Love escrita por Raquel_s


Capítulo 1
Parte 1(e única)




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   Sabe aquela sensação de que falta alguma coisa? Então, eu sentia isso na maioria dos dias. Ás vezes penso que o que me falta é alguém que eu possa amar e que possa gritar aos quatro ventos: " Ei, esse garoto aqui me ama! E eu também o amo. E sabe o que mais? Ele é meu namorado!"
  Eu nunca fui uma garota que deu certo no amor, sempre acontecia algo que acabava me atrapalhando. Tá, boa parte das vezes eu mesma atrapalhava, mas a culpa não é minha, eu sou uma romântica incontrolável e quem quiser ficar comigo também tem que saber lidar com isso, afinal, é uma parte de mim que eu não vou conseguir arrancar.
   Mas parece que um anjo resolveu tropeçar em mim, um anjo que eu já tinha visto antes, mas resolveu se aproximar.
   Esse anjo estuda comigo, já me olhou algumas vezes, mas nada de se aproximar. Só que ele tropeçou, literalmente, na frente do meu armário, caindo em cima de mim e fazendo com que eu derrubasse tudo que havia por perto, inclusive a porta do meu armário e minha timidez. Ele me comprimentou com um oi um tanto atrapalhado e me pediu muitas desculpas (até mais que o necessário) preocupado se eu estava bem. Eu sorri de volta e disse que ele não deveria se preocupar, só tinha sido um acidente e eu só tinha derrubado as coisas com o susto, mas eu sou um desastre, então é comum. Ele insistiu em me ajudar e colocou a maioria das coisas, que estavam no chão, no meu armário. Quando terminamos ele disse novamente: " Desculpa, Daphné." Sua voz dizendo meu nome foi algo estranho, mas ao mesmo tempo maravilhoso, mágico! Ele me ofereceu uma carona para casa, estava chovendo e eu costumava ir para casa a pé, não dava pra negar algo aquele garoto lindo e eu estava precisando daquela carona.
   O caminho foi tranquilo, mas na hora que eu fui descer do carro caiu o mundo de vez, mal dava pra ver um metro na minha frente. Ele não deixou eu sair acredita? Ele entrou com o carro na minha garagem pra que eu pudesse descer! Eu não deixei que ele fosse embora, ele podia sofrer um acidente com aquela chuva, ele ligou para os pais dizendo que estava na casa de uma amiga e que ficaria ali até a chuva diminuir... Acabou que no fim das contas a chuva não diminuía e ele teve que passar a noite ali. Como morava sozinha tinha quartos de sobra. Assistimos a um filme, fiz algo para comermos e ficamos conversando um tempão, quando dei por mim estava no sofá da sala, já era de manhã e eu estava deitada do lado do Ravi, ele realmente era lindo, tinha uma aparência tão tranquila e estava ali do meu lado, dormindo.
   Eu fui do lado de fora da casa, estava tudo molhado e ainda chovia um pouco, meu sábado lindo foi-se junto com a chuva. Eu estava fazendo o café da manhã quando escuto um "Bom Dia" doce vindo de trás de mim, me virei e vi o Ravi mechendo no cabelo, ainda com cara de sono. Ele pegou uma torrada que eu tinha acabado de fazer pra mim! Garoto abusado!
   Ele ficou a manhã lá em casa, mas teve que ir embora depois. Nos despedimos e ele disse que nos veríamos no colégio.
   Na segunda-feira quando fui para o laboratório de química ele estava lá. Pera aí! Ele não era dessa turma...
   Parei de pensar nisso na hora que a professora me juntou com ele e falou para fazermos a experiência juntos, o relatório deveria ser entregue no final da aula, como de costume. Modéstia parte sou muito boa em química, então ele não teve que fazer quase nada.
   "Ei, estou com saudade de comer suas torradas." disse ele, acabando com a minha concentração. Embora eu estivesse um pouco irritada, afinal ele tinha acabado com toda a minha concentração eu respondi "Já? Faz só dois dias que você não as come" ele insistiu em conversar, mesmo não podendo, logo, logo a professora iria brigar com nós dois. "Por mim eu comeria tuas torradas todos os dias da minha vida". Confesso, fiquei encantada com essa declaração e que garota não ficaria, hein? Foi inevitável corar.
   Depois desse dia fiquei um bom tempo sem conversar com ele, não sei bem o que aconteceu, sempre o via com os amigos no jardim na frente do colégio, indo para o carro, mas não falei mais com ele e a professora nunca mais colocou nós dois juntos para fazer algum experimento.
   Umas duas semanas depois ele veio falar comigo, eu tinha achado que tinha cansado de mim, vai entender. Ele é popular, o que iria querer comigo? Mas ele me parou no meio do corredor dizendo "Desculpe, eu tentei, mas não estou aguentando mais, preciso falar com você" eu não entendi muito bem, mas fui com ele até o carro e fomos para minha casa, lá ninguém poderia escutar o que ele tinha pra me dizer. Mal entrei na casa e três palavras me atingiram de um modo indescritível. "Você não vai falar nada? Eu sei que você tem medo de se envolver, já ouvi você falar isso com as suas amigas, mas por favor, eu imploro, tente, ao menos tente. Eu tentei ficar longe de você, mas seu jeito, seu sorriso, me encantam e fazem com que à meses eu não tire você da minha cabeça. Tudo me leva à você." Eu não sabia o que dizer, mas sabia exatamente o que fazer. O impulso foi mais forte que a razão. Eu o abracei e o beijei, não tinha mais o que fazer, era o único jeito de dizer tudo o que eu queria sem mesmo dizer uma palavra.
     "Daphné! Sai desse computador e vem aqui comigo agora! O que você está fazendo que é mais importante do que ficar com seu namorado" Lá vem ele, não me deixa nem refletir em paz. Ô garoto, viu? "O que é isso? Ei, você está escrevendo sobre...nós? Não acredito que mesmo depois de quase dois anos você ainda lembra de tudo com tantos detalhes" Ops, desculpa gente. Acho que vou ter que dar atenção ao meu namorado agora...Meu Sol. Meu Ravi quer a minha companhia, eu volto a escrever e contar o resto depois, mas em resumo, já faz quase dois anos que isso aconteceu, ele agora mora comigo, na mesma cidade que nos conhecemos. Parece que dessa vez o meu azar com namorados acabou...


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