One Shot.

Chovia forte, era quase de noite. Noite de Natal. As famílias se reuniam em suas casas, comemorando a data alegre.

Mas sentado no sofá de um hospital, estava um menino de aproximadamente 8 anos. Ele chorava, passando a mão no rosto tentando conter as lágrimas.

Estava assustado.

"Sasuke, pare de chorar! Já é um homem, e homens não choram!" As palavras de Itachi ecoavam na cabeça infantil. O pequeno acreditava fielmente naquelas palavras.

Olhou pela janela, vendo a chuva cair e soluçou.

- Oi!- ele escutou uma voz feminina, infantil. Arregalou os olhos, cobrindo a cabeça com o capuz do casaco que usava.

"Ela não pode me ver chorando!" Pensou, assustado. Virou o rosto, limpando as lágrimas com força.

- Está chorando?- ela perguntou, com a voz triste. Ele olhou para ela, zangado.

- Homens não choram!- ele afirmou com convicção. Ela sorriu.

A menina ajoelhou-se no sofá, apoiando os braços na janela e deitando sobre eles. Ela observava a chuva.

- Eu vim aqui visitar meu nii-san hoje. Ele está muito doente, mas a mamãe disse que ele vai melhorar.- a garotinha falava, observando as gotas de chuva.- Mas hoje ele me disse que está muito cansado. Ele também disse pra mim não ficar triste, porque vai sempre cuidar de mim.- ela sorri, olhando para Sasuke.

- Seu nii-san chora?- pergunta o menino em um murmúrio.

- Eu não sei.- ela responde sincera.- Ele está sempre sorrindo, porque não quer deixar a mamãe triste.- conta.

- Meu nii-san disse que homens não choram.- o menino fala.- Minha okaa-san está lá dentro.- o menino aponta para uma porta.- Eu não sei se ela está bem, os médicos não deixam eu entrar.- ele fala, com a voz voltando a ficar chorosa.

A menina tira o capuz do casaco da cabeça do menino, e então desajeitadamente passa a mão nos fios negros, para em seguida se sentar novamente.

O menino a encara.

- Meu niis-an faz isso quando estou triste.- sorrindo, ela se levanta.- Feliz Natal.- acena, saindo correndo até a porta da sala de espera, e então para.- Eu não sei se homens choram, mas a gente é só criança. Não tem problema chorar. Se estiver, escondido ninguém sabe.- com um último sorriso, a menina vai embora, deixando o menino sozinho.

Agora ele não estava mais tão assustado.

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Dois anos depois, uma garota nova entrou a sala de Sasuke. Quando pois os olhos nela pela primeira vez, soube que ela era a mesma menina que falara com ele no dia da morte de sua mãe.

E ela, assim que pôs os olhos sobre ele, teve certeza de que ele era o menino mais bonito que ela já vira.

Naquele dia, ela sentou-se ao seu lado, e se apresentou para ele.

Haruno Sakura. Ele nunca esqueceria aquele nome.

O tempo foi passando, eles se tornaram melhores amigos. Sasuke conheceu os pais dela e ela conheceu o irmão dele. Eram quase irmãos, e Sasuke sabia que ela gostava dele.

Ele nunca admitiria, mas também gostava dela.

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Era véspera de Natal, e tanto Sasuke como Sakura já tinha 16 anos. Estavam no shopping, para comprar presentes. Naquele ano, eles comemorariam o Natal com alguns amigos.

- Né Sasuke-kun, voce acha que será divertido passar o Natal na casa da Ino-chan?- ela pergunta, sorrindo.

- Talvez. Não gosto do Natal.- eles ficaram em silêncio. Ambos sabiam o que havia acontecido na noite de Natal de 8 anos atrás. Faziam 5 anos, que Sakura tomou consciência de quem era Sasuke.

O menininho que chorava no sofá do hospital. Ficara envergonhada por não ter se dado conta antes, e sabia que ele se lembrava.

Nunca contou para ele que também sabia.

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Estavam sentados na sala, logo após abrirem os presentes. Todos sorriam felizes, exceto Sasuke. Sentados em casais, praticamente todos os 10 amigos namoravam entre si.

Naruto e Hinata, Shikamaru e Temari, Gaara e Ino, Tenten e Neji. A exceção era Sakura e Sasuke, que se diziam melhores amigos. Estavam em uma conversa animada, íntima.

Logo depois da ceia, resolveram fazer a velha brincadeira do verdade e desafio.

Depois de várias perguntas cabulosas e confissões, desafios embaraçosos e muitas risadas, Ino fez uma pergunta para Sakura que interessara muito à ele.

- Sakura, conte uma coisa que você nunca disse para ninguém, nem pro Sasuke.- ela pede. Todos a olham curiosos.

- Não seja boba Ino, eu conto tudo para o Sasuke.- ela ri, descontraída.

- Tenho certeza que você não conta tudo para o Sasuke, Sakura.- fala Ino, um pouco descrente.

- Eu falo sim Ino. É meu melhor amigo.- ela sorri para o rapaz.

- Mas fala tudo, tudo mesmo?- Sakura para para pensar um pouco. Sim, tinha uma coisa que nunca havia contado. Na verdade, duas.

Mas a última, nunca admitiria, nem para si mesma.

- Bom...- começou tímida.- Tem uma coisinha que eu nunca contei para ele.- falou, corando levemente. Sasuke arqueou a sobrancelha. Todos a olhavam curiosos.

- E o que é?- pergunta Ino, empolgada.

Sakura respira fundo, e então olha Sasuke nos olhos.

- Sasuke-kun, eu... Eu me lembro.- ela fala.- Daquela noite há 8 anos atrás.- ela murmura. Todos a encaram, confusos.

Todos menos Sasuke. Esse, apenas a olha sério, e em seguida se levanta. O motivo de odiar a noite de Natal ganhava um aliado. O fato de Sakura nunca ter falado nada, o magoava.

Mas ele não queria falar sobre aquela noite de anos atrás. Nem com Sakura.

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Eles ficaram sem se falar por 2 semanas. Sasuke, porque tinha receio de que Sakura quisesse falar sobre aquele dia, e também irritado por ela nunca ter mencionado nada. Ele não queria cutucar a ferida que nem se quer havia e fechado.

Já Sakura, tinha vergonha de não ter falado antes. Tinha medo de que Sasuke estivesse bravo com ela.

Mas aos pouco voltaram a se ver e a conversar, e silenciosamente, um pacto para nunca tocar no assunto foi feito.

O ano corria rápido, e Sakura se sentia cada vez mais apaixonada por Sasuke. O sentimento era recíproco, ela sabia. Itachi havia lhe dito um dia.

Mas tinha medo. Conhecia Sasuke, e sabia que ele era fechado, e não arriscava seu coração. Mesmo gostando de alguém, ele era capaz de rejeitar apenas para prevenir futuras feridas. E isso a assustava.

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Foi em uma manhã de inverno, em férias, que Sakura viu pela primeira vez em 9 anos, Sasuke chorar. Ele estava em seu quarto, e Itachi lhe pedira para ela ir acordá-lo. Itachi estava sério, o que assustou Sakura. Quando chegou no quarto, encontrou Sasuke sentado no chão, encostado na cama, com vários álbuns de foto espalhados.

Pela primeira vez viu Mikoto Uchiha, e a achou tão bonita quanto Sasuke. Quando chegou perto dele, lembrou-se da primeira vez que se encontraram.

- Oi.- ela fala. Ele esconde o rosto, apesar dela já ter visto as lágrimas. Aproximou-se.- Está chorando?

- Sabe que homens não choram.- ela escuta ele murmurar, e vê um pequeno sorriso de canto na face dele.

- Se estiver escondido não tem problema.- ela recita as palavras.

- Não sou mais criança.- ele murmura, desviando o ohar para as fotos. Ela se abaixou ao lado dele.

- E quem se importa?- ela pergunta baixinho, abraçando-o.

Os dois ficam em silêncio, abraçados.

Ambos sabiam que aquele era um novo passo no relacionamente deles.

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As coisas não mudaram muio entre eles. Na verdade, continuavam as mesmas.

Mas Gaara e Temari haviam ido embora do país, e o clima entre os amigos não estava nada agradável por isso.

Ino e Shikamaru pareciam fantasmas, silenciosos com suas próprias dores, andando pelos corredores do colégio. Sakura tentou ajudar a melhor amiga. Mas ela não parecia querer.

Então, um dia ela chegou toda sorridente, dizendo que ia esquecer Gaara. Começou a namorar Sai, um menino muito parecido com Sasuke.

Isso fez com que o clima entre o grupo ficasse caótico.

Mas o que mudou tudo, foi quando Sakura chegou na escola de mãos dadas com Shikamaru, e disse que estavam namorando.

Foi naquele dia que Sakura e Sasuke discutiram pela primeira vez.

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Era Novembro, o mês favorito de Sakura. Ela não sabia o por quê.

Havia feio as pazes com Sasuke uma semana depois de brigarem, mas continuou a namorar Shikamaru.

Naquela semana, ela e Shikamaru haviam terminado, mas nenhum dos dois contou para os amigos.

Ninguém queria admitir que havia sido um erro.

Agora caminhava até a casa de Sasuke, pois ele havia faltado naquele dia, estava confusa. Na verdade, estava preocupada. Sasuke Uchiha nunca faltava a aula. Chegando na casa, tocou a campainha, e Itachi - muito irritado por sinal -, atendeu a porta.

- Sakura?- ele perguntou, um pouco surpreso. Mas logo em seguida a convidou para entrar.

- O que aconteceu com Sasuke?- perguntou, preocupada. A irritação pareceu voltar, mas ela notou um ar de preocupação no moreno mais velho.

- Não quis sair do quarto hoje. Trancou a porta e está lá, maldito.- praguejou Itachi.- Não saiu nem para comer. Vai morrer de fome.- ele resmungou.

- Aconteceu algo?- ela perguntou, mais preocupada ainda. Itachi suspirou, passando a mão pelo cabelo longo, frustrado. Sakura notou a preocupação, e o cansaço do rapaz.

- Eu não sei. Ontem no almoço comeu pouco, ficou o dia todo calado.- Sakura arqueou a sobrancelha para o Uchiha.- Mais que o normal.- ele completou.- E então de noite nem jantou, e agora está lá trancado. Não sei mais o que fazer.

Sakura olhou com pena para Itachi. Desde que os pais deles haviam morrido, Itachi tentava sempre ser forte, e cuidou do irmão mais novo. E nem sempre, Sasuke facilitava as coisas.

 - Posso tentar falar com ele?- pediu, preocupada.

- Claro.- respondeu ele, dando de ombros. Subiu as escada lentamente. Estava muito preocupada.

Bateu na porta uma vez, depois duas e três. Não escutou nada no quarto.

- Sasuke?- chamou alto.- Sou eu, Sakura. Abra a porta por favor.- pediu.

- Vai embora!- escutou ele gritar. A voz dele estava estranha.

- Eu não vou embora, então abra essa maldita porta, ou eu irei forçá-la, e você sabe que eu consigo! - gritou irritada.

- Tente.- ela escutou ele responder. Ela respirou fundo, tentando se acalmar.

- Vamos lá Sasuke, abra a porta.- ela suplicou.

- Não!- ele gritou. A voz dele soou tremida.

- Por favor Sasuke!- pediu novamente.- O que há de errado?- perguntou por fim, frustrada. Ele não respondeu dessa vez.

Ela se irritou.

Abriu a bolsa, e pegou um molho de chaves, procurando a certa. Finalmente encontrou, e então a colocou na fechadura e entrou.

Sim, ela tinha uma cópia da chave do quarto dele. Pegara emprestado uma vez para pegar seu celular que ficara lá enquanto ele viajava, e não devolveu.

O quarto estava levemente escuro, mas ela podia enxergar tudo claramente. Viu Sasuke jogado na cama, e percebeu que ele tremia de leve. Notou então que na parede ao lado da cama havia sangue. Horrorizada, aproximou-se a passos largos e puxou bruscamente o cobertor que cobria parcialmente o moreno, que se encolheu.

Viu um bocado de sangue na cama, e a mão dele ferida.

Sabia que ele tinha socado a parede.

- O que há de errado com você ein!?- ela perguntou, irritada. Abaixou-se, pegando a mão dele e analizando. Ele estremeceu de dor.

Respirou fundo e sentou-se ao lado dele na cama e acariciou-lhe os fios negros. Ele mantinha os olhos fechados, mas óbviamente estava acordado.

- O que aconteceu ein, Sasuke-kun?- perguntou suavemente, acariciando-lhe o braço.

Mas isso pareceu aumentar a raiva do rapaz, que abriu os olhos negros faiscando.

- Eu estou cansado!- ele exclama, se levantando.- Cansado de ser somente seu melhor amigo, de te consolar quando está triste por outros garotos, de te ver namorando, e de ver rindo. Eu estou cansado de te amar!- ele gritava, frustrado.

Em silêncio, Sakura escutava. E permaneceu assim quando ele acabou. Isso pareceu irritá-lo mais ainda, pois ele deu outro soco na parede. Ela arregalou os olhos e segurou-lhe o braço para impedi-lo de se machucar mais. Ele a olhou nos olhos.

Esmeralda versus Ônix.

De repente, quebrando o contato visual, Sakura se aproximou e o beijou.

Estático, o moreno sentiu os lábios com gosto de morango pressionados nos seus, e a lingua dela pedindo passagem. Concedeu, correpondeno o beijo.

Aquilo mudaria muita coisas entre eles.

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O beijo mudou, sim, as coisas entre eles. Mas mudou para pior.

Sakura tentava ao máximo evitar Sasuke, e esse tentava ao máximo encontrá-la sempre. Era como uma brincadeira de gato e rato.

Mas o buraco na parede onde o rato poderia se esconder, não existia para Sakura.

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Novamente, o Natal chegava. Os anos estavam passando rápidos. Sakura sabia que não podia fugir mais de Sasuke, afinal era tradição do grupo passarem o Natal juntos.

Chegou na casa de Naruto um pouco tensa, e logo encontrou Sasuke. Tinham sido os prmeiros a chegarem, e com Naruto tomando banho, estavam sozinhos.

Sasuke, sentado no sofá, encarava fixamente a televsão desligada.

Incomodada, Sakura nem se quer se sentou, observando o rapaz. Estranho que ele não tentou falar com ela. O silêncio era constrangedor.

- Por quê?- Sasuke perguntou, por fim.

- Por que o quê?- retruca Sakura, um pouco temerosa. Ele a encarou.

- Você vai fugir para sempre.- não era uma pergunta, e sim uma afirmação. E ela percebeu que isso magoava o moreno. Seu coração apertou.

Amava tanto ele, mas por medo seria capaz de rejeitá-lo e fazê-lo sofrer?

Sakura se sentiu uma hipócrita, pois era isso que imaginava que Sasuke faria com ela, e incosncientemente estava fazendo primeiro.

Se aproximou e sentou-se ao lado dele.

- Eu só tenho medo.- murmurou ela. Sasuke nunca teria escutado, se a sala não estivesse somente com os dois ali.

- Eu também tenho medo.- indignou-se Sasuke.- Mas nem por isso fico fugindo.- ele riu, amargo.- Sabe, Sakura. Eu esperava bem mais de você.

Aquilo doeu na Haruno, que o encarou com os olhos cheios de lágrimas. De imediato, o moreno suavisou a expressão, e limpou as lágrimas que escorriam pelas maçãs do rosto da amiga.

- Não chore.- pediu.- Não gosto de te ver chorando.

Mas ela o abraçou, chorando alto.

- Me desculpe, Sasuke-kun!- ela pediu, em meio aos soluços.- Eu te amo tanto, mas eu sempre tive tanto medo...

Sasuke sorriu.

- Está tudo bem.- ele murmurou.

Sim, agora estava tudo bem entre os dois.

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Aquele ano marcou o fim da vida colegial deles, e o início da vida universitária. Naruto, Ino e Shikamaru  foram para a universidade de Suna, junto de Gaara e Tamari.

Já Sasuke, Sakura, Hinata, Tenten e Neji foram para a universidade de Konoha.

Prometeram se encontrar nas férias e no Natal.

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Sakura tinha consciência de que ela e Sasuke estavam juntos, mas ele nunca a pediu em namoro.

Não que se importasse, afinal era só um pequeno detalhe.

Estavam felizes juntos.

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Chegado Dezembro, Sakura vivia ansiosa. Logo seus amigos se reuniriam novamente, e seu rolo com Sasuke ia muito bem. O que mais ela poderia pedir?

Mas, no dia seguinte, teve sua resposta. De surpresa, Naruto chegou antecipadamente, fazendo a alegria de Hinata. Na mesma tarde, ele chegou todo soridente para ela, pedindo para irem ao shopping em segredo, por que ele queria fazer uma surpresa para Hinata.

Sakura concordou, feliz.

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Estavam no shopping, juntos, conversando sobre as novidades. Quem os visse, juraria que eram um belo casal. Mas Sakua nunca havia visto em Naruto, mais o que um irmão. E ele pensava o mesmo.

- O que vai comprar para Hinata ein Naruto?- a rosada perguntou.

- Um anel.- ele respondeu, sorrindo.

- Um anel?- ela estranhou.

- Sim, vou pedir ela em casamento.- Sakura arregalou os olhos, engasgando na casquinha de sorvete de morango que tomava. Naruto gargalhou, enquanto batia suavemente nas costas ela.

- Você vai o quê!?- ela exclamou, ainda surpresa.

Naruto limpou um pouco do sorvete que estava na bochecha dela e sorriu suavemente.

- Estamos namorando faz um ano e meio, e estou morando longe. Amo a Hinata, e nunca deixaria ela. Por isso quero casar.- ele esclarece.- Quero ajuda para escolher o anel, sabe?- ele pede, sem graça.

Sakura sorri animada.

- Claro, vamos lá!- ela exclama feliz.

Os dois demoraram meia hora até decidirem por um anel de safira muito bonito de ouro branco, bem trabalhado.

Naruto pagava o homem enquanto combinava sobre o que ele escreveria dentro do anel, e o dia que iria pegá-lo. Sakura se distraia, olhando as vitrines.

Foi quando ela viu um lindo anel de esmeralda, que a encantou. Ficou admirando a peça, até sentir Nauto tocar seu ombro.

- O que tanto olha?- ele pergunta.

- Nada, mas os anéis são lindos.- ela disfarça.

Naruto sorri, conduzindo a amiga para fora de loja. Ele tinha visto bem o anel que havia a encantado.

- Dois coelhos em uma só cajadada.- pensa, satisfeito.

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Ansiosa, Sakura apressava Sasuke que ainda se trocava. Queria chega logo na casa de Hinata, onde convenientemente seria feita a festa aquele ano. Pensou em como seria o pedido de Naruto, e riu a imaginá-lo tropeçando e se atrapalhando todo.

Era a cara dele.

Mas estes pensamentos de dispesaram logo que viu Sasuke descendo as escada em uma calça jeans escura e uma camisa azul clara. Suspirou.

- Está lindo.- ela diz, abraçando-o. Ele sorriu.

- Você também.- ele fala.

Foram de carro até a casa de Hinata, onde a festa estava perfeita. Estavam no meio da ceia, quando Naruto levantou-se, fazendo todos ficarem quietos.

- Bom, este dia é muito especial par amim.- ele começa, olhando para todos, sorrindo.- Reencontrei muitos dos meus amigos que não via há seis meses, e a garota que eu amo também.- ele olha para o lado, onde Hinata estava sentada, um pouco corada.- E por isso, eu queria fazer um pedido à ela. Mas como nem tudo na vida é flores, Sasuke entrou na onda, e pediu para eu deixar ele fazer o pedido primeiro.- o loiro olha para Sasuke.- Agora, diz o que quer, e se fizer ela chorar mais, eu te mato.

O Uzumaki se sentou, pegando a mão de Hinata e sorrindo para ela. Sasuke se levantou, sob o olhar onfuso de Sakura. Sorriu internamente. Afastou a cadeira e ajoelhou-se.

- Eu sei que as coisas entre nós não começaram muio bem Sakura, mas depois de tudo correm maravilhosamente perfeitas. Nunca te pedi em namoro pois não vi necessidade, já que sabe que a considero sendo minha namorada. Mas agora, eu quero te fazer um pedido muito importante.- ele se vira e mexe no bolso da calça, pegando uma caixinha de veludo.- Haruno Sakura, aceita se casar comigo?- ele pede.

Sakura sorri, se sentindo realizada. Ela se joga no colo dele, rindo.

- Se eu dissesse não, estaria louca.- ela comenta, ainda rindo, mas era possível ver lárimas nos olhos dela. Sasuke se afasta e abre a caixinha. Ela olha para o anel, surpresa, em seguida olhando para Naruto.

- Naruto, você...- ela começa, sem palavras. Ele ri.

- O Sasuke realmente queria te fazer uma surpresa, mas não queria errar em nada, estão resolvemos dois problemas em um.- o loiro sorri, sendo correspondido pela rosada.

- Obrigada.- ela fala.

- Bom, agora que o Sasuke já fez sua parte, é minha vez.- começa Nauto, empolgado.- Sabe Hinata, você foi a melhor coisa que já aconteceu para mim. Mas eu tive de mudar de cidade e sei bem que as coisas não são fáceis.- ele comenta, sorrindo sereno.- Por isso, eu queria que viesse comigo para Suna. Mas não como namorada, e sim como minha mulher.- Hinata leva as mãos à boa, emocionada.- Hina, eu te amo, e você sabe disso. Mas você aceita se casar comigo?

- Sim.- ela sussurra, rouca e emoção, começando a chorar. Naruto põe o anel no dedo dela, abraçando-a.

Enquanto isso, Sakura pensava que talvez aquele Natal fosse o mais importante da vida dela.

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5 anos se passam, e novamente era noite de natal.

Mas  Sasuke caminhava ansioso na sala de recepção de um hospital. Escutando outro grito de Sakura, ficou tenso. Faziam 2 horas que ela havia entrado e nada ainda. Frustrado, passou a mão nos cabelos negros.

-Calma Sasuke.- pede Itachi, sentado dislciplinadamente na cadeira.- Demora mesmo.

- Sasuke, a Sakura vai ficar bem. Demorou bem mais com  Kento.- comenta Naruto, que abraçava Hinata pelos ombros. Nos braços desta, um bebê dormia sereno.

Os grito cessaram e a porta se abriu.

- Pode ir ver sua esposa senhor Uchiha.- fala o médico. Sasuke se levanta prontamente.

Chegou na sala de parto, encontrando Sakura suada, mas completamente satisfeita. Sorriu.

- É uma menininha linda Sasuke.- ela murmura. Ele olha o embrulho nos braços dela.

- É sim.- ele concorda, passando a mão na cabeçinha dela.

- Quer saber se um segredo?- Sakura pergunta, sorrindo fracamente.

- Sim.- murmura Sasuke. Ela se levanta um pouco, aproximando a boca da orelha dele.

- Eu te amo.- ela sussurra.

Sasuke sorri.

Talvez as noites de Natal não fossem tão ruins quanto ele pensava 15 anos atrás...