The Midnight Storyteller escrita por Bella_Hofs


Capítulo 4
Pergunte á sua Sombra


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa , teve gente que veio nos visitar, não deu pra postar nada esses dias . Maaaas aqui está o esforço em hitorinha de terror . MUAHAHA.

Enjoy ,

xoxo , Bells



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Não era de se esperar que Amélia estivesse sentada na confortável cadeira de veludo vermelha, que antes pertencia ao senhor Bates. Ela talvez sentisse falta dele, dos convidados ilustres, das festas e do seu charme, que nunca fora abalado pela cicatriz que lhe cortava a bochecha, sentia saudades do marido devoto e apreciador de animais empalhados. Enfim, os convidados esperavam pacientemente os devaneios dela, esperavam pacientemente com seus copos cheios de uísque e absinto. Amélia pensou na espera interminável de sua gravidez. Do sorriso do senhor Bates ao ver que a esposa engravidara. Mas também lembra da dor. Da dor que, em mais de vinte anos, consumira seus sentidos, a deixando viúva, solitária e rica.

- A espera é algo ridículo, não? – Amélia disse e os convidados aguçaram os ouvidos para ouvir o que ela tinha á dizer. – Ela em si pode ser agonizante. Pode levar á loucura. Pode levar á morte. E ela sempre, sempre vem acompanhada do silêncio. – Amélia sorriu maléfica e olhou como um psicopata olharia para o fogo, antes de começar a sua história.

“Acho que isso aconteceu á alguns anos atrás. Com um homem que seria taxado de brilhante pela sociedade. Quero que prestem atenção, porque o terror que mais nos põe medo é o psicológico. O que vai além do que se possa ver, ou sentir, mas o que nos aterroriza desde crianças. Clint fechou a porta na sua casa. Eram por volta das onze da noite, numa vila suburbana rodeada de árvores e coisas bonitinhas. Sabe a sensação de que quando você fecha e tranca uma porta você está seguro? Esqueça isso. Ele a fechou, pensando que tinha fechado o mal que o rondava naquela noite, e tirou a gravata jogando-a no sofá. Ele subiu as escadas, cada passo rangendo um degrau e abriu a porta do quarto. Clint era um solteirão. Era alguém que nunca se casaria porque achava lógica em ficar solteiro. Era, para muitos homens da sociedade local, alguém brilhante. Porém naquela noite Clint queria que no seu quarto houvesse alguém para lhe dar boa noite. Sentiu-se sufocado pela sensação de vazio e perseguição. Sentia-se sendo vigiado. Desligou as câmeras de segurança. Uma por uma. Mas a sensação não passava. Ele trancou a porta, pensando ter trancado novamente o mal. Mas não aconteceu nada. Fechou as cortinas, fechou as portas, trancou-as uma por uma, de forma que ele não sairia do quarto. Mas a cada porta fechada a sensação de ser observado aumentava, porque ele obviamente estava sendo manipulado pela sensação. Então ele pegou o molho de chaves e o jogou pela janela, a trancando-a em seguida. E esperou. Esperou a noite toda, o dia todo, a manhã seguinte, sem se mover, sem atender ao telefone, sem ir ao banheiro, se sentindo cada vez mais apavorado. E sem falar. E ele foi esquecendo aos poucos do som da sua própria voz, com medo de parecer ridículo aos seus próprios ouvidos. E foi isso. Os vizinhos não o viram sair para o trabalho e ligaram para ele. O próximo passo foi chamar a polícia, que bateu incansavelmente. Optaram por arrombar a porta. O que se sabe é que hoje, Clint Marshall está preso em um hospício caríssimo, dopado, domado por uma camisa de força atrás de sete centímetros de aço maciço. E sem nenhum sinal medico de problemas em sua mente. Estava simplesmente louco, descontrolado e sozinho. Raramente fala, mas sempre pede para não o deixarem sozinho porque a sua sombra vem o visitar. Enfim, na última semana, Clint foi achado sem sua cabeça na sua cela, que além de nunca ter sido aberta desde o dia que o colocaram lá. Nenhum sensor foi disparado, mas sua camisa de força estava desabotoada. Como? Bem, pergunte a sua sombra.”


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Notas finais do capítulo

Mandem um review pra mim , okaaaay ?Quero saber se ficou bom ou não , *-*



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