Família. escrita por AnaBonagamba


Capítulo 1
Família,




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XXX-   Família

(Nota: Tal qual a carta “Julgamento”, esta não fora feita de maneira poética, transcrita apenas para ser ressaltada no livro, com sonetos que não pertencem à sua versão original.)

É sempre preciso lembrar,

Ressaltar e imaginar,

Que têm dias que deveriam chover,

Pois Deus está na chuva.

Mesmo que tudo pareça monótono,

Hediondo ou profano,

Há sempre uma tristeza nova

Ficando em primeiro plano.

Para encobrir de felicidade,

É necessário esquecer-se da tristeza,

Tão limpa, pura e ilesa,

A ser evoluída.

Podeis pensar, a solidão emanar,

Mas sozinho não estais!

Sua alma acompanha-te,

Segue seu curso pelos campos e alvoradas,

Apaixonada pela terra,

Esquecida pela família,

Que tanto o coração lhe serra.

Aposto que se olhares mais,

Desesperareis ainda mais,

E continuarás acompanhando,

Os olhos minguando,

Sem palavras, sem ações,

Ou somente pelo frio da neve,

Que nos campos começa a nascer.

Posso mostrar-te o relógio batendo,

Pois não o tempo passando.

A vitória do relento,

Só a família perde, brincando.

Mesmo na maior recaída,

Aqueles que não te intimida,

A continuar lutando.

Os puros de espírito têm a chance,

De continuar tentando.

Cada um possui seu sonho,

O meu é continuar sonhando.

Aqueles que sonham,

Nada temem,

Senão a morte perante a vida.

Nem seu destino, impetuosa sina!

O desvio que mesmo os justos,

Recebem em seu juízo final.

E podem tomar-lhes ao cálice da morte,

E embriagar-se com o fulgor da partida,

Ou podem correr pelos campos

E esperar pela chuva.

(...)

São dizeres de um amigo,

E não de familiares:

Pela paz, pelo mundo.

Quisera sonhar novamente,

Pois se não houvesse escuro,

Seria inútil termos a luz.

Podeis voltar aos campos,

Gritar e ecoar seu relento

Que em dito momento,

A chuva cairá.

Em qualquer sentido cretino que se acredite,

Hoje deveria chover,

Pois ainda que a chuva seja a realidade,

Ainda que me contem a verdade,

Sou uma cretina que acredita fielmente

Num sonho de liberdade,

Ou somente no aroma dele.

Ficaram aí feito tolos, meus parentes,

Olhando as badaladas do relógio.

Eu sigo meu pequeno tempo,

Que mesmo de “mentirinha”

Acaba me fazendo feliz,

Quando eu não sou.


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