My Lover escrita por Suzuki_Hika


Capítulo 1
Unico


Notas iniciais do capítulo

Betado pela Kawaguishi Mika...
Se houver algum erro, a culpa é dela
huahuahuahua

A capa que é linda foi feita pela Kawaguishi Mika também, já que era presente pra Tsuki no hime, não deu pra pedir pra ela fazer



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Título: My Lover

Categoria: Ayabie

Casal: Aoi x Yumehito

Gênero: Shounen ai/Yaoi

Classificação: livre

Autora: Suzuki_Hika

My lover

Fazia frio naquela manhã, não era para menos já que a neve caia incessantemente do lado de fora desde que amanheceu, mesmo sentado no sofá no centro de sua sala dava pra ver pela janela ela caindo, o que fez um longo suspiro sair dos lábios do loiro que estava enrolado num cobertor preto e com uma grande caneca de chocolate quente nas mãos.

“Ele não vai vir...” Pensou, já cansado de esperar pelo outro que estava atrasado há... O loiro olhou para o relógio preso na parede que coloração pastel, verificando a hora novamente, ele estava trinta minutos atrasado, suspirou mais uma vez frustrado.

Devagar se desenrolou do cobertor que usava e caminhou até a cozinha colocando a caneca ali, encarou por algum tempo a peça de porcelana, até suspirar de novo fechando os olhos, aquela não era a primeira vez que Aoi não vinha quando ele o convidava.

Um barulho familiar alcançou seus ouvidos, era seu celular tocando aquela musica que só tocava quando Aoi ligava, deixou o aparelho tocando até que parasse, não queria falar com o moreno agora, ainda mais estando tão decepcionado sem ter um motivo aparente, não para o Aoi, afinal, este não sabia dos sentimentos que nutria.

- Eu sou um palhaço mesmo... – disse pra si mesmo, sua voz saindo baixa. – Yumehito seu grande idiota! – mais um suspiro abandonou os lábios do loirinho.

Virou se lentamente, rumando para a sala fria e vazia que a estava antes, iria arrumar toda aquela bagunça de uma vez, caminhou rapidamente em direção do sofá, pegando o cobertor de qualquer jeito sem se importar se ia arrastar no chão e levando para o quarto, lá ele o dobrou e deixou no pé da cama.

- Yosh! – olhou para o relógio três e quarenta, balançou a cabeça com força, tentando afastar os pensamentos que queriam voltar a tomar conta de sua mente. – Vou terminar de limpar a bagunça da sala! – disse convicto.

Voltou para o cômodo que estava anteriormente, pegando a bandeja vazia, que antes estava lotada de cookies, descrente de que havia comido tudo aquilo e mais o chocolate quente, riu de si mesmo, iria levar uma bronca do produtor se engordasse.

Foi até a cozinha começando a lavar as coisas que sujou, inconscientemente começou a cantarolar uma música, a mesma que tocava quando Aoi ligava para si, Yumehito ainda não entendia muito bem o que sentia, mas sabia que era algo de muito tempo atrás.

Pulou de susto ao ouvir a campainha tocar, o susto foi tão grande que por pouco não deixou as coisas caírem, afinal quem era o idiota que estava tocando sua campainha? Terminou de enxugar a louça, colocando tudo em cima da mesa, depois que mandasse quem quer que fosse embora, iria guardá-las em seu devido lugar.

Correu até a porta, quando ia virar a chave lembrou-se que poderia ser o Aoi na sua porta, rapidamente passou a mãos nos cabelos, ajeitado alguma possível mecha que estivesse fora do lugar, respirou fundo e virou a chave, logo abrindo a porta.

- Yuji kun? O que foi? – perguntou educadamente, não queria ser grosso com o menino a sua frente, afinal ele só tinha oito anos e o loiro queria passar um bom exemplo para o moreninho do apartamento da frente.

- Yumehito san. Mama perguntou se você pode ajudar ela um pouco, hoje é a festa de aniversário surpresa da Himi chan, e ela não ta conseguindo amarrar as bexigas no prego da parede porque é muito alto. – o menino desatou a falar de uma só vez. – Alias, tá bonitão hein Yumehito san!  - o garoto disse alto, fazendo o loiro corar, Yuji era apenas uma criança, mas era inevitável, Yumehito corava até quando sua mãe o elogiava.

- Yuji kun, fala pra Kazue san que eu já vou lá ok? Só vou terminar que guardar umas coisas e já vou. – o menino assentiu, e entrou correndo na porta da frente, logo pode se ouvir os gritos dele dizendo pra mãe que o loiro logo iria.

Yumehito fechou a porta e caminhou lentamente para cozinha, guardando as coisas em seus devidos lugares, sorriu ao ver a cozinha toda organizada, voltou até a porta da sala, arrumando a blusa, afinal por que estava se arrumando se ia só ajudar a vizinha? Sorriu, adorava aquela família, Kazue morava com os dois filhos, Himiko de seis anos e Yuji de oito, o pai deles havia os abandonado há cinco anos, desde então Kazue se esforçava ao máximo para dar uma vida digna para eles.

Abriu a porta ainda com um sorriso enorme no rosto, mas não conseguiu evitar a expressão de surpresa ao se depara com Aoi na sua porta, este também parecia um tanto quanto surpreso, aquilo fora totalmente inesperado pelos dois.

- Yume... Cada vez que eu venho na sua casa tenho mais certeza de que você tem visão de raios-X ou sabe ler mentes. – Yumehito estava sem reação ainda, o que fez Aoi rir, chacoalhando o loirinho pelos ombros até este despertar do “transe”.

- Aoi! Eu não esperava você aqui... – disse sem pensar, Aoi ficou surpreso, afinal na tarde do dia anterior o próprio Yumehito havia o chamado para ir até lá. – Digo, eu pensei que você não vinha mais. – se explicou, fazendo Aoi balançar a cabeça demonstrando que entendeu.

- Você é estranho. – Aoi disse fazendo Yumehito rir, apesar de ter ficado meio triste. – Yume você ta bem? – perguntou vendo que Yumehito não parava de rir sem motivo.

- Ah não... – respondeu novamente sem pensar. – Digo eu tô. É que... Nada não... Eu to bem eu acho... Digo eu to bem. – Yumehito não parava de gesticular enquanto falava. – Ah entre, por favor. – Deu passagem pro outro, logo Aoi passou por si, suspirou aliviado, fechando a porta em seguia e indo atrás do moreno.

- Yume, tem certeza que você está bem? – insistiu, Yumehito balançou a cabeça confirmando que estava bem, logo a campainha pode ser ouvida de novo, o loiro sentiu uma vontade louca de matar quem quer que fosse.

- Eu já volto... – disse desanimado, logo se dirigindo até a porta a abrindo um tanto quando nervoso, mas toda sua raiva passou ao ver Kazue ali na sua porta, com um avental xadrezado em azul e branco os cabelos desalinhados e uma das bochechas suja de farinha, com um sorriso caloroso estampado no rosto.

- Desculpe incomodar novamente Yume chan, mas é que daqui a pouco a Himi chan vai chegar e... – Yumehito saiu do apartamento fechando a porta atrás de si, fazendo a senhora sorrir, e abrir a porta do seu apartamento.

- Não posso demorar Kazue san, estou com visita. – a mulher assentiu, logo entregando as bexigas e indicando onde Yumehito devia pendurá-las.

Não demorou nem cinco minutos e Yumehito havia terminado o que lhe fora pedido, caminhou até a cozinha atrás da dona do apartamento, está estava terminando de confeitar o bolo, que diga de passagem estava muito bonito.

- Kazue san, terminei o que me pediu, agora vou indo. – a mulher limpou as mãos num pano e acompanhou o loiro até a porta.

- Muito obrigada Yume chan... Você é realmente um Yumehito¹ - a mulher fez uma leve reverencia e Yumehito imitou o gesto, seu rosto estava corado, como o loiro odiava ficar corado com qualquer elogio que fosse.

- Se precisar de alguma coisa não hesite em pedir ok? – disse gentilmente e a mulher voltou a agradecê-lo, por ser tão prestativo, fazendo o loiro sorrir, enquanto entrava em seu apartamento.

Yumehito quase teve um treco quando viu Aoi sentado no seu sofá, com as pernas cruzadas e olhando pro teto, havia se esquecido que o mais velho estava ali. Colocou a mão sobre o peito, tentando recuperar o fôlego que havia perdido por conta do susto.

- Yume você demorou. – Aoi disse ao notar a presença do outro. – Alias você realmente está bem? – perguntou vendo que o loiro estava pálido. – Você tá pálido... – se levantou indo até onde o outro estava de pé.

“Depois de um susto como esse, é claro que vou estar pálido” Pensou, mas logo suas bochechas ficaram rubras, Aoi estava com os lábios encostados na sua testa, o fazendo prender o ar, e morder o lábio inferior devido ao ato.

- Com febre você não está... – concluiu assim que se afastou, só então Yumehito voltou a respirar. – Mas você está estranho! – disse de repente fazendo Yumehito fazer uma careta.

- Eu vou pegar algo pra gente beber. – mal disse isso e já havia saído correndo deixando o outro sozinho novamente e com cara de desentendido, Yumehito realmente estava estranho naquele dia, não só naquele dia, mas sim em todos os outros dias que Aoi fora até seu apartamento.

“Ele é tão fofo” Pensou Aoi enquanto voltava a se sentar no sofá da sala, com um enorme sorriso vitorioso nos lábios.

Não demorou muito para Yumehito voltar com duas canecas de chocolate quente, fazendo Aoi dar um sorriso enorme, com cuidado o loiro deu a caneca para Aoi, este por sua vez a pegou com cuidado, em seguida Yumehito sentou no outro sofá de frente para Aoi.

- Então Yume, porque me pediu para vir até aqui? – perguntou curioso, fazendo Yumehito beber um pouco do chocolate.

- Eu preciso de ajuda para escolher a roupa para o novo PV. – respondeu a primeira coisa que lhe veio em mente, não podia falar a verdade, que queria passar mais tempo com o moreno, que estava com saudades da época que tocavam juntos e passava o dia inteiro com o outro discutindo assuntos da banda.

- E você tem algo em mente? – perguntou o moreno despreocupado, sabia que aquele não era o real motivo, conhecia bem o loiro a sua frente, mas não o forçaria a falar.

- Na verdade não... – respondeu olhando para baixo fazendo Aoi rir, depositar a caneca na mesa de centro, e se levantar indo para frente de Yumehito, erguendo o rosto do loirinho delicadamente.

- Sabe... – começou Aoi de forma calma enquanto aproximava seu rosto do rosto do outro. – Acho que você fica bem com qualquer coisa. – disse em seu ouvido, vendo o exato momento em que Yumehito prendeu o ar, sorrindo de leve com isso. – Mas não creio que esse seja o real motivo para você ter me chamado até aqui num dia como esse. – deu um beijo na bochecha corada de Yumehito, logo se afastando podendo ver que Yumehito corou mais ainda.

- Aoi... Não faça mais isso – pediu num sussurro. – Senão eu não vou conseguir me controlar. – o moreno o olhou assustado, só então Yumehito se deu conta que disse a ultima parte em voz alta, rapidamente levou a mão à boca.

- O que? – o moreno disse perplexo, processando o que havia escutado, Yumehito se levantou num pulo, prestes da dar uma desculpa quando ouviu a campainha, dessa vez o loiro não ficou irritado ao ouvir aquele barulho.

- Eu vou atender a porta! – Disse animado, saindo correndo antes que Aoi pudesse falar ou fazer algo.

Abriu a porta, disposto a agradecer quem é que tocou sua campainha, seu sorriso aumentou mais ainda quando viu a pequena Himiko, esta segurava um balão em uma das mãos, e portava um lindo sorriso.

- Yumehito san! Boa noite! – sorriu para o loiro. Este sorriu mais ainda. – Eu vim chamar você pra minha festa! – disse contente nessa hora Aoi apareceu atrás de Yumehito, curioso. – Ah oi tio! – disse feliz e Aoi acenou para a menina. – Yumehito san, se quiser pode trazer o tio também, mama não vai se importar! – ela saiu correndo, voltando para o seu apartamento.

- Ela é muito fofa não? – Yumehito apenas assentiu. – Você vai ir? – o loiro se virou para o outro e o fitou de forma seria. – O que foi? – perguntou desentendido.

- Aoi, Aoi, Aoi... – o moreno inclinou a cabeça pro lado sem entender. O loiro saiu da porta e correu para dentro indo até seu quarto, pegando um enorme embrulho de coloração rosa. – Vamos! – puxou o outro que continuava na porta pela mão.

- Yume? – os dois estavam parados no meio do corredor, o motivo era meio obvio, Yumehito estava de mãos dadas com Aoi, o que o fez ficar sem reação, quanto tempo queria sair assim com o moreno. Balançou a cabeça, abrindo a porta a sua frente.

- Estamos entrando! – avisou assim que abriu a porta, logo Himiko e Yuji correram até eles, com sorrisos gêmeos nos lábios, os dois adoravam o Yumehito, e isso era fato.

- Eu disse que o Yumehito san ia vir! – disse a garotinha anima, e extremamente feliz em ver Yumehito ali. – Yumehito san quero te apresentar meus amigos! – pegou a mãos do loiro o puxando para dentro, Aoi ainda estava de mãos dadas com Yumehito, então foi puxado junto, havia gostado de segurar a mão do maior.

- Então Yume chan esse é seu namorado? – Perguntou a mulher que estava encostada no batente de uma das portas, era Kazue, com um sorriso suspeito no rosto, fazendo Yumehito corar, não só pela pergunta, mas também pelo sorriso da mulher.

- Não, esse é um amigo meu, o antigo vocalista da minha banda. – disse a voz soando meio triste ao dizer a ultima parte, o que fez Aoi morder o lábio inferior.

- Yumehito san! Esses são meus amigos! Aquela é a Saori, e a irmã mais velha dela Sayuri, a Akemi, a Shizuko, a Satomi aquela é a Kaori e o irmão mais velho dela Kaoru. – Kaoru deu um piscadinha para Yumehito que corou, e Aoi teve que se segurar para não bater no garoto. – Ai temos a Miyuki e o irmão dela o Mitsuo. – terminou de apresentar o pessoal que estava ali, olhando de forma curiosa para Yumehito que estava corado, apesar de sorrir como um idiota, Aoi estava o abraçando por trás pela cintura, num ato totalmente possessivo.

- Himiko chan! Aqui está seu presente. – Yumehito mudou de assunto estendendo o pacote cor de rosa para a garota, os olhinhos dela brilharam quando viram o enorme embrulho, logo o pegando.

- Obrigada Yumehito san! – fez uma leve referencia logo se virou e se sentou no chão, Yumehito suspirou aliviado, havia conseguido distrair a menina.

- Aoi, o que você ta fazendo? – se virou para o moreno, este estava com o olhar baixo, sabia que não devia ter agido por impulso e feito o que fez, mas fazer o que ele havia ficado com ciúmes, não queria ver o loiro com outro cara, mesmo que não entendesse direito o porquê. – Aoi? – o loiro o chamou, mas este estava longe, e já havia o soltado.

- Desculpe. – disse baixo, fazendo Yumehito se assustar com o tom de voz de Aoi, o moreno nunca havia agido dessa forma, suspirou, havia entendido agora o que todo mundo falava nos corredores da produtora e as brincadeiras de Kenzo e Takehito.

Aoi continuou tristonho ao decorrer da festa, entrando em contraste com o clima do lugar, ele olhava Yumehito brincando com as crianças, e às vezes um sorriso brotava em seu rosto, mas logo sumia. “Talvez ele um dia vá querer ter filhos, e isso eu não posso dar pra ele, nem se quisesse” Pensou, deixando um suspiro sair dos seus lábios.

- Ele é uma graça não? – olhou para o lado vendo a Kazue sentada ao seu lado no sofá com um sorriso calmo no rosto. – Eu acho que vocês combinam sabia? – Aoi se engasgou com o refrigerante que tomava por conta do susto. – Querido eu disse algo que não devia? – perguntou dando leves tapinhas na costa de Aoi.

- Não... é que isso foi repentino. – disse depois que parou de tossir, a mulher deu um sorriso para Aoi, e este não conseguiu não retribuir.

- Yume chan é como se fosse um filho pra mim, sempre me ajudando quando eu preciso, ele é um garoto muito bom, sempre que pode vai buscar o Yuji na escola, e às vezes olha a Himiko quando eu preciso sair. – disse ainda com um sorriso no rosto. – Fiquei surpresa quando ele me disse que não teria filhos porque não gostava de garotas. – Aoi olhou assustado em direção de Yumehito, este estava com Kaoru, e estava extremamente corado.

- Não acredito. – disse atraindo o olhar da dona do apartamento, está apenas seguiu o olhar de Aoi, vendo claramente Kaoru assediar descaradamente Yumehito. – O que aquele idiota acha que tá fazendo? – Aoi sentiu seu sangue ferver nas veias. – Já volto. – se levantou num pulo e foi em direção dos dois.

- Vai Yume chan, só um beijinho, ninguém vai ver! Olha ninguém ta olhando. – disse Kaoru, que estava praticamente em cima de Yumehito que claramente fugia.

- Não Kaoru. – Disse extremamente corado, olhou para o outro sofá não vendo Aoi ali, estranhou, onde o moreno podia ter ido? Talvez tivesse ido ao banheiro.

- Yume! – ouviu a voz de Aoi perto de seu ouvido, olhou em direção, dando de cara com Aoi, mordeu o lábio inferior prendendo a respiração, estava com o rosto a milímetros do rosto outro, teve que se segurar para não beijá-lo naquele momento. – Acho que eu já vou indo, está ficando tarde. – Yumehito se levantou com tudo fazendo Kaoru cair no sofá.

- Que? – disse perplexo. – Que isso Aoi. – segurou as mãos do moreno começando a balança-las de um lado para o outro num ato um tanto quanto infantil. – Não me deixa aqui sozinho. – suplicou, e Aoi riu da expressão do outro.

- Mas está realmente ficando tarde Yume, e você sabe que eu moro longe. – explicou vendo Yumehito empalidecer, e começar a entrar em desespero.

- Já sei! – disse alto. – Você pode dormir no meu apartamento. – disse desesperado, temendo que Aoi fosse realmente embora. – Isso mesmo Aoi, você pode dormir lá, tem um quarto de visitas. Eu deixo você até dormir no meu quarto se quiser, mas não me deixa aqui sozinho – Yumehito já não segurava as mãos de Aoi,e estava gesticulando freneticamente, como sempre fazia quando estava nervoso.

- Certo Yume, em respeito a sua integridade física e ao seu bem estar eu fico. – brincou fazendo Yumehito o abraçar fortemente, logo correspondeu o abraço, vendo Kaoru o olhar com certa raiva, mas ele que procurasse outro loiro bonito por ai, porque aquele ele não teria.

- Aoi eu te amo! – exclamou assim que desfizeram o fazendo o moreno corar como um tomate maduro. – Você é o melhor de todos sabia? – Yumehito desatou a falar sobre Aoi, mas este ao menos escutava, ele só escutou a parte do “eu te amo”

- Repete – disse pasmado, mal acreditando no que tinha ouvido da boca de Yumehito.

- Você é o melhor de todos! O cara entre os caras, eu sou teu fã. – Yumehito repetiu, fazendo Aoi o olhar de forma intensa.

- A outra parte, o que você disse antes disso. – Yumehito corou ao perceber que disse algo que não devia ter dito, mais uma coisa para discutirem quando voltassem ao seu apartamento, queria se chutar por ter dito aquilo por impulso.

- Pessoal vamos cantar para depois cortar o bolo! – Kazue gritou, salvando Yumehito novamente, agradeceu mentalmente a Kazue e saiu correndo.

Já passava das dez da noite quando voltaram ao apartamento de Yumehito, os dois rindo como duas crianças, falando coisas aleatórias, entraram no apartamento ainda rindo até que Aoi abraçou o loiro por trás dando um leve beijo em sua nuca.

- Aoi? – chamou baixinho. – Não tinha bebida alcoólica na festa, então você não pode dizer que estava bêbado. – disse colocando as mãos sobre as do moreno.

- E nem quero ter essa desculpa. – sussurrou no ouvido do maior. – Agora você vai ter que me explicar direitinho o que quis dizer com aquele eu te amo. – disse baixinho fazendo Yumehito corar, agradecendo porque estar de costas para o outro.

- Certo... – disse com os olhos fechados, como sempre não ia falar o real motivo, e sim jogar a primeira coisa que viesse em sua mente. Desfez o abraço e se sentou no sofá, Aoi fez o mesmo. – Impulso. – disse naturalmente, e Aoi balançou a cabeça, dizendo mudamente que entendeu a situação.

Num ato inesperado Aoi uniu seus lábios ao de Yumehito, fazendo o loirinho se assustar, o contato não durou muito tempo, logo o mais velho havia se afastado, deixando Yumehito um tanto quanto pasmo, não esperava que esse contato viesse a ocorrer um dia.

- Por que fez isso? – perguntou, com uma das mãos sobre os lábios, queria que aquele contato tivesse durado mais, queria sentir realmente o gosto dos lábios de Aoi.

- Impulso. – respondeu travesso, deixando Yumehito sem reação com os lábios entre abertos, fazendo Aoi morder o lábio inferior, controlando-se para não tomar aqueles lábios, que sempre lhe pareceram deliciosos e viciantes.

O ato de Yumehito foi inesperado até mesmo para o loiro, nunca em toda sua vida ele iria avançar contra a boca de Aoi, aquilo havia sido um selinho da parte do Aoi e não um pedido de namoro, mas o loiro o beijou, de forma quente e sensual, fazendo Aoi segurar firme sua cintura, deixando que o loiro ditasse a intensidade do beijo.

- Yume... Não faz isso ou eu posso viciar. – disse entre o beijo, apertando com força a cintura fina de Yumehito, o fazendo ofegar.

- Eu não me importaria se você viciasse. – respondeu quando finalizaram o beijo. – Alias, eu poderia fazer isso quantas vezes você quisesse – mordeu o lábio inferior de Aoi, num ato totalmente sensual.

- Então, já que é assim, eu quero mais. – sorriu e logo teve seus lábios tomados novamente, num beijo mais necessitado que o anterior.

- Aoi. – chamou entre o beijo. – Aishiteru. – Aoi sorriu começando a se deitar no estofado, puxando Yumehito consigo.

- Ore mo² - respondeu sorrindo entre o beijo

O que aconteceria no decorrer daquela noite eles já sabiam, mas deixariam rolar, de acordo com suas vontades e desejos mais oculto, mas não é necessário entrar em detalhes, basta saber que finalmente eles puderam ficar juntos.

¹ O nome do Yumehito se escreve da seguinte forma “夢人” 夢 = Sonho 人= Pessoa, ou seja sonho pessoa? Ou sonho de pessoa, interpretem a brincadeira feita ali em cima com a Kazue san e o Yumehito vem desse significado, não sei se tem outro para o nome dele, mas é muito provável que não tenha, então, a brincadeira é como se ela dissesse que ele não era um garoto real, seria como um garoto perfeito

² Ore mo, tem a mesma função de que o Watashi mo, ou o Boku mo, que significa eu também, a única diferença é que o Watashi é a forma informal para garotas de falar Watakushi, mas para garotos seria a formal, mas ele era usado em Sengoku Jidai, Jigoku jidai, hoje em dia não é muito usado, e os senhores de idade usam o washi, e Boku e uma forma formal de se dizer eu para garotos, geralmente usado por crianças, ou garotos educados, algumas garotas também usam o boku, mas isso é raro, o ore é a formal marginalizada, pode se ver que muitos adolescente do sexo masculino usam ore. Em outras palavras, no japonês há varias formas de se falar eu, e varia de pessoa para pessoa

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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado Kanna chan =DGostou?Adorou?Odiou?AMOU?Mande uma review, eu com toda certeza irei adorar lê-la, mesmo se for me xingando, afinal, criticas construtivas são sempre bem vindas



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