Uma surpresa para Ariel.

- Autora.

- Fala Ariel.

- Nesse capitulo você vai se intrometer bastante, não é?

- É sim, mas eu vou tentar não me intrometer muito, Ariel.

- Assim espero, mas vamos logo a nossa história.

- Sim, Sim, Sim.

Após alguns minutos a limusine chega à porta da casa da família Beladona. O chofer desce do carro e aperta o interfone.

Eu estava na cozinha preparando o café quando ouvir o interfone tocar.  Eu fui atender.

- Casa da família Beladona bom dia.

- Bom dia.

- O que deseja senhor?_Eu perguntei.

- Eu estou com a família real dentro da limusine e eles desejam ver o representante da família Beladona.

- A senhora Cindy ainda está dormindo, gostaria de esperar?

- Saberei da família real só um momento.

Enquanto Ariel aguardava no interfone, o chofer caminhou até a limusine e olhou pela janela.

- O que ouve Henrique? _ perguntou o rei Keven.

- O empregado disse que a representante da família está dormindo e ele perguntou se gostaria de esperar, vossas altezas._ disse o chofer.

- Diga a ele que sim e pergunte se ele pode nos receber?_ Perguntou Isabelle.

O chover voltou ao aparelho e começou a falar com Ariel novamente.

- Senhor.

- Sim. _Eu disse ao ouvi-lo.

- Pode nós receber, a família real deseja esperar.

- Claro. Abrirei o portão, só um minuto._ Eu disse pegando o controle de abrir o portão.

“Não sabia que a princesa tinha péssimo gosto pra homens, foi escolher logo um dos filhos da bruxa.” Eu pensava abrindo o grande portão com o controle.

O chofer adentrou com a limusine, parou o carro, desceu e foi abrir a porta de trás da mesma. Eu fiquei aguardando para recebê-los quando eu a vi saindo. Ela estava linda e vestia um vestido na cor lilás, pequenas flores brancas, o vestido tinha um decote em v bem leve, seus cabelos ruivos estavam levemente presos. Ela usava um par de sandálias de salto e um jogo de brincos.

Ela me olhou com aqueles olhos verdes e brilhantes e começou a correr em minha direção.

- Ariel, que bom revê-lo. _ Ela disse me abraçando.

- Belle, por que você veio com o rei e a rainha. _ Eu disse retribuindo o abraço, mas a ficha não tinha caído.

Eu continuei abraçado com ela, enquanto via o rei e a rainha saindo da limusine. Eu escutei uma voz atrás de mim.

- Ariel, por que está com essas mãos imundas na princesa?

Eu olhei para traz a soltando e vi Cindy me olhando feio.

- Me desculpe vossa alteza, não queria te sujar._ Eu disse olhando a malvada a minha frente.

- Ariel..._ Ela me chamou sendo interrompida por Cindy.

- Prepare algo para as nossas visitas, pobretão.

- Sim, senhora. _ Eu disse e já ia caminhando.

- Ariel._ Ela segurou meu braço.

Eu olhei para trás e disse.

- Desculpe alteza, mas tenho que ir. _ Eu me soltei com o olhar triste e fui para a cozinha.

Enquanto Ariel foi trabalhar na cozinha Cindy ficou recebendo os seus ilustres convidados.

- Vamos nós acomodarmos em minha sala, por favor, vossas majestades, sejam bem vindos a minha casa.

- Obrigada senhora._ disseram o rei, a rainha e a princesa uníssonos.

- Podem me chamar de Cindy, agora se sente, fiquem a vontade, vossas majestades.

- Obrigada. _ disseram todos unidos.

- Então o que traz vocês a minha casa?_Cindy perguntou com um sorriso enorme em seus lábios.

- Minha filha escolheu o seu noivo e viemos até aqui para conversar com a senhora.

- Que bom que foi um de meus filhos, fico muito feliz.  Eu vou chamá-los._ Disse Cindy se levantando do sofá.

- Na verdade minha filha se identificou com o seu empregado._ disse a rainha Samanta.

- Hahaha. Vossa majestade só pode estar brincando, não é?

- Não senhora, eu realmente gosto muito do Ariel._ Disse a princesa Isabelle.

Eu adentrei a sala com bandeja para servir um café com algumas bolachas.

- Ariel._ Eu ouvi Cindy falar comigo.

- Sim, senhora.

- Você conhece a princesa?_ Ela me perguntou.

Eu olhei naqueles lindos olhos verdes de Belle, daria tudo para estar com ela de novo.

- Sim, senhora, mas não sabia que ela era a princesa._ Eu disse sabendo a reação da bruxa.

- Como a conheceu?_ Ela alterou a voz.

- Bom, eu...

- Ele foi ao baile senhora, nos conhecemos lá._ Isabelle disse se antecipando.

- Então você foi ao baile sem minha autorização e com certeza com a ajuda de suas amiguinhas. _ Ela disse com sarcasmo.

- Elas não me ajudaram.

- Então como você foi Ariel?_ Ela perguntou mais nervosa ainda.

- Por que está forçando ele com tantas perguntas, ele também não é seu filho?_ Isabelle perguntou.

- Ariel é apenas meu enteado, isso porque precisei do pai dele, não quero um pobre como filho, além do mais eu não posso deixá-lo ir com você, pois ele tem um contrato comigo._ Ela disse nervosamente a princesa.

- Contrato, como assim? _ perguntou a rainha intrigada.

- Eu fiz um contrato para que ele pudesse trabalhar pra mim. _ Ela deu um sorriso cínico.

- Eu quero ver._ pediu Isabelle sendo observada pelos seus pais.

Cindy se levantou e foi até o cofre, ela pegou o contrato e deu a Isabelle.

Ela leu atentamente o contrato e minutos depois ela me olhou e disse:

- Ariel, pelo tempo deste contrato você deve ter juntado o dinheiro do seu salário para pagar, não é mesmo?_ Ela disse me olhando nos olhos.

Eu mudei meu olhar para onde Cindy estava e ela me olhou com raiva, ódio, frustração, era um olhar bem ameaçador.

- Ariel, você tem esse dinheiro, não tem?_ Ela me perguntou com uma lagrimas nos olhos.

Sinceramente eu não ia conseguir mentir pra ela, mas se eu falasse a verdade eu já sabia o que aconteceria então me arrisquei e disse:

- Desculpe desapontá-la Belle, mas eu não tenho esse dinheiro. _ Eu disse tristemente olhando pra ela.

- Como você ousa chamá-la assim, Ariel, ela é uma princesa._ Disse Cindy mais enfurecida ainda.

- Tudo bem, senhora._ Ela disse a Cindy e voltou a mim. – Ariel por que você não tem esse dinheiro, você gastou naquela fantasia foi?_ Ela me perguntou me olhando fixamente.

Eu abaixei a minha cabeça desviando do olhar dela e balancei a cabeça que não.

- Então Ariel, por que não tem esse dinheiro com você, se você é empregado dela?_ Ela me perguntou.

Eu não consegui responder e algumas lagrimas desceram sobre meus olhos.

- Me desculpe majestade, mas eu preciso ir para o meu quarto._ Eu disse me levantando da cadeira quando ouvi Cindy.

- Responda a pergunta da moça Ariel.

“Ela queria ver a minha humilhação, eu tive a certeza disso, mas se ela acha que saíra vitoriosa ela esta muito enganada.” Eu pensei enquanto erguia meu rosto olhando para Isabelle com os olhos vermelhos e disse:

- Eu não tenho um salário há anos, trabalho nessa casa a troco de comida, teto, sapatos e roupas usadas. Eu não quis fugir daqui porque morar na rua e muito pior que morar aqui._ Eu disse me lembrando da minha infância sofrida.

Ela me olhou triste mente e releu mais uma vez o contrato.

- Você o está tratando como escravo, isso é um crime._ A princesa disse a ela com raiva.

- Eu entendo a sua raiva alteza, mas não tem nada que prove que ele é um escravo e como você leu no contrato.  Só ele pode pagar o valor, majestade. _ Ela rio alto e prosseguiu. - Por que não escolhe um de meus filhos, porque esse pobretão ai nunca vai sair daqui._ Ela rio mais alto ainda.

Eu olhei para Isabelle e vi alguma lagrimas em seus olhos, eu também tinha algumas e disse:

- Eu lamento alteza, mas tudo que ela disse é verdade. _ Eu disse e sai pedindo licença e entrei no meu quarto chorando feito uma criança.

Continua...