Manus Life escrita por Apiolho
Notas iniciais do capítulo
Mais um CAPÍTULO, espero que gostem. Quer ler, por favor me mando um review? Vale de tudo *-*
Capítulo sete - Recadinho no banheiro.
"O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe."
(Jean-Jacques Rousseau)
- Pirralha, preciso falar contigo.
Mesmo sendo três meses mais velho que eu ele fica me chamando de "Pirralha". Eu e meu primo tínhamos uma relação melhor no passado, tanto que, bem, ele foi a pessoa com quem dei meu primeiro beijo.
- O que foi, James?
- Eu queria saber se você tem um par para ir a festa.
- Não mais, por quê?
- Eu queria saber se você, hm, quer ir comigo? como par?
- Ta bom.
- Mais com uma condição, pirralha.
Que? Eu ouvi mesmo o que ele acabou de falar? Eu que tenho o convite, mas ele que quer algo em troca? Ele deve ter pirado, só pode.
- Nós vamos, mas depois você tem que se afastar de mim. Não quero que as pessoas pensem que ando com uma pirralha feito você, ia pegar mal.
- E quem disse que queria ficar perto de você? Para mim isso é um prazer.
- Hm, ata. Me lembrei de algo, amanhã você vai ter que ir sozinha porque eu não vou para a aula.
Com certeza vai se encontrar com a sua "paquera" que é roqueira e ganha dinheiro fazendo apresentação em um semáforo.
- James, já disse que nem precisa avisar. Por mim eu ia sozinha todos os dias.
Ele me deixou falando sozinha e foi para a casa após se despedir da minha mãe.
- Que orgulho! A minha filha vai para uma festa. Está tão crescida. Disse apertando as minhas bochechas.
Acho que desde o dia em que ela foi dar aula aos deficientes ficou deste jeito.
- Filha, eu vi o jornal hoje... Começou papai
- E quem te entregou?
- Uma moça bem simpática, você devia andar com ela.
Só deixa eu pegar umas informações, por duvida.
- Por acaso é uma loira peituda?
- É sim.
- Ata, não faço a menor questão de ser amiga dela.
- Por quê?
- Ela é a Bridget Campos, pai.
- Isso já explica tudo então. Pelo que fala o jornal ela é bondosa e popular, acho que você deveria...
Se ele viesse com aquele papo de fazer amizade novamente eu não sei o que faria.
- Pai, aquilo é mentira.
A nossa conversa foi atrapalhada, pela voz da minha mãe.
- O jantar está na mesa. Vem logo senão a comida vai esfriar.
Comemos e eu fui dormir após telefonar para a Raissa.
Acordei mais tarde do estou acostumada e fui correndo tomar banho. Estava radiante por pensar que não aturaria meu primo de mau humor pela manhã e poderia ir sozinha para a escola.
Minha mãe notou a mudança e chegou perguntando se eu tinha algum paquera para estar assim, mas como viu que a minha expressão mudou para pior ela constatou que este não era o motivo.
Sai de casa aos pulos, nada poderia estragar meu dia. Estava passando por uma ponte, onde logo começou a chover. Para o meu desgosto alguém veio com um guarda chuva com o objetivo de me proteger.
Me abraçou de uma forma carinhosa e pude perceber quem era, Matthew O'Toole.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu moro aqui.
Achei-me tola por pensar que ele estaria me seguindo.
- Que? Você mora em uma ponte?
Comecei a rir fazendo com que também seguisse o meu ritmo.
- Não, eu moro bem ali. Apontou para uma casa que parecia uma mansão.
Me lembrei que deveria ser fria e minha face ficou carrancuda.
- Ata.
Fingi que não prestava atenção enquanto ele falava dos amigos e o final de semana, mas não notou a minha repulsa em querê-lo por perto já que não para de conversar com a minha pessoa.
- Manu, você ta ouvindo o que eu estou falando?
- É.
- Eu estava lendo o livro ontem e...
Para, para tudo. Eu ouvi isso mesmo? Ele lendo um livro? O livro que eu emprestei?
- O que você disse?
- Que eu estava lendo o livro ontem e eu não gostei, o livro é muito clichê.
- E você sabe o que é clichê?
- Sei, é muito velho.
- Não clichê não significa isso. Clichê significa uma idéia que se repete com tanta frequência que já se tornou previsível dentro daquele contexto.
- É? Então uma menina se apaixonar pelo pegador e popular da escola seria um clichê?
- Seria sim.
- Então você seria considerado um clichê já que se apaixonou pelo Fabio que além de pegador é popular.
- Não eu não gosto do Fabio, Matthew.
Já havia aumentado o meu tom de voz, para mostrar a ele que eu nunca gostaria de um idiota feito ele.
- Mais clichê ainda é você e ele viverem se brigando.
- Muda de assunto, por favor.
Então novamente ele começou a falar do final de semana e sobre o futsal que é no mesmo time que o Fabio joga. Fomos ao pátio escolar juntos e todas as meninas nos olharam novamente com um olhar maldoso.
Ele se afastou de mim após dar-me um beijo no rosto e eu segui para o corredor, onde todos estavam rima numa roda perto do banheiro.
Abri um espaço na roda com empurrões e vi, ou melhor li algo que me deixou transtornada.
" Não façam que nem a Manu, respeitem as regras da escola e apenas entrem no banheiro antes do primeiro sinal, senão acabaram trancadas e terão que enfrentar a diretora.
Att,
Faxineira."
Como uma mulher com o nome igual ao da minha mãe pode ser tão perversa? Além da frase tinha a minha foto escolar que não era das melhores e isso me deixou constrangida.
- Você fez o que quando tirou essa foto, Manu? Caiu na lama e depois se encalhou nos galhos do matagal?
- Não, neste dia eu fui ao cabeleireiro que você me recomendou. Respondi a Bridget e fui em direção á minha sala.
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O que vocês acham de trocar o nome da fic para "manu's life?" e trocar a capa? bem, gostaram? reviews? Please.