Manus Life escrita por Apiolho


Capítulo 21
Acidente


Notas iniciais do capítulo

Querido leitor,

Desculpa a demora e OBRIGADA. Espero que curtem, mesmo. É HORRÍVEL QUANDO PERCEBO QUE NINGUÉM ACOMPANHA, MAS AI ESTÁ. BOA LEITURA!



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CAPÍTULO VINTE E DOIS - ACIDENTE

"Ainda que haja noite no coração,

vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão."

(Arnaldo Álvaro Padovani)

            Na areia da praia, duas pessoas estavam andando de biclicleta, sendo que uma estava alegre e outra traumatizada.  O moço de olhos verdes azulados, rosto aristocrático e corpo definido estava levando uma menina comum pois tinha olhos e cabelos castanhos que não chamavam a atenção.

            - Para com isso, Matthew. Se continuar deste jeito vamos parar no hospital. - foi dificil formular esta frase por estar quase sem ar.

            - Você deveria curtir mais o momento. - Respondeu ao rir.

            Não tive como responder pois ele bateu a bicicleta no lixo e esta ação me lançou para longe do meio de transporte. A primeira coisa que o 'idiota' fez foi rir da minha queda, mas ao perceber o quanto eu estava machucada foi correndo em minha direção. O que mais se destacou em seu ato foram os seus olhos que a todo o momento se mostravam preocupados e atentos a minha reação.

            Sentia uma dor aguda em meus braços e pernas, mas minha voz não saia ao tentar gritar. Matthew andava de um lado para o outro e às vezes se acocava ao meu lado e tentava fazer algo, mas tinha receio de que pudesse me machucar. Assustei-me ao perceber que algumas partes do meu corpo estavam sangrando.

            Ao ouvir um consentimento de minha parte, pegou-me no colo e pôs a minha cabeça em seu peito. A tremedeira e a batida desgovernada do seu coração entregavam o quanto estava nervoso, o que me fez querer acalma-lo de algum jeito.

            - Não foi culpa sua, Matthew. - começei - Como você ia saber que tinha um lixo em sua frente? Eu que sou culpada por conversar com o 'motorista'. - Respondi ao tentar rir em vão pois estava sentindo dor em meu maxilar.

            - Não tente me isentar da responsabilidade. - começou de um modo frustado - Estou bem grande para perceber que o culpado sou eu por não prestar a atenção e te por em risco pelos meus atos.

            Senti-me mal ao ver o quanto estavam próximos. Nossos rostos estavam muito pertos um do outro e me agoniada ao lembrar da noite do restaurante em que o mesmo a provocou.

            - Eu estou bem Matthew, por favor, me põe no chão.

            - Não. Você vai se machucar mais ainda se fazer esforço.

            Começei a mexer minhas pernas como forma de protesto, mas ele me agarrava fortemente não me deixando sair de seus braços. Tentei de todas as maneiras me soltar, mas nada surtia efeito.

            - Pare de se debater, Manu. Eu não vou te largar só porque você quer - comentou de forma mal humorada.

            Desisti ao perceber o quanto estava irritado comigo ao me colocar de maneira brusca em seus ombros de forma que eu parecesse um saco de batatas. Parou em sua casa ao andar alguns minutos. Entrou na casa de maneira silenciosa, mas ao perceber que não havia pessoas na residencia relaxou.

            - Espere-me aqui no sofá. Nem pense em fugir, se não te buscarei aonde quer que esteja. - Gesticulou ao ir para a cozinha.

            Percebi pela entrada que ele pegou uma caixa com o simbolo de primeiros socorros e se dirigiu até aonde eu estava de maneira carrancuda.

            - Se doer, por favor, me avisa. - Afirmou ao pegar o curativo e a pomada. Seus toques eram calmos e suaves e sua expressão não mostrava mais irritação, e sim culpa.

            Ele observou a minha feição a cada segundo e me tocou de maneira mais cuidadosa ao perceber uma careta se formar em minha face. Passava a pomada nas minhas pernas até o meu braço, mas demorou mais ao tocar em minha face ao perceber a confusão em meus olhos por vê-lo se aproximando.

            Fiquei intacta enquanto ele massageava minha buchecha e me olhava de maneira penetrante, deixando-me corada. Fiquei ainda mais desconfortável ao perceber que o mesmo não parava de me encarar ao tocar as partes machucadas. Mesmo confusa, parei ao perceber que estavamos chegando em um momento perigoso.

            Abri a porta e sai para a rua mesmo ouvindo seus protestos. Não ousou me seguir mesmo sabendo de minha situação e que também moravamos perto um do outro. Sentei no quarto e me escorei na parede, mas escorreguei e parei sentada ao pensar nas atitudes do vizinho.

(...)

            A música do celular que tocava "Missão impossível" soava em meu ouvido de forma insistente.

            - Alô.

            - Manu? - A voz do outro lado se mostrava nervosa.

           - Sim. O que houve Nathália?

            - Como você está?

            - Bem. - respondi apenas.

            - Machucou-se muito?

            - Não. Quem lhe contou o ocorrido?

            - A sua mãe.

            - Claro - começei sabendo o obvio - Quem mais seria?

            - Sim. Eu, a Rosa, a Bridget e a Courtney vamos passar ai. Está bem? - perguntou contrariada.

            Esqueci de contar, mas a Nathália está hospedada na casa da Rosa pois não aguentava morar com o padrasto no mesmo teto. Eu ficava triste ao pensar o quanto ela está sofrendo por não ser correspondida por sua mãe.

            - OK - estava agoniada.

            - Tchau, meu anjo. - despediu-se rindo ao imitar minha mãe, mas no fundo eu sabia do quanto estava triste ao tocar no assunto de uma forma indireta.

            - Tchau, honey. - completei ao imitar a Bridget.

            Estava ouvindo uma música em meu fone de ouvido, mas parei ao ouvir batidas na porta.

            - Podemos entrar? - Nathália.

            - Claro - respondi apenas.

            Só deu para ver vultos ruivos, loiros e pretos no quarto ao abrirem a porta. Sentaram-se ao meu lado na cama. Percebi o quanto era incomodo para as irmãs ficarem perto de mim, mas ao contrário do que sentia em relação a Nathália, eu não tinha pena delas, mas sim rancor.

            - Como está sua perna? - perguntou Rosa.

            Não respondi e lhe mostrei a faixa que estava riscada pela família de caneta. As meninas riram ao perceber os comentários que tinham desde "Gatinha me liga, te amo" até "Se você não tivesse se machucado eu te levaria para a praia" que foram assinadas pelo Florêncio e James, mas o que eu mais gostei foi o simples recado - "Estarei torcendo pela sua melhora, feiona" - que Matthew escreveu ao me visitar horas atrás.

            Courtney sorriu ao ver o Matthew em seu quarto pela minha janela. Ao perguntar se eu tinha uma caneta e papel ela começou a jogar alguns recados para o Matthew após pegar as pedras na calçada.

            Ele sorriu de um modo falso ao ler o recado e respondeu a mesma com um bilhete.

            "PARA DE JOGAR PEDRAS NO MEU QUARTO E VAI FAZER ALGO MELHOR, COURTNEY"

            O comentário me fez rir, mas ela se dirigiu a casa do Matthew após jogar vários  bilhetes no quarto do mesmo e avisar as meninas que não precisavam esperá-la.

            - Vamos embora, Manu - Nathália comentou.

            Não respondi por estar concentrada em outro ponto, mas ouvi a porta ser fechada atrás de mim. Notei o momento em que a Courtney dirigiu-se até o meu vizinho de maneira sedutora e o beijou. Seus lábios se fundiram de maneira sincronizada, deixando-me nauseada. Ele agarrava seus cabelos de maneira brusca e desejosa, fazendo-me pensar por um minuto que eu queria estar no lugar da mulher.

            Meu coração parou ao ver seus beijos sendo distribuidos no pescoço da ruiva de maneira esfomiada. Lágrimas saiam de meus olhos ao observar os dois deitados no 'ninho' em um ato mais intímo. Fechei a cortina e me deitei na cama, cobri minha cabeça com o cobertor ao fechar meus olhos fortemente e desejar de toda as formas que aquilo não estivesse acontecendo. 


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Notas finais do capítulo

E AI O QUE ACHAM QUE MANU SENTE POR ELE?

Gostaram? Reviews?

Bem, por favor, comentem sobre este cap. e o outro porque eu não recebi no de antes? Eu fiquei muito triste ao perceber que não recebi reviews =( Pode até ser crítica de erro de português um 'oi e algum comentário sobre o que achou' me ajudaria a ver que não estou escrevendo para mim mesmo neste cap.

MUITO OBRIGADA MESMO POR ACOMPANHAREM E BEIJOS.