Meu Anjo de Preto escrita por Lilli


Capítulo 2
Capítulo 2




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     Ainda me lembro dos seus toques ...

Eu estava no meu quarto colocando o biquini, pretendia dar um mergulho naquela piscina e aproveitar aquele sol que estava fazendo, olhei no relógio, era 13:45.
- Dá pra mim aproveitar até umas 17h. - Falei pra mim mesma.
Bill havia subido pro seu quarto, seu irmãozinho fez o favor de nos interromper mais cedo na sala de jogos e ainda riu da cena que viu quando nos flagrou. Eu não entendi o porque dele subir rindo do Bill, realmente, eles era bem diferentes, mas pelo olhar, pelos lábios e pela risada da pra se perceber que são gêmeos identicos.

Eu estava deitada na esteira perto da piscina quando ele chegou, agachou do meu lado, sorrindo, e disse:
- Vem cá, quero te mostrar uma coisa.
- Onde? - Perguntei, me levantando e colocando a canga.
- No meu quarto ...
Tremi quando ele falou aquilo. Ele ia me levar em seu quarto?
Subimos pelo elevador e eu o acompanhei até seu quarto, o de n° 483.
- Pode entrar ...
E eu entrei, aquele local estava impregnado com o cheiro do perfume dele.
- Só não repara na bagunça, quando se tem um Georg morando no mesmo lugar não da pra manter a ordem.
Georg era o baixista da banda dele, ele já havia comentado isso.
Mas na verdade, nem estava tudo muito bagunçado.
- Onde estão os outros? - Perguntei.
- Foram na sala de jogos. Tom apostou com Gustav que ganhava de primeira na sinuca de Georg.
É, como eu suspeitava, estavamos sozinhos.
- Entre, o que eu quero te mostrar esta aqui.
Disse ele me levando para um comodo pequeno cheio de malas.
- É onde nós guardamos as coisas que mais usamos, os outros gardam os intrumentos aqui também.
E então, ele foi até uma mala preta e de lá, tirou um caderno, parecia meio velho e muito usado.
- Eu o considero meu tesouro, é onde faço as anotações para as músicas. Os tenho desde meus 13 anos.
Peguei o caderno e começei a folhear, a letra dele era linda. Como eu não era capaz de achar nem que fosse um só defeito nele?
- Veja a última coisa que escrevi.
Parecia um verso de uma música inacabada.
- Nossa ... - Foi a única coisa que consegui falar.
- Queria te mostrar porque ... eu escrevi ontem a noite, pensando em você.
Meu coração acelerou, ele escreveu aquilo pensando em mim? Meus olhos correram dele até, novamente, a folha do caderno.
- Bill ... - Novamente, seu nome era a única coisa que eu conseguia dizer.
Bill pegou o caderno de minha mão e o guardou, se posicionou em minha frente, colocando os dedos no meu queixo, me fez parar de fitar o chão e o encarar.
Ele estava sorrindo.
Eu estava corando, desviei o olhar e ele me deu um selinho.
Coloquei minhas mãos sobre o peito dele e então, ele me beijou, passando seus braços em volta da minha cintura, levando meu corpo pra mais próximo do seu.
Parou o beijo com uma leve chupada em meus lábios e desceu distribuindo beijos pelo meu pescoço e ombro, eu estava arrepiada, seu cheiro invadia minhas narinas e me deixava em transe, entrelaçei meus dedos em seu cabelo e mordi o lóbulo de sua orelha.
Passei minhas unhas pelo seu pescoço e o ouvi gemer baixo. Bill se afastou por um momento, apenas para tirar seu casaco e então, voltou a me beijar.
Por instinto, agarrei-o de lado, pela camiseta, e precionei seu corpo no meu, percebi que ele sorriu por entre o beijo e me encostou na parede, senti minhas pernas falharem quando ele subiu uma mão pelas minhas costas, quando me dei conta, minha canga já estava jogada no chão.
Eu podia ouvir o martelar do meu coração, mais rápido do que eu achava que um coração podia chegar a bater.
- Bill ... - Gemi seu nome quando percebi que ele estava puxando o cordão do meu biquini, para tira-lo.
Coloquei minhas mãos por baixo de sua camiseta, tocando cada parte de seu abdômen, no momento em que a parte de cima de meu biquini caiu no chão, eu tirei sua camiseta.
Ele me deitou no chão e começou a beijar minha barriga, eu mordia meus lábios quando ele passava seu piercing por ali.
Senti sua mão subir pela minha coxa e chegar até a parte debaixo de meu biquini, o olhei e ele estava me encarando com um sorriso malicioso.
Eu nunca o tinha visto sorrir daquela forma, e confesso, aquilo me excitou mais ainda. Mordi meus lábios, e ele entendeu o sinal.
Tirou a parte debaixo do meu biquini e começou a depositar beijos ali, me contorni e soltei um gemido abafado.
Ele estava me deixando louca, a forma como brincava com sua lingua ali, e como passava seu piercing me enlouquecia.
Depois, ele subiu novamente distribuindo beijos pela minha barriga, pelos meus seios até chegar em meus lábios, sorri e o empurrei para que agora eu podesse ficar por cima.
Tirei sua bota e sua calça, dei um selinho e desci distribuindo beijos pelo seu abdômen, aquela tatuagem dele, de estrela no quadril me deixava louca.
Passei minha mão de leve por cima de sua cueca boxer, olhei pra ele com um sorriso malicioso e ele estava sorrindo da mesma forma.
Tirei sua boxer levemente, fiquei nervosa por um momento, eu nunca havia feito aquilo.
Distribui alguns beijos no local e depois passei a lingua levemente, o olhei e ele estava gemendo baixo com os olhos fechados, aquilo me estimulou a continuar, ele soltava gemidos roucos e baixos, fiquei feliz e excitava ao mesmo tempo, eu acho que estava conseguindo retribuir o prazer que ele havia me dado minutos atrás.
Ele gozou e então eu subi novamente, dei um mordida leve em seu lábio e puxei, ele sorriu e se posiciou em cima de mim novamente.
Bill me segurou pelo quadril e foi se encaixando levemente, soltei um gemido leve e ele sorriu, ele continuou com os movimentos, no começo bem lentos, depois foi aumentando a velocidade.
Chegamos ao ápice do prazer quase juntos, e então, ele caiu do meu lado, exausto.
Beijei seus lábios e me aconcheguei em seu peito, senti ele beijar o alto de minha cabeça.
- Eu te amo Bill ...
- Eu também te amo, princesa.

     Ainda me lembro de você ...

Acordei com sons de risadas vindo de um comodo próximo.
Abri os olhos lentamente e a primeira coisa que percebi foi que eu estava nua em uma cama.
Sentei rapidamente, eu não conhecia aquele quarto, olhei pros lados em busca de respostas e meus olhos encontraram um porta-retrato, na foto estava uma criança. Era um menino de camiseta azul, cabelos pretos bagunçados, com seus olhos traçados por lápis preto. Eu o conhecia, era Bill.
Meu cerebro então processou tudo o que havia acontecido na noite anterior.
Ouvi alguém batendo na porta, me cobri rapidamente e pedi que entrasse.
- Bom dia ...
Ele estava lindo, é claro, ele sempre estava. Com aquele estilo impecavel, usava uma calça preta, botas de salto e uma regata preta com brilho. Seu sorriso era como uma fonte de vida pra mim, me iluminava.
- Só vim ver se ja estava acordada, pode vestir aquela roupa ali que separei para você, vou te esperar na cozinha para tomarmos café juntos.
Então, ele me deu um beijo na testa e saiu.
Me levantei, vesti as roupas que ele pediu, eram roupas dele. O meu biquini e a canga estavam em uma sacola do lado.
Acabei de me arrumar e fui até a cozinha, estavam os quatro sentados na mesa, senti o olhar diferente de seus amigos e seu irmão, obviamente sabiam o que eu e Bill haviamos feito. Senti meu rosto virar um tomate.
- Pode senta aqui cunhadinha. - Falou Tom, com seu ar brincalhão.
Eu queria ter o poder de me transformar em um avestruz e enfiar minha cabeça no chão.
Sentei ao lado de Bill e tomei o café da manhã com eles, aguentando as piadinhas de Tom, é claro que Bill o ameaçava com a faca toda hora.
Depois disso, eles foram para o quarto e Bill ficou comigo na sala.
Olhei para um canto e vi as malas ... meu mundo desabou na mesma hora. É claro, era domingo, eles iam embora.
Bill percebeu o meu olhar e falou:
- Vem aqui comigo ...
Desci com Bill para o terreo e ele me levou até o muro da churrasqueira, o lugar onde nos conhecemos.
- Você vai embora ... - Comentei, fitando o chão.
- Eu tenho que ir, não queria te deixar, mas não tem outro jeito ...
- Eu entendo. - Ele estava me olhando nos olhos, e isso sempre fez meu coração bater mais rápido.
- Eu nunca vou me esquecer de você ... - Bill tirou um de seus colares que ele sempre usava, o qual o pingente era a letra B. - E isso é para você nunca se esquecer de mim.
Ele colocou o colar em mim, senti uma lágrima teimosa descer pelo meu rosto.
- Eu nunca iria me esquecer de você , Bill.
E então, ele me abraçou e beijou o alto de minha cabeça.
- Adeus ... - Foi sua última palavra antes de selar seus lábios nos meus e ir de encontro com os outros meninos e desaparecer em um carro preto.
E então ele foi embora.

~

E tudo isso já faz quatro anos.
E agora eu estou aqui, em uma banca com uma revista nas mãos. Uma revista que tem uma foto dele e uma entrevista com a sua banda.
Paguei a revista e entrei no carro, liguei o rádio e parecia que o destino estava conspirando para que eu lembrasse dele.
Aquela música ... foi a música que ele me mostrou, o verso que ele escreveu em seu caderno...

- Doesn't count far or near, I am by your side ... Just for a little while .

Aquela voz ...
Involuntariamente, minha mão cercou o pingente do colar que estava em meu pescoço.
Eu nunca esqueci os 4 dias, nesses 4 longos anos, e eu sabia que nunca iria esquecer. Ele foi o meu grande amor, ele foi meu anjo, meu anjo de preto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado (:



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