Nossa História escrita por Tsuh
Notas iniciais do capítulo
Aqui está mais uma hitória que espero que gostem.
Estava andando distraída pela rua até que avistei uma guria que me parecia familiar. Ela estava sentada na grama de um parque que muito frequento, mas a minha maior curiosidade foi nunca ter notado ela... Aquele jeito compenetrado de ler um livro. Fui me aproximando até que chegou uma criança e a abraçou. Era uma menininha linda, ruiva de olhos claros (não sei se verdes ou azuis). Parei na hora. Se fosse a filha? O que eu iria falar... Aliás, eu não tinha certeza se aquela mulher era alguma conhecida minha ou não. A verdade é que depois da Sofia, eu nunca mais amei ninguém. Eu não a esqueci. Nesse momento tirei uma foto q levo na carteira e fiquei olhando... Nisso não reparei que a mulher se levantou e foi embora. Olhei em volta mas não a encontrei, de repente ouvi uns gritos. Pessoas se aglomeraram no meio da rua e eu corri pra ver o que era. Quando consegui me aproximar, vi de relance aquela ruivinha chorando e um corpo caído no chão. Tentei ver o rosto da pessoa caída e levei um susto. A crinça chorava... -Mamãe! Mamãe acorda! Eu sai correndo, tirando todo mundo da frente e abracei aquela criança. -Calma pequena, vai ficar tudo bem... Sua mãe vai ficar bem... -Você é médica? -Não... Mas eles vão chegar... Eu preciso saber o nome dela pra quando a gente chegar no hospital au poder ajudar sua mãe... -Sofia... O nome dela é Sofia Monteiro... Sofia? Eu não acredito! Era ela mesma! A minha amada, depois de tantos anos... Mas por que tinha que ser desse jeito? Por quê? -Guria... Como te chamas? -Alice... -Alice, você vai fazer uma coisa pra tia. Pode ser? -Tá... -Segura esse celular que eu vou ver o pulso da sua mãe e tentar prestar os primeiros socorros. Coloquei no cronômetro, peguei a mão de Sofia e tentei achar o pulso. Pedi pra que Alice iniciasse a contagem. O pulso estava fraco. Tentei manter a calma. Me aproximei do ouvido de Sof e sussurei: -Sof... Meu amor, eu demorei muito pra te reencontrar e não vou te perder de novo... Vamos lá! Acorde... Se não for por você, pela sua filha... Acorda... Ouvi uma sirene. A ambulância estava chegando. Os paramédicos começaram a socorrer e eu me afastei levando Alice comigo. A menina gritava pela mãe e chorava desconsolada. Eu deixei uma lágrima escorrer, mas me mantive firme. Olhei em volta até avistar meu carro. Fomos até lá. Coloquei Alice no banco de trás, e disse: -Confia em mim que a gente não vai perder sua mãe... Ela acenou positivamente com a cabeça tentando conter o choro. Sorri carinhosamente e disse: -Sou Alexandra, mas pode me chamar de Alex. Fui para o banco do motorista, respirei fundo e liguei o carro. Chegando no hospital, deixei Alice na sala de espera e fui resolver a papelada de entrada no hospital. Sofia havia sido atropelada, o coitado do motorista tava desesperado. Minha amada foi pra sala de cirurgia, reencontrá-la de verdade dependia apenas daqueles médicos. Horas se passaram, eram três da madrugada quando um médico finalmente apareceu. A cirurgia tinha sido um sucesso. Respirei aliviada. Quando foi de manhã, contei a novidade pra guria que logo ficou louca pra rever a mãe. -Alice, se acalme... Vamos tomar café e iremos ver sua mãe... Fechado? -Mas eu quero ver a mamãe agora... -Ei pequena... - me abaixei pra ficar do mesmo tamanho que ela - Mamãe está dormindo, estava muito cansada. A gente toma café e vai correndo ver ela... Pode ser? -Tá... Promete? -Prometo! Palavra de Alex Novaz! Ela deu um sorriso tímido e eu continuei... -Quantos anos tem essa menininha de olhos tão verdes? -Seis... -Muito esperta pra uma menina de seis aninhos... - disse me levantando. A peguei no colo e fomos até a cantina comer algo. Comemos e no caminho de volta encontramos uma enfermeira: -A Senhora está acompanhando Sofia Monteiro? -Tô sim... Aconteceu alguma coisa? -Ela acordou e pede pra ver a filha. -Podemos ir vê-la? -Podem sim, mas sem demorar muito... Alice ficou super feliz com a notícia. Assim que entramos no quarto ela se soltou de mim e foi correndo em direção a mãe. -Obrigada por cuidar da minha filha... -Imagina... Alice é uma menina adorável... -Espero que não tenha te dado trabalho... -Nem um pouco... Sofia... Você não mudou nada... Está até mais bonita do que antes... -A gente se conhece? Meu coração ficou em pedaços, ela não lembra de mim. Eu retirei a nossa foto do bolso e fiquei olhando. -Alguém especial na foto? - ela perguntou curiosa. -Sim, a gente... - estendi a foto pra que ela a pegasse. -Não acredito... Alex... É você... Sorri... De uma certa forma ela se recordava de mim. Mas como a gente foi se perder assim. Lembro-me de uma briga, no dia depois terminamos e daí então nunca mais nos vimos... -Alex... Você ainda guarda essa foto? -Anda comigo sempre. Desde o dia em que você se foi e nunca mais voltou. -Aquele foi o pior dia da minha vida. -Por que brigamos? Por que você foi embora? As coisas poderiam ter sido tão diferentes... Poderíamos estar juntas agora, poderíamos... Sofia me interrompeu: -Poderíamos. Mas não ficamos. Depois que descobri que você nunca mentiu pra mim. Que nunca havia me enganado, já era tarde. Estava casada com o Fabiano e esperando Alice. -VOcê se casou com o Fabiano? Justo com ele... -Ele estava do meu lado quando eu precisei. Quando eu achei que você havia mentido pra mim eu estava lá... -Mas eu tentei te procurar. Tentei te explicar tudo... -Eu não deixei. Meu orgulho foi maior que meu amor. -Eu te amava... E amo Sofia... Todos esses anos sem você só fez aumentar o que eu sinto por você. -Alex... Não. Para! -Hã? Parar? Como assim? -Não vamos voltar. Podemos ser amigas, não mais que isso. Essa frase foi a minha deixa pra ir embora. Não queria ficar ali. Queria chorar. Queria morrer. Queria simplesmente sumir. Todos esses anos, guardando a esperaça de um dia revê-la e poder voltar e continuar nossa história. Tudo foi tempo perdido. -Ok Sof. Como sempre você tem a razão e mais uma vez a última palavra será sua. -Como assim? -Eu entendo você. Mas eu preciso ir resolver umas coisas que deixei de resolver ontem. Eu tenho que ir. -Mas você volta? -Não sei. Peguei a foto, atrás escrevi meu endereço e telefones caso ela precisasse de alguma coisa e devolvi. -Toma. Fica com ela. A original tá lá em casa. Atrás eu coloquei como e onde me achar caso você precise. -Ok. Obrigada. -Não me agradeça. Viva e cuide da Alice. Me virei e quando estava saindo senti algo agarrar em minhas pernas como um abraço. Olhei pra baixo e ouvi: -Tia você vai voltar? Deixei escabar um sorriso tímido, me abaixei e abracei Alice. -Não sei Alice. Talvez. -Tia, volta. Aquela criança me lembrava sua mãe com aquele olhar penetrante e frio no dia em que ela se foi. Só que em Alice, daquele olhar vinha ternura e um pedido verdadeiro pra que eu ficasse, ou melhor voltasse. Com o mesmo sorriso tímido respondi: -Ok Alice. Você me convenceu. Eu volto pra ver você. Ela sorriu e me abraçou forte e disse em meu ouvido: -Minha mamãe também precisa de você. Abracei Alice mais forte e respondi: -Não vou deixar vocês duas sozinhas nunca mais. Prometo. Ela saiu do meu abraço respondeu com um sorriso lindo como o de sua mãe e voltou pra perto da mesma. Olhei pra Sofia e disse: -Não vou te deixar sozinha de novo. E antes que ela pudesse falar qualquer outra coisa saí.
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Então? Gostaram? Acompanhem, no capítulo dois eu irei inovar e precisarei muito da ajuda de vocês!