Life Of Death - Ritual das Quatro Luas escrita por Soumanomiya


Capítulo 2
Despertar da Morte




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/116361/chapter/2

CINCO PESSOAS IMPORTANTES QUE JÁ CEIFEI

1-John F. Kennedy

2-Michal Jackson

3-Joan D'Arc

4-Adolf Hitler

5-Paul McCartney(?)

Só tem uma coisa pior do que acordar de um sonho tão vivido como esse. Acordar de um sonho vivido como esse sem lembranças de quem você é, num quarto que você não conhece, deitado em uma cama que é extremamente dura, e usando uma apenas cueca que obviamente não é sua, pois é dois números menor e aperta as regiões intimas.

Ou olhei em volta e não vi nada que reconhecesse. E então um garoto de uns 15 anos entrou no quarto. Ele usava uma bermuda jeans, sapatênis azul, camisa vermelha de uma marca famosa, e um boné preto.Sorriu para mim e disse:

-Que bom que você acordou! Nós estávamos preocupados.

-O que houve? – perguntei.

-Fui uma coisa muito doida! Tava eu, meu pai e minha mãe voltando de carro do restaurante e então uma estrela cadente veio “zooom!” e então “booom!” no meio do parque! E então nós fomos ver e encontramos você lá todo, no meio do chão explodido, todo chamuscado e pelado. A única coisa que você usava no corpo eram esses dois anéis e o colar de caveira ai. – olhei para baixo. Estava mesmo usando dois anéis e um colar. Cada anel no anelar de cada mão. Ele continuou – E a mamãe disse que a gente devia levar você por hospital. Mas meu pai é medico, sabe. E ele disse que, como você num tava nada machucado, seria melhor levar você aqui pra casa. Ai você ficou um dia inteiro dormindo e tendo uns sonhos muito locos (você fala dormindo). Ah sim! Papai mandou eu perguntar qual e seu nome. Ele disse que se você num lembrar é mau sinal.

Eu não me lembrava de nada. Estava muito preocupado, pois não queria ir para um hospital ser examinado. Principalmente porque não tinha roupas. Ainda estava assustado por causa do sonho.

-Á é! Achei isso perto de onde você tava! – ele me deu um livro. Era grande, grosso e preto. A capa era feita de couro duro e o único ornamente era um circulo estilizado, com vários símbolos que representam a morte em varia culturas. E no centro do circulo havia uma ampulheta. Quatro finas correntes prateadas e uma única corrente dourada com um pequeno cadeado sem fechadura impediam-no de ser aberto. As folhas eram velhas e amareladas. – Então? Você se lembra do seu nome, não se lembra?

Segurei os livro e passei a mão pelo cadeado que se abriu com uma passe de mágica, derrubando as correntes no chão com um tintilar. Dentro do livro havia vários nomes e datas. E então entendi, ou melhor, me lembrei de tudo. Aquele sonho não era um sonho, mas sim minha vida como o Anjo da Morte. E aquele livro era o Livro da Vida e Morte, com todos os nomes das pessoas do mundo, e a data de nascimento e morte delas. A roda na frente do livro era a Roda da Vida e a ampulheta representava que tempo que as pessoas tem para viver esta sempre correndo e chegando ao fim.

-Meu nome? ÉAzra'il... digo... Mort.. Azrael. Meu nome é Azrael. – os humanos americanos têm dificuldade de pronunciar meu nome Arábico.

-Israel? Que nome estranho. – ele disse rindo. – Nós vamos fazer guerra contra você

-Azrael, não Israel... – apesar de Izrael ser um jeito de eles me chamarem. E que Israel me deu muito trabalho na ultima década. – mas pode me chamar de Azry, se preferir.

-Azry! Legal. Gostei. – ele era um garoto simpático – Eu sou o Zack, Zack Gillenhal. Prazer em conhecê-lo Azry. Á é! Meu pai quer falar com você La em baixo. Se precisar de roupas, logo ali no armário.

Como ele era menor que eu suas roupas não iriam servir. Disse pra ele sair para eu poder me trocar. No momento em que ele saiu, eu tentei usar meus poderes de Morte. Pensei comigo se tinha algum poder que me permitia conjurar uma roupa, ai me lembre que uma vez no meu sonho, quer dizer, outra vida eu tinha mudado até de forma. Mudar de roupa não seria difícil. Imaginei-me com as mesmas roupas daquele ultimo sonho antes de eu acordar. No começo nada aconteceu. Concentrei-me mais, e então, sombras se começaram a subir pelo meu corpo e tomar a forma desejada. Em menos de trinta segundo eu estava vestido confortavelmente.

Desci e me encontrei com eles na sala de estar. Fiquei com medo de eles perguntarem o que eram aquelas roupas, já que obviamente não eram do Zack, mas eles nem repararam. Sentei-me na poltrona vazia e o pai de Zack que estava no sofá perguntou:

-Como se sente? Você nos deixou preocupado. Azrael, correto?

-Sim, AzraelMávet. Mas pode me chamar de Azry, senhor Gillenhall.Sinto-me bem. – respondi. – Um pouco confuso com tudo. Onde estou?

-Você está na minha casa em Livespring Villa. – aquele nome me fez lembrar. Foi aqui que realizei minha ultima colheita. Ele então me perguntou: - Você tem algum parente que possamos contatar?

Complicou. Não podia dizer pra ele que meus parentes mais próximos viviam a quilômetros de altura, em uma dimensão paralela, e tinham asas e luz própria. Nem que meu Pai é o Pai de todo o universo. Então apenas disse que não. Disse que era apenas um garoto sem família que teve a ma sorte de ser atingido por um corpo celeste durante o sono na praça.

-Isso é mal. –disse a Senhora Gillenhall. – Devemos chamar o Serviço Social para arranjar um lugar pra você ficar.

Aquilo me gelou a barriga. Senti medo. A primeira vez que senti medo na vida. Era ruim. Ter emoções, até agora, não foi nada agradável. Pensar que minhas primeiras horas como vivo e já estaria sendo rejeitado e desprezado, tendo que viver nas ruas. Ao contrario Dele, que nasceu de uma mãe, eu cai na Terra já adolescente. E até agora não pareceu ser a idade mais legal de todas.

-Mãe! Ele mal acordou e você já quer mandar ele embora! – interveio Zack. – Ele devia ficar aqui mais alguns dias pelo menos.

-Zack, não é bem assim que funciona. – explicou o Sr. Gillenhall. – Mas, Dahna, acho que devíamos discutir isso.

Eles então foram para a cozinha. Zack disse que tinha que arrumar algumas coisas e foi para o quarto. Eu fiquei sozinho na sala. E coloquei minha natureza angelical em pratica novamente. Fechei meus olhos e me concentrei e então pude ouvir tudo o que eles diziam. Sei que parece estranho um anjo ter super audição, mas pode vir bem a calhar quando se esta caçando almas.

...ele poder ser um marginal! –disse a Sra. Gillenhall. – Ou pior! Um assassino! – nisso ela estava parcialmente correta.– Não podemos deixar um estranho viver em nossa casa!

-Ele pode ser uma garoto bom, que apenas não teve oportunidades. – replicou o Sr. Gillenhall. – Já vi muitos garotos assim no hospital.

-Ele pode ser um drogado! Um ladrão! Um psicopata. Um serial killer que sai por ai matando pessoas com bastões... ou... ou... foices! –Uau! Essa mulher tem uma ótima intuição.– Não posso expor meu filho a isso.

-Uma foice!? Quem sai por ai ceifando pessoas sem o menor motivo? – Bem, nisso ele estava certo. Minhas colheitas nunca são sem motivo. Acredito que infartos e assassinatos sejam bons motivos. – E mais! Não podemos deixar ele com Serviço Social! Ele vai ficar largado no Sistema por anos!

-Hmmm... tem razão. –Isso mesmo mulher! Ouve o que ele diz! Mostra pra ela quem manda, Sr. Gillenhall.– Mas ainda assim... nós temos que chamar o Serviço. E você sabe disso.

- É, tem razão. –NAAÃO!!! Você estava indo tão bem! Não desiste agora!– Já sei! –ele disse batendo palmas. – A gente deixa ele ficar por uma semana. Se ele for tão mal quanto você diz, a gente liga pro Serviço. Se ele não for... a gente vê o que faz.

Ótimo!Isso queria dizer que eu tinha sete dias pra mostrar pra eles que eu era um arcanj... homem digno da piedade deles. Se meu Pai pode criar o Mundo em seis dias e ainda por cima tirar um cochilo e jogar um baralho com os anjos no sétimo, eu conseguiria mostrar que era digno de piedade. Mas isso pode ser difícil quando durante toda a eternidade você teve a fama de ser o temível e cruel. Não sou temível, nem cruel poxa! Só tava fazendo meu trabalho!

Eles voltaram para a sala e me encontraram do mesmo jeito que estava quando saíram. Eles me disseram que podia ficar por uma semana, mas teria que ir na escola com o Zack. Pensei:Isso é bom. Finalmente vou ver como vive um adolescente normal. Pode ser divertido.

Encontrei-me com Zack no quarto dele que passou a ser meu quarto também. Ele ficou feliz quando contei que ia ficar com ele por uma semana.

-Eba! Nunca tive um irmão. Finalmente vou saber como é ter um! – ele pulava de alegria.

-Haha! Eu também nunca tive um irmão. – não um irmão que não fosse feito de luz pura e tivesse asas.Isso vai ser divertido.

-Estou tão ansioso! Ei! Você gosta de vídeo-game? – eu não tinha a mínima idéia do que era um vídeo-game, então não respondi. – Espero que sim! Vem! Vamos jogar.

Quando vi o que era o vídeo-game, quase dei risada. Segundo meu sonho, eu havia ceifado umas centenas de gordos e gordas que morreram na frente desse troço. Também tinha os magrelos doentes, mas estes eram tristes e não engraçados. Aquilo era uma arma mortal que também era lazer. Se bem que todas as armas mortais podem ser usadas pra lazer.

Nunca me diverti tanto. No começo eu era ruim e desajeitado, mas depois peguei o jeito. E quatro horas de jogo depois eu me arrumei pra ir dormir. O dia seguinte ia ser cansativo. Mal podia esperar para meu primeiro dia de aula. E meu primeiro dia como humano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Life Of Death - Ritual das Quatro Luas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.