Todos tinham medo dele, fato consumado. Mais quem disse que eu me importo? Há alguns meses atrás até acharia maluquice, quando ainda sentia medo quando me contavam sobre o passado dele, mais agora são águas passadas e o maior medo vem do simples pensamento de saber que poderia ficar sem ele. - Estás Loco? – berrava Martín, quando lhe contei por acidente que pretendia conquistar o Russo. - Sus neuronas roto para siempre? El balón golpeó sus ideas? Qué hay en tu mente, tu idiota pelotudo? - Cala boba, Martín! - Disse ficando nervoso com tanta tagarelice desse argentino idiota. – Ele vai vir aqui, pronto e acabo, não há nada que possa fazer. - Dios mío! Vete a casa y dejar que la promesa a todos colocarse un minuto de silencio cuando sus padres se destruye por ese psicópata. – disse Martín e saiu rapidamente logo em seguida.

Como ele é exagerado. Ivan só irá ver minha plantação de girassóis e tomar uma caipirinha, se ele quisesse, já que estava em época de verão e o calor está a beira do insuportável. Mais não esperaria menos de Martín, pois assim como ele Portugal também me criticou dizendo que ele iria acabar com comigo quando soube que iria lhe fazer uma visita. Eles não entendem, que Ivan tem um lado bom no fundo, e que seu paraíso há girassóis e muita vodca, e é o que quero lhe oferecer. Com a inclusão de mim neste. Somos diferentes. Ele vive no frio e eu no calor. Somos gelo e fogo, e é essa diferencia tão grande que o atraiu pra mim, por mais sádico que ele possa vir a ser. Não me importaria de me tornar um com ele.

A companhia tocou e chequei meu visual antes de abrir a porta. Casual, mais arrumado. - Olá, Ivan. – disse meio nervoso ao abrir a porta. Ele estava com seu típico sorriso. - Olá Luciano. Onde estão os girassóis? - Siga-me. – disse o guiando pro fundo do quintal. Esta casa minha, se encontra em um vasto pasto e plantei tantos girassóis que não pude deixar de sentir um certo orgulho ao ver tantos até onde a vista podia chegar. Um maravilhoso tapete dourado.

Olhei pro lado e ele não estava mais lá. Um frio correu-me a espinha, me distrai tanto assim pra que ele sumisse? - Ivan! - chamei – Cadê você? - Estou aqui, da! - do meio dos girassóis vi uma mão acenado pra mim. Uau, ele é rápido. Voltei pra dentro de casa, depois de berrar um " Já volto". Fui pegar as caipirinhas, havia posto bastante vodca na dele. - Trouxe uma bebida pra você.- disse entregando o copo a ele. Ivan sorriu e pegou o copo, e bebeu. Acompanhei com os olhos e na expectativa todos os seus movimentos. Ele tomou um gole e outro, e outro, e outro...

- Brasil, por que plantou tantos girassóis, da? - ele me perguntou com o mesmo sorriso, mais seus olhos violetas me fitavam fixamente. - Por que... Por que eu... gosto.. Por que eu gosto muito de Falcão Brega! - disse e comecei a rir nervosamente. - Não sei quem é, mais você deve gostar muito dele mesmo, da. Sorri forçadamente, e cocei a nuca involuntariamente. Até notar a expressão suave que ele tinha quando olhava os girassóis. Nem parecia o temido Ivan. Foi com surpresa que senti suas mãos segurarem a minha. E com espanto senti seus lábios cobrirem os meus. Quando ele iria se afastar, o puxei pra mais perto retomando o beijo. Um gosto forte de álcool tinha o beijo dele, poderia ficar bêbado assim. Bêbado com os beijos dele.

- Hola? Luciano? ¿Sigue vivo? – disse Martín no telefone, a noite. - È claro que estou, idiota. Eu disse que ele não ia acabar comigo. - Eres muy afortunado, brasileiro pelotudo!

- È, sou mesmo! Por muitas razões...