Londres, Inglaterra

31 de Dezembro de 2010

21h 08min

Carrie era a mais bêbada até agora, no momento, dançava dando voltas em um ponto imaginário na pista de dança.

De repente, deu um pulo e foi até Alexis dizendo – Vem Alexis, você... –soluça- você já deve ‘tá’ cansado de ficar correndo atrás da Ninfa!

Alexis cora um pouco. Carrie nem ligava para o que dizia:

- Vamos... Vem aqui comigo... Ela nem liga pra você! – já puxava Alexis pela manga da camisa.

Alexis exclamava – Carrie! Não...! Espera...! Você bebeu demais, Carrie!

Carrie olhou estupefata para Alexis:

- Eu...? – soluça – bebi demais?! Ihh... Espera um minutinho... – ela corre até o banheiro.

Chegando lá, tranca a porta do banheiro e acaba vomitando tudo que bebeu, depois, senta encostada na parede tentando respirar. De repente, começa a rir do que acabou de acontecer e se levanta para convencer Alexis novamente, mas, quando tenta abrir a porta, não consegue.

- hehehe... Por que a porta não abre? Cara, fala sério, que banheiro lixo! – ela começa a bater com toda a sua força.

(http://www.youtube.com/watch?v=AcyTR5mEC_E)

Mas, a luz apaga. É quando Carrie se desespera ainda mais.

- Ei, o que aconteceu? Fala sério, em plena noite de ano novo! Por que isso só acontece comigo?! Eu sou uma pessoa tão boa!

- Sua mãe não lhe ensinou que não se deve mentir? – uma voz irreconhecível soa dentro do banheiro, provocando um eco assustador.

- Quem ‘tá’ ai?

Risadas, pequenas risadas de deboche, que se tornam risadas assustadoras e malvadas.

- Você sabe que você não foi uma boa pessoa ultimamente não é? Tsc, tsc, tsc, tsc... Só para impressionar um homem...

- O que você quer de mim, ó grande espírito do banheiro! – é preciso repetir que ela está completamente bêbada?

- Não zoe comigo, mentirosa. Você tem cara de anjo...

- Eu ‘tô’ precisando de um anjinho agora... Que talvez me abençoasse para conseguir um tempinho com o Alexis... hahaha... Pera aí, quem é você?

Passos, gotas d’água começam a cair, seria água mesmo?

Carrie, apesar dos efeitos da bebida, não conseguia sentir onde estava esta pessoa, tudo escuro e nada, não via absolutamente nada. Quando, no meio do breu, uma chama é acesa, mas não se vê a mão que a acendeu.

Carrie começa a se assustar. O que acontecerá com ela? O que ela deverá fazer? Ela vai morrer? Vai ver Alexis de novo? Vai ter que aturar a imagem de Ninfa com seu Alexis mais uma vez--?

Risadas maléficas novamente. Passos pesados, e próximo a chama vê-se um vulto.

- Amores antigos morrem com dificuldade, mas mentiras antigas morrem mais dificilmente ainda. – exclama o desconhecido.

- D-do que v-você ‘tá’ falando? Ninfa...É ela?

Risadas maléficas novamente. Carrie vai se aproximando lentamente da chama, tentando visualizar algo ou alguém, mas sente algo gelado no seu ombro. Quando olha é uma mão cheia de sangue, que escorria por todo seu vestido.

Ela grita. Grita, muito alto, mas a musica era alta demais para alguém ouvir, e como alguém entraria se a porta estava trancada.

Essa mesma mão a puxa para o breu, e Carrie tenta resistir, mas é puxada ainda mais forte. Segundos depois a luz volta e o corpo de Carrie está estirada no chão, mas o braço próximo ao vaso sanitário, duas pernas sobre a pia, e a cabeça abaixo da chama, que tinha um castiçal em forma de anjo carregando um pesada pilar escrito Amor.

Continua...