The New Era Of Hogwarts - 1 Ano escrita por Kevin_Rodrigues
_ Seth, você tá bem?_ a voz de Alvo foi ouvida por Seth, como se o garoto estivesse usando um feitiço amplificador da voz, ou um auto-falante.
_ Tô sim._ disse o garoto, enquanto tirava os cabelos dourados de suor da testa._ Foi só um pesadelo...
_ Não pareceu só um pesadelo_ o garoto moreno ao lado de Alvo disse._ Você tá todo suado. E todo, não foi uma força de expressão. Sério. Você deve estar suando até pelos olhos!
_ Tá bom._ retrucou Seth_ acho... eu acho que vou beber um pouco de água.
Dizendo isso, pegou seu robe, vestiu-o, e desceu para o Salão. Depois passou pelo retrato da Mulher Gorda, e foi descendo pela Grande Escadaria. Após vinte minutos de uma descida cansativa e torturante, chegou ao Salão Principal, e tinha certeza de que seria pego por alguém. Não queria se meter em confusões, e tentava não pensar nisso, porque sabia que só conseguimos nos meter em mais encrencas, quando estamos com medo das encrencas menores.
Ele atravessou o Salão, indo em direção à porta que levava à cozinha. Quando chegou perto dela, para seu azar, estava trancada. Tentou forçá-la. Nada. Tentou abri-la com um murro na fechadura, mas só conseguiu um corte e um pouco de sangue. Então tentou se lembrar de alguma outra coisa que arrombasse portas.
“Você é um bruxo, ou não?!” _ falou uma voz no fundo da sua cabeça.”Sonso”_ pensou. Sacou a varinha do bolso, e... problema. Não se lembrava de nenhum feitiço que o ajudasse.
_ Algum problema?
Seth deu um pulo, e se deparou com James, que saira sabe-se lá de onde. Tinha a varinha e o Mapa do Maroto em uma das mãos, e um pedaço grande de tecido, que Seth achou ser uma capa.
_ Ah, é você! Quase me matou, sabia? Pensei que fosse o Filch!
_ Tá, beleza, mas ainda não respondeu minha pergunta. Algum problema?
_ A porta tá trancada, e eu não me lembro de nenhum feitiço para abri-la.
_ Ah. Tente o Alohomora. É bem útil. Olha, se der, traga umas bombas de creme quando voltar, ok?
_ Ei, peraí! Aonde você vai?
_ Voltar para o Salão.
E dizendo isso, James desapereceu em pleno ar, enquanto Seth virava a cara em sinal de reprovação. Claro, ele se assustou quando virou-se novamente, e o garoto havia sumido.
“Bom, não custa nada tentar!” _ pensou.
_ Alohomora!
Quando disse isso, ouviu um pequeno estalo, e percebeu que a porta estava aberta. Empurrou-a com as pontas dos dedos, e desceu as escadas até a Sala de Troféus. O ar lá embaixo estava limpo. A brisa que entrava por uma leve abertura numa das janelas era fresca. Estava fria, mas não tanto quanto algumas horas atrás. Estava relativamente gostoso.
Foi em direção ao corredor com o quadro. Quando chegou ao quadro, fez as devidas cócegas, na devida pêra, e entrou.
_ Oh, senhor! Que bom que veio, senhor!
Várias elfos domésticos saíram correndo na direção do garoto, como se o esperassem há séculos.
_ Onde está sua amiga, senhor?_ perguntou um elfo, cuja cabeça era maior que uma bola de basquete.
_ Ah, ela não sabe que estou aqui! Vim só pegar um pouco de água, e umas bombas de creme.
_ Está suado, senhor! Venha, sente-se aqui!Vou ajudá-lo, senhor!
E dizendo isso, uma elfa doméstica agarrou o pulso do garoto com suas pequenas mãozinhas enrrugadas, e o conduziu a um banquinho perto do fogo. Seth estava com calor, mas como a última coisa que queria era ser indelicado, não reclamou quanto ao fogo, mesmo sabendo que os elfos com certeza dariam um jeito de fazer o que ele queria.
A elfa voltou, trazendo um balde e uma toalha branca, mas Seth não via como aquilo poderia ajudá-lo. Ela subiu em cima da mesa (com certo esforço, diga-se de passagem), se ajoelhou e começou a limpar a testa de Seth. Ele estava fedendo. Estava fedendo e pegajoso. Resumindo: estava nojento. Com certeza daria um jeito de tomar um banho, nem que fosse se atirando no lago gelado.
_ Aqui está, senhor!_ um elfo cabeçudo voltou com uma bandeja dourada, com um jarro cheio de água com gelo (que derreteria muito fácil na frente do fogo), uma taça transparente com detalhes dourados, e as bombas de creme de James (que chegariam ao Salão fervendo).
O elfo Cabeça-de-Bola-de-Basquete (era esse o nome que Seth dera a ele) serviu a taça para o garoto. Assim que ele tocou a propriamente dita, seus dedos queimaram um pouco, pois a água estava muito gelada. Claro, ele aproximou a água um pouco mais do fogo, para que aquecesse um pouco.
Depois de algum tempo, voltou para o Salão. Entregou as benditas bombas de creme (que estavam fervendo, literalmente) para James, que as atirou ao fogo da lareira quando tocou a bandeja, deixando esta cair com um estrépito no chão de pedra. Foi ao seu dormitório, pegou tudo o que precisava, e pôs-se a caminho do banheiro (o mais próximo, não o único).
Depois de um relaxante banho morno, Seth estava realmente melhor. Não fedia mais. Estava com um cheiro bom de cedro e laranja com maracujá. Estava tranquilo, mas lembrou-se então, de algo muito importante: deixara sua varinha na pia do banheiro masculino. Tinha de pegá-la. Não podia deixá-la lá, para que outro aluno o encontrasse. E tinha que ser naquele momento.
Pegou a varinha de Alvo na mesa (ficaram acordado desde as três da manhã, quando acordaram com o pesadelo de Seth. Deviam ser mais ou menos quatro e meia, quando percebeu a falta da própria varinha), o casaco, pois estava bastante frio, e o mapa aberto das mãos de James.
_ Ei, devolve! Aonde pensa que vai com isso?
_ Pegar minha varinha!
E dizendo isso, se virou para sair, mas um detectou um problema no último segundo:
_ Como se opera esta coisa?
_ Bem simples. Você olha os cantos do castelo, e vê se tem alguém. Se não tiver, ótimo, se tiver, saia. Não quero perder meu mapa. Para abri-lo, você só precisa dar um tapinha, e dizer: “Juro solenemente que não vou fazer nada de bom!”. Agora, quando terminar, dê outro tapinha e diga: “Malfeito, feito!”. Se não qualquer um pode ler!
_Hum... obrigado James!
Assim que terminou de receber instruções, ele saiu pela porta do Salão, desejando muito não ser pego.
_”Lumos!”_ murmurou.
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