Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 2
Capítulo Um: Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Dando um Up para minah primeira leitora!:
DaanyB
Espero que gostem!



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Capitulo Um: Lembranças

Entravamos no hotel, eu tinha algumas roupas e coisas parecidas, subimos para o ultimo andar reservado somente para a equipe Bieber, dentro do elevador, Justin ainda não estava entendendo o sentimento de proteção que ele sentia perto de mim. A porta se abriu e nos saímos, um dançarino de Justin me olhou, interessado em mim, respirei fundo e passei direto, indo até o meu quarto, o corpo humano era um pouco incomodo.

Hey! Justin, me virei para ele, me lembrando de tenho que virar uma de suas melhores amigas.

Sim? Perguntei sorrindo, ele devolveu o sorriso e passou a mão no cabelo liso.

Vamos fazer um rodízio de pizza, para comemorar a turnê, sabe? Quer vir? Comida humana... Bom, não custa provar certo? Mal não vai fazer.

—Claro, só vou tomar um banho, tudo bem? —Mais um sorriso corado, ele estava nervoso. Dava para ouvir em seu coração.

—Ah! Claro, só é daqui a uns 20 minutos. —Ele se perguntou se uma garota poderia tomar um banho, se vestir, maquiar ou não em 20 minutos, eu soltei o começo de uma risada.

—Pode deixar, me arrumo em 15 minutos. — Ele ficou surpreso e me viu entrar no meu quarto, tranquei a porta e abri minhas asas, ficavam a centímetros do teto, abertas tomavam quase toda a sala, mas estavam doloridas, eu não estava acostumada a ter que gastar minha energia mantendo-as ocultas. Andei até o banheiro liguei a água e deixei-a cair dentro da banheira enquanto enchia, tirei minhas roupas e mergulhei meu corpo dentro da água quente, minha pele se arrepiando. Minhas asas doeram estiquei elas para cima.

—Droga, isso vai doer. —Falei olhando para elas, cinzas com algumas penas marrons avermelhadas.

—Se quiser posso fazer uma massagem. — Olhei para o meu lado, Isaac.

—O que faz aqui? —Perguntei, grunhindo com a dor incomoda nas minhas asas.

—Não posso visitar uma amiga?

—Você não faz visitas, Isaac, ou quer alguma coisa ou foi mandado aqui. —Respondi esticando mais um pouco as asas doloridas, até que conseguir estalar o pequeno osso da minha costa, escorreguei e relaxei um pouco.

Isaac riu. Ele era um anjo, não um anjo comum, mas um anjo mensageiro, como um amparo para os anjos mandados a terra, essa categoria estava crescendo, Isaac esticou a mão e tocou na base do meu pescoço.

— Será que não posso querer algo mais inofensivo? Como sua companhia? —Por mais que seu sorriso branco fosse atraente, ele era um anjo re-capturado, ou seja, ele tinha caído por vontade própria para se tornar humano, mas não conseguiu, então provavelmente ia tentar de novo, e isso não era seguro. Olhei nos olhos escuros como carvão e em suas asas negras, por terem sido quase que totalmente queimadas na queda e apouco reconstituídas e também por sua “alma” ainda estar em estado de recomposição.

—Sabe que não vai ganhar minha confiança com essa sua laia. —Isaac suspirou, e apoiou o rosto na beira da banheira, me olhou, e com os dedos brancos acompanhou o formato do osso da minha clavícula.

—Você é tão bonita, Saray. Olhos verdes-grama, um corpo esbelto, os cabelos negros em cachos alisados no mundo terreno... Não posso gostar de alguém?

—Você é um anjo Isaac.

—E eu já vivi nesse mundo, por mais difícil que posso parecer, temos a capacidade de amar minha querida.

—Mas em geral somos mortos por deixar esse sentimento nos levar longe demais. —Falei gélida, Isaac respirou fundo e aproximou o rosto do meu, beijando minha testa.

—Esse mundo é cheio de emoções, e no tempo que estive aqui, só senti falta de uma coisa. De você querida, mas nada. —Ele poderia estar sendo sincero, mas o Amor era para Deus e para os homens e não para anjos, não para mim. Eu valorizava demais minhas asas.

Sentei-me e encarei Isaac.

—O Amor é bonito de se ver, e ajudar a ser inquebrável, mas é perigoso para criaturas como nós. —Esclareci, Isaac mais uma vez suspirou e se sentou ao meu lado.

—Tudo bem então Saray, mas eu não tenho nenhum comunicado. Só vim ver se estava tudo bem.

—Está, obrigada pela preocupação. —Ele sorriu e desapareceu por entre suas asas, respirei fundo e sai da banheira, procurando uma roupa qualquer, abri a porta e sai para onde seria o rodízio de pizzas. Logo que cheguei lá, Justin me olhou depois para o relógio, 14 minutos e 42 segundos, sorri e fui me sentar, me serviram uma, tirei um pequeno pedaço, e era realmente saborosa, comi cerca de 4 pedaços, e já estava cheia, o segurança, Kenny, estava impressionado.

—Isso! Essa garota é das minhas! —Todos riram, eu também, acompanhando eles. Logo começaram uma disputa, para ver quem comia mais, e Ryan Good e Kenny estavam nas finais no 12º pedaço, sinceramente, aquilo era monstruoso e totalmente desnecessário, mas confesso que era divertido, tinha gente apostando para ver quem iria ganhar, Justin tocou o meu braço, depois fez um sinal para segui-lo, me levantei e fui, estava encostado em um sofá.

—Que foi? Perdeu o apetite? —Perguntei, ele riu e fez que não, olhando para baixo.

—Não, eu só... —Nem ele mesmo sabia por que tinha me chamado para perto dele. Bom o caso era que sendo seu anjo da guarda eu tinha uma ligação com ele, assim eu sempre sabia o que ele estava sentindo, fosse ruim ou não.

—Bom, eu acho que não estava mesmo confortável com aquele banquete. —Mais uma vez ele riu e jogou o cabelo para o lado.

—Um pouco grotesco, não é? —Eu ri, ou quase, era o que ele esperava e eu tinha que colocar ele em um caminho bom, para poder voltar.

—Eu não diria grotesco, mas um pouco perturbador... Talvez. — Justin voltou a rir, eu o conhecia melhor que a própria mãe, mas era até bom, por que como seu anjo eu era liga a ele, então ele estava feliz, eu também estava...

—Tenho uma coisa pra perguntar.

—Pois pergunte. —Mordi a língua, eu tinha falado formal demais, mas Justin era disperso, então não percebeu.

—Como é seu nome, serio depois de tudo, eu ainda não sei. —Ele riu dele mesmo, dei um sorriso e respondi.

—Saray.

—Ah...

—Eu morava no Mississipi, Port Gibson. —Eu falei, ele sorriu e fez que sim esperando por mais. — Morei muito tempo com meu pai, mas ele começou a viajar demais e achou melhor me trazer para cá, viver com a minha mãe.

—Sua mãe mora aqui em Nova Iorque? —Ótimo, que mãe?

—Bom... Sim, ela trabalha demais, por isso achou melhor eu trabalhar em tempo integral, então sua mãe me contratou como ajudante. —Ela fez que sim pensando naquilo só um instante, ele chegou a ver sentido, ou simplesmente não quis ir a fundo, ele queria saber por da sensação de segurança tão forte agora, e por que comigo. —O que foi?

—Nada, eu só estava pensando em uma coisa...

—Eu notei, ficou quieto demais. —Ele me encarou, depois deu um sorriso.

—Não sei, tenho a impressão que já te vi, que já conheço, não sei...

—Tem uma sensação de... Deixe ver... Segurança? —Ele deu um sorriso triunfante e fez que sim os olhos brilhando.

—É! Isso, como sabia? —Dei de ombros, como se fosso algo banalmente humano.

—Não sei, só... Foi isso que eu vi em você. —Sorri e fingi olhar para a minha franjinha, soprando-a. Ele esticou a mão e tirou os fios da frente do meu rosto, eu achei aquilo estranho. Por que eu geralmente era tocada por anjos e nos tinham uma temperatura quase gelada, uma temperatura agradável, mas os humanos não eles eram quentes demais.

—Uau... Você é... Gelada. —Falou um pouco oco, eu sorri e tentei deixar aquilo passar.

—Você que é quente demais. — Ele ficou corado, eu ri.

—Justin? Meu Deus pode me dar um autografo? —Uma fã, e foi quando percebi o amor incondicional que ele tem por elas, ele se mataria por elas, por qualquer uma delas assim como faria por seus familiares, e não contive um sorriso, era mais um ponto para ele, não esquecer aqueles que o ajudaram a caminhar para onde ele estava, assinou com emoção e deu um sorriso par a câmera da menina que saiu como uma mãe recebe um filho depois de tanto tempo longe.

—Onde estávamos? —Perguntou se virando para mim sorrindo, dei de ombros e fiquei olhando em seus olhos.

—Ei, vocês dois! A sobremesa! —Gritou Kenny, franzi o cenho, como uma criatura poderia ter mais fome depois de comer mais de 10 pedaços de pizza?

—Como ele pode querer mais? —Perguntei para mim mesma, Justin riu e me puxou pela mão.

—Kenny é uma maquina de comer. É sorvete eu acho.

—Sorvete? —Seus olhos dilataram, e ele parou para me olhar.

—Você nunca comeu sorvete? Serio? Olha, acho que eu vou te mostrar como se divertir.

—Pra mim seria ótimo. —Ele corou de novo e me puxou para a mesa, colocaram um pote imenso na minha frente, peguei um pouco e... Uau. Aquilo era bom, quase perdi a noção das coisas, tentei comer com calma, mas era... Chocolate com granulado e aqui era ótimo!

—Parece que gostou bastante. —Justin riu do meu lado, fiz que sim e limpei meu rosto.

—Isso é muito bom!

—Calma, eu vou te mostrar o que é bom. — Dei um sorriso, o meu primeiro sorriso de verdade aqui na terra, me recompus e me concentrei nas minhas mãos.

—Justin! Canta alguma coisa! —Pediu alguém ele sorriu e começou a negar coma cabeça.

—Não, serio, não...

—Vai lá, quero ver você cantando ao vivo...


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Notas finais do capítulo

Tá bom?
Gostaram?
Bjs



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