Soldados da Dor escrita por Natii_C


Capítulo 22
Capítulo 22 - A guerra - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Perdooem a demora!
ando meio sem tempo e sem inspiração, principalmente.
maas taa ai
posteei cmo prometi
Beijos
espero que gostem!



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P.S: http://www.youtube.com/watch?v=uz3QN9xl7PQ , qem qiser, ouve esse capitulo ouvindo essa musica ae: Paramore - In the morning

Não vou negar que aquela noite sempre foi isquecvel pra mim.

Porém, no era hora de ficar pensando no que aconteceu e sim no que viria acontecer. A guerra estava declarada e os malditos humanos haviam fugido. Me sentia um ser frio e grotesco como a noite. Essa no era a hora para sentimentos bobos e humanos. Eu tinha que manter o controle sobre mim mesma, porque eu defenderia a minha espécie e não teria por que continuar com os humanos. Eles me fizeram muito mal, não me compreenderam quando eu mais precisava, não me deram apoio quando me encontrava  perdida. Então, agora eles receberiam o troco na mesma moeda.

Edward já estava de pé e o restante da tropa também, todos eles postos em seus cargos. Ali não havia quem desobedecesse, até porque quem quisesse isso pagaria com sua própria vida e, com certeza, ninguém estava disposto a tamanho sacrifício.

Ao olhar para cada um que estava ali, podia sentir a energia negativa emanando do lugar. Os olhos vermelhos, os rostos furiosos, as bocas torcidas num sorriso amargo, tudo isso fazia parte do cenário e todos os rostos, como que num ensaio feito, permaneciam com a mesma expressão de penúmbria. Só então é que percebi que estávamos todos prontos para a guerra.

-Soldados, atenção! - Edward gritou, sua voz com uma ponta de superioridade de dar medo. Às ordens de Edward, todos colocaram as armas para o alto e tiros das mais diversas armas estouraram pela floresta amanhecida. Senti meu corpo sacolejar por causa do barulho ensurdecedor. As balas atravessaram o vão do céu acobreado, agora - É chegada a hora! Todos vocês sabem muito bem que a vida da nossa espécie depende da ação de cada um e que isso é uma questão de matar ou morrer. Todos em seus postos! Armas ao alto, equipar-se! Ação!

O grito de Edward me fez arrepiar. Aquilo não era um grito, e sim um berro, na verdade. Em sua voz, eu podia claramente notar a bravura de um guerreiro destinado a não perder a lutar, muito menos a sua glória como tal.

Rapidamente, os guerreiros entraram em suas devidas naves, marchando rumo ao destino improvável. Quando digo improvável, acho que já dá para você ter uma idéia do que acontece. O que estou querendo dizer é que você pode imaginar um futuro de dar medo, com coisas pegando fogo, gente morrendo, sangue por todos os lados, o caos tomando conta do planeta Terra. Não sabíamos se seria assim. Nossa sobrevivência dependeria da contribuição dos humanos, mas, acima de tudo, das nossas atitudes.

A viagem foi longa e meio cansativa. Talvez isso fosse só uma coisa da minha cabeça, porque a expectativa de lutar estava em meu sangue, tomando conta de mim como um veneno dilacerante. Isso lhe parece assustador demais? É, pois é. Essa é a verdadeira Renesmee. Sei que deve estar acostumado(a) com aquela alminha carinhosa, cuidadosa, cheia de amor para dar e tudo o mais. Ah! Qual é? Pensou mesmo que eu era assim? É, realmente sei enganar muito bem as pessoas. Isso porque elas se deixam levar pela aparência. Os humanos tem falta do instinto, o que lhes faz muito mal, por vezes, pois não conseguem enxergar a verdade, apenas fazendo imagens do que queriam que fosse. Como objetos em nossas mãos, acabamos por usar esse defeito humano - entre tantos milhares de outros que há - para conseguirmos o que queremos. Não precisa ser o nerd ou um novo Einsten para descobrir isso. Basta apenas que você seja racional. Nada mais.

Finalmente, avistei a imensidão branca.

Alasca.

Só de ouvir essa palavra, até hoje sinto um sentimento estranho, indefinido. As recordações que tenho desse lugar não são as melhores: a prisão, a comida, o cubículo, a violência de Edward...

Mas agora a história seria outra e eu finalmente me vingaria, depois de tanto tempo sofrendo nas mãos humanas.

Sabia onde ficava a caverna e isso facilitava muito as coisas. O plano era simples: chegaríamos, sem fazer barulho algum, pegaríamos eles de surpresa e ai tudo ficaria bem. Bem pelo menos para nós. Não sei se para eles. Quer saber?! Isso não me importava! Queria mais era que eles se danassem! Não iriam fazer falta mesmo.

Calmamente e sem fazer um ruído sequer, as naves estacionaram sobre a camada densa de gelo. O exército saiu e se colocou mais uma vez em suas posições. Tudo preparado e lá fomos nós!

O vento friou me atrapalhou um pouco, mas nada que fosse capaz de me impedir de seguir em frente.

 A caverna devia estar a uns cem metros. Em questão de segundos estaríamos lá.

Foi o prazo de pensar isso e tudo aconteceu.

Com as armas apontadas na direção da abertura da caverna, os tiros começaram a ressoar pelo longo túnel escuro. Uma nuvem negra cobriu todo o espaço e por  um segundo pensei que iria morrer sufocada por causa da grande quantidade de pólvora. Apenas pensei, porque nessa hora percebi que era hora de entrar em ação e o fiz imediatamente.

Ouvia gritos desesperados e torturantes. As mulheres e crianças pareciam ser as que mais estavam sofrendo. Eu apenas podia ouvir os gritos, não enxergar o que estava acontecendo. Parecia que tinha ficado cega de ódio e, ao mesmo tempo, meu coração doía em saber que aquelas pessoas estavam sofrendo e que, na verdade, tudo era culpa minha, por ter aceitado a missão, por ter sido tão irracional e não enxergar a verdade, o que Emmet, Alice, Jasper e Rosalie queriam.

Vai começar com isso de novo, Renesmee? Vai fraquejar denovo? Não era você mesma quem dizia que desistir era uma palavra que não existia no seu vocabulário? E agora vem mais uma vez com essa história de querer defender essas pestes!

A questão não é essa, Bella. Não vou fraquejar. Eu não vou fraquejar!

Minha voz saiu meio embargada, por causa de um pouco de lágrimas que se prendiam em minha garganta.

Peguei a arma que Edward me dera e comecei a mirar por todos os rumos.

Cabeças se colocavam a minha frente; alguns tentando fugir e outros se entregando de uma vez a morte. Uma cena de destruição horrenda.

Era como se aquele cenário todo tivesse sido retirado de alguma cena de filme de terror. O fogo criptava nos corpos, formando imensas fogueiras humanas, os rostos e corpos dos que lutavam para sobreviver continuavam feridos, o sangue derramado em suas faces...

Não aguentava ver tudo aquilo.

E ao mesmo tempo, a sobrevivência de uma das espécies dependia só de mim.

Isso me fazia mal, porque eu parecia estar carregando o mundo todo nas minhas costas e realmente estava. Queria chorar. Podia sentir as lágrimas, quentes, inundando meus olhos e tampando violentamente a minha visão.

Queria morrer! Queria fugir dali!

Será que não bastava tanta destruição? A rivalidade entre o mundo humano e as almas era tão grande assim, capaz de provocar tanta dor? E por que que as coisas tinham que ser assim?

Pelo jeito, um era mais irracional do que o outro. Queriam fazer o uso da força, achavam que somente assim conseguiram o prazer da vingança, que poderiam sentir o gosto da vitória gloriosa - que na verdade, de gloriosa não tinha nada!

Senti um vento gelado me inundar. A sensação era maravilhosa. Trazia paz. E naquele instante, isso era o que eu mais precisava.

Corri pelo beco escuro da caverna, tropeçando nos outros. Mas isso não importava, a dor não importava agora!

Eu tomaria a minha decisão!

Salvaria aquele povo, mesmo que isso fosse contra as ordens.

Eu tinha o poder agora.

Nem Bella nem Edward me impediriam.



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Notas finais do capítulo

e ai, continuo?!
:D



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