23 de Dezembro - 14:42 p.m.

Ikki estava ali em seu apartamento, vendo TV. Ele só não esperava que sua nova vizinha fosse tão barulhenta, em uma simples mudança. E a proposito... Quem se muda quase na vespera de Natal? Só mesmo uma pessoa louca. Não conhecia sua visinha, mais sabia que não era coisa boa.

Estava ali quando um barulho ainda mais forte que o normal, para o momento, foi ouvido. Ele saiu de seu apartamento irritado. Vendo a porta do apartamento ao lado do seu, a porta estava aberta. Ele entrou. Sala vazia, foi até o quarto/suite e entrou. Viu uma mulher, com cerca de 20 anos, tinha olhos cor da lua, cabelos negros azulados, pele clara, jeito delicado. A menina estava sentada no chão apalpando a perna visivelmente machucada. Ikki foi até lá, ver o que aconteceu.

- Já conceguiu se machucar? - perguntou o outro.

- Geralmente as pessoas se cumprimentam e se apresentam, mas acho que você não é muito assim não é -  disse a morena. - ah... - gemeu de dor ao colocar a mão sobre a perna esquerda. - mas não precisa, já sei que você é Ikki Amamiya, um dos mais famosos e mais jovens empresarios de todo o Japão.

- E geralmente as pessoas respondem perguntas. - disse se agachando proximo dela. Ele olhou a perna a tocando com leveza e cuidado. - não está quebrada. - concluiu. - mas então, quem é você?

- Yue Tenshi, faço faculdade de Artes Plasticas e Visuais. - disse tentando se levantar, mas se desequilibrou e quase caiu novamente, porem Ikki a pegou.

- Como conseguiu machucar a perna duas horas depois que entra no seu novo apartamento? - perguntou o outro.

- Tentando colocar uma caixa em cima do guarda roupa com um banquinho, me apoiar no guarda roupa e sem querer empurar o banquinho e quando se dar conta já caiu com a perna quebrada. - disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Vem, vou levá-la no meu irmão, ele é medico e sabe o que fazer. - disse fazendo com que ela se apoiase nele. A garota foi sem protestar, seu medico era o irmão dele.

Eles seguiram o caminho de carro sem nenhuma conversa, o silencio era cortante, irritante e constrangedor. Havia apenas uma pequena troca de olhares, que sempre eram desviados.

Quando chegaram ali foram até a secretaria de Shun e ela os informou que tinha um horario vago, então eles entraram no consultorio.

- Oi DOUTOR! - berrou Yue pulando em Shun. - ai. - reclamou da perna. - como tu tá Shun? - naquela conversa Ikki não entendeu mais nada.

- Oá Yue, essa é a segunda vez essa semana. - disse o outro, e ela deu um sorriso amarelo. - olá Ikki, vejo que já conhece minha paciente, Yue Tenshi. Então o que houve dessa vez? - perguntou ajudando a menina a se sentar na maca.

- Cai do banquinho enquanto colocava umas caixas em cima do guarda roupa. - Shun balançou a cabeça de forma negativa, como ela conseguia sobreviver a tanto hein? Será que ela tinha um anjo da guarda tão bom assim?

- Bom sua perna está um pouco machucada, vou passar uma poumada e colocar umas ataduras e vai ficar tudo bem. - disse Shun pegando as ataduras. Depois de uns minutinhos, ficou tudo pronto. E ele enrrolou as benditas atadura na perna esquerda de Yue. - e pelo menos nesse Natal, vê se não venha parar aqui novamente.

- Sim, senhor. - disse em tom de brincadeira. Apesar de ter 20 anos ainda era bem divertida e brincalhona, e por isso adorava crianças. - Sabe de cor a minha senha do plano de saúde neh? - disse vendo ele colocar tudo ali no computador.

- Se eu não soubesse seria louco, ou teria que ver se eu não sofro de aminesia. É capaz de você vir mais ao hospital que eu, e eu sou o medico. - a menina sorriu amarelo novamente.

Depois de tudo eles foram embora, deixando Yue em casa, Ikki resolveu ficar para ajuda-la a levar as coisas. Pouco tempo depois ele fora embora.

***-***

24 de Dezembro - 23:50 p.m.

Ele estava chegando da festa da Ceia de Natal, estava exausto. Ele entrou em sua casa e tirou seu casaco foi quando sua campainha tocou. Ele foi até lá, jogando mil maldiçoes na pessoa que estivesse ali. Ao abrir a porta se depara com sua vizinha irritante, Yue Tenshi.

- Não vi você saindo então não tive a chance de desejá-lo, Feliz Natal! - disse lhe estendendo uma caixinha de presentes. - Eu planejava dá-lo ao meu primo, mas o vôo dele foi cancelado e ele só vem para o Reveillon.

- Ah, obrigado, mas eu não preparei nada para você. - disse surpreso, não esperava que a menina o dece um presente.

- Você me ajudou muito ontem, é a minha forma de dizer obrigada. - disse a outra. - bom... éh eu tenho que ir... - ela disse. Deu meia volta, mas hesitou. Quando e voltou. - acho que já sei o que você pode me dar de Natal. - disse ela. Então ela o pegou de surpresa e o beijou. E ele retribuiu.

O beijo era calmo. Sem presça. E sem interromper o beijo ele a puxou para perto de si, fazendo com que ela entrasse na casa. Tracou a porta e deixou o presente, que nem havia sido aberto, em cima de uma comoda. Foi a guiando até seu quarto. La o beijo foi se tornando cada vez mais intenço, cada vez mais perigoso. E ambos sabiam o que estava por vir, e ambos queriam isso.

***

25 de Dezembro - 08:00 a.m.

Ikki acordou com um pequeno peso em seu corpo. Abriu os olhos e viu um corpo escultural sobre o seu. Então não fora um sonho, fora realidade. Ele sorriu com o que se lembrou. A aconchegou mais em seus braços.

Não passara muitos minutos e a menina acordara. Ela corou ao se lebrar da noite que tivera, e corou mais ainda ao ver a posição que estava.

- Bom dia, Bela Adormecida. - disse Ikki a beijando.

- B-bom dia, Ikki. - começou gaguejando. Augo que fez Ikki dar um sorriso de canto.

- Vem, vamos comer alguma coisa. - eles se levantaram, ela colocou uma camisa de Ikki, e esse achou que ficou muito bem nela.

Depois de comerem conversando, animadamente. Ela foi lavar a louça e Ikki foi para a sala onde viu o presente de Yue. Ele chegou até ele e o abriu. Era um desenho dele, feito de giz de cera, mas não era um desenho comum, era um desenho que mais parecia um retrato. Ele sorriu. Foi quando sentiu dois braços entrelaçarem seu pescoço.

- Feliz Natal, Ikki! - sussurrou a voz em seu ouvido.