Soldados da Dor escrita por Natii_C


Capítulo 15
Capítulo 15 - Decepcionada


Notas iniciais do capítulo

PQP! Mal ae galera por causa da deemora do cap.
Andoo meeio que sem inspiraação
Mas taa ai !
P.S: Qeriia ai agraadeecer aa nathyfaith por ter feiito a capa noova! :D



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Os dias foram se passando, meses se seguindo. Não tinha a noção de tempo ali.

Edward já fora enterrado. Apesar de tudo o que andava acontecendo - quero dizer, da morte de Edward, das brigas de Jacob e Jéssica, de todos continuarem me olhando e tratando como se eu fosse algum bicho nojento - as coisas iam na mesma.

Para minha sorte, uma coisa havia mudado. Final e felizmente, saí do cubículo cavernoso. Comecei a passar todas as noites de sono num quarto. Bem, não era exatamente um quarto. Na verdade, nem tão confortável quanto eu esperava. O espaço era um pouco maior que o cubículo onde antes ficava, nele, havia também um colchão de casal que algumas noites eu dividia com o pequeno Embry. Tinha-o como um irmão.

Todos os dias, a mesma rotina de sempre. Acordávamos bem cedo, iamos trabalhar na horta, colhendo o máximo do que podia ser aproveitado, depois, almoçávamos todos juntos. No meio da tarde, era hora de todas as mulheres - inclusive eu - limpar a caverna. Não pense que só porque eu era uma alma implantada num corpo humano hospedeiro que isso significava que eu seria beneficiada por esse artificio. Muito pelo contrário: o trabalho era dobrado pra mim. Não que eu esteja reclamando, porque trabalhar me ajudava a tirar as lembranças e pensamentos ruins de minha cabeça. Só que cansava demais. De noite, era hora do jantar. Tudo bem simples, nada de regalias. E depois, finalmente, íamos dormir.

O tédio me consumia. Sério mesmo. Estava esperando a hora certa para agir e acabar com essa história toda. Andava precisando de uma boa dose de adrenalina. Bella continuava calada. Já faziam semanas que ela nem falava comigo ou tocava em qualquer assunto, por mais bobo que fosse. Tinha medo dela, não vou negar. Quando ficava quieta, a ligação entre eu e Bella se afrouxava que nem uma corda solta. Não gostava disso. Bella era a única com quem eu compartilhava meus pensamentos, meus segredos. Tinha se tornado, em tão pouco tempo, minha melhor amiga, minha confidente.

Estava deitada no quarto, enrolada debaixo de cobertores grossos quando um calor tomou conta do meu corpo. Conhecia muito bem aquele aconchego e ele tinha um nome: Jacob Black.

Não reagi ao seu toque. Não sei por quê, mas queria que ele continuasse ali para sempre, me fazendo sentir bem, segura. Não tinha como negar. Meu coração pertencia a Jacob, assim como eu toda. Não podia negar e mesmo que quisesse, não daria conta. Os sentimentos humanos estavam mais a flor da pele do que nunca.

-Jacob, por favor. Se nos verem aqui desse jeito...

-Shii - ele colocou seus dedos entre meus lábios - Deixem eles pensarem o que quiserem. Sabe, Renesmee. Não sei se é de você ou de Bella que estou gostando, Renesmee. - fiquei surpresa com suas palavras. Como assim ele não sabia?

-Não entendi.

-É, nem eu. É só que o que sinto por Bella vem há tempos acontecendo. Não é como o que eu sinto por ti.

-O que você sente por ela? - perguntei.

-Amor. Paixão!

-E por mim?

Jacob ficou calado. Odiava essa reação dos humanos! Toda vez que se faz uma pergunta difícil, eles escolhem o silêncio. Queria saber a verdade? Será que custava isso? Devia ser caro demais pela sua reação.

-E por mim, Jacob, o que você sente?

-Atração.

Engoli a palavra em seco. Doía como o corte de uma navalha. Pode parecer exagero meu, mas não era. Pode ter certeza disso. Eu queimava de raiva por dentro. Não podia julgá-lo pelo que sentia. Eram sentimentos diferentes. Sabia disso. Mas não aceitaria aquela traição. Estava morrendo por dentro.

Tirei força não sei de onde e empurrei Jake para longe de mim.

-Ei, Renesmee...

-Jacob, saia daqui por favor.

-Mas...

-Por favor. É só o que te peço.

Assim que ele saiu do quarto, se desgarrando de mim, comecei a chorar. Pode rir de mim ou tirar sarro da minha cara. Quem que nunca sofreu por um amor não correspondido?

Encolhi em mim mesma, o cobertor pesado me aquecendo.

Aquela foi a noite mais fria que tinha passado desde que chegara. Não sei por onde o vento frio e forte passava. O quarto onde estava era completamente fechado. Tão fechado que ás vezes tinha a impressão de estar dentro de uma prisão.

A noite caia fria e longa como nunca fora antes. Todo aquele clima gelado começava a me dar medo. Me arrependi de tr feito o compromisso com Emmet, Jasper, Alice e Rosalie. No fundo, eu sabia que não seria capaz de acabar com todos aqueles humanos. Só de pensar me dava um aperto no peito.

Os dias foram se seguindo. Nenhuma novidade. Nada demais acontecia. A monotomia estava detonando comigo. Tudo ali me enchia o saco.

Ouvi passos vindos na minha direção enquanto eu ajudava na horta. Olhei para trás. Era Billy.

-Renesmee, tenho duas noticias para te dar. Quer que conte primeiro a boa ou a ruim?

-A ruim. - respondi, vagamente prestando atenção no que ele falava.

-As crianças daqui estão todas muito doentes. E quando falo ''muito'', é muito mesmo. No sentido de perderem a vida por causa dessa doença. Carlisle tentou procurar o que era, porém é uma doença que nunca se ouviu falar. Não há nem vestigios dela em toda a história e é tão forte. Eu não quero perder mais nenhum de nós. - a tristeza marcava a voz de Billy.

-E boa? - perguntei, antes que eu me preocupasse demais com Billy e tudo o que ele disse.

-Você vai nos ajudar a ir até o continente e pegar tudo o que precisamos.

-Eu?! - meus olhos se arregalaram. Não podia fazer aquilo. Por que eu? Por quê?!

-Renesmee, você é a nossa única esperança. Várias crianças estão prestes a morrer por causa dessa doença. Precisamos de mantimentos e principalmente de remédios. Não quer que um de nós, incluindo Embry, morra, quer?

-Embry?! Ele... ele está...?

-Sim, Bella. A situação dele não é nem um pouco boa.

Meu coração levou um choque quando soube que o estado de Embry não era bom. Gostava muito daquele garoto. Ele era como meu irmão mais novo. Sentia por ele um amor fraternal, muito carinho também. Então, se era para salvar vidas, eu iria.

-Tudo bem, Billy. Eu aceito isso.

Não tinha idéia do que estava fazendo. Aquela missão não ia ser nenhum pouco fácil. Pelo menos, tinha um pressentimento de que não seria tão bom assim sair daquele lugar gelado.


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