Manus Life escrita por Apiolho


Capítulo 6
Recadinho no banheiro.


Notas iniciais do capítulo

Mais um CAPÍTULO, espero que gostem. Quer ler, por favor me mando um review? Vale de tudo *-*



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Capítulo sete - Recadinho no banheiro.

"O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe."

(Jean-Jacques Rousseau)

- Pirralha, preciso falar contigo.

            Mesmo sendo três meses mais velho que eu ele fica me chamando de "Pirralha". Eu e meu primo tínhamos uma relação melhor no passado, tanto que, bem, ele foi a pessoa com quem dei meu primeiro beijo.

- O que foi, James?

- Eu queria saber se você tem um par para ir a festa.

- Não mais, por quê?

- Eu queria saber se você, hm, quer ir comigo? como par?

- Ta bom.

- Mais com uma condição, pirralha.

            Que? Eu ouvi mesmo o que ele acabou de falar? Eu que tenho o convite, mas ele que quer algo em troca? Ele deve ter pirado, só pode.

- Nós vamos, mas depois você tem que se afastar de mim. Não quero que as pessoas pensem que ando com uma pirralha feito você, ia pegar mal.

- E quem disse que queria ficar perto de você? Para mim isso é um prazer.

- Hm, ata. Me lembrei de algo, amanhã você vai ter que ir sozinha porque eu não vou para a aula.

            Com certeza vai se encontrar com a sua "paquera" que é roqueira e ganha dinheiro fazendo apresentação em um semáforo.

- James, já disse que nem precisa avisar. Por mim eu ia sozinha todos os dias.

            Ele me deixou falando sozinha e foi para a casa após se despedir da minha mãe.

- Que orgulho! A minha filha vai para uma festa. Está tão crescida. Disse apertando as minhas bochechas.

            Acho que desde o dia em que ela foi dar aula aos deficientes ficou deste jeito.

- Filha, eu vi o jornal hoje... Começou papai

- E quem te entregou?

- Uma moça bem simpática, você devia andar com ela.

            Só deixa eu pegar umas informações, por duvida.

- Por acaso é uma loira peituda?

- É sim.

- Ata, não faço a menor questão de ser amiga dela.

- Por quê?

- Ela é a Bridget Campos, pai.

- Isso já explica tudo então. Pelo que fala o jornal ela é bondosa e popular, acho que você deveria...

            Se ele viesse com aquele papo de fazer amizade novamente eu não sei o que faria.

- Pai, aquilo é mentira.

            A nossa conversa foi atrapalhada, pela voz da minha mãe.

- O jantar está na mesa. Vem logo senão a comida vai esfriar.

            Comemos e eu fui dormir após telefonar para a Raissa.

            Acordei mais tarde do estou acostumada e fui correndo tomar banho. Estava radiante por pensar que não aturaria meu primo de mau humor pela manhã e poderia ir sozinha para a escola.

            Minha mãe notou a mudança e chegou perguntando se eu tinha algum paquera para estar assim, mas como viu que a minha expressão mudou para pior ela constatou que este não era o motivo.

            Sai de casa aos pulos, nada poderia estragar meu dia. Estava passando por uma ponte, onde logo começou a chover. Para o meu desgosto alguém veio com um guarda chuva com o objetivo de me proteger.

            Me abraçou de uma forma carinhosa e pude perceber quem era, Matthew O'Toole.

- O que você está fazendo aqui?

- Eu moro aqui.

            Achei-me tola por pensar que ele estaria me seguindo.

- Que? Você mora em uma ponte?

            Comecei a rir fazendo com que também seguisse o meu ritmo.

- Não, eu moro bem ali. Apontou para uma casa que parecia uma mansão.

            Me lembrei que deveria ser fria e minha face ficou carrancuda.

- Ata.

            Fingi que não prestava atenção enquanto ele falava dos amigos e o final de semana, mas não notou a minha repulsa em querê-lo por perto já que não para de conversar com a minha pessoa.

- Manu, você ta ouvindo o que eu estou falando?

- É.

- Eu estava lendo o livro ontem e...

            Para, para tudo. Eu ouvi isso mesmo? Ele lendo um livro? O livro que eu emprestei?

- O que você disse?

- Que eu estava lendo o livro ontem e eu não gostei, o livro é muito clichê.

- E você sabe o que é clichê?

- Sei, é muito velho.

- Não clichê não significa isso. Clichê significa uma idéia que se repete com tanta frequência que já se tornou previsível dentro daquele contexto.

-  É? Então uma menina se apaixonar pelo pegador e popular da escola seria um clichê?

- Seria sim.

- Então você seria considerado um clichê já que se apaixonou pelo Fabio que além de pegador é popular.

- Não eu não gosto do Fabio, Matthew.

            Já havia aumentado o meu tom de voz, para mostrar a ele que eu nunca gostaria de um idiota feito ele.

- Mais clichê ainda é você e ele viverem se brigando.

- Muda de assunto, por favor.

            Então novamente ele começou a falar do final de semana e sobre o futsal que é no mesmo time que o Fabio joga. Fomos ao pátio escolar juntos e todas as meninas nos olharam novamente com um olhar maldoso.

            Ele se afastou de mim após dar-me um beijo no rosto e eu segui para o corredor, onde todos estavam rima numa roda perto do banheiro.

            Abri um espaço na roda com empurrões e vi, ou melhor li algo que me deixou transtornada.

" Não façam que nem a Manu, respeitem as regras da escola e apenas entrem no banheiro antes do primeiro sinal, senão acabaram trancadas e terão que enfrentar a diretora.

Att,

Faxineira."

            Como uma mulher com o nome igual ao da minha mãe pode ser tão perversa? Além da frase tinha a minha foto escolar que não era das melhores e isso me deixou constrangida.

- Você fez o que quando tirou essa foto, Manu? Caiu na lama e depois se encalhou nos galhos do matagal?

- Não, neste dia eu fui ao cabeleireiro que você me recomendou. Respondi a Bridget e fui em direção á minha sala.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham de trocar o nome da fic para "manu's life?" e trocar a capa? bem, gostaram? reviews? Please.



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