Verdade e Conseqüência escrita por Gabriela Fortunato


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um Encontro Entre Estranhos


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá :D
Bem, não sei se está fic é boa ou não, ou se irão gostar, a verdade é que foi muito na loca a minha idéia. Para quem não leu o aviso serão apenas 3 capítulos, que serão postados de acordo com a quantidade de review que receber.
Também quero atentar para o tipo de narração, é a primeira fic que eu escrevo com uma narração assim, então me perdoem se não ficar bom, e dê-me sugestões que possam melhorá-la. Algumas frases inseridas no texto foram retiradas do seriado Gossip Girl, então a semelhança não é uma coicidencia.
Enfim, Enjoy It :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/118472/chapter/1

Capitulo 1 –Um Encontro Entre Estranhos

 

Ora, alguém por aqui! Fico feliz que minha história tenha lhe interessado, talvez tenha sido pela capa, ou você não estivesse fazendo nada de mais importante, talvez tenha sido apenas por sentir que deveria ler essa história. Não sei se ira gostar, e sendo bem sincera, pouco me importa. Mas por favor, não me entenda mal, estou apenas contando como minha vida mudou, ou começou, como preferir, sem querer que goste ou a odeie.

 

Esta é a primeira vez que escrevo, então ainda não sei direito como começar.Você deve estar pensando ‘Que mulher mais arrogante !’ , não me importo que você pense isso também, sendo que nem me conhece, então vamos as apresentações e para o dia em que essa história começa...

 

Meu nome e Margarett Cavalier, tinha 24 anos na época, era uma importante arquiteta, alias, continuo sendo, e mãe de duas crianças adoráveis, Scarlett e Stevan. Casada? NÃO! Não sou casada. Para que iria querer um marido para cozinhar, lavar e passar e ainda por cima, dar conta de minha vida, sendo que ela era perfeita? Não, muito obrigada, mas não!

 

A grande verdade é que eu odeio homens, seres inferiores e machistas, com suas atitudes grosseiras e seus modos primitivos. Com um ego maior que o mundo e um orgulho inatingível. ‘Arrogante, sim’, você deve estar pensando, não diria arrogante, sou apenas realista, aponto as verdades doam a quem doer. A vida me ensinou a ser assim. 

 

Se a vida me mostrou uma coisa é que, as vezes, coisas entram no seu caminho e voce tem uma escolha. Voce pode enfrenta-las ou voce pode adaptar-se e fugir, mas voce tem que fazer um ou outro para seguir adiante. Talvez minha vida continuasse a mesma se pequenas decisões não tivessem sido tomadas. Se aquele dia fosse uma tarde de tempestade e com relêmpagos, e não uma tarde calma e ensolarada. Ou então se o incompetente do meu auxiliar, Mathew, tivesse conseguido marcar a renião com meu novo sócio. Ou se a mãe de Elizabeth não tivesse problemas do coração, e ela viesse trabalhar aquele dia...

 

Mas para que jogar a culpa nessas pobres pessoas, Margarett? A grande verdade é que a enorme e unica culpada foi eu mesma. Se eu tivesse dito um ‘não’ para os pedidos suplicantes de meus filhos...

 

Destino? Não! Não acredito em destino, acredito apenas em escolhas que podem levar a caminhos distintos, e se Destino realmente existe, em meu ver, é muito egoísta, brincando com a vida das pessoas, como se fossem marionetes, sem se importar com o que elas realmente querem ou não! É só uma desculpa idiota que as pessoas inventam para deixar as coisas acontecerem em vez de fazer com que elas aconteçam.

 

Desculpe, algo mais para saber sobre mim: me excedo facilmente. Mas voltemos aquela tarde...

 

Meu humor estava ótimo, como você pode imaginar, por que motivos estaria estressada, afinal? Havia perdido um cliente importante e a babá de meus filhos não poderia vir trabalhar. Meus nervos estavam a flor da pele. Scarlett e Stevan corriam para lá e para cá em minha casa me deixando maluca.

 

— Mamãe, mamãe, leva agente ao parque? – ah, deixe-me esclarecer algo, não pense que não dou atenção para os meus filhos, eles são, simplesmente, o que mais me importa nessa vida. Suspirei profundamente e larguei o projeto em cima da mesa do escritório, já que não estava com concentração para trabalho. Peguei Scarlett no colo e sorri para Stevan que insistia em puxar a barra de minha saia.

 

— Tudo bem, queridos. – enquanto vestia algo mais apropriado para aquela tarde ensolarada, algo como bermudas e chinelinhos, e amarrava meus cabelos lisos e loiros, Stevan e Scarlett juntavam seus montins de brinquedos para levarem ao parque. A risada daqueles dois pequenos enchia meu coração de alegria, nem podia imaginar que meus pais haviam sido contra a minha gravidez. – Estão prontos? – perguntei ao ver as crianças com suas mãos carregadas de brinquedos.

 

— Sim, mamãe, vamos!? – fechei a porta do apartamento e segurei cada uma das mãozinhas de meus filhos enquanto desciamos até o estacionamento para poder pegar o carro.

 

— Mamãe, ontem na escola, o Paul riu da gente. Por que ele diz que nós somos aberrações? – Mirei os olhinhos azuis de Scarlett e sorri bondosamente, enquanto meu cérebro processava varias maneiras de pegar aquele menino gordinho e ranhento e assassiná-lo.

 

— Ora, meu anjo, vocês não podem ligar para o que Paul diz, ele mente quando diz essas coisas. – meu cerebro passava a processar maneiras de assassinar toda a familia tradicional daquele garoto quando Stevan cutucou meus ombros.

 

— Mamãe, o que são aberrações? – olhei para aquele rostinho angelical e curioso e respondi:

 

— Aberrações são coisas que não são normais.

 

— Mas nós somos normais, mamãe. Temos cinco dedos nos pés e nas mãos, dois olhos, duas orelhas, braços e pernas, um nariz e uma boca. – ele dizia apontando cada parte de seus corpinho me fazendo sorrir.

 

— Por isso estou dizendo que Paul é um menino mentiroso. – como meus filhos eram espertos, enchiam-me de um orgulho maternal.

 

Estacionei o carro perto de uma árvore florida. Peguei a cesta com os brinquedos de meus filhos e os conduzi a quadra de areia.

 

— Fiquem aqui. A mamãe vai sentar naquele banco ali – apontei para o banco de madeira branca que ficava a uns três metros de onde meus filhos brincavam. Eles balaçaram suas cabecinhas fazendo seus cabelos finos e castanhos voarem. Sorri. – E não briguem, crianças.

 

Sentei-me no banco e pus-me a vigiar meus filhos. Os dois sorriam e gargalhavam. Iam de um lado para outro e voltavam a sentar na areia começando a fazer castelos de areia para logo em seguida pisarem em cima com seus pezinhos, espalhando areia para todos os lados.

 

Sorria. Eu era feliz, tinha tudo o que precisava.Cada lugarzinho do meu corpo sentia-se plena. Havia realizado todos os meus sonhos, tinha uma carreira profissional em ascensão, era mãe de gêmeos cheios de saúde e tinha amigos verdadeiros e cumplices. Nada me faltava!Nada... exceto aquele contrato a ser fechado...

 

Por que motivos eu havia aceitado ter um assistente masculino mesmo? Eu sabia que ele ia me decepcionar! E lá estavam os problemas fazendo meu mais recente bom humor sair voando pelos ares.

 

— Olá. – suspirei profundamente tentando manter a dignidade e não descontar minha raiva naquele estranho e inoportuno que sentará ao meu lado no banco. Nem me indignei a olha-lo.

 

— Oi.- respondi no meu tom de voz que geralmente, eu quis dizer SEMPRE, mantinha as pessoas em silêncio. Claro que com aquele estranho irritante tinha que ser diferente.

 

— Bonito dia, não?! – será que ele não compreendia que tudo em mim apontava para uma mulher extressada e irritada que NÃO queria conversar?

 

— Aham. – afastei-me um pouco do seu lado, ainda sem olha-lo. Sugurava meus instintos para não levantar e sentar no banco vazio ao lado. Eu ainda prezava a minha boa educação. Ao visto minhas atitudes deram resultado, ele manteve silêncio, certo? Não, errado... Ele não desistia tão facilmente...

 

— Meu nome e Devan Lochees. – Por que diabos ele estava me dizendo seu nome? Eu não havia perguntado. Eu sequer olhara para ele! Além de irritante e inoportuno ele começava a se mostrar incrivelmente lesado. Como disse, eu ainda prezava a minha educação...

 

— Prazer. – O quê? Você não esperava que eu disesse meu nome para um homem estranho, inoportuno, irritante e lesado, esperava? Claro que depois eu acreditei que ele fosse guardar aquela voz nauseante bem presa naquela garganta masculina. Como sempre, estava errada com tudo que relacionava com aquele estranho irritante.

 

— Você se chama...? – ahh, além de lesado ele era insistente! Aquele encontro não poderia ser melhor. Como sempre, eu estava enganada. Suspirei lenta e profundamente, enquanto meu cerebro processava as informações da seguinte forma: Diga seu nome para ele, Margarett, após isso, ele irá embora. Doce inocência! Virei-me para encará-lo pela primeira vez.

 

Cabelos castanhos chocolates, olhos azuis, claros como o céu naquela tarde, nariz reto e triangular e maxilar perfeitamente quadrado. Lindo, você deve estar pensando. Bonito, é o que eu lhe digo. Eu tinha certeza que já havia visto aquelas feições em algum lugar... E quando eu digo que tenho certeza de algo, é porque realmente tenho...

 

— Margarett. – Ofereci-lhe meu melhor sorriso forçado. Ainda tinha esperança que após saber meu nome ele fosse embora. Claro que ele tinha que ter mais um defeito. A cegueira! Ele sorriu para mim, mostrando seus perfeitos dentes brancos, como se eu tivesse dado-lhe um sorriso que dizia: Hey, estou super na tua! E não um que dizia: Você pode ir embora agora?

 

— Mamãe, mamãe! – virei-me para a voz chorosa de Scarlett que vinha esfregando os olhos cheios de lágrimas.

 

— O que foi que aconteceu, querida? – agachei-me para verificar o que ela tanto esfregava em seus olhos.

 

— Stevan jogou areia em mim! –balancei a cabeça e olhei na direção de Stevan que fazia um enorme amontoado de areia, acreditando ser um lindo castelo. Peguei-a no colo e soprei seus olhos.

 

— Melhorou? – perguntei preocupada. Scarlett piscou e eu pude ver que seus orbes estavam vermelhos. Ela balançou a cabeça afirmativamente. Procurei dentro de minha bolsa por algum colirio, mas não encontrei nenhum. – Diga para seu irmão, que estamos indo embora.Vá ajuda-lo a juntar suas coisas.

 

Enquanto minha doce filha ia correndo, fazendo esvoaçar seus cabelos e vestido, para juntar-se ao seu irmão, novamente a voz irritante da criatura ao meu lado me trouxe para meu mal humor caracteristico.

 

— Me desculpe! – Ah, finalmente ele se tocou do quão inoportuno ele é? – Pensei que você estivesse sozinha... E que... Bem... Você tem filhos e um marido... e ... Me desculpe... Isso foi um grande erro... – passei a lingua pelos lábios e guardei bem guardado uma gargalhada do quão parvo ele havia ficado e quão sem graça estava seu rosto. Vou confessar, consigo ser extremamente má e fria de vez em quando. E aquilo estava me divertindo horrores. Claro que eu AINDA prezava a minha educação, apenas afirmei com a cabeça enquando meus filhos aproximavam-se.

 

— Mamãe, estamos prontos. – segurei-lhes a mão e dei as costas para o estranho irritante que agora estava muito envergonhado.

 

— Até mais, Dustin. – disse sorrindo para ele. Incrivel como meu humor muda rápido, não?

 

— É Devan. – ahh, era Devan? Bem, os dois nomes começam com D, então Dustin estava valendo. – E até. – ele respondeu-me sem jeito.

 

Bem, não me pergunte por que motivo eu olhei para trás, quando chegamos até meu carro, procurando aquele estranho irritante ou porque continuei pensando nele durante aquela tarde. Essas respostas virão em breve, eu lhes assuguro...

 

Quando cheguei em casa me dei conta que havia esquecido meu celular em cima da mesa, e que ele estava piscando como um vagalume endoidado, avisando que eu tivera chamadas perdidas. Deixei as crianças na cozinha comendo cereais com leite e fui ver quem havia me ligado.

 

Sorri satisfeita e um pouco irritada, mais uma coisa para dizer sobre mim, consigo ter emoções variadas e completamente desconexas. Stefan havia me ligado. Como toda mulher eu tenho necessidades, mas para saciar essas necessidades eu tinha alguém disposto a fazê-lo.

 

Stefan Bennet era quem saciava. Claro que para nosso relacionamento e funcionar eu havia lhe imposto algumas pequenas regras: Nada de demonstrações de afeto sobre o teto onde meus filhos repousavam, nem em público, para que as pessoas não ficassem falando com suas línguas ferinas, nada de sentimentos puros e cálidos, apenas paixões momentaneas, e como Stefan sabia, não se salva uma donzela que gosta de sofrer.

 

Liguei para ele enquanto meus filhos terminavam de comer o cereal.

 

— Margô!— ele disse surpreso. Se há uma coisa que me atrai em Stefan é que ele é igual a mim. Prático e rápido. Sem demostrações falsas, sem conversas tolas e tediosas. — Pensei que não quisesse falar comigo.

 

— Deixei meu celular em casa enquanto levava as crianças ao parque. – ouvi ele dar uma risadinha.

 

— Nos vemos hoje? — meu corpo gritava um ‘Sim’, porém se há algo que prezo mais que uma boa educação é a responsabilidade maternal, e meu cérebro processou rapidamente a resposta a ser dada.

 

— Desculpa, querido. – disse realmente lamentando-me – Elizabeth não veio trabalhar hoje. Terei que cuidar das crianças.

 

— Sabe que eu posso passar ai, não sabe? – mais uma coisa que me atrai em Stefan: ele faz-me sentir desejada. Ora, não me olhe com essa cara! Uma mulher que não se sinta desejada não é em todo feliz!

 

— E você conhece as regras! – ele bufou, revoltado.

 

— Ah, as suas regras tolas! – você deve estar pensando, ‘Agora que ela desconta todo o seu estresse’. Mais uma coisa para saber sobre mim: jamais desconto meu estresse nas pessoas que gosto. Afinal para que fazer sofrer alguem por quem simpatizo? – Sabe que quando precisar estarei aqui, como seu humilde escravo, não sabe? – e ainda por cima ele não se importava em me deixar no comando, sorri.

 

— Claro. – despedimo-nos e fui até a cozinha ver que arte meus adorados filhos estavam fazendo para manterem-se em um silêncio tão profundo. É certo que não fiquei surpresa ao me deparar com duas crianças de 4 anos alimentando a sua pequena cachorra da raça collie, que era umas duas cabeças maior do que eles.

 

Soltei um suspiro cansado.

 

— Lexy! – chamei a enorme bola de pelo branco e apontei para a lavanderia. Ela me olhou com aqueles enormes olhos negros como se dissesse: Foram eles que me chamaram! – Agora! – Reprimi um sorriso quando olhei para meus filhos que piscavam para mim amedrontados. – Quem vai começar explicando? – cruzei o braço esperando.

 

— Mamãe, agente só queria dar comida pra ela! – Stevan explicou enquanto sua irmã começava a chorar.

 

— Mas querido, cachorros não devem comer as mesma comida que agente! – aproximei-me daquelas criaturinhas frageis e mirei seus olhos azuis. –Vamos, não precisa chorar, Scarlett. – Limpei as lágrimas dela - Só me prometam que não farão isso novamente. – as cabecinhas balançaram freneticamente um sim resoluto. Abracei os dois pequenos lhes depositando um beijo em suas testas. – Vão assistir TV enquanto a mamãe limpa essa bagunça. – ordenei. Ouvi quando eles discutiam que desenho iriam assistir, se Pica-Pau ou Tom e Jerry, suspirei. Bons tempos de infancia.

 

Quando terminei meu serviço juntei-me a eles no sofá da sala. Sentei no meio deles, com suas cabeças depositadas cada um em uma perna, ouvindo suas risadas gostosas cada vez que o ratinho marrom aprontava com o pobre gato cinza.

 

Não demorou para aqueles pequenos pegarem no sono. Levei-os para o quarto e fiquei observando o resonar daqueles dois anjinhos de cabelos marrom chocolates e olhos azuis céu. Espere! Eu disse cabelos marrons chocolates e olhos azuis céu?!

 

O que quero dizer é que não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver. Algumas precisam retroceder para descobrirem tudo a sua volta, outras precisam ver que mentiras são traiçoeiras, e nos entregam, cedo ou tarde! Algumas, precisam enxergar que tinham absolutamente tudo o tempo todo, e finalmente há aquelas pessoas que precisam fugir de tudo e todos para não olhar a si mesmas. E quanto a mim, vi tudo mais claro naquele momento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Oii novamente :DD
E então, gostaram? Não gostaram?
Criticas, sugestões, e elogios serão bem aceitos, só não me xinguem u.ú
ahhh, leitor fantasma não tá valendo ;D
Beeeijos de Hortelã :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Verdade e Conseqüência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.