perguntou apontando para a foto e eu assenti.

- Ela passou por aqui com uma expressão confusa, acho que estava atrás de você querida, ela usou o telefone e pegou um táxi. – A moça disse e eu procurei as meninas, agora já tinha uma pista.

- O que você descobriu Sam? – Liv perguntou ofegante enquanto corríamos para fora do parque.

- Precisamos de um táxi. – Eu respondi apressando o passo, elas estavam correndo ao meu encalço, precisava chegar o mais rápido possível. Eu rezava aos deuses para que me ajudassem a encontrar minha amiga. Chegamos na área dos taxis e eu conversei com um deles, ele falou com os outros pelo rádio e descobrimos que Allyson foi para o aeroporto de novo, as coisas estavam ficando difíceis para nós, peguei um dracma, fui até a fonte e mandei uma mensagem de Íris.

POV Leon

- Leon! – Ouvi uma voz aguda atrás de mim.

- Sam! Novidades? – Eu perguntei.

- Allyson esteve por aqui, mas foi embora, eu não sei o porquê, mas vamos ao aeroporto para descobrir aonde ela foi. Onde vocês estão?

- Novo México, avise quando descobrir mais alguma coisa, eu vou avisar aos outros. – Ela assentiu e eu passei as mãos pela mensagem, peguei alguns dracmas e mandei mensagem aos outros, eu não sabia o que tinha acontecido para ela ficar assim, mas queria muito descobrir, finalmente, fui mandar minha última mensagem.

- Leon. – Jake apareceu.

- Oi Jake, eu acabei de conversar com a Sam, Allyson está deixando pistas, ela vai descobrir para onde ela foi dessa vez. – Ele abaixou a cabeça. – Desculpe cara.

- Não é sua culpa, apenas fico me perguntando o que aconteceu. Será que ela fugiu por minha causa? – Jake é o mais novo entre nós, mas ainda é um semideus muito habilidoso, ele gostava muito da irmã e eu sabia que ele estava muito chateado agora, Ally sempre cuidou muito dele, eles se davam muito bem, ao contrário de Micke e Sam.

- Mas é claro que não Jake. Allyson te adora, seja lá o que aconteceu, vamos trazê-la de volta, eu prometo. – Eu disse e ele assentiu ainda triste. Eu passei a mão pela mensagem dissolvendo-a. – Nick. – Eu chamei o neto de Apolo. – Você precisa me contar o que aconteceu.

- Não posso Leon, eu prometi a Allyson e, mesmo que você saiba, não vai ajudar em nada. É melhor você saber por ela. – Ele respondeu, eu senti uma vontade louca de enchê-lo de tapas, mas me segurei, ficava me concentrando em encontrar Allyson, lembranças de quando ficamos mais próximos vinham à minha mente como um filme, seu sorriso, seu jeito de mexer nos cabelos, seu olhar profundo verde como o mar, a pele bronzeada, os cabelos negros cacheados balançando no meio das costas.

- Leon? – Ouvi a voz da Meg.

- Para onde ela foi? – Eu perguntei.

- Texas. – Liv falou ao fundo, era perto daqui, algumas horas de carro.

- Algum lugar em especial? – Joe se intrometeu na conversa junto com Nick.

- A capital. – Sam respondeu. – Procure nos pontos turísticos, chegamos aí amanhã apenas. – Ela disse e nós assentimos, pegamos nossas coisas, fechamos a conta no hotel e partimos para o Texas, eu dirigia ganhando o máximo de tempo possível enquanto Nick e Joe procuravam pontos turísticos do Texas para procurarmos.

POV Nico

- Texas. – A filha de Percy disse. Eu olhei para minha esposa, Jéssica estava acabada. Eu peguei sua mão e aparecemos na capital de Texas, eu procurava por pontos turísticos, procurava por minha menina, meu orgulho, minha filha. Andamos por vários lugares e ainda sim nenhuma pista.

- E se não a encontrarmos? – Jess perguntou, uma lágrima escorreu de seu rosto.

- Vamos encontrá-la. – Eu disse decidido, a menina era inteligente, até agora não tinha usado as sombras para viajar, ela optou pelo transporte mais perigoso para ela, parecia impossível que ela usasse um avião.

POV Allyson

Eu peguei um taxi até um desfiladeiro conhecido, sentei-me na borda e olhei a paisagem, sentia-me como uma pessoa em férias e não como uma filha de deuses do Olimpo fugitiva. Permiti-me pensar um pouco no que fazer, não podia sair viajando o tempo todo, meu dinheiro acabaria alguma hora e eu acho arriscado usar o cartão que vovô Poseidon me deu.

- É lindo não? – Uma voz disse perto de mim e eu assenti. Era um homem de uns 45 anos também olhando o pôr do sol. – Desculpe-me por te assustar.

- Não foi nada. – Eu respondi.

- Eu sou Alberto. – Ele disse estendendo a mão para mim. Eu o fitei por um momento, senti que ele não tinha malícia no olhar.

- Eu sou Allyson. – Eu disse.

- O que você faz sozinha por aqui?

- Eu quis conhecer o lugar, parece bom para pensar. – Eu disse. – E você?

- Vim trazer isso. – Ele postou um buquê de rosas brancas no chão. – São para minha esposa e minha filha.

- Oh, me desculpe. – Eu disse sem graça.

- Não tem como você adivinhar que era isso. – Ele respondeu gentil. – Todos os anos eu faço isso, é irônico que uma paisagem tão bonita possa se tornar tão feia, não?

- Por quê? – Eu perguntei gentil.

- Quando eu vim aqui com minha esposa e minha filha, viemos ver o desfiladeiro, ela pediram água e eu fui buscar, as duas admiravam a paisagem, mas ocorreu um pequeno tremor na terra e aquele pedaço ali desabou. – Ele disse apontando para o pedaço que havia desabado. – Elas não conseguiram se salvar.

- Eu sinto muito. – Eu disse.

- Não sinta, faz alguns anos que isso aconteceu.

- Como você consegue lidar com isso? - Eu perguntei, estava um pouco incomodada com a naturalidade que ele abordava o assunto.

- Quando você fica triste com algo, não adianta ficar martelando isso na cabeça, acredite, eu já tentei de tudo. Mudar de estado, fingir que nada aconteceu, me apaixonar novamente. Nada funciona, eu tenho que aceitar o que aconteceu e continuar a viver minha vida, sei que nunca terei nada como eu tinha com elas, mas não posso negar a felicidade para mim e nem o amor. – Ele disse.

- Mesmo que doa muito? – Eu perguntei.

- Entenda uma coisa Allyson. Todo mundo sofre alguma vez na vida, mas só você pode sair disso, eu sei que é difícil, mas enquanto você não superar o que aconteceu, as coisas vão continuar as mesmas. – Ele disse e eu assenti, o homem entrou no carro e eu fiquei sozinha de novo no desfiladeiro pensando no que ele havia me dito.

Admito que estava com saudades dos outros, mas será que fugir era a coisa certa? Mas se eu voltar, será que eles vão me aceitar? Várias perguntas passeavam pela minha mente, comecei a me lembrar de momentos com eles. Minha primeira ida ao acampamento, quando eu conheci o Submundo, meu primeiro surfe com o tio Percy, as vezes que eu dormia na casa da tia Annie no quarto da Sam, minhas brincadeiras com Jake. Jake, eu sentia tantas saudades dele, era o melhor irmão do mundo. As festas do pijama com as meninas, as bagunças da nossa turminha na escola, minha primeira ida ao Olimpo. As visitas dos meus avôs, meus pais brincando comigo. Meus pais, eles perderam as mães e superaram tudo.

- Você precisa voltar. – Ouvi uma voz suave atrás de mim, levantei e corri para os braços de minha mãe.

- Como você me achou?

- Não foi fácil, mas eu nunca desisti. – Ela disse. – Eu fiquei tão preocupada Allyson.

- Eu sei mamãe, eu senti tantas saudades, eu estava tão confusa e chateada que na hora a fuga me pareceu tão certa. – Eu disse em meio a soluços. –Eu sou horrível, fútil, a pior filha do mundo.

- Por que diz isso? – Ela levantou minha cabeça com os delicados dedos.

- Você e o papai sofreram muito mais que eu e não fugiram por causa disso. – Eu disse.

- Não é verdade, nós também fugimos. Mas não éramos tão inteligentes quanto você. Você não é fútil, é a melhor filha de todas. Seu pai ficou muito triste, todos ficaram também. Os deuses querem fuzilar Apolo.

- Não. – Eu disse. – Não preciso disso, pode me levar para casa? – Ela assentiu e encontrou meu pai na cidade, ele nos levou para o nosso apartamento.

- Ally? – Meu pai entrou no quarto enquanto minha mãe preparava algo para comermos.

- Oi? – Eu disse e ele se sentou ao meu lado na cama. – Pai, me desculpe.

- Não precisa se desculpar filha, eu acho que foi muita coisa de uma vez pra você. – Eu o abracei fortemente. – Sabe, quando decidimos ter filhos, eu prometi a sua mãe que nunca iríamos perder vocês, que seriamos uma família feliz, acho que eu falhei.

- Não pai, não falhou. – Eu disse para ele. – Eu falhei com vocês.

- O que vocês acham de esquecer tudo isso? – Minha mãe disse. – Eu falei com todos, seus amigos e seu irmão voltaram ao acampamento.

- Mãe? Pai? Eu preciso de um tempo para decidir o que eu vou fazer. – Eu disse e eles assentiram, ficaram alguns dias comigo, mas logo os deveres de deuses os chamaram, eu continuei no apartamento.

Os dias se passavam e eu comecei a fazer cursos de férias, arrumei um emprego perto de casa, freqüentava clubes de esportes, fazia coisas para me distrair, Jake voltaria para casa na próxima semana, eu tinha planejado um ótimo final de semana para nós. Tudo estava tranqüilo pra mim, sentia-me bem melhor.

- Allyson? Hoje vai abrir uma nova boate, você quer ir com a gente? – Lisa, uma das minhas amigas do clube, perguntou.

- Quero. – Eu respondi.

- Eu passo na sua casa as nove, os meninos vão nos dar uma carona. – Ela disse e eu assenti, fiz minhas atividades normais e voltei para casa no final da tarde, tomei um banho demorado e comecei a me arrumar, coloquei um vestido azul claro, sapatilhas prateadas e arrumei meu cabelo com uma tiara delicada.

- Você está linda. – Ouvi uma voz atrás de mim.

- O que quer aqui? – Eu disse rude para ele.

- Eu vim me desculpar, fui um idiota.

- Agora que já se desculpou, pode ir embora Apolo. – Eu me esforçava para não olhar nos olhos do deus enquanto sentia que ele me olhava.

- Eu estou arrependido do que eu fiz, de verdade Allyson. – Ele começou a dizer se aproximando, eu recuei dois passos.

- Sério Apolo? Vá se arrepender em outro lugar longe daqui, você acabou comigo Apolo. – Eu disse ríspida, era verdade, tratava as pessoas como objetos, não amava mais ninguém, amor não existia pra mim, apenas as festas e garotos bonitos para beijar uma vez ou outra. – Vá embora por favor, não consigo nem olhar para você. – Eu disse, ele bufou e caminhou para a porta, eu cometi o erro de levantar a cabeça e encontrar seu olhar. Eu sabia que tudo o que ele me disse era verdade, mas não queria mais acreditar nisso.

POV Samantha

- Amanhã é o último dia do acampamento. – Will disse me abraçando e me beijando.

- Eu sei. Vai ficar com seus pais? – Eu perguntei e ele assentiu.

- E você?

- Também, minha mãe quer mostrar sua reforma no Olimpo. – Eu disse e dei pulinhos sarcástica, Will riu. – Você não faz idéia de como ela é quando começa a falar de arquitetura.

- Pelo menos vou poder te ver. – Ele disse.

- Isso se meu pai deixar. – Eu disse e depois ri com a careta que Will fez. Terminamos de ver a fogueira, cantamos músicas do acampamento e eu fui para o chalé de meu pai, minha mãe que construiu, era parecido com o de Poseidon, mas tinha um grande mural de “troféus” de outros semideuses.

- O que foi Sam? – Will perguntou me olhando seriamente.

- Ally... – Eu disse baixando os olhos, ele entendeu completamente e passou um braço em volta de mim, os deuses nos fizeram voltar para o acampamento e não tive nem notícias da busca da minha melhor amiga, pensava muito no tio Nico e na tia Jess. Agora eles procuravam pela filha, Jake também estava triste, mas começou a aceitar o que aconteceu, eu guardei o diário e as fotos que tinha pego do quarto dela comigo e as olhava todos os dias.

- Também sinto falta daquela tampinha. – Will disse, ela sempre foi a menor da turma, Will a chamava de toquinho ou de tampinha. – Eu me pergunto onde ela poderia estar agora.

- Eu também. – Eu disse. Quem está sofrendo mais com isso é o Leon, ele vasculhou o Texas inteiro atrás dela e não a encontrou, eu converso muito com ele sobre o que aconteceu, mas sei que ele não vai desistir.

- Vejo você no capture a bandeira então. – Will disse me dando um beijo na bochecha, eu assenti e ele foi com para sua equipe, eu fui para a minha. Meu irmão tinha feito um plano e eu iria liderar o ataque, dessa vez nos juntamos com Hefesto, Ares, Hades, Atena, Dionísio e alguns deuses menores.

- Pessoal, vamos passar o plano. – Micke nos chamou.

- É o seguinte, Hefesto e metade do chalé de Atena vão defender nosso campo, façam o máximo de prisioneiros possíveis. Ares ataca pelo meio, o resto do chalé de Atena pela esquerda e quem sobrou pela direita. – Os campistas assentiram e eu empunhei Contracorrente, meu pai e Quíron estavam na fronteira e o centauro soprou a concha, o jogo tinha começado.

Saí correndo pelo flanco direito com os campistas, eu me focava bastante em bater nos filhos de Apolo, eles eram tão parecidos com o pai que isso me irritava muito, fazia me lembrar de Allyson, eu continuava correndo e lutando. Tinha noção de tudo a minha volta, filhos de Hermes vieram nos atacar, nós fizemos uma formação de batalha e corremos na direção deles, puxei Liv pela armadura.

- Rápido, faça uma rede. – Ela gesticulou com as mãos e uma rede de parreiras apareceu, eu peguei uma ponta e ela outra, saímos correndo e jogamos a rede nos filhos de Hermes dando uma vantagem grande aos nossos aliados, segurei o pulso da filha de Dionísio e corremos na direção da bandeira. Alguns campistas de ares estavam junto conosco quando chegamos perto da bandeira, eu a tirei e continuamos a correr, avistei Will e Leon à frente, eles levantaram as mãos e uma grande corrente de eletricidade se formou a nossa volta. Droga! Pensa Sam, pensa! O que conduz eletricidade? Metal, cerâmica, água...Água!

- Agora vocês são nossos prisioneiros! – Will disse debochado. Eu ri alto e todos me olharam assustados.

- Pequena aulinha de química meninos, água conduz eletricidade. – E dizendo isso, eu fiz uma corrente de água e a liguei aos dois. Eles tomaram um susto com a corrente e se desconcentraram eu coloquei a bandeira nas mãos da Liv. – Corre! – Eu gritei e ela fez o que eu mandei, peguei minha espada e liderei um ataque contra os netos de Zeus. Fui atacar Leon, ele era muito habilidoso com a espada, mas eu ainda tinha meus truques. Ele atacava pelo flanco esquerdo enquanto eu me defendia e montava uma estratégia para ganhar, após algum tempo de luta, alguns cortes de ambas as partes, ouvimos a concha que significava que a batalha havia acabado, ouvi gritos e uma menina delicada e pequena de cabelos castanhos correndo na minha direção.

- Samantha! Ganhamos! – Liv gritava feito uma louca e eu ria da situação, ela também deu um beijo na bochecha de Micke que corou automaticamente. Nós comemoramos bastante, meu período no acampamento havia acabado com chave de ouro.


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Notas finais do capítulo

Quem acha que Sam/Will é lindo? o/
O que vocês acham que vai acontecer com a Ally? Tadinha dela né gente?
Quase fui ao Olimpo matar Apolo 'kkk
bjos
:*



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