Quando o Orgulho e o Preconceito Colidem escrita por alice_lindinha


Capítulo 15
Perturbada- Novo!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, faz muito tempo, eu sei disso. Eu juro que estou me dedicando e peço , como muitas vezes já pedi, perdão pela enorme demora. Espero realmente que gostem.Imagem do capítulo: http://i0.wp.com/fanzone.potterish.com/wp-content/PdA-G6.jpg



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​P.D.V. H.S:

"A paz só é verdadeira quando o seu interior não está em guerra. "

Betshy Sanchez ( frase traduzida e modificada, mas ainda sim, dela)





Ele me beijara. Oh Merlin Tom Servolo Riddle havia me beijado! E pior eu deixara, eu poderia ter evitado, ter dito não, impedido, gritado, qualquer coisa. Quando no final, eu somente saio correndo como uma garotinha assustada. Eu tentei me arrumar, colocar minha veste no lugar e tentar manter uma expressão facial que pareça que eu sei o que eu estou fazendo, mas no máximo da minha confusão, eu só consigo correr para o Salão Principal para que eu não perca o café da manhã.

Chegando à porta, com a maioria das pessoas correndo no sentido oposto ao meu, respirei fundo e entrei, agindo na maior naturalidade possível para aquela situação e rezando para que ninguém visse que no fundo da minha alma eu guardava um segredo ainda pior do que viajar no tempo, eu havia beijado o Lord das Trevas. Mary foi a única a me olhar diferente. Todos os outros se preocupavam apenas com o fato de que eu estava "perdida".

–Onde você estava? Te procuramos no dormitório inteiro.- Disse Cedrella um pouco alterada pela preocupação.

–Calma loirinha, não adianta se estressar tanto. Olha as rugas. - Sept brincou. Cedrella apenas revirou os olhos.

–Eu fui para a biblioteca, mergulhei nos livros e nem senti que adormeci. Estava tão cansada que só acordei hoje. - Disse sorrindo e rezando para que ninguém percebesse a nota falsa na minha voz. Tenho quase certeza que ninguém percebeu talvez somente Mary, que ainda me olhava de maneira estranha.

Antes que Mary dissesse algo, Sept murmurou ácido: - Parece que alguém acordou mal hoje, olhando para Riddle. Após alguns segundos evitando, eu não resisti, olhei-o e tive que me controlar para que não perdesse a respiração. Ele estava ainda mais bonito, não que eu realmente reparasse nisso, mas se eu não visse, realmente eu estava ficando cega. Ele estava estupidamente bonito, seus cabelos estavam mais revoltados do que qualquer outro dia, fugindo da arrumação milimetricamente perfeita de sempre. Sua pele estava um pouco mais pálida que o normal e embaixo de seus olhos havia uma sutil mancha escura, que poderia passar despercebida por um olhar desatento. Desde quando eu reparava tanto?

–Deixe o Tom em paz, Sept. – Oh Merlin, por que eu falara aquilo? Todos agora me olhavam como se eu, realmente, não estivesse bem. Eu havia defendido o Riddle, como se ele fosse meu melhor amigo.

–Drella, Cygnus quer falar com você. – Dorea chamou a irmã, permanecendo a mais afastada possível da mesa da Grifinória, Callidora a acompanhava, fazendo cara feia para cada grifinório que a olhava. Aquilo distraira a todos, fazendo com que eu saísse pela tangente. Mary era a única que ainda me olhava de maneira estranha, eu sabia que depois ela faria perguntas, que eu não estava pronta para responder.

–Algum problema sonserina? Nossa mesa não morde. – Charlus provocou, balançando o garfo em direção à Dorea para sinalizar que era com ela que ele estava falando. As pessoas que ouviram o comentário de Charlus riam. Cedrella revirou os olhos, enquanto sua irmã e prima ficavam vermelhas de raiva.

–Eu não me misturo com laia inferior, Potter. - Dorea cuspiu o sobrenome de Charlus como se aquilo queimasse em sua boca. Dessa vez, foi Callidora que riu.

–Dorea controle-se, não arrume brigas. – Cedrella pediu baixo evitando qualquer escândalo, mas algumas pessoas próximas já olhavam para a pequena discussão que se formava. Cygnus olhava as irmãs de longe, provavelmente pensando se devia intervir ou não. Mary havia me confessado que o Black era muito protetor com sua família e que Cedrella, muitas vezes, se sentia sufocada com isso.

–Mande seu cãozinho de guarda falar com alguém do nível dele. – Dorea continuou irritada, mas diminuindo o tom. A família Black odiava escândalos. Drella lançou um olhar irritado para a irmã, e, murmurando desculpas para Chay, seguiu com a irmã antes que o menino respondesse.

–Não deveria provocá-la assim. – Lisa repreendeu o amigo.

–Ela que não deveria nos tratar como se fossemos portadores de uma doença incurável. – Mary disse defendendo Potter. Ainda bem que Harry não puxara gênio do avô, porque se não seria muito complicado lidar com ele. Charlus parecia gostar de perturbar Dorea, parecia que aquilo lhe dava algum tipo de satisfação incompreensível.

–Deixe-o, Lisa. Esses sonserinos precisam mesmo de um choque de realidade, para ver se saem do pedestal em que eles se colocaram. – Joshy defendeu o amigo. Lisa apenas calou, sabia, assim como eu, que nada que falássemos seria de alguma ajuda.

–Você só não deveria provocar Dorea na frente de Drella, sabe que isso a faz se sentir mal.- Sept preocupou-se com a nossa Black. Drella era uma menina muito calma, mas se tinha algo que lhe tirava do sério era seus amigos brigarem com sua família. Lisa disse que Mary havia discutido com Callidora, e Drella não sabia quem ajudar, aquele episódio tinha deixado a menina tão mal, que Cygnus teve que intervir pelo bem das irmãs.

–Vamos pessoal, caso contrário perderemos ou nos atrasaremos para a aula. - Disse já me levantando. Drella encontrava-se no fundo do Salão junto à Cygnus e Dorea. Ela faria a primeira aula comigo, mesmo não estando em todas as aulas avançadas, Drella me ajudava a encontrar minhas salas, já que, uma vez ou outra, acompanhava o irmão a suas aulas. Eu não iria interromper, por isso decidir ir um pouco mais cedo, para tentar achar a sala, sem me atrasar.

–Que aulas você tem agora, Mione?- Mary perguntou enquanto se levantava, seguida por todos.

–História da Magia, Tansfiguração, Adivinhação, Poções e DCAT. – Respondi lembrando-me do cronograma que havia decorado.

–Deixe-me adivinhar, gravou o cronograma todo? – Brincou Hang, enquanto eu apenas ria e confirmava com a cabeça.

–Agora me deixe adivinhar outra coisa. – Mary começou. – Todas as aulas avançadas? – Continuou fingindo estar na dúvida e fazendo uma cara pensativa. Ri mais ainda, enquanto afirmava novamente.

–Então, pelo visto, nos veremos apenas no almoço. Valeu pessoal, indo para aula antes que eu me atrase. – Chay disse e encaminhou-se para sua sala. Todos nós nos despedimos e nos encaminhamos, na verdade, quase corremos, para nossas respectivas aulas.

– Mione, mi, HERMIONE! – Olhei assustada para quem estava praticamente me gritando e encontrei Cedrella correndo para conseguir chegar ao meu lado, seus cachos balançavam por causa do movimento apressado. - Mi, quase que eu não te alcancei.

Drella parou um pouco de falar para que conseguisse recuperar o fôlego. Andar por esses corredores acompanhada dela já não era mais estranho. É claro que eu sentia falta do Harry e do Rony, da Gina e de todos os outros, mas era como se essas novas ou, melhor dizendo, velhas pessoas, se encaramos de uma perspectiva futura, já fossem a minha família. Era natural ri das provocações de Sept, me importar com Hang, revirar os olhos para os comentários de Charlus e ficar perdida nas brigas de Lisa e Joshy.

–Sabe o que Cygnus queria falar comigo? - Olhei confusa para Drella. O que ela queria dizer com aquilo? Eu não fazia a mínima ideia do que seu irmão queria com ela. - Ele insistiu para que eu passasse o Natal lá em casa. Ele disse algo sobre reunir a família que restou. - O sorriso dela diminuiu a intensidade conforme ela concluía a frase. De acordo com Lisa, o Sr. Black morrera há alguns anos e sua esposa nunca se recuperara, ela disse também que a Sra. Black não conseguia ficar perto de Drella porque ela era a cópia do pai. – Enfim, ele disse até que eu podia levar alguém se quisesse, e eu sei que você não tem mais ninguém. – Continuou ela, fazendo com que eu abaixasse os olhos com a última parte, odiava estar mentindo para elas, mas era necessário. – Eu gostaria que você fosse. Que tal passar o Natal lá em casa? – Eu não sabia o que responder, nem lembrava que já estávamos em Dezembro e que o Natal estava tão próximo.

–Eu prometo que eu penso nisso, está bem? – Tentei mudar de assunto, mas parei quando vi seus olhos tristes mais uma vez. – É por que ainda está muito recente, eu não sei se quero comemorar o Natal. – Dei a primeira desculpa plausível que me vinha à mente nesse momento. Além do mais, para todos, meus pais haviam morrido e eu ainda estava um pouco mexida por isso.

– Vai ser bom, eu prometo. – Drella piscou os olhos enquanto entrava silenciosamente na sala. O professor já se encontrava sentado em sua cadeira, mas, por sorte, ainda estávamos no horário então não recebemos nenhuma bronca. Nos sentamos mais perto do que eu gostaria da mesa de Cygnus e Tom. Forcei-me a ficar atenta ao que o era dito na aula ao invés de desviar a atenção para o moreno de cabelos rebeldes.

Agora, entre a aula de poções e a de DCAT, eu me perdia em pensamentos. Vira o Riddle em quase todas as classes de manhã, mas acho que ele não me considerou uma coisa muito interessante, pois não me olhava mais do que algumas vezes e cada olhar durava cerca de poucos segundos. Ele parecia manter uma conversa muito importante com Cygnus, não que falasse muito alto, era apenas que franzia as sobrancelhas e dava olhares tortos e irritados. Eu não prestava muito atenção nele, mas depois do que acontecera era impossível ignorá-lo como ele fazia comigo.

Eu aproveitava um curto tempo que ganhara por responder um questionário sobre um difícil feitiço mais rápido que quase todos os outros alunos, exceto Riddle, que saíra um pouco antes de mim e se perdera na grande Hogwarts como eu. O jardim estava acolhedor, mesmo que fizesse frio, ele me ajudava a esclarecer meus pensamentos e desfazer minhas confusões. Todos os eventos que aconteceram recentemente nublavam minha mente, eu não acreditava que quase havia sido abusada, no lugar que eu mais considerava seguro, ainda por cima. Riddle havia me salvado, levado para seu quarto e cuidado de mim. Aquilo não parecia possível, se alguém me dissesse que o Lord das Trevas era capaz de uma atitude humana, eu teria rido abertamente da pessoa, mas agora, vivendo isso, não havia como discordar. Realmente, acontecera e ainda mais, um beijo tinha acontecido no meio de tudo isso.

Merlin me ajude, porque eu estou perdida. Sinto como se me encontrasse traindo meus amigos, mentido para eles, quebrado suas confianças e, ainda por cima, tivesse me aliado contra nosso maior inimigo. Eu não conseguia formar uma imagem de Riddle na minha cabeça que não fosse ligada ao Lord das Trevas, mas achar que aquele monstro poderia ter uma atitude humana era impossível. Acreditar que a pessoa que ele um dia fora podia ser menos má, era olhar por uma perspectiva que eu não queria admitir possível. Escrever todas as minhas angústias no diário que eu trazia em minha bolsa era a única alternativa para que toda essa confusão enfim se tornasse clara em minha mente. Usei um feitiço para que o destrancasse e me pus a divagar e aproveitar cada minuto que me era concedido.


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Notas finais do capítulo

Espero realmente que tenham gostado, por favor comentem para que eu saiba que, por mais que eu demore uma eternidade, vocês ainda continuam aqui comigo. Um grande beijo, até a próxima.



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