Máfia de Sangue escrita por LadySpohr


Capítulo 5
Retrato Sangrento


Notas iniciais do capítulo

Devido a muitos pedidos insistentes de quem leu este conto, só tenho algo a dizer: TÁ BOM, EU ESCREVO MAIS!!!! TÁ BOM PRA VCS?????
rsrsrsrs
brinks gente...curtam ae, a volta de Steph e Bartram!



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Foi mesmo um caos pra pegar o avião.

_ Stpehanie, eles estão aqui - disse Bartram ao meu lado na cadeira de espera.

_ Ah, não! - ergui os olhos e mirei na mesma direção que ele. Havia dois caras ali, muito suspeitos, olhando para todos os lados, e brancos, brancos como mármore - E agora?

_Vá pro banheiro! - ele mandou, se levantando - Eles não vão se atrever a atacar em público, anda, vai!

_Mas que...

_Vai! - ele quase gritou pra mim - Fique lá até ouvir a chamada pro embarque, vou ver se acho onde me esconder também!

E num piscar de olhos, sumiu no meio das pessoas, carregando, nada além do passaporte e da passagem. Eu, tentando andar rápido e não parecer suspeita, correndo feito uma louca, me esgueirei entre malas pelo caminho, e pedindo desculpas quando esbarrava em alguém.

Cheguei no banheiro e larguei minha mochila na pia, dando um suspiro pesado.

_Merda de vida, merda, merda, merda! - resmunguei, enquanto enchia minhas mãos em concha pra beber da água de uma das pias. Quando fui m enxugar notei que o retrato de meus pais tinha escapado de dentro da mochila e fiquei alguns instantes observando.

Como eu sentia falta deles...Pensei na minha casa, que deixava pra trás e senti meus olhos arderem em lágrimas.

_Respire Stephanie, respire - fiz o que me ordenei, até estar recomposta. Então eu ouvi risos, e pulei rapidamente pra dentro de um boxe, sem nem esperar pra ver quem era.

"Oh, então ele disse que me esperaria sabe, lá em Paris, dá pra acreditar?", era a voz animada e alta de uma moça, "Então eu pensei, por quê não?"

"Você tem razão, não se pode perder uma chance dessas", respondeu outra voz, também feminina, mas num tom mais baixo e brando, "Espero que você mande o convite do casamento e...senhores, esse banheiro é feminino"

Minha pele se arrepiou no mesmo segundo da palavra "senhores".

"Oh, sim, perdão garotas, mas estamos procurando uma moça, por acaso vocês viram alguma por aqui, alta, de botas, vestido preto e um cabelo castanho longo?"

Ah, meu Deus! Porra!

"Não, o banheiro estava vazio antes de chegarmos, só nós estamos aqui, como o senhor mesmo pode notar...", respondeu a primeira voz feminina.

"Por acaso não viram se há boxes ocupados?", perguntou outra voz masculina, muito ríspida.

"Ora, essa!", resmungou a moça de voz alta," E por quê nos daríamos ao trabalho?"

"Bem, neste caso...Lucas, você sabe o que fazer", a viz ríspida se tornou tão gélida que pude até mesmo senti-la atravessar a porta do meu boxe e penetrar na minha pele.

Meus lábios estavam secos e meu coração pulava num ritmo frenético. Depois de um segundo de silêncio, ouvi um barulho horrível de "crack!" e um grito que fez meu sangue parar de correr.

Outro "crack!" e o grito morreu instantaneamente.

"Então moça, pode aparecer agora!", disse a voz fria," Sabe que é melhor pra você, juro que não a matarei se nos disser onde está nosso amigo Bartram..."

Ah, aham, claro, pensei, imagina, vocês não vão me matar! Só vão sugar todo o meu sangue e me deixar seca como osso!

Continuei em silêncio, sentindo gotas de suor se formando na minha testa e acima dos meus lábios.

"Acho que ela quer brincar, Andreas", disse a voz calma e gentil do outro vampiro.

"Então que o jogo comece", riu a voz fria, com diversão perversa.

BUM!

Pulei no assento do vaso quando a primeira porta do boxe foi tirada arrombada.

Tremendo, subi na tampa, mesmo que soubesse que não adiantaria muita coisa. meus dedos procuraram o retrato de meus pais dentro da mochila e a prata gelada bateu nos meus dedos.

Arregalei os olhos e tirei o retrato pra fora quando a terceira porta foi posta abaixo. Com as mãos tremendo, consegui arrancar a foto de dentro do retrato e guardá-la a salvo dentro da mochila, que coloquei nos ombros.

"Ora, ora, só uma porta, arrombamos ou sairá de boa vontade?"

Eu respirei fundo, trincando meu queixo. Se eu tivesse que morrer, não seria como uma covarde e sim lutando, como sempre fiz em toda minha vida.

Meus saltos bateram no chão, e sabia bem que eles estavam ouvindo.

Destranquei a porta e saí:

_Olá cavalheiros, estavam me procurando? - indaguei tranquilamente, apertando o retrato que escondia às minhas costas.

_Ela é mesmo bonita Lucas - disse o vampiro mais próximo, e meu corpo tremeu. Ele era mais alto que eu, com grandes olhos castanhos e cabelos escuros. Era bonito, mas havia algo nele que fazia suas entranhas revirarem de pavor.

_Bartram consegue as melhores até nos piores momentos - assentiu o outro, o tal Lucas. Ele devia ter um e noventa, e parecia ter saído de um daqueles filmes sobre vikings, tal era a largura de seus ombros. Uma bola de pavor se formou em minha garganta quando notei que atrás dele jaziam os corpos das duas moças, ele notou meu olhar e sorriu - Oh, lamento por isso, mas se você tivesse saído antes, teríamos poupado as moças...

Uma chama de raiva se acendeu no meu peito.

_Vocês as mataram porque quiseram.

Andreas riu.

_Se você prefere ver por esse ângulo...Agora nos diga, onde está o Bartram?

_Não é de sua conta.

_Cuidado, ou você pode se unir a elas - ameaçou Lucas piscando um dos olhos azuis pra mim.

_Ah, não vou mesmo! - gritei e uma outra voz rosnou.

Foi tudo muito rápido. Eu atirei o retrato de prata no rosto de Andreas, e num repelão, Andreas foi atirado ao chão, e quando vi, Bartram e eu estávamos fora do banheiro, com a última chamada para o vôo em direção a Bucareste ribombando nos ouvidos.

_Desculpe-me por isso, achei que eles viriam atrás de mim - ele apertava minha mão enquanto eu acompanhava seus passos apressados.

_Tudo bem, eu consegui me virar, agora por favor , só nos tire daqui.

Embarcamos apressados e nunca me senti mais feliz na minha vida por estar dentro de um avião.

Mesmo que morresse de medo de altura!


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Notas finais do capítulo

Ae! Espero que tenham gostado!



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