A Night To Remember escrita por kouelho


Capítulo 1
Único!


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, essa fic é dedicada pras minhas lindas slashedwrists (@imlastcigarrette) e pra BabiihFr (@weissernebel) amo vocês b29;



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Hoje meu sonho finalmente se realizava. Eu iria a um show da minha banda preferida, Tokio Hotel. E depois eu ainda tinha um ingresso para um Meet & Greet com eles. Tipo, seria o dia da minha vida! Eu finalmente poderia conhecer o homem da minha vida, o Bill Kaulitz. Quanto tempo eu esperei por isso e agora falta menos de três horas pra isso se realizar.

Eu estou aqui, grudada na grade e daqui ninguém me tira. Não mesmo. Estou bem na direção que o Bill fica, no meio. Eu nem acredito que eu vou ver ele a tão poucos metros de distância de mim.

Eu e mais milhares de fãs esperavam ansiosamente o início do show. Quando os acordes começaram, todos gritaram loucamente, até o Bill entrar. Quando ele entrou, eu comecei a tremer, gritar, chorar e tudo mais que você pode imaginar. Eu cantava cada música com tanta emoção, assim como eles tocavam com essa mesma emoção. Era tão maravilhoso essa sensação... eu não consigo explicar de maneira melhor, é algo totalmente inexplicável.

Quando o show acabou, eu e mais algumas pessoas que compraram o ingresso para o M&G iriam para o local que estava combinado, um salão do hotel que eles estavam. Eu estava super ansiosa para vê-los de mais perto ainda. Enquanto eu e mais algumas fãs ficamos esperando, eu até conversei com uma delas.

-E aí, muito ansiosa né? - uma garota com o cabelo castanho claro e que parecia ser muito legal falou comigo.

-Com certeza. E você? - eu disse rindo de nervoso.

-Muito! Qual é o seu nome?

-Isabella. - eu disse sorrindo -E o seu?

-Julia. Ai, eu nem acredito que vou ver o meu Gustav! - ela disse com seus olhos brilhando.

-Awn, o Gustav é muito fofo mesmo! Mas o meu preferido ainda é o Bill. Desde a primeira vez que eu os vi, eu me apaixonei pelo Bill. - vi que ela sorriu pra mim.

-Eu sei que não tem nada a ver agora, mas o seu cabelo é preto natural? - ela riu. O meu cabelo é mesmo natural e eu não tenho coragem de pinta-lo.

-É sim. - também ri, ela parecia ser bem legal mesmo.

-Ah ta... - então ficamos meio sem assunto, mas logo veio um segurança avisar que a gente já podia entrar. Ai meu Deus, é agora! Eu nem acredito!

Quando entramos, vimos os quatro parados. Eles estavam sorrindo. Então foi uma por uma para tirar fotos com eles até que chegou a minha vez. Não tinha tanta gente, umas 10 garotas apenas. Então foi rápido. Eu falei em inglês com eles, pois meu alemão ainda não era bom o suficiente.

-Oi. - disse pra cada um e me coloquei entre o Tom e o meu Bill, awn. Senti a mão do Tom começar a descer. Ah, mas não é possível! É claro que o Tom é gostoso e tals, mas eu não quero isso. Não com ele! Então quando fui abraça-los de novo, eu disse para o Tom:

-Por favor, pare com isso. - vi que ele deu uma risada, o que me irritou, mas ok. Então depois de todas tirarmos fotos, foi algumas meninas conversarem com cada um. Julia teve sorte, pois ela ficou sozinha conversando com o Gustav. Eu e mais 2 meninas estávamos conversando com o Bill, que era muito simpático por sinal. Depois vieram as outras e eu acabei indo conversar com o Tom. Ele não parava de me olhar com aquele olhar sedutor dele. Que raiva! O pior de tudo é que ele é mesmo irresistível! Eu não posso! Não posso, não posso!

O inglês do Tom era péssimo e eu fingia que entendia quase tudo que ele falava, mas era mentira. Eu não entendia nem metade do que ele falava. Coitado.

Depois que todos conversamos e tudo mais, o que foi realmente algo inesquecível pra mim, eu queria descansar, pois eu havia feito reserva nesse mesmo hotel.

Então eu peguei o elevador e fui até o andar do meu quarto. Eu estava exausta. Até que ouvi algumas vozes do corredor. Quando olhei para trás, eu não conseguia acreditar. Eram eles. Eu só não quase desmaiei porque eu acabei de conversar com eles.

-Ei, você não é uma das garotas que estava com a gente agora mesmo? - disse Tom com o seu inglês horrível, mas eu consegui entender.

-É, sou eu. - eles vieram me cumprimentar de novo. Muito educados, adorei. Até o Tom dizer no meu ouvido:

-Vamos para o meu quarto?

-Não. - respondi isso para ele. Ai, pelo amor de Deus, que não aconteça nada para ele me forçar a fazer isso!

Comecei a ouvir uns barulhos, como se estivessem dando uma pancada em algo. Achei que fosse coisa da minha cabeça, mas todos escutaram e ficaram em alerta.

-O que foi isso? - disse Bill olhando pros lados. Ouvimos o mesmo barulho, até ouvirmos um barulho de energia e tudo apagou.

Ah não!

Valeu cara aí de cima, ouviu mesmo as minhas preces.

-Socorro! E agora? As luzes? Cadê? - disse Bill parecendo estar desesperado. Eu queria correr e abraça-lo, mas eu não o via. Até que eu senti alguém me abraçando. Eu estava torcendo pra que fosse o Bill, mas não era. Era o Tom. Afe.

-Tom, não se aproveita né? - eu disse tentando me soltar dele. Então ele foi me levando até algum lugar e ouvi a porta se fechar. Ah não! Era o meu quarto, pois eu já havia aberto a porta e ele fechou! Ele deixou os outros lá sozinhos!

-Tom! Você ficou louco, é? Deixou todo mundo sozinho lá? - eu esbravejei com ele.

-Melhor pra gente! - agora meus olhos já estavam se acostumando com o escuro e eu pude vê-lo se aproximando de mim.

-Melhor nada! Sai! Nem pense em abusar de mim! - eu disse, colocando as mãos em seu peito e o empurrando o impedindo de chegar mais perto de mim.

-Ah, ta bom né... mas então o que a gente vai fazer? - ele disse bufando e se jogando na cama.

-Sei lá... esperar a luz voltar. - dei de ombros.

-Ah, que ótimo. - garanto que se não estivesse escuro eu teria visto ele revirando os olhos -Posso pegar alguma coisa na geladeira pelo menos?

-Pode. E pega uma Coca-Cola pra mim.

-Folgada você hein?

-Ah, você invade o meu quarto e eu que sou folgada? Nada justo! - vi que ele deu risada. Nossa, era realmente inacreditável. Eu estava presa no meu quarto de hotel com o irmão gêmeo do cara que eu mais amava. Se pelo menos fosse com o Bill...

Ele me deu a minha latinha de Coca-Cola e pude ver que ele havia pego um Red-Bull.

-Obrigada. - então vi ele estendendo a sua latinha, como se ele quisesse brindar. Olhei pra ele com cara de WTF mas fiz o tal brinde.

-A nossa derrota de hoje. - ele riu. Agora eu percebia que o Tom podia ser mais legal do que eu imaginava. Eu ri junto com ele.

-Espera aí, eu vou abrir a varanda, quem sabe não entra alguma claridade?

-Boa ideia. - então fui até a porta e abri com facilidade. Ele me seguiu. Fui pra fora e estava uma brisa gostosa. Havia apenas a claridade da lua, pois na cidade estava tudo escuro. Era muito estranho ver a cidade assim, eu hein. Eu me apoiei no vidro que tinha ali e ele ficou ao meu lado.

-Tom, posso te perguntar uma coisa?

-Pode.

-Por que você não consegue sossegar e namorar sério com alguém? - eu olhava para lua, mas nessa hora eu me virei para encara-lo.

-Porque talvez nunca alguma garota tenha me motivado a isso. - ele disse olhando em meus olhos. Eu confesso que eu não esperava ouvir essa resposta dele. Eu não sabia o que responder. Fiquei um pouco pasma com a sua resposta que não sabia o que dizer. Então ficamos em silêncio por um tempo. Até que eu percebi que algumas luzes da cidade começaram a acender. Ah, finalmente!

-Olha lá Tom! Acho que a luz já vai voltar! - eu disse me animando. Ele sorriu, mas não respondeu nada. Mas não aconteceu o que eu esperava. A luz do hotel não voltou. Talvez fosse só em algumas regiões. Ah não...

-É, acho que não vai voltar não. - ele disse dando uma risada curta.

-Já que estamos aqui mesmo, vamos conversar. Está gostando do Brasil? - eu disse ficando de frente pra ele.

-Estou sim, vocês nos receberam super bem, mas o que eu mais gostei foram as mulheres bonitas daqui. - ele mexeu naquele piercing sexy que ele tem.

-Você não cansa mesmo hein.

-O que eu fiz? - ele fez uma cara de inocente, que me fez revirar os olhos e rir um pouco.

-Fica falando besteiras...

-Eu? - ele colocou a mão no peito e fez uma falsa cara de inocente, mais falsa que a anterior, que me fez rir mais -Eu só disse a verdade, nada mais.

-Ai Tom, você não tem jeito mesmo...

-Por que a gente não entra? Tá ficando frio aqui fora. - o pior é que ele tinha razão. Eu estava de manga curta e estava entrando um vento gelado. Então eu saí dali e ele me seguiu novamente.

-Até quando isso aqui vai durar? - eu disse me sentando na cama.

-Isso o quê?

-Como assim o quê? O apagão, é lógico!

-Ah ta... não sei... não sou dono da companhia de luz. - aquele comentário me fez rir -Sabia que eu já me apaixonei de verdade por uma garota? - ele mudou de assunto do nada, o que me assustou.

-Sério? Você? Ah, você só pode estar brincando né?

-Não, é sério! Só que ninguém sabe disso. Só o Bill.

-Hm... mas me conta, como foi?

-Ah, eu fiquei com ela e no fim acabei gostando dela... mas ela não acreditava nos meus sentimentos... então fiquei um tempo sem ficar com alguma garota, até que eu não aguentei ficar sem sexo e desencanei.

-Nossa Tom, você não vive mesmo sem sexo né? - eu ri e revirei os olhos.

-Não, não mesmo. - então ele chegou mais perto. Minha respiração começou a ficar falha. Até ele segurar a minha nuca e me beijar. Vou confessar, o beijo dele é realmente maravilhoso. Mas não, eu não posso deixar isso se prolongar.

-Não Tom, para! - eu o empurrei.

-Desculpa. - ele se afastou e eu me recompus. Ficamos um pouco em silêncio. Eu não tinha nada pra falar mais. Então ouvimos alguns barulhos.

-O que foi isso? - eu disse. Então Tom me abraçou, mas dessa vez ele não parecia querer se aproveitar.

-Não sei. - então mais barulhos de energia e a luz finalmente volta. Então quando vimos na situação que a gente se encontrava, nos separamos, ficamos um pouco sem-graça.

-Er... então, a luz voltou e você já pode ir pro seu quarto... - eu disse me levantando da cama e ele fez o mesmo. Foi até a porta e tentou abrir. Mas não conseguia.

-Hm, acho que estamos fodidos. - ele me olhou com uma cara de desespero.

-Ah não! O que foi agora? - fui rapidamente em sua direção.

-A porta não abre.

-Inferno! O cartão deve ter ficado lá fora. Tudo culpa sua! Se você não tivesse dado um de idiota, a gente não teria entrado aqui e você não teria fechado a merda da porta! - eu disse quase chorando.

-Calma... er... como é o seu nome mesmo? - ele virou a cabeça de lado e colocou a mão na cabeça, parecendo estar desconcertado.

-Isabella. - eu disse ainda emburrada.

-Então Isabella, fica calma, liga pra recepção.

-É isso mesmo que eu vou fazer. - peguei o telefone que havia ali. Coloquei no ouvido, mas pra minha desgraça ele tava mudo -Inferno! Essa merda não ta dando linha! E agora? Vou ficar presa aqui com você nessa desgraça de quarto... - me sentei na cama meio que choramingando.

-Ai, eu não sou uma companhia tão má assim... - ele disse se sentando do meu lado.

-Eu espero que não...

-Bom, vamos comer alguma coisa?

-Tem alguns pacotes de Doritos e chocolates no balcão. - então ele foi pegar o que tinha ali.

-Quer mais Coca?

-Aham. Veja se a TV ta funcionando. - então ele ligou a TV, que pra nossa sorte estava funcionando. Ele veio equilibrando dois pacotes de Doritos, duas barras de chocolate e duas latas de Coca-Cola.

-Pronto. Tudo aqui. - ele sorriu e jogou tudo na cama. Peguei o controle que estava no criado mudo e comecei a mudar de canal.

-Ah, que ótimo, ta tudo em português... - ele revirou os olhos. Então ele começou a se ajeitar na cama, mas ele estava de tênis. Eu não suporto que coloquem sapato na cama.

-Ei, parou aí! Sem sapato na minha cama!

-Afe, como você é exigente! - então ele tirou os sapatos e eu fiz o mesmo. Ficamos só de meia. Era tão estranho aquilo, parecia que a gente já se conhecia há tanto tempo. O Tom era um cara divertido até. Pode ser que eu tenha me enganado ao seu respeito.

Então continuei a mudar de canal.

-Deixa aí! Tá em inglês! - era um filme. Parecia ser alguma coisa de comédia. Então eu me acomodei na cama, ficando encostada na cabeceira e ele fez o mesmo. O pior de tudo é que a cama era de solteiro, pois eu havia reservado quarto de solteiro.

-Tom! Deixa um espaço pra mim né? Você ta querendo ocupar a cama inteira! - fui tentando afasta-lo e ele começou a rir -Você ta muito engraçadinho né? - comecei a rir junto. É sério, não tinha como não rir com o Tom!

-Folgada! - então rimos. Depois enquanto assistíamos o filme e conversávamos a gente comia todos os Doritos e chocolates que haviam no meu quarto. Depois de tanta conversa, eu me deitei na cama. Ele fez o mesmo, mas por incrível que pareça ele não abusou de mim, ou algo do tipo. Então acho que acabei caindo no sono.

Acordei toda dolorida e um pouco confusa. Tive um sonho tão estranho. Sonhei que a força tinha acabado e que o Tom veio pro meu quarto. Só em sonho mesmo. Fui colocar os pés no chão, mas quase pisei em alguma coisa, ou melhor, em alguém. Ah não, não foi um sonho! Foi real! Ai socorro! O Tom ta aqui mesmo! E o que ele ta fazendo no chão? Então ele resmungou alguma coisa e ele abriu os olhos.

-Tom! O que você ta fazendo no chão? - então vi uns edredons que estavam por baixo dele.

-Ah, é que você é muito espaçosa, então preferi dormir aqui mesmo.

-Você é louco?

-Só um pouco. - ele riu e eu também.

-Tom, você tem que falar com o Bill, o Georg e o Gustav!

-É mesmo... vem comigo?

-Ta... eu acho... mas deixa eu dar uma arrumadinha na minha cara.

-É, boa ideia! Você ta com uma cara de sono...

-Nossa Tom, obrigada, você é muito gentil! - eu disse ironicamente pra ele, que riu da minha cara. Meu Deus, eu nunca imaginei que ia ver o Tom acordando. Então fui escovar o dente, lavei o rosto e depois passei uma maquiagem. Depois fui até minha mala e peguei um vestidinho mais fresco. Fui me trocar no banheiro e já estava pronta.

-Pronto Tom, agora vamos.

-Espera, agora eu que quero me arrumar né.

-Ta precisando... - ri da cara dele, que me olhou feio, mas eu nem liguei. Então ele se trancou no banheiro e depois saiu de lá bem melhor. Então liguei pra recepção, que desta vez o telefone estava funcionando e em menos de 5 minutos eles vieram com um cartão novo e abriram a nossa porta.

-Finalmente, livre! - eu disse abrindo os braços. Tom riu. Então ele bateu na porta do quarto da frente.

-Bill? Aqui é o Tom!

-Ah, finalmente! - então ele abriu a porta. Meu coração acelerou em vê-lo -Oi. Você é a garota de ontem né. - ele sorriu de um jeito simpático. Eu retribuí o sorriso. Ah não, ele deve estar achando que eu transei com o Tom. Ai não!

-Aham... vocês ficaram bem ontem?

-Na verdade ficamos um pouco desesperados, mas eu e o Georg fizemos o Gustav descer até recepção... de escadas – ele riu -Mas conseguiram abrir a porta dos nossos quartos e ficamos de boa. Só vocês que ficaram presos lá né. - ele nos lançou um olhar estranho.

-É, ficamos sim. - Tom disse me olhando maliciosamente.

-Não aconteceu nada! - eu disse ficando vermelha que nem um pimentão e os dois riram -Bom, agora eu vou deixar vocês irem... vou voltar pro meu quarto. Tchau, foi maravilhoso conhecer vocês... voltem logo pro Brasil, sim?

-Ah, nós adoramos conhecer as fãs brasileiras e pode deixar que a gente volta sim! - disse Bill me abraçando e sorrindo.

-Tchau Tom. Hm, foi muito divertido ontem, apesar de estarmos numa situação ruim. Você é um cara legal. - eu sorri pra ele.

-É, eu também me diverti. Me passa seu telefone? - corei nessa hora, mas passei meu telefone pra ele. -Tchau Isabella. Até o próximo show. - ele piscou pra mim e ele entrou no quarto do Bill. Ele fechou a porta e eu fiquei lá parada, apenas processando essas últimas horas. Meu Deus. Só agora que caiu a ficha de tudo que aconteceu. Eu estava presa no quarto com o Tom Kaulitz... eu o beijei, ai.

Inacreditável... porém foi muito divertido mesmo e eu com certeza não vou apagar essas lembranças da minha memória tão cedo... uma noite para se lembrar pra sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? *-*