Manus Life escrita por Apiolho


Capítulo 23
Exercendo a profissão.


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores,

ESPERO QUE CURTEM O NOVO CAPÍTULO E OBRIGADA.



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CAPÍTULO VINTE E QUATRO - EXERCENDO A PROFISSÃO.

"A prostituição é a mais antiga das profissões.

Mas, como o humorismo, ninguém se orgulha dela."

(Ediel)

            Abri a porta e a primeira coisa que notei foi a decoração a qual estava muito bonita. Segui meus olhos em direção a pessoa que estava guardando umas roupas na mala de maneira furiosa. Virou-se e foi em minha direção a passos largos e fortes, tocou no meu rosto de maneira rapida e logo se afastou suspirando.

            - Eu não...

            - Não precisa fazer algum sacrificio para ser minha amiga, Manu. - começou ao cortar a minha frase - Se depender de mim, você não me verá tão cedo.

            Fiquei sem reação ao ouvir tal coisa. "Para onde ele iria?" era o que eu mais pensava. Notei que em segundos ele já estava perto da porta.  A primeira coisa que fiz foi o puxar pela mão e o obrigar a se virar para mim.

            - Explica-me direito. Por que eu não te verei tão cedo? - questionei.

            - Eu vou pro hospital - respondeu apenas, de um jeito frio e automático.

            - Matthew, por favor, me perdoa. - começei - Você entendeu completamente errado. Eu não estava falando de você, e sim, do Fabio.

            - É? E você não está confundindo este sentimento? Não acha que vez de odio que sente por ele, o mesmo seria amor? - questionou me deixando confusa.

            Não respondi por um tempo, porque não tinha o que comentar. Eu esta sim confusa em relação ao que sentia por Fábio, mas sabia que não era amor.

            - Não. Principalmente porque álem dele me magoar, rejeitou-me na frente de todos na escola. - disse por fim.

            - É? E este ódio todo não seria apenas um orgulho ferido? - respondeu.

            - Eu não o amo mais, Matthew. Porque eu amo outra pessoa. - comentei sem pensar, não sabendo que desculpa eu daria em relação a isso. Eu ainda não sabia quem eu amava e não queria ter isto crescendo em meu peito.

            - Hm. E quem seria esta pessoa? - respondeu ao erguer uma sombrancelha.

            - Ninguém de seu interesse. - comentei ao corar.

            - Está bem.

            Ficamos calados por um tempo e voltamos a minha casa. Estavámos como antes e aquele assunto foi encerrado por um tempo. Jared e a Raissa estavam se amassando em um canto e o filme para eles era algo a ser visto depois. A cada segundo olhava para a pessoa com o qual acabei de fazer as pazes para notar a sua reação em relação ao que estava passando na tela.

            O telefone começou a tocar e fui atender por perceber que todos estavam dispersos em outras coisas.

            - Alô

            - Alô, Manu? - A voz saia sussurada pois tocava uma música alta no fundo.

            - Sim. Quem é? - perguntei de modo preoculpado.

            - É a Rosa.

            - Sim, e por que me ligastes?

            - Não me mata por favor, mas o Florêncio, o Fabio e o James estão aqui em um bordel.

            - O quê? E a Nathália não está junto com eles?

            - Não, mas parece que o James está bem alterado.

            - E qual é o endereço?

            Após ela me dar o endereço eu desliguei o telefone e liguei para a Nathália. Ela me contou que os dois haviam se brigado porque o James a pediu em namoro e ela não aceitou. Após contar aonde o mesmo estava, ela veio correndo nos encontrar.

[...]

            Avisei ao meu irmão e ele nos levou ao local onde as dançarinas do bordel estavam trabalhando. Passamos por trás ao sermos avisadas de que era um lugar proibido para as mulheres que eram menores de idade e eu fiquei perplexa ao me perguntar como os homens entram tão fácil neste ambiente.

            O guarda que cuidava da parte de trás nos olhou de modo desconfiado, mas nos liberou ao saber que eramos do 'grupo de dançarinas'. Entramos no camarim e nos fizeram por umas roupas do estilo musa do carnaval e salto alto.

            Nathália parecia uma diva ao andar de modo elegante pela boate, mas minha performance era comparada há algo muito desengonçado. Meus olhos pousaram no menino de olhos azuis esverdeados e ao notar que ele estava se esfregando em uma dançarina eu fui em sua direção. Fui parada por um homem que parecia ter uns sessenta anos de idade o qual começou a me flertar.

            - Quantos você cobra, vadia? - começou.

            - Meus clientes são dos vintes anos para baixo, querido.

            - Se não quer cooperar, vadia. Vai ser de graça mesmo.

            O homem me puxou pelo braço e me prensou na parede, tentava não respirar ao perceber grandes mãos me pegando pela cintura e beijos sendo distribuidos pelo meu pescoço. Tentei me soltar, mas era díficil e suas mãos já pousavam em minha nádega fazendo-me gemer de dor. Seu sorriso se tornou malicioso ao ver a minha reação ao seu ato e repetiu o que estava fazendo anteriormente.

            Fui interrompida por alguém que me levou ao sofá e fiquei triste ao notar que era apenas o Fabio. Fechei os olhos e desmoronei ao notar como estava vestida e o que ele iria pensar ao me ver deste jeito.

            - Manu? Está eu ia até pagar para ver. - respondeu com um lindo sorriso.

            - Para de fazer brincadeiras Fábio. Por quê me salvou se me odeias? - começei.

            - E quem disse que eu odeio? Eu gosto de você, Manu! - seu modo era irônico e frio.

            - Sinto muito, Fabio, mas esse sentimento não é recíproco. - minha face se tornou determinada.

            - É assim a forma como trata uma pessoa que te salvou de perder a virgindade com um homem de sessenta anos? - questionou aos risos.

            - Está bem, Fabio, me desculpa. - questionei ao abaixar a cabeça - Agora, por favor, me deixa em paz e vai dançar com as outras vádias.

            Suspirei aliviada ao notar que ele estava se afastando. Pousei os olhos em duas pessoas que eram familiares para mim, Nath e James, das quais estavam se brigando. Ele passava a mão por seu cabelo frenquentemente, mostrando o quanto estava nervoso. Tempos depois os dois já estavam se beijando e se entendendo novamente.

            Fábio foi até os dois e conversou por breves segundos. Dirigiu-se até mim de modo lento e eu me lembrei de algo que devia a ele, a aposta. Fiquei nervosa e pensei em fugir, mas ele já estava na minha frente com um sorriso nos lábios.

            - Encontra-me amanhã as quinze horas, na lanchonete Peixoto. Não pode me dar um bolo. Leve o seu 'amigo' com você.

            Ia perguntar quem era o índividio, mas ao ver ele apontando pro Matthew percebi quem era o tal 'amigo'. Senti um aperto no peito ao ver ele beijando uma morena, meus olhos percorriam por todo o canto com o intuito de não ver a cena, mas minha visão sempre retornava para o mesmo lugar. 

            Alguém se aproximou de mim e sentou ao meu lado. Seu cabelo era familiar e sorri ao perceber que era a Rosa.

            - Nada da certo para mim. - suspirou.

            - Por quê? - perguntei somente.

            - Bem, eu estava aqui com o intuito de achar um garoto.

            - É? E que garoto seria esse? - mostrei-me interessada no assunto.

            - É uma longa história. - após respirar continuou - Eu venho aqui toda a semana a procura deste homem que me ajudou em algo importante. Estava neste local com o meu namorado, que já fazia dois anos que estavamos namorando, e eu vi ele me traindo com uma mulher qualquer. Corri desesperada para fora do local e este cara que procuro me ajudou ao aferecer a mão para me consolar. Ele foi tão carinhoso comigo que infelizmente eu acabei me apaixonando.

            - E você não teve medo de que ele fosse te levar para o mato e te estrupar? - perguntei de um modo sério.

            - Não, eu estava muito alterada para pensar nisto. - respondeu apenas.      

            - Seja quem for este homem, espero que você o encontre logo. - declarei de modo sincero.

            - Sim. Mas aqui não é um local para angústias. Que tal dançarmos um pouco, Manu?

            Eu não ia aceitar, mas ela me puxou antes que eu respondesse. Vários homens começaram a paquerá-la ao notar o quanto ela era bela e divertida, mas ao contrário dela eu fiquei sozinha e sem parceiro. Fui ao camarim para trocar de roupa, mas o gerente me obrigou a ir palco me apresentar.

            A luz ofuscava meus olhos e eu fui o centro das atenção daquele local ao perceber que eu era uma nova funcionária. Começei a dançar por me darem algo forte que me deixava dopada. Alternava meus passos entre o poste e o palco, começei a tirar o traje lentamente ao cantar no ritmo da música. Fui novamente interrompida de meus atos ao ser carregada por um homem que era familiar para mim, até demais.

            Sai do portão e ele me soltou, mas me colocou em um banco ao notar que eu não parava mais em pé. Seu sorriso me deixou mais arrependida do que fiz e seus gestos me faziam ficar magoada comigo mesma. Os olhos estavam alternados entre decepção e pena, mas não me abalei ao notar sua expressão que agora se tornara fria.

            - Desculpa. - começei.

            - Não tem que me pedir desculpa, mas sim, matar a pessoa que fez isso com você - disse isso de modo raivoso.

            - Matthew, a culpa é exclusivamente minha. - declarei.

            - Não, não é. - sussurou ao acariciar meus cabelos.

            Puxou-me para seu colo e ficou comigo até eu despertar. Percebi algo em movimento e me senti feliz ao notar que estava segura de algum modo. Reconhecia que de agora em diante eu sempre teria o meu anjo da guarda para me socorrer. 


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Notas finais do capítulo

Eu sei, Tá horrível né? MUITO!

OBRIGADA E BEIJOS.

GOSTARAM OU NÃO GOSTARAM? REVIEWS? PLEASE.



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