Annabelly escrita por minsantana
Notas iniciais do capítulo
A foto da Alexia tá lá na primeira página
Na manhã seguinte, Gerard me deixou em casa e seguiu até a mansão de sua família para avisá-los da minha gravidez. Quando ele entrou, porém teve uma grande surpresa.
- Alexia? O que faz aqui? – era ela. Minha ex-namorada e grande amiga da minha mãe.
- Gerard! Isso é jeito de tratar minhas visitas? – Donna reclamou. – a Alexia veio me visitar, e trouxe uma coleção de jóias incríveis. Olha só que coisa linda. – minha mãe esticou o braço mostrando várias pulseiras e anéis de ouro. Alexia vendia jóias caras para grandes celebridades, pois era filha de um dos donos de uma famosa joalheria da cidade.
- me desculpe. Tudo bem Alexia?
- melhor agora, Gerard. – ela me deu um beijo demorado no rosto e eu fiquei sem graça.
- mamãe, eu preciso conversar com a senhora e com o papai. É importante.
- seu pai está vindo. Pode falar, meu filho. A Alexia é como se fosse da família, não é mesmo querida? – ela confirmou e sorriu pra mim.
- sinto muito, mas o que tenho pra dizer é um pouco mais importante que isso. – o sorriso no rosto de Alexia se desmanchou. Donna me olhou desconfortável.
- então... tudo bem. Alexia volte outras vezes, sim? Por hoje vou ficar apenas com esses lindos anéis.
- com certeza voltarei Donna. Foi um prazer vê-la de novo. A senhora está ótima, como sempre.
- ah, querida, muito obrigada pelo elogio. Você é um amor de menina.
As duas se despediram e Alexia foi embora, não sem antes me dar outro beijo no rosto. Dessa vez, bem mais próximo à boca.
Meu pai chegou logo em seguida e graças a Deus ele nunca gostou tanto de Alexia quanto mamãe. Ele tinha bom senso.
- bom, pode falar Gerard. O que é tão importante assim? – minha mãe disse sendo repugnante, como sempre foi.
- eu tenho duas notícias para dar. A primeira é que, eu estou saindo de casa hoje. – antes que as indagações começassem, eu continuei. – E a segunda é que eu estou indo morar com a futura mãe do meu filho. – minha mãe arregalou os olhos mais ainda e abriu a boca assustada. – Sim, a Anny está grávida e nós vamos nos casar no fim do ano.
- meus parabéns, meu filho! Você não sabe como fico feliz em saber que serei avô! – meu pai me abraçou contente e eu confesso que me senti bem mais aliviado depois disso.
- Donald!! Como você pode permitir uma coisa dessas??? O Gerard ainda é uma criança e não sabe o que está fazendo!
- criança?? Mamãe, eu não sou mais criança. – respondi irônico.
- mas é burro! Não vê que essa mulherzinha vai destruir sua vida?? Ela está armando um golpe pra você, Gerard! Ela só quer seu dinheiro.
- mãe, já chega! – me enfureci.
- Gerard, calma. – meu pai interferiu. – Donna, deixe que ele viva a vida dele. Gerard já não é mais criança, ele cresceu e está vendo que precisa começar uma família. Deixe-o ser feliz.
Abracei meu pai mais uma vez e subi as escadas sem encarar o rosto enfurecido de minha mãe.
Entrei no quarto e peguei Mikey e a namorada se ‘agarrando’ em minha cama e sem boa parte das roupas.
- Mikey!
Ele quase caiu da cama com o susto. A namorada se cobriu imediatamente com o lençol, morta de vergonha.
- Gerard, foi mal. Me desculpa. Mamãe não sabe que estou aqui.
- tudo bem. A partir de hoje você vai poder revezar os quartos quando quiser. – abri o armário e fui retirando minhas coisas.
- como assim??
- eu estou indo embora. Vou morar com a Anny.
- o quê??? Mas por quê?
- eu vou ser pai, Mikey. – olhei pra ele que ficou mudo de susto – E você, meu caro irmão, será titio.
- nossa! Meus parabéns, mano! Você vai ser pai! Nem acredito! – nos abraçamos.
Mikey e eu sempre fomos muito amigos e sempre torcemos muito pela felicidade um do outro. Eu amava o meu irmão e ele a mim.
- meus parabéns. – Dannyelle, a namorada dele, veio-me parabenizar.
Arrumei o restante das minhas coisas e me despedi dos dois. Mikey ainda estava incrédulo como que nossa mãe tinha feito à Anny.
- eu não acredito que ela conseguiu fazer isso com a menina. Meu Deus, isso foi pior do que eu pensei que ela fosse capaz. Nossa mãe é um monstro, Gerard!
- foi o que eu disse quando soube. Por isso eu não posso mais morar na mesma casa que ela, entende?
- claro, claro. Você tem toda a razão.
- eu não posso ficar aqui e trata-la como sempre tratei. Eu vou me casar, vou ter um filho, quero ter minha vida.
- eu te desejo sorte, meu irmão. Você merece ser feliz.
- vocês também. – abracei os dois namorados. – mas tenham cuidado vocês também. – Mikey balançou a cabeça.
Anotei num papel o endereço do apartamento. Era pra lá que eu iria.
- toma isso aqui. Você saberá onde me encontrar. Mas por favor, não conte a ninguém, ok?
- pode deixar. Boa sorte.
Me despedi dos dois e desci as escadas. Minha mãe me esperava na porta, com os braços cruzados e os lábios cerrados.
- aonde você pensa que vai, mocinho? – ela disse tampando a passagem.
- Donna... com licença.
- por que me chama pelo nome? Eu sou sua mãe, esqueceu? Mostre respeito.
- respeito?? Por alguém que tentou matar a mulher que eu amo?? A senhora não merece meu respeito, agora me dá licença.
- eu não quis matá-la, meu filho. Eu nunca faria isso.
- não mesmo? Tem certeza... Donna?
Eu estava com raiva. Como ela podia ser tão cínica? Como ela podia ser minha mãe?
- você não vai sair de casa e acabou. Ou eu destruo a sua vida com ela e não vai haver casamento nenhum.
- se a senhora prefere me enfrentar.
Dei a volta na casa e saí pelos fundos. Ela não me impediu, mas eu não tinha medo do que ela pudesse fazer. Nada nem ninguém iriam atrapalhar minha vida. Nada. Queria que eu estivesse certo.
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