“Nós não só tínhamos um plano, como tínhamos três planos. Pensamos em todos os possíveis acontecidos, isso em cinco minutos, tempo limite para KK nos mandar um ‘Vai logo! ’ Eu como de costume fiquei no carro – que emocionante.

Mas ao sair PP virou-se para mim e disse:

_ Janna, lembre, o plano C é muito arriscado e só vai acontecer se os outros não funcionar, ok?! – confirmei com a cabeça – Dez minutos para o ataque e Mostre como se faz!

E correram para o posto policial – que, aliás, não tinha um policial se quer, e sim aqueles ridículos mascarados. Eu daria tudo para estar presente no momento da invasão, mas dessa vez eu tinha uma função, e teria que dar conta do recado!”

PP pov’s

“Aquele filho da mãe! ‘Se o que ele quer é um confronto cara-a-cara, é o que ele vai ter! ’ Era só o que eu pensava: vingança. Eu estava completamente seguro e sem nenhum resquício de medo. Eu já não tinha mais o que perder, portanto ia dar o meu melhor pior.

Pela primeira aquele ‘exercitozinho’ de péssimo gosto, nos deu passagem. Abriram a porta vagarosamente, como que criando um suspense. E lá estava ele, sentado numa poltrona de costas para nós. JS e KK estavam com as mãos amarradas num nó grotesco, mas frouxo. ‘Fácil’, pensei. FG se posicionou atrás deles para num movimento súbito desfazê-los. Eu entrei, imponente e a passos largos fiquei em frente à mesa, dando um murro nela. DD virou-se, e me fitou por alguns segundos. Seus olhos eram gélidos e ao contrário do que se possa imaginar, não eram inexpressivos, e sim profundos e fogosos, dum modo provocativo, típico de quem ‘quer sangue’.

_ Ora, ora se não é o meu inimigozinho favorito – ele falava de modo sarcástico, como se estivesse contando uma piada.

_ Solte-os!

Ele simplesmente deu intensas gargalhadas que durou um tempo indeterminável. Ele era visivelmente bipolar, dono dum humor negro de mais baixo calão.

_ Dê-me o chip! – disse ele mudando bruscamente de humor, num tom sério e arrogante. Seu rosto estava a menos de um centímetro do meu, e seus olhos devoravam os meus com um ódio indescritível.

_ Primeiro os garotos. – eu impus.

_ Francamente, faça me rir – aparentemente mais calmo, sentou-se e começou a brincar com a caneta em mãos – Você não está em condições de me impor nada!

_ Ah, você é quem pensa – comecei a andar pela sala. Eu estava gostando da situação, era ótimo poder provocá-lo – Suponho que você não gostaria que essas informações fossem divulgadas mundialmente, não é? – confirmou impaciente.

_ Deixe de bobagens, você me entrega o chip e eu, com toda a minha bondade, dou o direito temporário de viver a você e seus amiguinhos cafonas – nisso, JS e KK se entreolharam e concordaram com a cafonice.

No calor do momento, mostrei a mini-arma laser que carregava apontando bem no meio de sua careca. Fechei os olhos e atirei – mas nenhum barulho foi ouvido. ‘PQP! Isso não é hora de falhar!’.

_ Achei que fosse mais esperto, killjoy! – disse, sorrindo como uma hiena – Pensou mesmo que ia ser assim tão fácil?

Eu estava envergonhado: todo meu heroísmo fora ‘pro brejo’. Então numa destreza desconhecida, apertei o botão do cinto – o plano C.

Em menos de meio segundo, nosso incrível Killcar invadiu a sala quebrando as paredes e fazendo poeira até o teto. ‘Valeu Janna’. Nós quatros pulamos dentro do carro e aceleramos até a velocidade máxima. Havia tiros por todo lado, e os ‘soldadinhos de merda’ tentaram correr sem sucesso atrás de nós.

A adrenalina nos subiu a cabeça! Mal podia acreditar que finalmente estávamos perto de ‘botar a boca no trombone’ e salvar o mundo da Scarecrow.

Todos prestem atenção em mim!

Eu tenho a resposta

Eu tenho a resposta

Vamos arrasar com você

Com um G maiúsculo

Então ponha suas mãos para cima

Agora coloque suas mão para cima

Esconda sua vista, nós vamos brilhar hoje

Sub-atômico nunca pega o melhor de mim

Nem o DJ irá salvar minha alma

Eu a vendi há tanto tempo atrás por Rock'n Roll

Baixe a agulha quando o tocador de fita estourar

Vamos detonar isto então todo mundo saberá

Estávamos enlouquecidos, possuídos pelo som do volume ensurdecedor que saí dos alto falantes e penetravam na alma sem pedir permissão.

Isto não é uma festa

Saia da pista de dança

Você quer ficar

Aqui chega a guerra de gangues

Você está fazendo tudo certo

Eu tenho a resposta

Porque todos os bons momentos

Eles lhe dão câncer

A alegria era um sentimento desconhecido, enlouquecedor. Pela primeira vez pude me sentir bem, mesmo que sem controle de mim mesmo.

Ilumine o palco

E me veja chutar as caixas de som

Então erga o punho

Agora erga o punho

Ninguém irá pegar minha vida

Ninguém irá pegar o melhor de mim

Nem um padre irá me salvar agora

Escolha um assento, eu vou lhe mostrar agora

Todos com vontade piromaníaca

Nós vamos explodir isso e mostrar como se faz!

Conseguimos!