Na residência Uzumaki/Yamanaka

Hinata e Ino foram para casa de Naruto, onde passaram o resto da tarde arrumando seu novo quarto, sem saber do mais novo hóspede. Hinata acabou também por saber da história dos dois e as perguntas dela foram um pouco mais comprometedoras.

— Entendo. – Foi à única palavra que Hinata disse após tudo o que a loira dissera. – Então é por isso que você passou mal, por Matsuri vir fazer o filme? – Perguntou sentando na cama grande e rosa clara da amiga.

— Imagina Hinata. – Disfarçou, estava sentada do lado da Hyuuga. – Passei mal por que... Sei lá, por ele que não foi! E outra, não me interessa a participação dela nesse filme, eu aguento o Gaara não é? – Pensou até sobre o assunto enquanto vinha pra casa, mas não era pelo Gaara, era pela Matsuri sua raiva. 

— Mas você atura o Gaara porque gosta dele. – Arriscou levar uma almofadada. – No caso dela, você a odeia.

— É verdade... A segunda parte.

— Você deve ter ficado nervosa pela notícia da sua inimiga de infância. – Hinata tentou agradar Ino não falando de Gaara.

— Mas não é só de infância não amiga, ela quer roubar meu lugar em tudo. – Cada palavra que dizia melhor dava p ver o olhar raivoso  de Ino aparecendo.

— Essa raiva é só por que roubou o Gaara de você? – Tentou entender, afinal pelo que Ino tinha contado, conheceu Gaara apenas aquele dia, não dava tempo de ter uma arquirrival, num período tão pequeno.

— Antes fosse, já que nunca gostei daquele idiota. – Revirou os olhos. – A história começou lá na Sugoi, na época que o presidente era o Sarutobi e pasme agora: - fez suspense - ela era a neta dele! – Hinata arregalou os olhos, não sabia dessa história. – Ela sempre teve algo melhor que eu! Quando eu comprei meu celular rosa, ela me apareceu com um igualzinho, MAS COM GLITTER! Acha mesmo que é por causa de um Sabaku que conheci há 10 anos?

— E como eu não sabia de nada disso Ino? – Perguntou curiosa.

— Ela saiu depois da festa de natal da agência quando Tsunade alcançou o poder lá dentro, quando seu reinado acabou. Ela era a primeira a escolher as roupas, mal tinha testes, sempre era capa das revistas, já que era seu avô, Sarutobi, dava tudo o que a neta queria. Faz só cinco anos que tudo mudou.

— Mas você também é tratada assim na Sugoi. – Hinata tentava entender os detalhes.

— Hina, olha pra mim! Eu mereço o que vivo, todos sempre souberam. Sempre fui injustiçada e hoje vivemos a justiça. Eu tenho talento, ela tinha contatos.

— E o que tem haver ela com o Gaara? – Perguntou onde queria chegar.

— O começo do inferno! Estava rolando uns testes mirins e ela pensou que eu estava lá por causa do teste e como não tinha seu avô para interceder, tentou apenar.

— Ela já estava fora da Sugoi?

— Foi cinco anos antes, quando Tsunade entrou para a coordenação e tirou o poder majoritário que o avô dela tinha sobre as escolhas, ou seja, ela não era mais prioridade e quis arriscar outros meios de fama.

— Foi por isso que ela beijou o Gaara? – Perguntou entendo tudo. – Viu você com ele e achou que teria mais vantagem do que ela, então te tirou da jogada para ter mais chances... – Deduziu tudo o que Ino quis dizer.

— Isso mesmo Hinata, agora você entende! Obrigada. – Fez reverencia de forma cômica.

— Bom ele não gostou da ideia dela fazer a Zio, deve ser porque ele gosta de você. – Afirmou olhando a amiga.

— Claro que não Hinata!

— Não disfarça Ino, você sabe que ele não gostou disso, pois vocês iriam de um jeito ou de outro acabar recapitulando tudo no filme.

— Se liga Hinata, ele só ficou surpreso. Além do mais, já vi eles em première juntos, imagina? Dois demônios pra me atormentar? É de fazer qualquer um passar mal! – Colocou a mão na cabeça dramatizando, Hinata riu.

Gaara e Naruto chegaram em seguida, forram direto para a suíte que Gaara ficaria nas próximas duas semanas.

— Aqui está seu quarto pelas próximas semanas. – Naruto disse animado enquanto entravam no quarto.

— Perfeito cara. – Gaara jogando as malas em um canto do quarto.

— Temos vários quartos e quase ninguém morando aqui. – Comentou.

— E então, Ino está melhor? – Perguntou preocupado, mas não quis demonstrar.

— Tá sim. – Respondeu na hora. – E ela não sabe que você está aqui. – Deixou essa informação por ultima, queria retardar os planos de Gaara.

— Ah é? – Perguntou com uma cara maldosa. Naruto já sabia que ele aprontaria algo.

— Gaara, cuidado no que você vai fazer hein. – Alertou o amigo.

— Fica tranquilo Naruto, não vou fazer nada. – Bateu de leve nas costas do amigo.

— Se você diz... Vamos lá para baixo, quero entrar na piscina está muito calor hoje, não acha? – Disse saindo do quarto. – Já que estamos livres vou me trocar e te encontro lá embaixo.

— Demoro!  

Gaara colocou uma bermuda e foi descer até a piscina. No meio do corredor parou para ver Ino, o que foi uma coincidência no começo, mas quando a viu de short curto e barriga de fora, encostou-se à batente da porta e observou até ela o olhar. 

— O que está fazendo aqui Gaara? – Perguntou sem expressão.

— Eu moro aqui agora. – Riu, queria ver essa expressão de raiva e surpresa o dia todo.

— Você mora aonde Garoto? Por quê? – Tinha cruzado os braços de raiva e fechou os punhos com mais força quando viu o ruivo rir.

— Minha casa está sendo dedetizada e resolvi fazer uma reforma básica. – Sorriu de lado, não sabia, mas deixava Ino ainda mais irritava.

— Claro, agora vamos ter que dedetizar essa casa, já que o único inseto que estava lá veio para cá! – Ironizou revirando os olhos. E indo até a porta.

— Engraçado, loira. – Riu deixando Ino sozinha. Naruto já tinha passado no seu quarto e levado Hinata para baixo, mas sem dizer que Gaara agora ficaria lá com eles.

Pensou ir lá embaixo e armar escândalo, mas já tinha dado a faísca e Gaara não quis acende-la, a deixou e foi pra piscina com Naruto que já tinha deixado Hinata em um taxi.

Olhou pela janela e viu os dois na água, o corpo que adoravam exibir, com camisetas justas ou regatas. Ino riu e observou por mais um tempo o corpo de Gaara, as costas desenhadas, o tríceps definido. Sentiu sua mão suar e sabia que sempre quis ver de perto, já que acreditava muito na mágica do photoshop. 

Ficaria encarando por mais um tempo, mas Gaara a encarou lá de baixo, aquele olhar fixo que parecia um imã. Fechou a cortina o mais rápido que pode e sabia que lá embaixo o ruivo tinha aquele sorriso de lado, provocativo de quem estava adorando tudo aquilo.

Pensou por um momento e não sabia se ele a procurava quando olhou para sua janela ou se seu olhar puxou o dele, já que de uma maneira estranha quando alguém nos encara, nós sentimos um incomodo e a encaramos, mesmo estando de costas como foi o caso.

Anoiteceu rápido, jantaram e Ino foi pra cama, nenhuma palavra foi dita durante o jantar. Naruto e Gaara ficaram na sala jogando vídeo game.

 Ino sentou em sua cama, foi à sacada olhou as estrelas por um tempo e voltou á cama. Arrumou os travesseiros varias vezes, que pareciam mais inóspitos do que se lembrava, não conseguia dormir estava com insônia. Era mais das três da manhã, a casa inteira estava dormindo. Foi até a cozinha bebeu água e subiu as escadas. O corredor estava escuro estrou na segunda porta que vira, após a de Naruto.

 A figura entre a luz do banheiro e o quarto a assustou e a cena a fez se virar rapidamente.

— Ai meu deus, sinto muito! – Gaara estava só com uma toalha amarrada na cintura. Muitas diriam sorte, mas Ino errou de quarto na hora errada.

— Calma loira. Não estou sem roupa. – Ino se virou e encarou Gaara com aquele sorriso que tanto ela odiava.

— Desculpa Gaara, errei de quarto. – Ainda mantinha a mão na boca, estava nervosa. Só parou agora para analisar se era só o peito que estava nu.

— Eu percebi que errou o quarto, mas nunca te vi vermelha de vergonha. – Riu da situação.

— Esse é meu primeiro dia aqui é normal eu errar, e não estou vermelha. – Cruzou os braços.

— Também está com insônia? – Trocou de assunto.

— Sim, cama nova. – Mentiu.

— É mesmo? Pensei que era por causa de amanhã. – Gaara podia apostar que o que estava tirando o sono da Yamanaka tinha o mesmo nome de quem estava lhe tirando o sono.

— Isso também... – Observou enquanto ele secava os cabelos com uma toalha branca menor. – Isso ainda é novo pra mim.

— Novo? Perguntou.

— A gente conviver, mais cedo você não comprou briga comigo... Não sei lidar. – Riu da idiotice que falou, mas queria dizer.

— Qual é Ino, nunca vou me cansar de tirar seu sossego! – Foi até uma mala e pegou uma calça e a colocou por cima da toalha e a tirou. Deu pra ver a cor preta da cueca boxe, Ino disfarçou. – Mas vamos trabalhar e morar juntos, não da pra serem 24 horas.

 – Que bom, saiba que não vou trocar minha opinião sobre você! – Desvencilhou a cena que surgiu em sua mente.

— É? Qual? – Cruzou os braços e foi para mais perto de Ino.

— Que você é um idiota, egocêntrico. – Deu um empurrão de leve e sorriu.

— E você é uma loira de farmácia que adora o que vê. – Ino perdeu o sorriso no rosto, tinha quase certeza que ele estava falando de cedo na piscina, ou dela não conseguindo manter o olhar fixo no olho dele. Odiou-se de ter o tocado, ele estava com aquele sorriso.

— Você é ridículo. – Revirou os olhos e se virou para sair do quarto.

— Você é louquinha Ino, acho que a tinta invadiu seu cérebro pequeno. – A provocou, sabia que responderia.

— Meu cérebro é maior que o seu.

— Pena que não funciona! – Ino voltou para dentro do quarto e mostrou o punho fechado para o ruivo que riu.

— Eu vou te matar com minhas duas mãos. – Bateu nele de novo, empurrando para a cama.

— Olha ela tem mais mãos que pontos de QI... Dois. – Riu enquanto ela o empurrou até a beirada da cama. Ele deixou que isso acontecesse.

— O que está fazendo? – Gaara a segurou e se jogou sobre ela na cama. Estava em cima de Ino e ela não disse nada, ficou surpresa.

— Era isso que queria? – Ela assentiu.

— Agora pode me soltar, só queria uma discussão casual, não selvagem. – O empurrou de cima dela, mas ele quem saiu rindo.

— Loira... – Viu ela se levantar, mas não saiu da cama. – Se o travesseiro ainda estiver ruim, pode usar o meu. – Ino parou ao ser acertada por um dos travesseiros de Gaara o encarou.

— Engraçado. – Fez pouco caso, sabia que ele estava se divertindo, mas era isso que precisava. Lembrar que ele era um idiota. Precisava sobreviver até o resto das filmagens. -

Continua...