O Casamento escrita por Chiisana Hana


Capítulo 31
Epílogo




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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

O CASAMENTO

Chiisana Hana

Epílogo

Casa de Shiryu.

Shun acorda antes de todo mundo. Como Shunrei não está em casa, ele decide adiantar o café da manhã. Beija a face de June antes de ir para a cozinha e ela também acorda.

(June, espreguiçando-se) Bom dia, lindinho.

(Shun) Bom dia. Eu não queria acordá-la. Desculpe-me.

(June) Tudo bem. Por que acordou tão cedo?

(Shun) Vou fazer o café. Quer me ajudar?

(June) Não tenho muito jeito com a cozinha, como você bem sabe, mas posso tentar.

(Shun) Eu ensino pra você. Não se preocupe.

(June) Acho que nós vamos ser muito felizes, Shun.

(Shun, abraçando-a) Claro que vamos!

(June) Bom, o que temos que fazer?

(Shun) Só um cafezinho básico. Hoje vai ter um almoço para os convidados no hotel, então ninguém precisa encher a barriga aqui.

-C-H-I-I-

Na gruta, Shiryu observa Shunrei dormir. Pouco depois, ela acorda.

(Shiryu) Bom dia, meu amor.

(Shunrei) Ótimo dia!

(Shiryu, sorrindo e apontando para as costas de Shunrei) Já sumiu...

(Shunrei) É. O seu dragão também. Estou tão feliz! Não consigo tirar o sorriso do rosto!

(Shiryu, beijando-a) Não precisa tirá-lo. Continue sorrindo. É desse jeito que eu gosto de vê-la.

(Shunrei, sorrindo) Também gosto de vê-lo sorrir. Vamos voltar para casa?

(Shiryu) Sim. Vamos nos vestir e voltar.

Shiryu e Shunrei se vestem. Depois, dobram as roupas que usaram no casamento e guardam-nas na sacola que Mu lhes dera. Recolhem todas as coisas, inclusive as mantas brancas onde se amaram.

(Shiryu) Acho que recolhemos tudo, não?

(Shunrei) Sim, tudo. Não podemos deixar nem uma coisinha sequer. Nada de sujar esse lugar tão especial.

(Shiryu) Claro. Ainda mais especial agora.

(Shunrei, arrumando os cabelos dele com os dedos) Na falta de um pente, vai assim mesmo.

(Shiryu) Está ótimo. Depois arrumo o seu.

(Shunrei) Ah, faz uma trança?

(Shiryu, rindo) A trança é sua marca registrada, florzinha!

No caminho para casa, Dohko os espera.

(Dohko) Filhos, preciso voltar para a Grécia.

(Shiryu) Não vai ficar para o almoço?

(Dohko) Não. Preciso mesmo ir embora. Tenho uma coisa importante para resolver. Mas antes quero entregar uma coisa pra vocês. (entregando uma pequena caixa de madeira trabalhada. Dentro dela, um pequeno frasco com um líquido vermelho-escuro) Esse frasco não pode mais ficar comigo. Quero que o guardem em segurança. É muito importante que ele esteja em lugar seguro.

(Shiryu) Pode deixar, mestre. Guardaremos, mas...

(Dohko) Não me perguntem nada. Apenas guardem em segurança. Agora me dêem um grande abraço! (abraçando-os) Eu os amo muito, meus filhos!

(Shiryu e Shunrei) Nós também o amamos, Mestre.

(Shiryu) Obrigado por tudo.

(Dohko) Eu que agradeço por ter essa oportunidade única que a vida me deu. Vocês são muito especiais. (descendo a montanha e acenando) Até breve!

(Shiryu e Shunrei) Até, Mestre!

(Shunrei, girando o frasquinho entre os dedos) O que será isso...?

(Shiryu) Eu tenho uma idéia do que seja, mas não vejo como isso pode nos ser útil...

(Shunrei) Se o Mestre diz que é, então é.

Os recém-casados chegam em casa. Shun os recebe.

(Shun) Ah, já voltaram! June e eu estamos preparando o café. Desculpem pelo abuso, está até parecendo que a casa é minha.

(Shiryu) Ora Shun, você é da família!

(Shunrei) Não espalhe, mas você é meu cunhado favorito.

(Shun) Ai, desse jeito eu vou chorar. Mas vamos lá ver o que a June está fazendo. (entrando na cozinha) June, os recém-casados chegaram.

(June) Bom dia. Desculpem ter vindo sem ser convidada.

(Shunrei) Sem problemas. As pessoas queridas dos nossos amigos serão sempre bem vindas.

(June) Obrigada. (beijando Shun) A festa foi linda, não foi, Shunzinho?

(Shun) Sim, foi linda.

(Shiryu) Hum, tem alguma coisa que precisamos saber?

(Shun,corando) Bom, June e eu estamos namorando.

(Shiryu, abraçando Shun) Que ótima notícia!

(Shun) Obrigado. (vendo Seiya se aproximar) Lá vem o fofoqueiro oficial.

(Seiya) Bom dia, gente boa! Shiryu! Shunrei! Já voltaram? E aí, como é que foi a noite de núpcias?

(Shun) Seiya! Isso é coisa que se pergunte?

(Seiya) O que tem de mal? Vai me dizer que você também não quer saber como é!

(Shun, vermelhíssimo) Claro que não!

(Shunrei, um pouco corada) Rapazes, vão conversar na sala, ok?

(Shiryu) Também acho melhor. (beijando Shunrei)

(Shunrei) Chamo vocês quando o café estiver pronto.

Seiya, Shun e Shiryu vão para a sala conversando alto. Hyoga está sentado no sofá, com cara de poucos amigos. Ikki está na porta da casa.

(Seiya) Agora que as meninas ficaram na cozinha, faça-me o favor de contar como foi a noite de núpcias. E aí, o negócio é tão bom quanto parece?

(Shiryu, envergonhado) Pára com isso...

(Hyoga) Deixa ele em paz, Seiya.

(Seiya) Então me conte você como é. Quero detalhes. Todos os detalhes.

(Hyoga) Procure uma mulher e descubra.

(Seiya) Eu vou fazer isso mesmo. Não é possível! Só eu e Shun continuamos virgens. E eu não vou ser passado pra trás pelo Shun!

(Ikki, entrando na sala) Então pode começar a chorar, porque o Shun já passou você pra trás.

(Shun, muito, mas muito vermelho) Ikki! Quem lhe deu permissão pra falar das minhas intimidades?

(Ikki) E desde quando eu preciso de permissão para fazer alguma coisa? Eu falo o que eu quero.

(Seiya) Ikki, você está brincando, não está? Diga que está!

(Ikki) Não estou. O Shun catou a June ontem durante a festa e aí, meu filho, já era virgindade.

(Shun, muito mais vermelho) Ikkiiiiiiiiiii! Como você descobriu?

(Ikki) Eu vi a cara de vocês ontem. Saquei logo que tinha rolado.

(Shiryu) Ikki, não devia ficar comentando essas coisas.

(Ikki) Como não? Estou muito orgulhoso do maninho! Catou a loiraça! Ele não é gay! Tenho que espalhar!

(Shun, quase tendo um ataque cardíaco) Ikkiiiiiiiiiiiiiiii!

(Seiya, descabelando-se) Eu não acredito! Esse fresco, com essa cara de tonto, com toalha do Chococat, viciado em pelúcias boiolescas, com aquela história patética de "sou muito novo pra isso" me passou pra trás. É o fim dos tempos! Só eu continuo virgem.

(Ikki) Podia ser pior. Ele podia ter dado um 'créu' na sua irmã.

(Seiya) Quê?

(Ikki) Você sabe que ela não foi pra cama com ele porque ele não quis. Conta aí, Shun, como é que foi com a loira?

(Shun) Já chegaaaaaaaaaaa! Vão pro inferno, todos vocês! (indo pra cozinha) Você não, Shiryu!

(Ikki) Tá vendo? Olha o poder de uma noite de sexo. Ele está machíssimo!

(Shiryu) Pára, Ikki.

(Seiya) Hum... o Shiryu também teve sua primeira noite ontem.

(Ikki) É, mas não vou encher o saco dele, ok. Ele agora é um homem casado, a obrigação dele é fazer sexo mesmo. (Shiryu olha para Ikki e cora violentamente) Voltando ao assunto "irmã do Seiya", quando eu estava voltando do mato com a Pandora, vi a Seika toda animada, batendo altos papos com o Shaka. No mato, ouviu bem?

(Seiya, descontrolado) O quê? Aquele filho da mãe me pagaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

(Shiryu) Menos drama, Seiya. Não acho que o Shaka tenha feito qualquer coisa além de conversar com a sua irmã.

(Seiya) Ai, que ódioooooooooooooooooooo!

(Ikki, rindo) Relaxa, mané. Ele não deve mesmo ter feito nada com a espevitada.

(Seiya) Não chame minha irmã de espevitada!

(Ikki) Tá certo. Agora vou chamá-la de maria-armadura.

(Seiya) Só não vou matar você porque não entendi...

Pandora acorda e vai para a sala. Senta-se no colo de Ikki.

(Pandora) Sobre o que conversam?

(Ikki) Shun macho e irmã do Seiya no mato com o Shaka.

(Pandora) Aff... Entediante.

(Ikki) Vai lá na cozinha ver se já tem rango, vai.

(Pandora) Eu não sou sua empregada.

Eiri também acorda e passa pela sala sem falar com Hyoga.

(Ikki) Ih... brigou com a patroa, pato?

(Hyoga) Não é da sua conta.

(Shiryu) Ikki, hoje você está pior que o normal.

(Ikki) É que estou feliz! Meu mano não é gay!

(Pandora) Ainda não é, querido. Ainda.

(Ikki) Ih, não vem jogar praga, Pand.

(Pandora) Qualquer dia ele descobre que nasceu pra ser borboleta e nem essa loira dá jeito.

Shunrei os chama e todos vão para a cozinha. Tomam um café da manhã rápido pois o meio-dia já se aproxima e eles se reunirão no hotel para o almoço com os convidados do casamento. Arrumam-se, juntam as malas e começam a descer a montanha.

No restaurante do hotel, os dourados já estão acomodados na enorme mesa. Aldebaran ao lado de Violet, Máscara da Morte com Celina Luz e Shura com Angélica. Ágatha senta ao lado de Saga. Lily continua quieta, apenas observando tudo.

Os asgardianos também começam a chegar e se sentam à mesa. Hilda e Siegfried estão de mãos dadas e parecem mais felizes que no dia anterior. Shido e Bado continuam grudados com Tétis.

Saori e Julian chegam logo em seguida. Tatsumi está na cozinha com a senhorinha com quem flertara na noite anterior, dona Ying Ying, agora promovida a namorada. Ele conta a ela como é ser mordomo de milionária. A chinesa só sorri diante da possibilidade de fisgar, vejam só, um mordomo de milionária!

Pouco depois, chegam os noivos e os demais cavaleiros de bronze.

(Shiryu, abraçado à esposa) Mais uma vez gostaríamos de agradecer a presença de todos vocês aqui em Rozan. A nossa festa foi com certeza inesquecível e a presença de você foi fundamental. Muitíssimo obrigado.

(Seiya) Que é isso, mano! Quem é que ia perder uma boca livre!

(Julian, pensando) Meu Deus! A Saori namorou isso.

(Shiryu) Como agradecimento, espero que apreciem também este almoço.

Todos aplaudem. Shiryu beija Shunrei. Shun ergue uma taça com champanhe.

(Shun) Um brinde aos noivos!

Depois do brinde, os garçons começam a servir o almoço. Todos estão bastante animados, exceto Kanon, que está sentindo uma bela dor de cabeça.

Depois de servida a sobremesa, Agatha começa a chamar as meninas.

Shun e June conversam discretamente.

(Shun) O que faremos agora?

(June) Eu tenho uma competição nos Estados Unidos. Não posso desmarcar. Agatha está apostando em mim para ganharmos. Mas assim que terminar, entro no primeiro vôo para Tóquio e vou encontrá-lo. Você vai me esperar, não vai?

(Shun) Claro. Eu vou lhe dar meu telefone e o endereço do meu apartamento também.

(June) Ligarei pra você todos os dias, lindinho.

(Shun) Vou gostar de falar com você todo dia.

(Agatha, interrompendo) June, me desculpe, mas precisamos ir.

(June) Sim, Agatha. Só vou falar com os noivos e pegar minha mala, ok?

(Agatha) Está bem. Eu e as meninas também vamos. Depois que elas se despedirem dos novos amores. Parece que o cupido estava solto nessa festa. Até eu arrumei um paquera

(June) Já fiquei sabendo... hum... quem diria, hein, treinadora?

(Agatha) Saga é um homem encantador, June.

(June) Nossa! Nunca pensei em ouvir isso de você, Agatha... A impressão que eu tinha de você é que não gostava muito de se envolver.

(Agatha, dando de ombros) E não gosto. Mas as coisas mudam...

(June) E como lá falar com Shiryu e Shunrei.

(Shun) Ah, sim, vamos.

(June, para Shiryu e Shunrei) Bom, estou indo. Parabéns pelo casamento. Espero que sejam muito felizes.

(Shunrei) Obrigada, June! Foi um prazer conhecê-la.

(June) Igualmente.

(Shunrei) Quem sabe o próximo casamento não será o de vocês?

(June, olhando para Shun) Pois é, quem sabe?

(Shun, sorrindo) Um dia veremos isso.

(June) Até logo!

June vai ao quarto pegar sua mala. Shun vai com ela e depois a acompanha até a estação de trem de Rozan.

(Ikki, ao ver Shun saindo de mãos dadas com June) Cara, o Shun virou homem mesmo. (cutucando Seiya) Não é, Seiya?

(Seiya, emburrado) Cala a boca!

(Ikki) Calma, ê não tem culpa de ser lerdo.

(Seiya) Ora, seu... eu vou quebrar esse seu pescoço e...

(Shina, puxando Seiya pela camisa) Quer parar com essa criancice? Você ainda precisa de uns bons puxões de orelha. Ô, Marin, você devia ter disciplinado melhor o seu aluno!

(Marin) Ah, não venha me dizer o que eu devia ter feito, Shina!

(Shina) Você não fez um trabalho muito bom.

(Marin) Meu trabalho foi tão bom que o Seiya venceu seu discípulo.

(Shina) Ele teve sorte.

(Marin) Sorte? Ele é o melhor cavaleiro de bronze.

(Shina) Há controvérsias.

(Seiya) Shina! Eu sou seu namorado, você tem que me defender, não me botar pra baixo!

(Shina) É a força do hábito! Desculpe.

(Kanon, do outro lado da mesa) Será que dá pra vocês falarem mais baixo. Estou com uma dor de cabeça dos infernos.

(Saga) Por que será? Bebeu todas.

(Kanon) Quando eu tinha dezoito anos isso não acontecia.

(Seiya) É a idade chegando e... (ao ver Seika sentar-se ao lado de Shaka e dar um beijão nele) ! O que significa isso?

(Seika) É um beijo. Não conhece?

(Seiya) Você e ele? Você? Ele? Vocês?

(Seika) Ai, Seiya, nós estamos namorando. Algum problema?

(Seiya) Todos! Eu não quero que você namoreeeeeeee!

(Seika) E quem disse que eu me importo com o que você quer. A vida é minha, o namorado é meu!

(Seiya) Você é minha irmã!

(Seika) E daí? Não me venha com reclamações. (arrastando Seiya para longe de mesa) E o Shaka está indo pro Japão conosco.

(Seiya) Como é que é? Ah, mas não vai mesmo!

(Seika) Vai, sim! Quer apanhar, quer? Escuta aqui, eu passei a maior parte da minha vida desmemoriada naquela porcaria de vila. Agora que eu arrumei um namorado lindo, loiro e dourado, nada vai me impedir de ficar com ele. Entendeu ou quer que escreva?

(Seiya, resignado, voltando à mesa) Está bem. O Shaka pode ir conosco.

(Seika) Ótimo.

(Seiya, sentando-se e murmurando) A que ponto chegamos! Minha irmã foi corrompida pelo quase-santo.

(Pandora) Eu acho que é exatamente o contrário.

(Seiya) O que você quer dizer com isso?

(Pandora) Nada... nada...

(Ikki) Agradeça a Deus por ela ter se apaixonado pelo Shaka e não pelo Milo.

(Seiya) É, né?

O pessoal de Asgard também se despede dos noivos e parte.

Enquanto isso, na falta de Dohko, que não apareceu para o almoço, Aiolia comanda a retirada dos dourados. Depois de se despedirem dos noivos, eles também partem. Mu ficará em Rozan com Kiki e Shaka irá para o Japão com Seika.

No hotel, ficam apenas os cavaleiros de bronze, Saori e Julian.

(Saori) Nós já vamos, Shiryu.

(Shiryu) Mais uma vez, obrigado por vir.

(Saori) Nem precisa agradecer.

(Julian) Até logo.

(Shunrei, com um sorriso forçado) Até... (pensando) Até nunca mais, seu metido.

Seiya e Shina conversam.

(Shina) Seiya, eu estava pensando...

(Seiya) Em que?

(Shina) No futuro. Pela primeira vez estou pensando em coisas que podem realmente se concretizar.

(Seiya) E eu faço parte desse futuro?

(Shina) Você é o meu futuro, Seiya.

(Seiya) Então você decidiu ir comigo para o Japão?

(Shina) Sim. Eu vou.

(Seiya) Ebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

(Shina) Não vejo porque tanta comemoração.

(Seiya) Bom, com você lá em casa vai ser mais fácil aguentar o Shaka.

(Shina) Shaka?

(Seiya) É. A Seika vai levá-lo pro Japão. Pra passar uns dias, sabe? Ela está empolgada com esse... (respira fundo) ... namoro.

(Shina) Tá aí, nunca imaginei o Shaka namorando ninguém. Para mim ele era quase um ser assexuado...

(Seiya) Asse-o-quê?

(Shina) Nada, nada.

Shun retorna da estação de trem.

(Shiryu) Estávamos esperando por você.

(Shun) É hora de nos despedirmos mais uma vez.

(Shiryu) Sim. Obrigado por terem vindo. Obrigado por tudo. Eu amo vocês, meus irmãos.

(Seiya) Nós também amamos você.

(Shun) Vou sentir saudades.

(Shiryu) Logo, logo nos mudaremos para o Japão, Shun. Não vai nem dar tempo de sentir saudades.

(Shun) Ah, é verdade!

(Seiya) Sim, principalmente porque eu vou filar a bóia da Shunrei!

(Shun) Você só pensa em comida!

(Hyoga) Eu sei que acabo me afastando de vocês, mas eu quero que saibam que eu também sinto muitas saudades dessa nossa união.

(Ikki) Olha, Hyoga ainda sabe falar! Passou o almoço inteiro em silêncio!

(Hyoga) É, ainda sei falar. E por incrível que pareça, até de suas grosserias eu sinto falta.

(Shiryu) Não vamos dizer adeus. Vamos esperar que o reencontro aconteça em breve.

E em silêncio, os cinco se abraçam. Seiya, Shiryu, Shun e Hyoga choram. Ikki deixa escapar uma lágrima. Pandora, Eiri e Shunrei observam a cena.

(Shunrei) É tão lindo esse amor fraterno que os une, não é? Mesmo que eles não fossem irmãos de verdade, tenho certeza de que se amariam da mesma forma porque nesse caso, o laço de sangue é o que menos importa.

(Pandora) É bonito, sim. E é até meio engraçado ver o Ikki tentando controlar a emoção a qualquer custo.

Eiri nada comenta. Tem o olhar fixo num ponto imaginário, como se pensasse em coisas abstratas. Só sai do seu transe quando Hyoga a chama para ir embora. Os dois entram num táxi. O motorista dá a partida e eles começam a descer a montanha. Alguns minutos depois...

(Eiri, enfática) Pára o carro.

(Hyoga) O que foi? Não está se sentindo bem?

(Eiri) Manda ele parar o carro!

Hyoga faz o que ela pede. O motorista pára. Eiri desce, pega a chave na ignição, abre o porta-malas e retira somente sua mala.

(Eiri, jogando a chave do carro para Hyoga) Eu não vou com você. Não volto pra Moscou com você de jeito nenhum! Eu vou ficar aqui. Adeus, Hyoga.

(Hyoga, entrando no carro) Se é isso que você quer, então que seja assim.

(Motorista, chocado) Você não vai atrás dela?

(Hyoga) Não. Vamos embora!

(Motorista) Mas, moço...

(Hyoga, ríspido) Vamos embora.

Enquanto isso, na frente do hotel, o restante do pessoal se organiza para deixar Rozan.

(Seika, diante de um táxi) Seiya, você vai na frente, eu, Shakinha e Shina vamos atrás.

(Seiya) Nada disso! O ser meditador vai na frente.

(Shaka, pensando) Ser meditador... Eu devo estar maluco mesmo. Como é que eu pude aceitar ir para a casa desse retardado?

(Seika) Não! Eu vou com o Shakinha!

(Shaka) Seika, deixa. Eu vou na frente. Não tem problema.

(Seiya) Ainda bem que você entende.

(Shaka) É. Entendo. (pensando) Ninguém merece.

E num outro táxi...

(Pandora) Finalmente vamos embora desse lugar. Foi legalzinho, mas subir e descer esses degraus não foi nada, nada agradável.

(Ikki) Você só sabe reclamar? Muda o disco, mulher!

(Pandora) Eu sou autêntica.

(Ikki) Você é chata, isso sim.

(Pandora) Não me chame de chata!

(Ikki) Mas você é chata mesmo!

(Shun, já dentro do carro) Vocês vão entrar ou não?

E eles entram, ainda discutindo.

(Shun) Vocês não vão chegar a lugar nenhum com essa discussão porque os dois são chatos.

(Pandora) A conversa não chegou na loja da Hello Kitty, cunhadinho.

(Shun, ignorando-a) Vamos embora, motorista.

Shiryu e Shunrei observam todos partirem. Depois, retornam à casa. Sozinhos novamente, pegam vassouras para começarem a limpar a bagunça que sobrou da festa. Mu aparece de repente.

(Mu) Nada disso! Peguem suas malas e desçam imediatamente! Vocês têm que voar para as Ilhas Gregas e curtir a lua-de-mel! Deixem a bagunça por minha conta!

(Shiryu, abraçando Mu) Mu, não temos como agradecer tudo que você tem feito por nós. O que você fez na gruta foi extremamente romântico. Não queria comentar durante o almoço. Muitos fofoqueiros na mesa, começando pelo Seiya.

(Mu) Ah, sim. Não foi nada. Gosto de vê-los felizes. Agora desçam!

Shiryu e Shunrei descem a montanha, enquanto Mu e Kiki ficam arrumando a casa, do jeito deles. No caminho, os noivos encontram Eiri subindo as escadas.

(Eiri) Shiryu, eu precisava mesmo falar com você! Como eu faço pra encontrar o Mu?

(Shiryu) Ele está lá em casa, arrumando as coisas.

(Eiri) Jura? Isso é melhor do que eu pensava!

(Shunrei) Você consegue chegar lá sozinha?

(Eiri) Acredito que sim!

(Shunrei) Então, boa sorte!

(Eiri, subindo) Obrigada!

(Shunrei, para Shiryu) Uau... nunca pensei que ela fosse fazer uma coisa assim.

(Shiryu) Nem eu. Que Deus permita que eles sejam felizes!

(Shunrei) Pode deixar que eu vou rezar muito por isso! O Mu merece!

FIM


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Notas finais do capítulo

Essa fic cresceu e se multiplicou, 'parindo' duas side stories, "Sorrisos, Segredos e Enganos" e "Do Seu Lado".
Além disso, ao invés de duas continuações, agora serão três. E Nina, minha beta-reader, ainda jura que sairá mais coisa... eheheh! Provavelmente sim.

Beijos!

Até mais!



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