Mine escrita por gabis, Janine Moraes


Capítulo 5
Braced myself for the goodbye...


Notas iniciais do capítulo

Então... mais um aí. Espero que gostem =D



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...cause thats all I've ever known...

(...porque era tudo que eu já tinha conhecido...)

Capítulo 4.


Muita coisa aconteceu durante os 6 meses seguintes em que estivemos juntos. Já havíamos marcado a data do nosso casamento diversas vezes, mas nunca dava; algo sempre atrapalhava. Eu estava começando a ficar paranoica, achando que não daria certo nunca, que Matt se cansaria e me deixaria; estava começando a achar que eu estava destinada a ficar sozinha, mesmo nunca tendo acreditado em destino, propriamente dito. Eu sempre acreditei que 'destino' é aquilo que acontece baseado nas nossas escolhas. Sempre acreditei em quem disse que o futuro somos nós quem fazemos. Mas então, se eu tinha escolhido me casar com Matt, porque não estava dando certo? Aí é que entrava a paranoia. E se ele não tivesse escolhido? Ou, que fosse, desistido? E se ele não quisesse mais se casar comigo? Minha cabeça estava um caos.

Matt tinha arranjado um novo emprego, que ocupava mais do seu dia do que o antigo, e eu tinha começado a trabalhar e fazer faculdade. Quase não parávamos em casa, e só nos víamos na hora de dormir, praticamente. Eu estava sentindo tudo ficar diferente, estava sentindo as coisas escaparem por entre meus dedos, como água.

Ele chegou do trabalho e eu estava terminando a janta. Dessa vez, tinha atrasado um pouco por causa de dois trabalhos da faculdade. Quando ele viu que ia ter que esperar, ficou bravo e mal falou comigo. Me senti culpada, mas também irritada. Eu não tinha obrigação de estar com tudo pronto quando ele chegasse.

_Matt...?

_O que é?

_Eei, calma! Será que dá pra falar numa boa comigo?

_Eu to falando, Lilly.

_Não, não tá. Há dias que você ta distante. Qual o problema? Cansou de mim?

_Não seja estúpida, eu amo você. Eu só ando estressado. Cansado demais pra conversar.

_Estúpida? Olha lá como fala comigo, Matheus! Eu sou sua noiva, não sua escrava! E se você anda estressado, o que sobra pra mim? Você acha que eu não canso? Engraçado que quando te interessa, você não está cansado demais.

Ele deu um murro na mesa, o que me fez sobressaltar e lembrar dos pequenos acessos de raiva que meu pai tinha frequentemente. Senti medo.

_Olha aqui, Lilly. Eu já tenho stress suficiente naquela droga de emprego o dia todo e ainda tenho que chegar e conversar com você sobre como o mar esteve azul hoje? Aah, me poupe!

Eu queria xingá-lo, me defender, dizer a ele pra não ser grosso daquela forma, mas eram poucas as frases que eu conseguia formular.

_Não, Matt. Eu não quero que você converse sobre isso comigo. Eu só queria que a gente estivesse como sempre estivemos: em paz. Só queria que você prestasse mais atenção no nosso relacionamento. Aposto como você não se lembra de metade dos momentos que eu considero os mais importantes, como as vezes em que conversamos por horas na beira da água. Eu só queria que o stress da faculdade e da droga dos nossos empregos, como você diz, que pagam nossas contas e nos sustenta, não interferisse em nada aqui dentro. Mas parece que o que eu quero nunca conta.

As lágrimas escorriam sem parar enquanto eu dizia tudo o que estava entalado há dias na minha garganta. Ele tentou falar, gritar, mas eu gritei mais alto e saí correndo, chorando, pra rua.

Fechei os olhos com força, tentando inutilmente afastar as lembranças da última briga que meus pais tiveram enquanto eram casados.

Me senti uma rebelde correndo pra fora de casa e meio que me escondendo de Matt. Mas, como eu já tinha dito: ele me transformara. A filhinha cuidadosa do homem descuidado havia ficado um tanto quanto rebelde.

Não demorou muito pra que eu ouvisse os passos de Matt, que se aproximava receoso. Me preparei pro momento que, no fundo, sempre soube que chegaria.

_Lilian...

_Não, Matt. Não precisa. Eu sei que você ta cansado disso. Tudo bem. Eu... eu vou arrumar minhas coisas amanhã e...

_Ei, que história é essa?

Ele me segurou pelo braço, me fazendo virar pra ele. Tentei me soltar, mas foi em vão.

_Eu sei que você vai querer me deixar._Disse, com a voz completamente embargada, as lágrimas fugindo de meus olhos inchados.

_Shh! Não diz isso! Eu nunca vou te deixar sozinha.

_Eu pensei que...

_Shh, escuta. Eu fui um idiota. Você tem razão, não podemos deixar o stress atrapalhar. Temos que ser mais fortes que ele. Me perdoa por te fazer chorar. Me perdoa!

_Eu...

_Espera. Não acabei ainda... Tem mais._Ele encostou a testa na minha e respirou fundo antes de continuar._ Eu lembro sim dos momentos que passamos sentados na beira da água. Lembro como nos sentimos. Parecíamos crianças todas as vezes... Eu presto atenção sim no nosso relacionamento. Cada vez que eu te olho, é como se fosse a primeira vez. Você é a pessoa mais cuidadosa e ao mesmo tempo rebelde que eu conheço. E eu me apaixonei por você exatamente por essas pequenas coisas. Me apaixonei pela filha cuidadosa de um homem descuidado. E quer saber? Ela é a melhor coisa que já foi minha.

...and you took me by surprise

(...e você me surpreendeu)

You said: "I'll never leave you alone"

(Você disse: "Eu nunca vou te deixar sozinha")


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Notas finais do capítulo

Pois é. Esse é o último e depois vem o epílogo. Espero que tenham gostado (:

Reviews? *-*



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