O Casamento escrita por Chiisana Hana


Capítulo 27
Capítulo XXVI




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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

O CASAMENTO

Chiisana Hana

Beta-reader: Nina Neviani

Capítulo XXVI

Enquanto todos se divertem na festa, no topo da cachoeira de Rozan...

(Eiri, consigo, transtornada) Hyoga, você vai se arrepender profundamente por me desprezar. Eu vou me jogar daqui. Logo serei mais um fantasma para atormentá-lo. Você vai carregar a culpa da minha morte e da morte de seu filho. Será que você pode agüentar isso? Será?

Eiri olha a água que corre violentamente, abre os braços e se joga. Pára de cair subitamente e fica flutuando no ar.

(Eiri, assustada) O que é isso?

(Mu) Nada extraordinário. Somente uma técnica para controlar a matéria.

(Eiri) Deixe-me cair! Eu não quero mais viver!

(Mu) A senhorita é muito jovem para morrer. Eu não poderia permitir que isso acontecesse.

(Eiri) Tire esse feitiço de mim! Eu quero cair! Você não entende o que eu falo? Eu quero pular!

(Mu) Não, você não quer. O que você quer é fazer Hyoga se sentir culpado.

(Eiri) Como você sabe disso?

(Mu) Eu sei muitas coisas. Vou colocá-la no chão, certo? (lentamente, Mu desloca Eiri da cachoeira para perto de onde ele está) Pronto, agora você está segura.

(Eiri, muito nervosa) Por que fez isso? Eu... eu... queria morrer... e... (ela curva o corpo e vomita, sujando o vestido) Droga.

(Mu) Fique calma.

(Eiri) Eu não quero ficar calma, eu quero morrer!

(Mu, aproximando-se de Eiri) Não é isso que eu sinto.

(Eiri) Só agora eu estou te reconhecendo. Você é aquele amigo esquisito do Shiryu.

(Mu, sorrindo) Esquisito? Eu? Imagine. Meu nome é Mu. E você se chama Eiri, certo?

(Eiri) Sim. Como soube que eu estava aqui? Está me seguindo?

(Mu) Muitas perguntas... Bom, eu não estava seguindo a senhorita, apenas senti que alguma coisa grave aconteceria aqui e vim ver o que era.

(Eiri) Por que você me salvou? Eu não queria ser salva. Se eu morresse, todos os meus sofrimentos acabariam.

(Mu) Está enganada. Você continuaria sendo uma alma atormentada. Para termos paz no outro mundo, precisamos morrer sem mágoas, sem ódio no coração. E seu filho, que já tem alma, também não teria paz no outro mundo.

(Eiri) Como sabe que estou grávida?

(Mu) Eu sinto. A alma dele já está presente. Estou vendo. Eiri, tenha paciência por causa do bebê. Reze, peça a Deus que acalme seu coração e lhe dê coragem para tomar decisões importantes.

(Eiri) Eu... eu vou tentar. Disse que está vendo a alma do meu filho.

(Mu) Sim, estou. E ele sorriu pra mim.

(Eiri) Não acredito nisso.

(Mu) Não faz diferença. O fato é que ele está aqui. Ou melhor, ela. É uma menina.

(Eiri) Menina...? Hyoga queria mesmo que fosse menina...

(Mu) Sim, é uma garotinha. Pense um pouco mais nela. Seja paciente. Não faz bem ficar remoendo mágoas. Que tal voltar para a festa?

(Eiri) Sujei o vestido. Não quero aparecer lá assim.

(Mu) Resolvo isso num instante. Kiki! (o menino sai de detrás de uma árvore de onde observava tudo) Vá até a casa de Shiryu e procure a mala da senhorita Eiri. Traga-a até aqui rápido.

(Kiki) Certo, mestre Mu. (resmungando consigo) Droga! Ele sempre sabe quando estou espiando. Que saco! E ainda me manda fazer coisas!

(Mu) Kiki, não reclame. Faça logo o que mandei! (Kiki se teletransporta; Mu sorri) Ele é meu discípulo. Um pouco temperamental, mas um bom discípulo.

(Eiri, ignorando as informações sobre Kiki) O que mais você sabe sobre mim?

(Mu) Sei que você tem tido dias difíceis. (segurando as mãos de Eiri) Isso vai deixá-la mais calma.

(Eiri) Sua mão é tão quente, passa uma energia tão acolhedora. Sinto-me melhor. Mas ainda não entendo como você consegue fazer essas coisas.

(Mu, agora com uma das mãos sobre a testa de Eiri) Não procure entender, apenas sinta. Isso ajudará a evitar pensamentos ruins.

(Kiki, teletransportando-se) Aqui está a mala, mestre Mu!

(Mu) Obrigado, Kiki.

Eiri abre a mala, escolhe um vestido e torna a fechá-la.

(Mu) Agora pode ir, Kiki. Leve a mala de volta. E não fique espiando atrás das árvores.

(Kiki) Eu não estava espiando!

(Mu) Sei... Pronto, Eiri. Pode trocar de roupa. Eu vou me virar para o outro lado. Não se preocupe, eu não vou olhar.

(Eiri) Obrigada. (trocando de roupa) Você também mora aqui?

(Mu) Não. Eu moro num lugar chamado Jamiel, não fica muito longe daqui. Não para os meus padrões.

(Eiri) Quem sabe um dia eu possa ir visitá-lo.

(Mu) Jamiel não é um lugar muito agradável. O ar é muito rarefeito, não tem nenhuma paisagem bonita, somente pedras.

(Eiri) Pode olhar agora, já terminei. Vou deixar esse vestido sujo aqui. Você mora sozinho?

(Mu) Não. Meu discípulo também mora lá. Se bem que nosso atual endereço é o Santuário de Athena. Mas se algum dia eu pudesse escolher onde morar, acho que gostaria de viver aqui.

(Eiri) É um lugar muito bonito. Agora podemos voltar.

(Mu, oferecendo o braço a Eiri) Claro.

Eiri retorna à festa de braços dados com Mu. Todos observam a cena intrigados, inclusive Hyoga. Sorrindo, Mu a deixa ao lado do namorado e se afasta.

(Hyoga) Onde você estava? Por que trocou de vestido?

(Eiri) Porque eu vomitei. Aliás, um milagre você ter percebido. Eu vou me sentar, certo? (procura uma cadeira perto de Mu e se senta) Obrigada por tudo, Mu. Somente agora eu percebi o quão terrível era o que eu ia fazer. Acabaria com a festa, deixaria uma marca de tragédia no casamento. Obrigada por ter impedido. Eu estava descontrolada.

(Mu, sorrindo) Não foi nada.

(Eiri) Você gosta de dançar?

(Mu) Digamos que eu não levo muito jeito.

(Eiri) Venha, eu vou lhe ensinar!

(Mu) Bom, eu não sou de rejeitar desafios e aprender a dançar realmente vai ser um! Vamos lá!

Mu e Eiri passam o resto da festa juntos. Parecem tão felizes que acabam chamando a atenção de todos.

(Milo, para Camus) Eu não quero dar uma de fofoqueiro, mas parece que o Hyoga está levando um belo par de chifres.

(Camus) Humpf... e o que eu tenho a ver com isso? Ou melhor, o que você tem a ver com isso? Não se meta na vida dos outros.

(Milo) Nossa! Que estresse, hein, Camus? Só porque seu discípulo está levando chifrinhos?

(Camus, afastando-se) Com licença.

(Milo) Vai, vai!

(Aldebaran) O que me surpreende é que nunca tinha visto o Mu tão feliz. Aliás, eu nunca o tinha visto realmente se divertindo.

(Shura) Eu acho que ele está apaixonado.

(Máscara da Morte) O cara passa a vida inteira sozinho e quando finalmente se apaixona é por uma mulher comprometida! O carneiro gosta mesmo de confusão.

(Afrodite) Uma coisa me aflige...

(Todos) O quê?

(Afrodite) Será que ele é paranormal também na hora H?

(Milo) Não sei e nem quero saber.

(Máscara da Morte) Muito menos eu.

-C-H-I-I-

(Seiya, para Hyoga) Não está vendo isso? A Eiri está grudada no Mu e você não está nem aí! Se fosse a minha namorada, eu já teria ido lá tirar satisfação.

(Hyoga) Não estou vendo nada demais. Eles só estão dançando. Eu não quero dançar, ela quer. Então que dance com qualquer um. Pouco me importa.

(Seiya) Aff... ou você é um insensível ou gosta de levar chifre.

(Hyoga, afastando-se) Ah, vai procurar o que fazer e me deixa em paz.

-C-H-I-I-

Milo, Máscara da Morte e Shura reclamam...

(Milo) Pô, sacanagem. As poucas mulheres da festa são comprometidas. A loira gostosona que veio com o Poseidon nem olhou pra gente, já foi direto no pessoal de Asgard.

(Shura) Está faltando mulher.

(Máscara da Morte) Faltando mulher e sobrando perfume de rosa. Afrodite exagerou na dose hoje.

(Afrodite) Ainda não acostumou comigo?

(Máscara da Morte) Hoje está demais.

(Afrodite) Você devia me agradecer por ter o privilégio de sentir o meu perfume esplendoroso.

(Máscara da Morte) Prefiro o cheiro de defunto da minha casa.

(Milo) Que se dane o perfume do Afrodite, eu quero é mulher! Vim da Grécia até a China e não vou pegar nenhuma!

(Shaka) Você só pensa nisso, é?

(Milo) E você quer que eu pense em quê? As melhores coisas que existem na vida são mulher e comida.

(Shaka, afastando-se) Que os deuses tenham piedade de você.

(Shura) Vai lá rezar e pedir perdão pelos nossos pecados, enquanto a gente procura alguém pra pecar mais.

(Shaka) Eu vou mesmo!

(Máscara da Morte) Vai, santinho! Vai! Ele nunca tomou um trago e é literalmente virgem.

(Milo) Coitado, nem deve saber como se faz.

(Afrodite) Melhor pra vocês. Um concorrente a menos. Ele é lindo, inteligente e loiro. Se resolvesse partir para o ataque aí é que vocês não teriam chance.

(Milo) É ruim, hein? Eu me garanto!

(Máscara da Morte) Coitada da mulher que me trocar por aquele loiro anêmico. Só pode ser doida.

(Afrodite) Ele é muito bonito, Máscara. E além disso, ele deve conhecer o kama sutra de cor e salteado.

(Milo) Pode até ser que ele saiba, mas na teoria.

(Shura) E de que adianta saber na teoria se não se põe em prática?

Camus vai até a mesa onde estão Saga e Kanon.

(Camus) Vou ficar aqui com vocês, ok? A conversa lá na outra mesa não está boa.

(Kanon) Tudo bem. Se você não se importar com a minha língua enrolada... já estou meio alto...

(Saga) Ele não pára de beber.

(Camus) Não me importo.

(Saga) Saiu de perto do Milo por causa dos comentários sobre a namorada do seu discípulo?

(Camus) Também. Às vezes, Milo é muito incoveniente.

(Kanon, enrolando a língua) Isso é verdade.

(Saga) Mas sobre a namorada do seu discípulo, não é nada demais o que o carneiro está fazendo. O problema é que esse tipo de coisa sempre gera muitas fofocas.

(Kanon) O Hyoga deveria estar lá, puxando o Mu pela gola da camisa, no entanto, simplesmente ignora.

(Camus) Conheço o Hyoga. Ele finge que não se importa, mas deve estar morrendo por dentro.

-C-H-I-I-

Shun conversa com Seika quando alguém toca seu ombro de leve.

(June, sorrindo) Olá, Shun.

(Shun, surpreso) June!

(June) Como vai?

(Shun) Eu estou bem e você?

(June) Estou muito bem.

(Shun) Já faz tanto tempo que não tenho notícias suas.

(June) Quando você decidiu ir para o Santuário, eu tinha certeza de que você morreria. Entretanto, fiquei sabendo que você estava bem e que já tinha derrotado até Poseidon e Hades.

(Shun) Acho que tivemos sorte.

(June) E eu acho que vocês são muito competentes. Eu me orgulho de você.

(Shun) Obrigado, June. Como me achou?

(June) Há alguns dias liguei para a Mansão Kido e disseram que você estava morando num apartamento com o Ikki, mas que provavelmente não estaria lá nos próximos dias por causa do casamento de Shiryu. Não foi difícil descobrir onde seria o casamento.

(Shun) Que bom que disseram onde eu estava. E você, o que fez durante esse tempo em que não nos vimos?

(June) Quando você foi para o Santuário, eu encontrei uma pessoa. Na verdade, ela me encontrou. (acenando para as meninas se aproximarem) Deixe-me apresentá-las. Shun, esta é Agatha, minha treinadora de tae kwon do. E as meninas são Angélica, Celina e as trigêmeas Rose, Lily e Violet

(Agatha) Muito prazer, Shun. Finalmente conhecemos você.

(Violet) Já ouvimos a June falar tanto de você que é como se o conhecêssemos há tempos.

(Agatha) É verdade.

(Celina, olhando para os dourados) June, vamos dar uma volta pela festa.

(June) Vão. Vão. Tenho muito assunto para falar com o Shun.

(Shun) Elas são simpáticas.

(June) São boas meninas. A Rose é um tanto metida, mas a gente se acostuma.

(Shun) Todas treinam tae kwon do?

(June) Todas, exceto a Lily. Mas, Shun, eu não entrei de penetra nessa festa para falar delas. Você sabe que eu gosto muito de você.

(Shun) Ah, June, eu também gosto muito de você.

(June) Eu gosto de você, você gosta de mim. Então por que estamos perdendo tempo?

(Shun) Hã?

(June) Será que podemos conversar dentro da casa? (olhando com desdém para Seika, que observava tudo estupefata) Aqui está muito cheio.

(Shun, meio confuso) Claro, se você prefere assim.

Assim que entram na casa, June beija Shun. E ele corresponde.

(June) Não tinha mais porque adiar esse beijo.

(Shun, ofegante) Isso é bom...

(June) Você ainda não viu nada, querido. (levantando a camisa de Shun) Acho que temos coisas muito mais interessantes para fazer.

(Shun) June, estamos indo rápido demais...

(June, beijando o pescoço dele) Já esperei demais, querido. Eu quero fazer amor com você.

(Shun) June, eu... eu... eu não sei se devemos.

(June) Seu corpo fala por você.

(Shun) June, é que eu não sei fazer essas coisas.

(June) Não se preocupe. Eu ensino tudo que você precisa saber.

(Shun, muito tenso e meio assustado) Vamos para o quarto. Alguém pode entrar aqui na sala...

(June) Vamos. Não precisa ficar tão tenso. Eu amo você, Shun.

(Shun, tentando relaxar) Eu também amo você, June.

-C-H-I-I-

Lá fora, os cavaleiros de ouro, que reclamavam da ausência de mulher, comemoram a chegada das colegas de June.

(Milo) Opa! Agora ficou bom! Uma ruiva, duas morenas e três loiras! É hoje!

(Máscara da Morte) Uma das loiras está vindo pra cá.

(Milo) Aposto que vem falar comigo.

(Violet, aproximando-se de Aldebaran) Oi... como se chama?

(Aldebaran, confuso) Ehr... Al-Al-Aldebaran.

(Violet) Um nome bastante exótico e imponente como o dono.

(Aldebaran, acalmando-se) Ah, sim. E o seu?

(Violet) Me chamo Violet.

(Aldebaran) Muito bonito.

(Violet) Eu não gosto! Quando eu e minhas irmãs nascemos, nossos pais queriam nos dar nomes de flor. A primeira se chama Rose, a segunda Lily e eu, que fui a última a nascer, Violet... Mas, então, quer dançar, Aldebaran?

(Aldebaran, oferecendo o braço a ela) Claro.

(Milo, em choque) Não acredito que ela preferiu o Deba!

(Shura, conformando-se) É, parece que o grandalhão agradou a loiraça.

(Milo) Saco. Uma a menos.

(Shura) Não sei o que ela viu nele.

(Máscara da Morte) Esqueçam o Deba. Ainda restam a ruiva, duas morenas e as outras duas loiras iguais a essa! Vou chegar na ruiva selvagem!

(Milo) Ótimo. Eu quero uma das trigêmeas.

(Shura) Ok. A morena de olhos azuis é a minha!

(Milo) Máscara, vê se não usa mais uma de suas cantadas baratas.

(Máscara da Morte) Eu posso até usar, mas saiba que eu não ganho na cantada, eu ganho no sex appeal.

(Milo) Sei... Hehe

(Shura) Vocês eu não sei, mas eu vou tirar minha pequena pra dançar. Fui!

(Milo) Então, também vou nessa!

Continua...

-C-H-I-I-


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