My Chemical Romance escrita por sherlock79


Capítulo 5
Parte 5




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jessy segurou um dos braços de Mikey e começou a puxá-lo mais para o fundo da fenda, até um lugar que espaço aumentava e ela podia ver o sinal que indicava a porta da saída de emergência, olhou para ele como se dissesse - toma essa - .

- Sabe, a gente não precisa ficar sempre em lugares apertados. - Ela se afastou e tentou abrir a porta de emergência. - Droga, trancada.

- Espera... Você sabia desse lugar?

- Eu só lembrei na hora que entrei na fenda, na verdade, pouc antes de me esconder. Infelizmente você apareceu antes de eu sumir pra cá.

- Pensa que pelo menos você não vai ficar totalmente sozinha nesse lugar escuro.

- Você tá querendo dizer que depois de tudo, eu deveria ficar feliz por ter a sua companhia? - Ela riu.

- Não exatamente por ter a minha companhia, mas por ter companhia. - Mikey se aproximou de onde ela estava. - Aposto que você não gosta de escuro.

- Está enganado. - Ela sorriu, de costas para ele. - Por que eu não gostaria de escuro, se é no escuro que as melhores coisas acontecem?

- Não quando se é irmão do Gerard.

- Oh... Isso foi nojento...

- Você que pensou besteira. - Mikey riu. - Mas tenta ser irmão mais novo daquele lá... Ele não é muito normal desde os seis anos de idade...

- Ah, ele é legal, mesmo assim...

- Você não acha ele bizarro? - jessica sorriu com a pergunta.

- Excelente pergunta, Michael. Sim, eu acho ele bizarro... Mas não é isso que define se eu posso achar uma pessoa legal ou não. Claro, eu não iria me aproximar de uma pessoa assim, que nem vocês por vontade própria, mas se as circunstâncias exigirem e a pessoa se mostrar confiável e aberta por que não a achar legal? - A garota fez questão de frisar a palavra confiável.

- Sei... - Mikey disse apenas. Depois de um tempo falou de novo - E com isso você quis dizer que ele é confiável ou que eu não sou.

- Hm... Não sei... O cara que me beija no banheiro e conta pro irmão seria confiável? - Mikey arregalou os olhos Gerard não podia ter feito isso.

- Bem, o irmão do cara também não pode ser uma pessoa confiável se conta as coisas pra você.

- Relaxa, ok? Ele me falou porque eu estava quase falando, e ele deu a entender que já sabia, claro que eu desconfiei e ele me contou, me disse que ele tinha te feito falar... Veja só, isso me pareceu bem legal da parte dele, sabe? Especialmente com você. Me impediu de querer te matar.

- Eu achei que você já queria me matar antes.

- Não, eu só queria meter a mão na sua cara. - Ela disse calmamente.

- Não quer mais?

- Menos que antes... Mas se eu fosse você tomava cuidado. - Eu não esqueço tão... - Ela se virou para encará-lo e se assustou ao perceber que ele estava mais perto do que imaginara. - ... rápido.

- Ah não? Então você não deve ter se esquecido do que disse há uns minutos atrás. - Mikey falou ainda bem perto dela. jessy estava presa entre o rapaz e uma parede.

A menina engoliu em seco e fechou os olhos, sem saber o que fazer.

- O que eu disse? - Ela falou tentando se afastar dele, porém a parede não queria se mover, muito menos Mikey.

- Você disse que as melhores coisas são feitas no escuro. - Ele a lembrou com um sorriso nos lábios. jessy ficava cada vez mais nervosa. Por mais que ela estivesse atraída por ele, não deixaria que ele brincasse com aquilo novamente.

- Vamos analisar então. - Ela disse olhando para ele. - Eu disse que as melhores coisas são feitas no escuro, mas isso não quer dizer que tudo que é feito no escuro é bom. Sacas? - Ela colocou sua mão no peito de Mikey e tentou empurrar o garoto, mas não conseguiu. - Mikey, dá pra você me fazer o favor de parar de me sufocar?

Ao invés dele fazer o que jessy pediu, Mikey chegou ainda mais perto, colocando uma mão de cada lado do corpo dela.

- Acho que você desaprendeu a andar pra trás. - A menina disse virando seu rosto, para evitar o dele.

- Acho que você devia ficar quieta. - Ele falou colocando um dedo embaixo do queixo de jessy e fazendo olhar para ele.

- Acho que você devia ter medo de mim. - jessy disse olhando de maneira furiosa para Mikey. O menino somente soltou uma risada baixa.

- Eu acho que não... - Ele disse e agora pressionava seu corpo contra o dela.

- Eu acho que você devia parar de achar as coisas de uma maneira errada. - Ela ainda tentava sair da frente dele, mas sentia que ia desistir. Ela estava gostando, ponto pra ele.

- Olha, eu acho que a gente não se entendeu muito bem lá no banheiro. - Ele passou uma mão pelos cabelos dela.

- Posso criar uma regra? - Ela perguntou e Mikey somente a olhou, sem entender. - Chega de usar o verbo 'achar'. E bom, claro que a gente não se entendeu. Você deve ser bem esquecido mesmo.

- Sou somente uma pessoa mal compreendida. - Mikey respondeu dando de ombros.

- Eu compreendi muito bem tudo o que aconteceu lá dentro.

- E não acha que ta na hora de você dar o troco? - Ele perguntou e jessy , mesmo com a falta de luz, conseguiu ver os olhos do garoto brilhando.

- Bem que você queria. - jessy sorriu ironicamente, querendo realmente saber se era aquilo que ele queria. Se tratando de Mikey, não dava para ter certeza. Ele parecia estar constantemente mudando, e jessy só o tinha conhecido naquele dia. Além de fofoqueiro, ainda era complicado. Cinco minutos a mais, e ele com certeza teria nascido mulher.

- Então temos duas opções. - Ele falou e colocou seus lábios bem próximos do ouvido dela. - Eu posso realmente estar querendo, ai você faz só pra me deixar na vontade. E eu posso não querer de jeito nenhum, então você faz porque isso iria contra a minha vontade. - Mikey disse bem baixinho e jessy tremeu.

- E as minhas vontades? - Ela perguntou tentando ao máximo não gaguejar nem fazer nada do tipo.

- Eu posso fazer todas. - Ele disse marotamente.

- Então sai da minha frente. - jessy falou, e como já estava irritada, começou a dar soquinhos no peito de Mikey. O rapaz só ria da situação, o que irritava cada vez mais jessy . - Mikey, eu vou gritar muito alto se você não me deixar em paz. - Ela falou e quando ia dar mais um soco, Mikey segurou suas mãos.

- Já que você vai gritar e estamos brincando de esconde esconde... - Ele encostou seu nariz no dela. - Tenho que fazer algo para te impedir. - Ele fechou seus olhos, sussurrando. jessy já estava fraca, não conseguia mais brigar com Mikey e nem queria. A sensação de tê-lo ali era muito boa.

O rapaz encostou seus lábios nos dela, e diferente da primeira vez, não riu. Ficou uns segundos assim, somente sentindo jessy e tentando se acostumar com o fato de que estava muito atraído por ela. Isso o assustava, pois nunca tinha se envolvido com garotas do tipo dela, somente com meninas que pareciam ter saído de filmes de terror. Decidiu se entregar, não tinha mais jeito. Não conseguia lutar contra o que sentia, então iria seguir o famoso ditado... Se não pode vencê-los, junte-se a eles.

Mikey começou a beijá-la bem suavemente, com cuidado, como se ela fosse algo tão delicado que pudesse quebrar a qualquer momento. Mas, ao sentir jessy o beijando de volta, não conseguiu se segurar mais. Foi aumentando a intensidade do beijo, e quando deu por si, os dois estavam se beijando furiosamente, como se aquela fosse a única oportunidade que teriam. Os dois não queriam saber de mais nada. Não se importavam com a possibilidade de Gerard chegar a qualquer minuto e os pegar no flagra. Só queriam ficar ali, e foi isso que fizeram. Mikey foi abaixando, enquanto ainda beijava jessy , que o acompanhou. Acabaram os dois sentados no chão, em um lugar apertado. Quanto mais calor fazia, mais os dois se apertavam contra o outro.

- Michael... - jessy disse o empurrando suavemente. A menina estava sem fôlego, e Mikey pôde ver isso pelo modo em que ela falava. - O que foi... isso?

Mikey a olhou e mordeu o canto da boca, uma mania que ele tinha quando não sabia o que dizer.

- Sinceramente não sei. - Ele disse passando a mão pelos cabelos. - Mas... É...Você gostou? - Ele perguntou e jessy percebeu que ele realmente estava esperando por uma resposta, pois a olhava com ansiedade. 

Como resposta, a menina chegou mais perto dele e segurou seu rosto. Depois, foi o puxando suavemente, até que seus lábios se encontraram novamente. Mikey sorriu aliviado, e a beijou novamente, mais uma vez sem se importar com o que acontecia fora daquela fenda. 

lary ainda procurava um lugar bom para se esconder quando Gerard gritou, e ela sentiu alguém puxar seu pé. Estava parada ao lado de um daqueles quiosques que vendem sorvetes do McDonald's e não via como alguém poderia puxar seu pé. Sentiu novamente dessa vez alguém segurar mais firme e teve que se segurar para não gritar.

- Shhh. - Ela olhou para baixo e viu um braço entrar dentro do quiosque por uma fresta. - Não vai se esconder não? - De repente Frank apareceu ao seu lado, dentro do quiosque e ela deu um gritinho, botando a mão no peito.

- Pelo amor de Deus! Eu já tava aqui morrendo de medo e você me aparece de repente com essa maquiagem borrada...

- Ah, tá borrada? Droga... Você não teria lápis de olho por aí não, teria?

- Eu até tenho, mas... Ah droga, o que eu to fazendo... Preciso me esconder e to aqui conversando com você. Depois eu até te empresto, mas deixa eu sair daqui.

- Você deveria se esconder aqui comigo... Não vai encontrar nenhum outro lugar agora.

lary mordeu o lábio parecendo considerar a opção. Era mais fácil Gerard a encontrar do que ela conseguir se esconder, o que era realmente estranho, já que ela conhecia muito bem aquele lugar e não conseguia pensar em nenhum outro lugar que não fosse aquele que Frank havia oferecido.

- Tudo bem... - Ela se assentou no balcão e se virou, saltando para o outro lado. - Hmm então é assim que os vendedores se sentem. Boa tarde senhorita, o que gostaria? Um sundae de chocolate? Frank pega um sundae de chocolate por favor? - Frank riu e entrou na brincadeira.

- Claro lary , mas é melhor nós ficarmos calados depois do sundae.

- Ah claro. - Ela riu. - E é melhor nos abaixarmos também, pode até estar escuro, mas o ser humano tem pupilas que se acostumam com a falta de luz.

- Ui, falou a bióloga. - Frank riu, mas obedeceu, sendo seguido por ela.

Os dois ficaram se encarando por um tempo, sem falar nada. lary ainda pensava no que Frank havia lhe dito mais cedo e em toda a cena por causa das mãos dadas. Ela havia sido meio idiota dizendo que eles não estavam de mãos dadas, quando obviamente estavam. Ela queria pedir desculpas para ele, mas não sabia como. Estava se sentindo extremamente imbecil na verdade, mas não consegui deixar de ficar extremamente sem graça perto dele.

- Tá pensativa... - Frank disse sorrindo. - Você fica um graça assim.

E era exatamente esse tipo de atitude que a fazia ficar sem graça com ele. Ele estava sempre a elogiando, sem que ela soubesse exatamente o que havia feito para merecer isso. E ela queria agradecer, mas não saberia como.

- Ah... Obrigada, eu acho. - Respondeu.

- Acha? Tá precisando pensar mais um pouco, princesa. - Ele riu e ela apenas riu junto.

- Eu também acho que te devo desculpas por aquela hora quando a jessy viu a gente... Assim, eu não deveria ter negado quando estava realmente óbvio, mas eu não sei o que deu em mim. Acho que fiquei com vergonha...

- Eu não acho que você tenha ficado com vergonha. - Frank a interrompeu. - Por que isso iria querer dizer que você não gosta que te vejam na minha companhia. E eu sinceramente não acho que você seja desse tipo, já que é amiga do Gerard. Eu acho que você ficou sem graça, e isso é normal, porque eu também fiquei. Mas não quer dizer que eu não queira repetir a dose. - lary não pôde deixar de rir.

- Tá falando que você só quer segurar minha mão?

- Bem, você tem medo de escuro, se lembra? Me sinto na obrigação de te proteger. - Frank se arrasto e ficou ao lado dela, colocando a mão sobre a dela. lary sentiu-se corar de repente.

- Que cavalheiro, meu Deus. - Ela se forçou a dizer.

- Shhh... Tá ouvindo isso? - lary realmente ouvia barulho de passos e se assustou.

- Deve ser o Gerard. - Ela disse o mais baixo que conseguia.

Frank acenou a cabeça afirmativamente e fez sinal para que ela fosse até o outro lado, aonde havia uma saída. Ele indicou que iria sair primeiro e ela acenou com a cabeça como se dissesse ok. Logo depois que viu ele fora, lary foi atrás. Os dois se mantiveram em silêncio, e se abaixaram, observando pela fresta que havia entre o balcão e o chão, um par de botas de combate preta parar do lado oposto. De repente o par de botas se levantou e lary deduziu que ele estava olhando a parte de dentro do quiosque. Logo que as botas voltaram a aparecer, Frank indicou que ela deveria entrar novamente no quiosque, ela obedeceu, ouvindo os passos de Gerard, dando a volta no quiosque e entrou rapidamente, sendo seguida por Frank.

Os dois permaneceram abaixados, se encarando por um tempo, até os passos começarem a se afastar. lary se segurava para não rir, e Frank parecia ter a mesma dificuldade. Mais uma vez os dois se encaram e a vontade de rir de repente passou. Frank engatinhou até lary e sem pensar duas vezes, deu um selinho nela. A garota corou bastante, mas ainda conseguiu sussurrar para ele.

- E isso foi por que?

- Não sei na verdade. - Frank riu. - O clima me pareceu certo.

- Hmm... Não parece mais? - Ela perguntou sem perceber.

- Não sei... O que você acha? - Ele sorriu, e ela acabou corando ao perceber o que acabara de sugerir.

- Não acho nada, eu acho... Você que estava achando antes, ainda acha?

- Eu acho... - Ele deu outro selinho nela, e os dois riram.

- Se você acha. - Ela deu um nele também.

- Não... Na verdade, eu tenho certeza... - Desta vez ele segurou o pescoço dela e ao invés de um selinho apenas, aprofundou o beijo.

lary correspondeu na mesma medida, e colocou as mãos no rosto dele... Antes que pudessem perceber, os dois estavam se ajoelhando, aproximando os corpos cada vez mais, totalmente esquecidos que poderiam ser encontrados. De qualquer modo, não conseguiram ficar ajoelhados muito tempo. lary acabou caindo para trás com o peso dele, e ele foi junto.

- Ai minhas costas... - Ela riu.

- Desculpa... - Frank respondeu coçando a cabeça.

- Hmm... - lary fingiu estar pensativa. - Não sei... Será que eu desculpo ele? Ah já sei... Desculpo... Com uma condição.

- E qual seria?

- Essa. - Ela puxou o rosto dele para perto do dela e eles voltaram a se beijar intensamente.

lary e Frank ainda se beijavam, sem se importar com o que acontecia naquele shopping, e por isso não viram o par de botas voltar. Gerard já estava perdendo a sua paciência, pois não tinha encontrado ninguém. Resolveu voltar para o quiosque do McDonnald's, pois não sabia mais pra onde ir.

- Brincadeira mais estúpida! - Ele dizia enquanto se aproximava do quiosque. - Não sei de quem foi a id... - Ele falou quando olhou pra dentro do balcão, mas teve que parar. -FRANK?! - Ele gritou, com os olhos arregalados. O amigo levou um susto e saiu rapidamente de cima de lary .

- Caramba, Gerard! - Frank falou arfando do susto que tinha tomado. - Não faz mais isso, quase nos matou do coração! - lary se sentou e concordou com a cabeça.

- O que vocês estavam fazendo? - Gerard perguntou ainda assustado.

- O que você acha? - Frank respondeu e ajeitava o cabelo, que lary tinha conseguido bagunçar totalmente.

- Mas... - Gerard apontava de lary para Frank, incrédulo. lary levantou uma sobrancelha.

- Pronto, já nos achou. Agora vai procurar os outros. - Frank abraçou lary pelos ombros. - Ta sobrando e atrapalhando.

- lary , ta tudo bem? - Gerard perguntou para a amiga, pois tinha estranhado aquela cena toda. Conhecia muito bem a menina, e todos os seus ex-namorados. Sabia que ela só saía com mauricinhos e Frank não se encaixava naquela concepção.

- Ta sim. - Ela respondeu com um sorriso tímido e depois deitou sua cabeça no peito de Frank.

- Ele ta te obrigando a fazer o que você não quer? - Gerard apontou um dedo para Frank, que fechou a cara.

- Credo, Gerard, parece que nem me conhece. - Ele disse olhando de maneira fulminante para Gerard.

- Ta tudo bem, Gee, não se preocupe. - lary se levantou e foi até ele, lhe dando um beijo na bochecha. - Obrigada por se preocupar.

- Então eu vou voltar a procurar os outros. - Gerard falou andando de costas. Olhou para Frank e apontou dois dedos pra ele, depois apontando os dois dedos pro próprios olhos. Assim que ele se virou, lary voltou a se sentar do lado de Frank. Ela olhou para o rapaz sem graça, e depois encarou o chão, sem saber o que fazer.

- Olha, se você quiser a gente pára por aqui e vamos tentar achar os outros com o Gerard. - Frank falou baixo, fazendo com que sua voz saísse meio rouca. lary adorava a voz dele.

Ela calou o rapaz com um selinho.

- Não é isso... Eu só fiquei com vergonha. - Ela disse mexendo em algo em sua blusa. Frank abaixou sua cabeça na altura dos olhos dela.

- De mim? - Ele perguntou olhando bem fundo nos olhos dela. lary levantou os olhos para olha-lo e sorriu timidamente.

- É que... - Ela ia dizendo quando sentiu algo vibrar dentro de sua bolsa. lary franziu a testa e abriu a bolsa, tirando de dentro dela seu celular.

- Ué? - Frank apontou para o aparelho sem entender nada.

- Estranho... Como isso veio parar aqui? - lary perguntou olhando para Frank. Depois olhou para a bina.

- É ele... - Frank disse passando uma mão na franja. lary concordou com um movimento de cabeça e abriu o flip, prestes a atender. - E você vai atender. - Frank se levantou sem acreditar.

- E você quer que eu faça o que? - Ela perguntou e quando Frank ia responder, lary fez um sinal para que ele ficasse quieto. - Oi... Não, Thomas, não to em casa... Sim, por isso que ninguém atendeu a porta... Te interessa onde eu estou?

Frank ouvia lary discutir mais uma vez pelo telefone e só balançava a cabeça, apoiado no balcão do quiosque.

- Thomas, me escuta! - lary tinha se levantado também e agora andava de um lado pro outro no pequeno espaço do quiosque. - Tom... TOM! Como assim?! Você não tem o direito de falar assim comigo!! - Frank se virou para lary quando ela disse aquilo e viu os olhos da menina cheios de lágrimas. Não agüentou e tirou o celular dela, colocando em sua própria orelha.

- Escuta, irmão... Eu nem sei quem você é, e nem quero saber, mas não acha que ta na hora de parar de magoar a lary ? - Frank dizia enquanto lary tentava tirar o celular dele. - Não te interessa quem eu sou!

- Frank, pára, por favor! - lary já estava desesperada. Frank não podia ter feito aquilo de jeito nenhum.

- E se eu for? O que me impede?! Aham, aham... Olha só, faz o seguinte... Esquece que a lary um dia já existiu pra você... - Frank se sentou no balcão, com lary ainda na sua cola. - Porque eu não quero que você fale com ela mais.

- Frank, me dá isso!!

- Porque ela ta comigo. - Frank disse e desligou o telefone. lary olhou para ele com os olhos arregalados.

- Você não disse isso! - Ela tirou o telefone da mão dele, sem nem ao menos piscar.

- lary ... - Frank pulou do balcão, enquanto a menina desligava o celular e o guardava na bolsa.

- Você passou dos limites. - Ela deu um jeito de sair do quiosque e foi andando, com Frank correndo atrás.

- Desculpa por querer te ajudar. - Ele conseguiu chegar perto de lary e a segurou.

- Eu pedi sua ajuda?! - lary se virou para Frank com raiva. - Você nem me conhece.

- Mas isso não nos impediu de fazer o que a gente fez. - Frank respondeu ainda a segurando.

- Um momento de confusão. - lary disse, mesmo sabendo que não tinha sido aquilo. Ela queria magoar Frank, ele não podia ter se metido daquele jeito na vida dela.

- Claro que foi! - Frank a soltou e colocou os braços pra cima. - Foi o que pareceu pra você?

- Foi. - lary respondeu secamente e Frank botou as mãos nos bolsos da calça.

- Sabe o que você devia fazer? - Ele olhou pra lary e ela pôde ver que o tinha magoado. - Devia voltar pra aquele bundão, afinal vocês se merecem. - Ele falou e foi a procura de Gerard. lary suspirou e fechou os olhos. Ela tinha merecido aquilo.


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