Fantasmas de Natal escrita por dulcelunatica


Capítulo 3
Capítulo Único - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

finalmente terminei
espero que gostem :)



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“Que ótimo... la vamos nós de novo....” Peter pensou já cansado.

-O que é óbvio? –respondeu em outra pergunta.

-A reposta está na sua pergunta – a voz respondeu.

-Você vai dar uma de Einstein agora?

-Não! –respondeu a voz severamente- o que quero dizer é que pra tudo se tem uma resposta.

-Ótimo, minha primeira pergunta é: quem é você? –ele parecia entediado.

-Eu sou Bob – a voz respondeu.

-Esponja? –Peter levantou a cabeça, incrédulo.

-É claro que não! –a voz parecia entediada- não sou uma esponja amarela falante que usa calças quadradas, vive no fundo do mar e faz hambúrguer!

-Ah, então o que você é?

-Sou um testralio falante, que usa uma capa preta, sabe andar em duas patas, vive em eras diferentes e ah sim... sei fazer uma ótima polenta com galinha.

A boca de Peter se escancarou ao ouvir tais palavras. A janela foi aberta pela terceira vez naquele dia. Bob entrou somente em duas patas, vestindo um chapéu estilo Abraão Lincoln com uma bengala e sua capa preta. Suas grandes asas estavam coladas ao seu corpo.

-Olá – ele abriu a boca em algo parecido com um sorriso.

-Você... você está falando! –exclamou Peter surpreso.

-Não estou cacarejando – o testralio girou os olhos.

-MAS TESTRALIOS NÃO FALAM!

-Claro que falam! –ele respondeu- São vocês, humanos que não nos escutam.

-Então como EU te escuto, se sou humano?

-Oras, não é óbvio? –ele riu-se- isso é um sonho.

-Então... toda aquela baboseira dos filmes trouxas, que o Pontas vez a gente assistir por causa da Evans... é verdade?

-Tecnicamente sim – o animal respondeu num quase sorriso.

-Tecnicamente?

-Sim, tecnicamente falando.

-Estou confuso.

-Não é pra menos, você está falando com um testralio! –riu-se.

-Puxa! Que doideira!

-Vamos começar – ele sentou-se nas patas traseiras, enquanto as paredes dissolviam-se novamente.

Eles estavam na Rua dos Alfeneiros n°4.

-Venha comigo – Bob atravessou a porta de entrada.

-Se você podia fazer isso... Porque entrou pela janela? Por que simplesmente não atravessou a parede do dormitório?

-Você faz perguntas demais –Bob reclamou- apenas observe e reflita consigo mesmo.

-Refletir?

-Consigo mesmo, é – eles pararam ao lado do armário de baixo da escada.

-Mas o que... –começou Peter assim que viu o testralio falante atravessar a cabeça pela parede.

Bob somente puxou-o pelo pijama fazendo com que Peter praticamente esbarrasse na parede, mas ao invés disso ele atravessou-a.

Peter somente viu um garoto magricela deitado em uma cama improvisada, cabelos desarrumados e belos olhos verdes esmeralda.

-Esse é Harry James Potter – Bob apontou para o garoto sorrindo.

-Potter? Parente de Pontas? –Peter perguntou surpreso.

-Sim, Harry é filho de James – ele respondeu ainda observando o garoto.

-E ele está aqui por? –indagou Peter estranhando- Por castigo é que não seria –ele riu.

-Não, ele não está de castigo –Bob agora estava sério- Harry dorme aqui.

-O QUE?

-Sim, Harry mora com os tios nessa casa, e eles o obrigam a fazer todo o trabalho doméstico e...

-Trabalho doméstico? Mas isso era trabalho para um Elfo... –exclamou indignado.

-Os tios de Harry são trouxas, não tem nenhum elfo Peter – Bob respondeu calmamente.

-Mas porque... –ele começava novamente, mas uma voz cortante o interrompeu.

-HARRY LEVANTA! –Petúnia Dursley aparecera e começara a bater na pequena porta do armário e voltando em seguida para a cozinha.

Eles observam o pequeno Harry levantar-se apressado. Olhar em volta e colocar óculos som armação redonda, no meio estava quebrado e fora “concertado” com fita. Usava roupas duas vezes maiores do que o seu tamanho. Era magro e baixinho.

Harry saiu de seu “armário” e dirigiu-se a cozinha.

-Traga o meu bacon moleque – urrou uma voz assim que o garoto abriu a porta.

Eles atravessaram as paredes da cozinha e encararam a família a mesa. Harry estava de pé, pegando o bacon no fogão para o tio. A mesa encontravam-se sentados três pessoas, uma mulher extremamente alta e magra, com expressão severa; ao seu lado, na ponta da mesa encontrava-se Valter Dursley, de barba mau feita, ombros largos, corpulento, e com olhar raivoso; Duda Dursley era o filho do casal e primo de Harry, vestia o uniforme de sua futura escola que começaria no próximo vez, segurava uma bengala na mão direita, e com ela ficava a incomodar o primo.

-Esses são Valter, Petúnia e Duda Dursley – Bob apresentou-os apontando para cada um.

-Ah, muito prazer –Peter estendeu a mão, porem logo recolheu-a- ah é, eles não podem me ver...

-Isso mesmo – Bob apenas confirmou.

-Onde está o James? Por que ele não esta aqui com o filho?

-Vou levá-lo até ele Peter – as paredes se dissolveram novamente, onde era a bela casa agora estava frio e sombrio. Peter olhou em volta, estavam em um cemitério, era noite, musicas natalinas trouxas ressonavam pelo local.

Ouviram um ruído vindo do outro lado do cemitério. Duas sombras olhavam as lapides.

-Harry! –um dos vultos berrou, “É uma garota, pela voz” Peter pensava- Ah, me enganei...

O outro vulto suspirou derrotado, mas continuou a procurar.

Depois de um tempo ele ficou a encarar somente uma lapide, como se estivesse em choque, a garota corre até ele e ambos ficam abraçados em silencio.

Peter foi até eles, mas estancou ao ver os nomes da lápide:

“Lily e James Potter”

-James... –ele sussurrou- James está morto?

-Sim – Bob somente respondeu.

-Mas... o que aconteceu? Como...

Antes dele completar a pergunta a cena se dissolveu novamente. Agora estavam em um local que ele jamais vira antes.

-Rabicho! –Peter deu um pulo ao ouvir aquela voz chamando-o. Era ele.

-Si... sim Milorde? –ele respondeu em uma reverencia. Peter também tremia ao observar a cena.

-Conseguiu a informação que necessito? –a voz das sombras perguntou friamente.

-Não... Não senhor... –Rabicho e Peter tremiam.

-ENTÃO CONSIGA! –ele se encolheu mais ainda.

-Sim... Milorde – e saiu aos tropeços.

As paredes negras sumiram dando lugar a um lindo céu azul. Eles estavam de frente a uma casa de dois andares linda. Viram Rabicho chegando a casa e o seguiram.

Ele tocou a campainha e a porta logo foi aberta por uma bela ruiva de olhos verdes.

-Ah! Peter! –ela o abraçou- entre.

Os três entraram na casa e logo foram recebidos por James Potter e Sirius Black.

-Rabicho – James suspirou enquanto os três sentavam-se- Tomamos uma decisão. Você será o fiel do nosso segredo.

-Eu? –os dois Peters responderam incrédulos.

-Sim Rabicho – James confirmou sorrindo.

-Mas por quê?

-Achamos mais seguro que seja você. Viram atrás de mim de primeira – Sirius respondeu encarando-o.

-Está bem –Rabicho tremia- eu aceito ser o fiel.

O visual mudou novamente, ele voltara novamente voltaram a mesa sala escura de antes.

-Então Rabicho, conseguiu o que eu queria?

-Não Milorde – ele tremia, dos pés a cabeça.

-Não minta, eu sei que você sabe –uma dor profunda o atingiu e Rabicho estava no chão se contorcendo- FALE!

Soluçante Rabicho contou. Peter não podia acreditar em si mesmo.

A cena novamente se dissolveu e agora eles estavam em uma rua de uma cidade trouxa. Rabicho e Sirius estavam frente a frente. Sirius ria cínico de Rabicho, o mesmo levantou a varinha e fez com que a rua explodisse.

-Céus! –Peter exclamou vendo o estrago, viu a si mesmo se transformando em rato e fugindo por um dos bueiros.

Bob já se preparava para mudar de cena novamente, mas Peter entreviu.

-Não! Pare, eu não agüento mais!

-Não agüenta mais a si mesmo? Esse é você, no futuro. Ainda não estamos nem na metade – ele responde enquanto Peter se debatia- Sirius foi mandado a Azkaban onde passou os próximos 12 anos, trancado. Remus está sozinho no mundo. Não se casou com ninguém pelo próprio preconceito. James está morto. E você...

A cena então se dissolveu e agora estavam agora na’ Toca.

-virou o rato de estimação de Percy Weasley.

-O que?

-Todos achavam que você havia morrido na explosão, somente Sirius sabe que você estava vivo, então se escondeu como bicho de estimação, sabendo que algum dia Black poderia sair de la e vir atrás de você.

-Isso... isso tudo é horrível.

-Esse é o seu futuro, porem você ainda pode mudá-lo. Você ainda terá uma longa noite, Boa noite Peter.

-Ahn? –ele caiu em frente à orla da floresta proibida.

-Ah, finalmente Rabicho –urrou uma voz que ele conhecia muito bem, Malfoy- esta atrasado.

-Atrasado? –Peter se levantou e limpou seu pijama.

-Sim, esqueceu que vamos atacar uma vila trouxa hoje? –dessa vez quem perguntava era Snape.

-Onde estão as suas vestes de comensal? Céus! Só não esquece a cabeça porque está colada! –bufou Narcisa.

-Eu não vou – Peter afirmou dando meia volta e indo em direção ao castelo.

-Como é? Não vai?

-Não – ele respondeu sem se virar. Sentiu algo passar raspando em seu ombro. Uma maldição- Mas que...

-Sinto informar, mas... –Lucius começou cínico- você sabe sobre o ataque, ou vai conosco, ou...

-Eu falei que não vou! –ele gritou irritado.

-Você que escolheu o seu destino – ele deu de ombros.

-Sim, eu escolho o meu destino, e com certeza não será o mesmo que vocês – ele respondeu confiante, mexeu em seus pijamas e percebeu não estar com sua varinha.

No alto da torre da Grifinória:

-Eu falei que não vou! –Remus acorda com o grito de Peter e se levanta assustado. Olha em direção a cama do maroto e a vê vazia. Corre em direção a janela e vi a cena que se passava: Rabicho + sonserinos = ferrou.

-Pontas! Almofadinhas! –ele chamava sacudindo os amigos e olhando de vez enquanto para a janela para constatar se Rabicho ainda estava vivo.

-O que foi? –James perguntou sonolento.

-Rabicho... sonserinos... JANELA! –Remus falou ofegante. James correu para a janela. Os sonserinos sacaram as varinhas.

-ALMOFADINHAS ACORDA! –Remus berrou.

-PORRA ALUADO! AINDA NÃO É DE MANHÃ! –ele berrou de volta.

-Fale isso pro Rabicho, ele resolveu dar uma voltinha pelos jardins! –Remus retrucou irônico.

-E que mal tem?

-Talvez o fato que os jardins estão lotados de sonserinos!

-Ferrou – ele concluiu.

-Calma gente, ele ta voltando pro castelo –James suspirou, seus olhos arregalaram-se- e recebendo maldições da morte pelas costas!

-O QUE? –os dois demais que ainda discutiram pararam ao ouvir as palavras de James, ambos correram para o lado do amigo.

-O QUE A GENTE FAZ AGORA? O QUE A GENTE FAZ? AAAAAAAAH VAMOS TODOS MORRER! POBRE RABICHO! –Sirius corria em círculos pelo quarto, berrando.

-SIRIUS CALA A BOCA! –Remus e James berraram.

-Vamos la embaixo! –James correu para porta.

-Não da tempo –Remus exclamou- temos que chegar lá mais rápido, mesmo com as passagens secretas. Estamos a muitos andares de distancia dele...

-VASSOURAS! –Sirius correu até o malão e pegou sua própria vassoura. James e Remus bateram com a mão nas próprias testas e pegaram suas vassouras, saindo janela afora.

No jardim...

Peter já se desviara de varias maldições, mas agora estava no chão, sem saída.

-Adeus Pettigrew – Peter fechou os olhos esperando a maldição chegar, mas ela não chegou, apenas ouviu um ruído de algo caindo no chão ao seu lado. Abriu os olhos, Malfoy estava ao lado dele, estuporado.

-Tomem essa Sonserinos! –ele apenas via três vultos em vassouras voando sobre sua cabeça.

Um a um os sonserinos iam caindo. Ele se deitou por completo na grama. Marotos. Os marotos nunca o abandonariam. Ele se arrependera de cada momento que deixou de passar com os marotos para estar com aqueles sonserinos. Ele não repetiria aquele erro. O pequeno Harry não viveria sozinho e com os tios se dependesse dele. Sirius não seria o primeiro a fugir de Azkaban, pelo contrário, jamais entraria por aquelas portas. Remus teria a ele de companhia, e com certeza aquele preconceito de ser um lobisomem e que era muito perigoso, passaria, porque ele teria seus amigos ao seu lado. James conquistaria sua ruivinha e estaria presente na vida do pequeno Harry. E ele? Ele criaria um ótima vida ao lado de seus amigos, em paz e lutando contra Lord Voldemort. Podia não ser tão corajoso quanto seus amigos, mas ele fora para Grifinória, havia sangue grifinório em suas veias, então ele tinha coragem, só precisava encontrá-la.

Um relógio ao longe tocava doze badaladas.

-Feliz natal Rabicho – James sorriu estendendo a mão ao amigo para ajudá-lo a levantar.

-Que bonitinho, todo mundo junto e amigo outra vez – riu-se Sirius.

-É como aqueles trouxas sempre falam: um por todos... –James começou em dúvida.

-E todos por um! –Remus respondeu levantando a varinha, os amigos o encararam estranhando sua reação- Achei que vocês iam fazer também... –ele respondeu guardando-a novamente nas vestes, enquanto os três riam.

-No três e... um dois três!

-Que seja um natal feliz! -cantarolou James.

-Que os anjos digam amém! -continuou Sirius.

-Que seja um natal feliz! –completou Remus sorrindo.

-E um ano novo tambémmmmmm ,oooh yeah! –Pedro fingiu estar com um microfone na mão ao cantar.

-E um feliz natal pra todos...  –Lily Evans apareceu na entrada do castelo, com as mãos na cintura e com expressão raivosamente assassina, mas não se agüentou, e rindo foi em direção aos marotos sorrindo, e rindo do estado de Severo.

-Amém! –bufou Severo preso de cabeça pra baixo com uma fantasia de rena.

FIM


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