Flecha Negra escrita por Tyras


Capítulo 8
O Quarto Envolvido


Notas iniciais do capítulo

Yoe ^^

Faz tempo né? Foi mal. Mas, depois de um ano ausente, eu estou de volta! =P

Cara, senti muita falta disto.

Enfim, isto marca minha volta oficial ao negócios! Então galera... me ajudem! Se tiver diferente do habitual, me avisem '^^. Acho que perdi o jeito...

Pra vocês terem uma idéia, sem querer postei esse cap na fic errada xD

Mas enfim, chega de delongas! Here we go!



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— Desculpem o atraso — Falou Chris, entrando na sala — Eles já chegaram?

— Ainda não. — Respondeu Hughes — Mas Robert ligou dizendo que já estão a caminho.

— E então, como foi lá? — Perguntou LaCroix

— Sem problemas. O Sr. Collins já esperava uma matéria bastante detalhada, mas mesmo assim ficou surpreso com a quantidade de detalhes. E você?

— Péssimo.

— Seu superior ficou muito furioso porque não conseguimos nada?

— O Starver já conhece os métodos do Charles, então sabe que ele fez o melhor. — Respondeu Hughes, segurando o riso.

— Então...?

— Lindsay — Interrompeu LaCroix.

— Ela ficou zangada?

— Zangada?! — LaCroix se levantou — ZANGADA?! Ela queria arrancar o meu couro! Disse que se eu jogar pôquer de novo ela me arranca os braços!

      Hughes e Chris caíram na risada.

— É, meu amigo... A vida tem seus altos e baixos... — Ponderou Hughes.

      Logo em seguida a campainha tocou. Chris foi abrir a porta

— Parece que eles chegaram.

      Pouco depois, Chris voltou com os irmãos Marback.

— Até que enfim! faz 1 ANO que vocês disseram que estavam chegando! — Reclamou LaCroix, frisando bem o "1 ano"

— Exagerado como sempre, hein, Cruz? Além disso, o que você esperava? Você ligou de madrugada pro meu celular me chamando! Tive sorte de conseguir um vôo a tempo! — Retrucou Richard — O que houve? A Lindsay de novo?

      O detetive resmungou alguma coisa e foi buscar algo dentro da casa. Os outros três ficaram rindo

— É impressão minha ou acertei na mosca?

— Como sempre, Rick. — Comentou Hughes

      LaCroix voltou com os itens e os equipamentos de análise e os pôs sobre a mesa. Enquanto Chris e Robert montavam tudo, os dois detetives trataram de contar a Richard o que havia acontecido, desde a partida de pôquer até a perseguição. Omitindo, claro, o grito homérico que os quatro deram.

— Hum... Então vocês não conseguiram ver o rosto dele? — Perguntou Richard.

— Não. Ele estava todo coberto e ainda usava máscara e algum aparelho para distorcer a voz. — Falou Robert — Não deixou transparecer nada que pudesse identificá-lo.

— Entendo...

— É óbvio que ele sabia que estariamos lá. — Ponderou LaCroix — Foi devidamente preparado. A questão é: Como ele sabia?

— Ele provavelmente espiou o defunto dias antes de matá-lo e viu que estávamos de tocaia. — Sugeriu Chris.

— É provável. — Falou Richard — Bem, vamos ao prognóstico. As flechas, como sempre, foram feitas à mão, numa perfeição assombrosa. E você disse que elas foram disparadas a uma distância de cerca de seis metros, certo? Pelo que vocês descreveram do arco, ele era reforçado de forma a transformar a força empregada nas cordas em potência para o disparo. Outro detalhe é que, pelas fotos, as flechas estão perfeitamente alinhadas, e a marca de sangue nelas indica que ambas entraram praticamente a mesma profundidade. É humanamente impossível conseguir isto em dois disparos, o que me leva a concluir que foram disparadas ao mesmo tempo. Além disso, uma flecha comum não era para ter a ponta despedaçada desse jeito...

— Se elas quebraram quando eu as tirei da cuca do Mattew, desculpe. Na próxima eu trago a cabeça inteira do defunto. — Falou LaCroix.

— Não foi isso. Elas se quebraram quando atingiram o alvo. — Explicou.

— Nossa. Eu sabia que ele era cabeça-dura, mas não a esse ponto... — Falou Chris.

— Espera aí... Você está querendo dizer que ele fez essas flechas igual a balas de ponta oca? — Perguntou Robert.

— Exatamente. Veja: — Richard mostrou a flecha com uma lente de aumento — Vê? A camada de metal na verdade é razoavelmente fina. Imagino, porém, que a ponta era um pouco mais espessa, caso contrário, não teria perfurado o crânio. Mas o resto, provavelmente estilhaçou depois da perfuração, com auxílio destas duas hastes. No entanto, caso ela fosse disparada de uma distância grande, ela perderia força, e não se despedaçaria.

— Então... Ele a fez especialmente para disparar à curta distância? É isso? — Perguntou Hughes.

— Não exatamente. — Respondeu LaCroix — Pense, Hughes. Munição de ponta oca. Um tiro na cabeça. O que resulta em...?

— Morte instantânea, com certeza.

— Exato. Ele sabia que estaríamos lá e que invadiríamos o quarto, então não teria tempo de confirmar se o cidadão havia mesmo batido as botas. Ele precisa ter certeza que iria matá-lo logo de cara.

— Isso também explica o motivo das duas flechas terem sido disparadas juntas. Segurança dupla.— Completou Chris.

— Filho da mãe... — Resmungou LaCroix — Brincou com a gente o tempo inteiro!

— Detesto dizer isso, Cruz, mas é o que parece. — Disse Richard, guardando o equipamento.

— Bem... O que podemos fazer agora analizar as provas que nosso "amigo" deixou... — Falou Robert.

      Os cinco se voltaram para as provas. Documentos comprovando sonegação de impostos e outros crimes fiscais, e-mails comprovando o cartel entre as três vítimas para dominar o mercado de tecidos e por fim, fotos e um DVD com vídeos da vítima participando de uma festa numa chácara, com várias plantas no fundo. Em vários momentos no vídeo, a câmera dava um close nas plantas, mostrando do que se tratava.

— Então essa era a especialidade do McFarrow... Bem, a mais leve até agora... — Falou LaCroix.

— Tráfico de entorpecentes. — Falou Robert — Ele provavelmente usava os transportes de algodão para transportar a droga. Muito esperto.

— Já vai ser o terceiro escândalo na indústria inglesa esta semana... — Ponderou Chris — Imagino para onde vão as ações...

— Eu tenho um palpite... — Falou LaCroix, apontando pro banheiro.

— E agora? — Falou Richard, quebrando o silêncio — O que fazemos, Cruz?

— Simples... Vamos atrás do docinho. — Falou o detetive

— Docinho? — Perguntou Rick.

      LaCroix não respondeu, simplesmente mostrou um dos e-mails. Na verdade, um rascunho salvo de e-mail. Todos se curvaram à mesa para ler.

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De: Mattew McFarrow

Para: joseph@longshot.co.uk; willian.silvermoon@swc.co.uk; Sweetheart;

Assunto: Lista de preços deste ano

Aviso: Esta mensagem será protegida com altíssima segurança (Criptografia AES 2048bits)

Espero que os cavalheiros já tenham recebido os valores previstos para este ano, e venho lembrar que estes passarão a vigorar em 20 de janeiro. Devo lembrar também que o não cumprimento do acordo acarretará retaliações. Mas tenho certeza de que isto não será necessário.

Os ajustes para evitar problemas deverão ser de 0,20 no máximo. Conforme acertado anteriormente, Longshot deverá aumentar, e eu, diminuirei.

Não cometam enganos, cavalheiros. Já tivemos problemas suficientes por causa dos deslizes que os senhores cometeram. Não precisamos de mais atenção da mídia nem do governo.

Quanto a você, meu amor, discutiremos nosso acordo à noite. Já deixei tudo arranjado para nós. Por hora, por favor, repasse isto para os outros, para efeito de registro.

Sem mais
Mattew McFarrow
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— Criptografia 2048 bits? — Rick assobiou — Paranóico, o cidadão, hein?

— 2048 bits é muito? — Perguntou Robert.

— Bem, Rob — Respondeu LaCroix — Sites de banco costumam usar 256bits.

— ...Isso explica o fato dele usar os nomes reais no e-mail.

— Então quer dizer que existem mais pessoas envolvidas nesse cartel... — Falou Hughes.

— Não entendo — Ponderou Chris — Não há outras empresas de porte comparável as três já citadas. Não haveria porque por mais empresas. Seria mais fácil quebrá-las! Porque haveriam mais empresas envolvidas? Além disso, As três são campeãs de preço. Nenhuma outra chega perto delas.

— Bem, uma coisa é fato. — Falou Robert — Essa tal "Sweetheart" está envolvida de alguma forma. A questão é: Quem é essa "Sweetheart"? ou melhor, o que é "Sweetheart"? um código? um endereço de e-mail?

— Na verdade... — Chris explicou — "Sweetheart" é um apelido. Provavelmente o McFarrow salvou o e-mail dela ou dele no programa de e-mail e atribuiu esse nome.

— Dela ou Dele? — O que você está insinuando, Chris? — Richard ergueu uma sobrancelha

— Sabe lá, Sr. Richard... Já vi cada coisa nesse mundo empresarial... — Retrucou o jovem repórter.

— É por essas e outras que eu adoro esse garoto! — falou Charles, segurando o riso — Bem, isso significa que a resposta para quem é essa "Sweetheart" está no computador do nosso querido defunto maconheiro.

— E o seu plano é...? — Começou Hughes.

— O óbvio, oras! Invadir o escritório dele e descobrir! O que mais seria?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^

O próximo cap está encaminhado, então devo postar na semana que vem.

JURO que não vou sumir de novo, pelo menos não por enquanto! '^^

Obrigado por lerem e... Deixem reviews ^^