Custodes - o primeiro Ataque escrita por mab


Capítulo 1
PRÓLOGO # 01 de 05


Notas iniciais do capítulo

A Classificação da história é 13+ porém o prólogo possui cenas mais pesadas.Está a seu critério.Sempre que isso ocorrer será avisado.
Boa leitura!



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PRÓLOGO
O Bem e o Mal precisam existir juntos, para que o homem possa escolher”

Rua Wester
17h55min

Ele caminhava pela rua, o sol descia pelo horizonte distante e as pessoas se acomodavam em suas casas lindamente organizadas e padronizadas. Alguns cachorros ainda observavam os pedestres em seus jardins, mas logo se reconfortavam nos pés de seus donos.

Como ele queria ter uma família agora. Poderia deixar de ter seus luxuosos carros e sua bela e gigante mansão, mais o mais próximo que ele tinha de uma família era seu mordomo.

Agora caminhava por aquela rua, não era muito suja e os pessoais dali eram civilizados não eram nem tão ricos, nem tão pobres e viviam em uma paz. Dava pra sentir uma leve vibração de otimismo no ar e os cheiros das flores penetravam as narinas.

Sentou-se em um banco que estava na calçada. Observou aos poucos os últimos sinais de vida da rua se extinguir e tudo e todos se tornarem uma imensidão de profundo silêncio

Um ônibus acabou com a longa pausa. Apenas um passageiro desceu dele. Vestia um casaco laranja e uma blusa preta, caminhava com uma mochila nas costas e logo se sentou a beira do asfalto, o homem o observava, o menino deveria ter por volta de quinze e parecia estar solitário. Estava a poucos metros dele e tentou se aproximar, ele estava envolto em seus pensamentos, quando a voz do homem interrompeu o silêncio:

- Ei garoto – O disse meio envergonhado – Você precisa de ajuda?

Hospício Rorschach
19h38min

- Você está liberado – Disse a enfermeira abrindo a porta do quarto.

Aproximou-se do homem enquanto retirava sua camisa de força, os cabelos do homem estavam imundos e ainda estavam sujos de uma coloração vermelha, como toda sua face, pingos vermelhos contornavam-na, assim como em todo o seu corpo. Seus cabelos eram negros e rebeldes, estavam sempre virados para trás e despenteados, um sorriso demoníaco alinhava e definia seu rosto.

- Você não vai mesmo contar o que aconteceu antes desses onze anos no manicômio? – O Homem olhou para a face de mulher, ela procurou ser mais específica – Sabe... Com seu rosto... E todo esse...

- Sangue? – Disse o homem erguendo a cara – È Das manchas que está falando enfermeira?

Ela balançou a cabeça positivamente, ele se levantou da cadeira, e em um ágil movimento, jogou a cadeira sobre o rosto da enfermeira, esmagou a cadeira várias vezes, deixando o rosto dela irreconhecível.

O Horror exalava dos olhos dela. Sua visão se tornava embaçada e sua audição ouvia temíveis, eufóricas e sádicas risadas de prazer. O Ferro se tornava completamente avermelhado e desejou ter uma morte rápida, mais um fino resquício de consciência a segurava.

A Risada demoníaca continuava firme no rosto dele, o sangue dele era jorrado nas vestes do homem, ele abaixava seu rosto para o sangue tocá-lo. Seu rosto ficava mais vermelho, ele gostava daquilo. Sorria. Lágrimas saíam dos seus olhos. Não eram de pena.

- Você vai me matar? – Falou ela pelo véu de sangue que encobria sua boca.

- Lhe matar? – Soltou mais um risada – Logo agora que você conseguiu a resposta para como eu consegui essas marcas. Como eu consegui essas marcas? Eu vou lhe contar... Certo dia alguém... Alguém que se achava muito esperto como você tentou perguntar como eu havia me manchado de sangue? – Ele parou e respirou fundo, soltou outra gargalhada terrível – Fora um ferimento!O Que mais poderia ter sido? Mais aquele estúpido perguntou! – Riu mais ainda, havia parado de atacar com a cadeira enquanto a enfermeira se contorcia de dor – E Sabe o que eu fiz? Você sabe enfermeira?

- Ahug... – Depois do gemido ela girou, seu rosto completamente indefinido tocou o solo.

- Responda sua vadia! – Disse ele com um gigante sorriso.

- Não... Sei... – Disse ela em um sussurro.

- Sabe sim... Você sabe. – Soltou outra risada – Você sentiu! – O Homem soltou outra risada, a porta se abriu rapidamente, dois homens altos vestidos com o uniforme do manicômio.

- Você está acabado demônio – Disse um deles pulando e agarrando o louco que ainda gargalhava ferozmente. Prendeu-o em uma camisa de força e o levou pelos corredores. Os loucos o observavam pelas frestas das portas metálicas, eram grandes compartimentos e longos e mais longos corredores, os funcionários observavam pasmos o homem com o rosto melado de sangue. Porém ele continuava rindo e sendo arrastado displicentemente pelo chão, batia em pilastras e por pouco não foi esmurrado por um médico furioso por causa do assassinato. Finalmente, chegou a parte mais alta da torre, um minúsculo compartimento completamente fechado do mundo exterior, estava com sua pequena porta aberta, raivosamente, o funcionário o ergueu dez centímetros a cima do chão e jogou com sua maior força possível no chão da solitária.

- Tenha muitos pesadelos, escória da humanidade.

E A Porta se fechou. Lambeu seus lábios sujos de sangue e adormeceu, com o sádico sorriso ainda emoldurado naquela face.


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Notas finais do capítulo

Reviews, por favor ^^