O Amor Pode Dar Certo escrita por liz


Capítulo 37
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial para a minha amiga Laura Ribeiro ;D



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Vão colocando para carregar a música: Never Gonna Be Alone

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Era sábado de tarde e Lizzie terminava de ler mais um de seus livros. O telefone tocou e a própria garota atendeu.

– Alô?

– Liz, é o John.

– O que aconteceu? – Lizzie perguntou preocupado com o tom de voz do namorado.

– A Clara... Ela bebeu demais e meu pai a expulsou de casa.

– Ele o que?? – Lizzie quase gritou.

– Ela disse que ia para um hotel, mas não deixou nome, endereço, telefone, e o celular dela está desligado desde ontem. Tô preocupado, pode ter acontecido alguma coisa com ela. – John falava rapidamente, mostrando seu nervosismo.

– Calma, John. Deve estar tudo bem, a Clara sabe se cuidar. Espera mais um pouco, tenho certeza que ela vai ligar – Lizzie tentava acalmar o namorado, mas ela mesma estava aflita. – Você já tentou falar com a mãe dela?

– A Courtney?

– Sim, ela deve saber alguma coisa.

– Vou tentar ligar para ela – John falou ainda nervoso

– John, vai ficar tudo bem.

– E ele ainda consegue olhar na minha cara e perguntar se estava tudo bem... – John falava com raiva, claramente se referindo ao pai.

– John, você não quer passar o dia aqui em casa? Talvez assim você possa esquecer um pouco essa história da Clara e do seu pai.

– Eu não sei se consigo olhar de novo para a cara do meu pai.

– Então vem, tenho certeza que minha mãe adoraria ter a oportunidade de implicar comigo com você aqui – Lizzie sorriu ao lembrar as doidices da mãe, e John também sorriu.

– Estarei aí daqui há uma hora.

Lizzie desligou o telefone e foi até o quarto dos pais, que estavam deitados na cama assistindo um filme.

– Mãe, o John vem para  cá, você poderia, por favor, agir como uma mãe normal?

– Como assim? Eu sou uma mãe normal, tá? – Isabela quase pulou da cama.

– Ah sim, claro – Lizzie ironizou.

– O “Johnzinho” vem para cá?

– Sim, mãe, o John vem passar o dia aqui – Lizzie revirou os olhos.

– Eu tenho que preparar alguma coisa especial para o jantar, o que ele gosta de comer? – Isabela perguntou rapidamente, fazendo Lizzie e Richard rir.

– Mãe, a senhora mal sabe cozinhar, esqueceu?

– Mentira, naquele dia eu fiz um ótimo arroz!

– É, que saiu queimado e sem sal. Deixa que o papai cozinha, é mais seguro para as nossas cortinas. Ou melhor, porque a gente não pede alguma coisa?

– Comida italiana? – Richard propôs.

– Ele deve gostar, então pede sim – Lizzie sorriu.

– Como assim você não sabe do que o John gosta? Essa é uma informação primordial para...

– Tá, mãe, já entendi. Aliás, por que estamos falando de jantar a essa hora? Ainda nem são quatro horas da tarde – Lizzie não esperou nenhuma resposta e saiu do quarto.

– Isabela, comporte-se, você não vai querer estragar esse momento dos dois – Richard falou com tom de brincadeira.

– Eu sempre me comporto! – Isabela falou em um tom óbvio, o que fez o marido rir.

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A campainha tocou e Lizzie praticamente correu para abrir a porta. O porteiro agora já nem mais interfonava.

– Oi, você está bem? – Lizzie perguntou dando um selinho no namorado.

– Mais ou menos. Ainda não me conformo por a Clara ter saído de casa.

– Tenho certeza que ela vai ficar bem. Hãn, John, seu pai sabe que você está aqui?

– Não, eu disse que ia sair para a casa de um amigo, no mínimo ele deve estar pensando que eu fui atrás da Clara – John falou enquanto sentava no sofá, indicado por Lizzie.

– Conseguiu falar com a Courtney?

– Não, ainda não. – John falou preocupado, mas logo mudou de expressão – Sente-se, quero fazer uma pergunta.

– Hum? – Lizzie obedeceu, sentando-se ao lado do garoto.

– Como sua mãe reagiu? – John perguntou erguendo uma sobrancelha e Lizzie riu alto.

– Assim que eu cheguei em casa ela me atacou de perguntas, só me deixou dormir quando eu terminei de contar tudo. – Lizzie falava enquanto via o namorado ter um ataque de risos.

– Hum. Já vi que vocês estão se divertindo as minhas custas – Isabela apareceu do nada, assustando o casal.

– Mãe, não lhe ensinaram que é feio escutar conversas alheias? – Lizzie se virou para a mãe com uma cara brava, mas logo em seguida sorriu.

– Olá, Sra. Austen – John a cumprimentou, sorrindo.

– Olá, “Johnzinho” – Isabela sorriu e se sentou ao lado da filha.

– Ah sim, minha mãe já inventou um apelido tosco para você, nem precisei me dar ao trabalho – Lizzie falou revirando os olhos e John gargalhou novamente.

– Então, John, o que você gosta de comer?

– Hãn, eu como de tudo, porque? – John respondeu estranhando a pergunta.

– Para o buffet do casamento, oras

– Mãe! – Lizzie gritou e John ergueu as sobrancelhas – Ignore, John. É que a mamãe acha que é imperdoável que eu não saiba qual é a sua comida preferida. Pai, controla a mamãe! – Lizzie gritou e Richard chegou alguns segundos depois, sorrindo.

– Isabela, o que você fez?

– Eu? Eu não fiz nada! – Isabela fez cara de inocente.

– Você não me engana com essa carinha, vamos, deixe-os em paz. Vocês não querem alugar nenhum DVD para passar a tarde?

– Hum. Pode ser, aceita? – Lizzie virou-se para John, que sorriu concordando.

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– Sua mãe é uma figura – John comentou, ele e Lizzie estavam dentro da locadora, escolhendo o filme.

– É, infelizmente eu sei disso. Às vezes parece que ela e o meu pai não tem muito em comum, mas os dois parecem se amar tanto.

– Você e seu pai são muito parecidos?

– Você acha?

– Sim, o temperamento de vocês dois, ambos são calmos, sérios.

– “Procurando Nemo” – Lizzie pegou o DVD na mão, fazendo carinha de cachorro pidão.

– Tá, esquece o que eu disse – John revirou os olhos, sorrindo.

– Por favor, vamos levar!

– Tá, criança. – John sorriu e Lizzie abraçou o namorado, rindo.

A garota se virou novamente para a prateleira para procurar mais algum filme que a interessasse, enquanto John apoiou o queixo no ombro da namorada e colocou as mãos dentro do casaco dela. Só aquela aproximação já fez com que o coração de Lizzie desse um pulo.

– “Jogos Mortais”? – John propôs.

– John, eu não assisto filmes de terror.

– Porque não?

– Porque eu tenho medo – Lizzie falou com o tom óbvio.

– Ah, Lizzie, deixa de besteira. Eu vou estar do seu lado...

– Justamente, não quero parecer uma garotinha fresca e medrosa do seu lado – Lizzie comentou baixo e John riu.

– “O Leitor” – John sugeriu novamente.

– Por mim tudo bem, mas não reclame se eu chorar.

– Não, não. “As Branquelas”?

– John, metade da população mundial já viu esse filme.

– Tá, já entendi. Como você é difícil de agradar.

– Não sou não, você que não sabe escolher filme. – Lizzie falou fazendo bico e John sorriu, dando um selinho na garota.

– Você que escolhe, então.

– Hum... “Orgulho e Preconceito” – Lizzie sugeriu, pegando o DVD nas mãos. – Eu li o livro recentemente.

– Pronto, escolhido. – John pegou os dois DVD’s na mão e seguiu com Lizzie até o caixa.

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– Ah, como eu odeio esse tempo instável de Londres! – Lizzie falou ao sair da locadora, já que agora uma chuva, ainda que fraca, caía.

– Vamos correndo, sua casa é aqui na esquina.

– Não é melhor a gente esperar...? – Lizzie não teve tempo para terminar a pergunta, já que John havia pegado a mão da garota e a puxado, correndo pelas ruas.

– John!! – Lizzie gritou e o garoto apenas riu, continuando a correr. Os dois pararam somente na portaria do condomínio de Lizzie, em frente aos elevadores, para recuperar o fôlego.

John balançou os cabelos molhados perto de Lizzie, a molhando ainda mais. Os dois não estavam muito molhados, já que a chuva não estava forte, mas via-se claramente que os dois haviam corrido pela chuva.

– Ah, John, não piora a situação! – Lizzie falou tentando se secar, enquanto o garoto apenas sorria.

John puxou a namorada pela cintura e a beijou, levantando-a um pouco do chão. Lizzie ria enquanto o garoto dava selinhos demorados nela.

– John, me coloca no chão! – Lizzie falou rindo

– Por que? – Apesar da pergunta, o garoto a colocou no chão.

– Porque o porteiro está nos olhando.

– Inveja – John falou dando mais um selinho demorado na namorada.

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– Ah, o Mr.Darcy é simplesmente perfeito! – Lizzie sorriu consigo mesma após o filme e só depois virou-se para o namorado, que a olhava feio.

Os dois estavam sentados no confortável sofá em frente a televisão. A sala estava meio escura, já que eles haviam fechado as janelas e a cortina e ligado o aquecedor.

– O que foi? – Lizzie perguntou vendo o bico que John fazia.

– Para que pensar em um Mr.Darcy quando se tem um John Spencer do seu lado? – John perguntou convencido abraçando a namorada. Lizzie não se agüentou e riu alto.

– Ow, desculpa! – Lizzie deu um selinho no namorado, que logo se transformou em um beijo mais intenso.

Somente quando John puxou Lizzie pela cintura, para juntar ainda mais os corpos, que a garota rompeu o beijo.

– John, meu pais estão em casa.

– Tenho certeza que sua mãe não se importaria.

Lizzie ia rir do comentário dele, mas quando menos percebeu John já havia colado a boca na sua.

 

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– Já sei, porque a gente não faz pizza? - Lizzie propôs, sorrindo.

– Pizza?

– Sim, os meus pais adorariam ajudar também.

Lizzie correu até o quarto dos pais e os avisou e depois correu até a cozinha, colocando todos os ingrediente em cima da mesa.

– Preparado para a melhor pizza da sua vida? - Lizzie perguntou e John sorriu.

– Mais do que preparado.

 

“Time, is going by, so much faster than I,

And I'm starting to regret not spending all of here with you.

Now I'm, wondering why, I've kept this bottled inside,

So I'm starting to regret not telling all of it to you.

So if I haven't yet, I've gotta let you know...”

 

O tempo está passando muito mais rápido do que eu

E eu estou começando a me arrepender de não gastar tudo isso com você

Agora estou, Querendo saber por que eu tenho mantido isso engarrafado aqui dentro

Então, eu estou começando a me arrepender de não vender tudo isto para você

Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

 

Lizzie, John, Richard e Isabela se divertiam na cozinha. Isabela a todo momento derrubava alguma coisa no chão. Até que derramou óleo e quando tentou limpar escorregou e caiu no chão, fazendo todos explodirem em gargalhadas. John mal conseguia respirar de tanto rir.

 

“Never gonna be alone!

From this moment on, if you ever feel like letting go,

I won't let you fall...

Never gonna be alone!

I'll hold you 'til the hurt is gone.”

 

Você nunca vai estar sozinho

Deste momento em diante

Sempre que você sentir que está partindo

Não vou deixar você cair

Você nunca vai estar sozinho

Vou te segurar até a dor passar

 

Lizzie estava concentrada em fazer a massa da pizza quando recebe molho de tomate no rosto. Ela olha brava para os três a sua frente e todos fingem que não viram nada. A garota decide revidar e pega o ketchup e joga nos três, fazendo-os rir.

– Ei, não fui eu quem joguei, foi sua mãe! – John falou rindo.

– E daí? Você fui cúmplice! – Lizzie o acusou rindo.

 

“And now, as long as I can, I'm holding on with both hands,

'Cuz forever I believe that there's nothing I could need but you,

So if I haven't yet, I've gotta let you know...”

 

E agora

Enquanto posso

Tenho aguentado firme com ambas as mãos

Porque sempre acredito que não há nada que eu precise além de você

Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

 

Todos já estavam cheios de farinha, já eles havia começado uma guerra. Pena que quem perdeu foi a cozinha de Isabela, que ficou praticamente irreconhecível. Mas ela não parecia ligar muito, ela só queria se divertir, como uma criança que havia sido proibida de brincar e agora tivesse a oportunidade.

John não conseguia parar de rir, nunca havia se divertido tanto em uma tarde. Era isso que Lizzie podia fazer com ele. Ele já havia esquecido de todos os seus problemas. Só de ver aquele sorriso de Lizzie, ele já se sentia melhor, como se mais nada importasse.

 

“Never gonna be alone!

From this moment on, if you ever feel like letting go,

I won't let you fall.

When all hope is gone, I know that you can carry on.

We're gonna see the world out,

I'll hold you 'til the hurt is gone.”

 

Você nunca vai estar sozinho

Deste momento em diante

Se você se sentir que está partindo

Não vou deixar você cair

Quando toda a esperança estiver desaparecido

Eu sei que você poderá continuar

Vamos ver o mundo

Vou te segurar até a dor passar

 

Lizzie e John agora colocavam os ingredientes na pizza.

– Tem molho de tomate no seu lábio – John alertou.

– Onde? – Lizzie tentou tirar, mas como sua mão estava suja isso só piorou a situação.

– Aqui – John beijou o canto dos lábios de Lizzie, que ficou vermelha. Ela olhou para os pais, mas os dois estavam ocupados demais se beijando. Ela sorriu e voltou a beijar John, sem se importar.

 

“Ooooh!

You've gotta live every single day,

Like it's the only one, what if tomorrow never comes?

Don't let it slip away,

Could be our only one, you know it's only just begun.

Every single day,

Maybe our only one, what if tomorrow never comes?

Tomorrow never comes...”

 

Você tem que viver cada dia

Como se fosse o único

E se o amanhã nunca vier?

Não o deixe escapar

Poderia ser o nosso único

Você sabe isso tudo apenas começou

Cada dia

Talvez o nosso único

E se o amanhã nunca vier?

Amanhã nunca chegar

 

– Essa foi a melhor pizza que eu já comi – John falou, depois de ter limpado toda a cozinha e ter se limpado também.

– Também, foi eu que fiz – Lizzie sorriu convencida.

– E eu ajudei, oras – Isabela comentou antes de dar mais uma mordida.

– Exatamente por isso – John sorriu ainda mais. Aquela tarde havia sido perfeita, nada mais divertido, tudo o que ele precisava. Só de poder passar a tarde com Lizzie já era uma coisa excepcionalmente boa, e agora que havia conhecido ainda melhor os pais dela, havia sido uma tarde quase perfeita. Quase. Ele sabia de uma pessoa que adoraria também estar ali.

 

Time, is going by, so much faster than I,

And I'm starting to regret not telling all of this to you.

So if I haven't yet, I've gotta let you know...

 

O tempo está passando

muito mais rápido do que eu

eu estou começando a me arrepender de não dizer tudo isto para você

Portanto, se eu ainda não disse, eu preciso que você saiba ...

 

 

– Tenho que ir, já está tarde – John se levantou do sofá.

– Ok, a gente se vê na segunda – Lizzie se levantou e levou o namorado até a porta.

– Liz, obrigado por tudo. Hoje foi... Perfeito. Obrigado mesmo.

– Não há de quer. Meus pais te adoram, você sabe disso, quando quiser vir para cá, já sabe! – Lizzie piscou.

– Eu te amo, princesa – John falou segurando Lizzie pela cintura e a beijando. Lizzie sorriu durante o beijo e dessa vez não o interrompeu, deixou que a falta de ar os afetasse.

John não esperou que ela respondesse, deu apenas mais um selinho na namorada e saiu de casa, sem disfarçar o sorriso, mas querendo não voltar para casa.

 

“Never gonna be alone!

From this moment on, if you ever feel like letting go,

I won't let you fall.

When all hope is gone, I know that you can carry on.

We're gonna see the world out,

I'll hold you 'til the hurt is gone.”

 

Você nunca vai estar sozinho

A partir deste momento em diante

Se você sentir que está partindo

Não vou deixá-lo cair

Quando toda a esperança estiver desaparecido

Eu sei que você pode continuar

Vamos ver o mundo sozinhos

Vou te segurar até a dor passar

 

“I'm gonna be there all of the way,

I won't be missing a one more day,

I'm gonna be there all of the way,

I won't be missing a one more day.”

 

E vou estar lá pra seguir todo o caminho com você

Não vou estar fora mais um dia sem você

E vou estar lá pra seguir todo o caminho com você

Não vou estar fora mais um dia sem você

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Olá gente. Estou de volta o//
Enfim, chegando aos 6000 leitores. Não sei nem como agradecer ao carinho de vocês ;D Espero realmente que estejam gostando da história.
Ah sim, uma coisa que eu havia esquecido de comentar no post anterior. Para a minha surpresa, o Mike foi um dos personagens mais votados, para não dizer o mais votado. Fiquei muito feliz, não pensava que ele pudesse ser o preferido de tantos leitores ahsuashuashuas
Beijinhos e não esqueçam de comentar