Gina estava sentada em uma sala escura a observa um caixão nele havia um corpo frio e sem vida, de alguém que sempre foi assim. Mas que só ela conheceu o verdadeiro fogo que nele havia. Já não era tão bela como a muito anos atrás, seus curtos cabelos ruivos hoje já mostrava alguns fios prateados no qual podia ser visto a uma mulher madura e sabia. Seus olhos inchados pelas lagrimas demostrava uma noite mal dormida.

Fazia muitos anos que não tinha insônia, na verdade desde que viera morar ali a mais de trinta anos ela dormia bem todas as noites junto ao seu amado marido que agora estava morto naquela sala.

Se lembrava como se fosse agora o dia que recebeu seu maior presente de aniversario e a melhor prova de amor de algúem que não sabia amar.

Era seu aniversario de trinta e quatro anos, seu esposo e seus filhos, Zeus que estava com quinze anos e no 5º da sonserina, o que não foi novidade nenhuma para os país pois o garoto desde de muito pequeno estudava e tinha uma queda por arte das trevas, era malvado tanto quanto o pai e muito parecido também com ele o que deixava o próprio muito orgulhoso de seu herdeiro. Tinha também  Afrodite que era a copia exata de Gina tinha nove anos porém com lindos olhos azuis e pele pálida, seus cabelos era para baixo da cintura ruivos  e formava cachos perfeitos na ponta era uma menina doce e meiga, claro que como todos os filhos deles estudava artes das trevas e duelos entre outras tantas coisas desde pequena, a menina era muito inteligente, e era tratada pelo pai como uma princesa, Gina achava que só a filha conseguia tirar um sorriso verdadeiro de seu marido.

Tinha os gêmeos de cinco anos Hades e Posedon , eles eram terríveis tinha puxado em tudo os irmãos de Gina, Fred e Jorge muitos inteligentes mais totalmente indisciplináveis nem mesmo o pai que era  temido por todos conseguia colocar medo nos dois garotos, mais mesmo assim Tom e Gina os amava claro Tom nunca disse que amava nenhum dos filhos mais ela sabia que sim e era isto que importava. E por fim sua casula e ultima filha Hera, era uma boneca tinha apenas um pouco mais de um ano e era muito parecida com Tom, cabelos negros, pele pálida e olhos de um azul que iluminava a todos.

Gina estava feliz tinha perdido seus pais e irmãos que desde que foi para junto de Tom a renegou nunca mais tinha visto nenhum deles, mais mesmo assim era feliz pois ganhou sua família. E naquele jantar soube que era amada tanto quanto amava.

-Gina, quero te dar um presente – Tom falou a cabeceira da mesa, seus filhos todos pararam par observa o que seu pai iria dar a sua mãe, ele pegou uma caixa e Gina ao abrir se deparou com um anel com uma pedra verde, uma taça de ouro, uma tiara e um velho diário, todos destruídos.

-Pai normalmente você da algo melhor do que isto para a mamãe – falou Zeus que olhava para os objetos com repugnância – não um monte de lixo destes.

-Cala a boca Zeus – Gina repreendeu ao filho – Tom eu não acredito – e foi abraçar o marido com lagrimas escorrendo por sua face – Tom mais por que? Digo você tem certeza?.

-Gina você me mostrou o que é o verdadeiro poder e tudo o que tenho de mais precioso esta nesta mesa e o que me adiantaria ser imortal se veria vocês morrerem? Quero viver e morrer como vocês pois saberei que posso encontra-los depois da morte do que viver eternamente uma vida vazia.

Gina sentada agora naquela sala sorria com a doce lembrança daquelas palavras foi a única vez que Tom disse que ela e os filhos era precioso para ele, mais para ela bastava isto. Lembrava-se dele bravo depois de dois anos daquela cena quando recebeu a carta de Afrodite de Horgwats.

- Gina aquele chapéu esta caduco, onde já se viu mandar uma Herdeira da Salazar Sonsery para grifinólia – gritava ele andando de um lado para o outro, eu vou lá exige que ela mude de casa.

-Calma Tom Afrodite é corajosa e também muito esperta tenho certeza que ela mudará a cara da grifinólia – sorria Gina ao ver o desespero e decepção do marido.

Foi quase a mesma coisa com os outros filhos os gêmeos quando entrou, cada um foi para uma casa, um para cornival e o outro para lufa-lufa. Apesar de achar que o chapéu seletor resolveu separa-los porque se ficassem em uma única casa destruiria o salão comunal da mesma.

E por ultimo Hera que foi para Sonserina e fez jus ao sobre nome Riddle, ela como Zeus tinha puxado mais do que a semelhança física do pai.

Gina continuava a sorrir em meio as lagrimas que escorriam pela sua face, nunca mais veria seu Tom brigar e esbravejar com os filhos e nem aquele olhar de decepção quando algum não concordava com ele. Os cinco se formaram em Horgwats todos excelentes alunos, Zeus assumiu ao lado de seu pai nos “negócios da familia”sendo mais perverso do que o próprio e consegui também ser mais temido no mundo bruxo que deixava Tom muito orgulhoso do filho mais maior do que seu orgulho foi sua decepção quando Zeus se apaixonou por uma trouxa que era serviçal na mansão e fugiu com ela virando as costas para tudo que seu pai conquistou.

-Como Gina, me fala o motivo disto? – falava o marido bravo – Porque vira as costas a tudo que eu ofereci a ele por aquela garota?

-Tom você não entende o amor porque não pode amar, mais nosso filho pode e isso que ele esta fazend, amando. –falou Gina suavemente.

-Mais Gina nenhum dos meus filhos segue o que lutei tanto para conseguir um mundo no qual os bruxos não precisam se esconder, e que reina sobre seres inferiores como estes trouxas, e isto que tenho em troca? O meu herdeiro ajuntar a uma trouxa! – falava o homem com uma ira terrível que fez Gina depois de todos aqueles anos temer seu marido.

-Estas são escolhas deles Tom, não nossa – falou Gina para o marido.

Afrodite se tornou medi-bruxa tão boa que ajudava a todos sendo Bruxos ou trouxas, os gêmeos para total decepção de Tom se tornaram auror que no tempo de Tom era um tipo de seguranças para os nascido trouxas, lutavam contra tudo o que o pai achava certo e mais de uma vez Tom foi obrigado a amaldiçoar aos filhos, por mais que se sentisse mal pelo ato mais nunca arrependido não machucava-os e nem autorizava ninguém a mata-los mais não poderia deixa-los impune era a escolha deles e tinha que arcar com as consequências.

Hera seguiu o caminho do irmão mais trabalhava na área de criação de feitiços era uma bruxa poderosa e muitíssimo inteligente mais como os outros irmãos teve uma fraqueza que há fez mudar de lado abandonou a tudo e começou a dedicar a uma única pessoa que amava e a sua família recém criada, não teria de grande surpresa ou até mesmo uma decepção grande se seu marido não fosse James Potter filho da maior inimigo de seu pai.

Depois de tantas perdas e tristezas com os filhos Tom se afastou do “trabalho” já não se importava com as decisões, para quem iria deixar os grandes legados de sua vida se seus filhos os desprezava e não tinha as mesma ambições que ele. Zeus se casara com uma trouxa, Afrodite era muito boa e só queria ajudar a todos sendo trouxas, nascidos trouxas ou puro –sangue e mestiços, os gêmeos protegia os trouxas com suas vidas, para que os mesmo não fossem presos e mortos e Hera que era sua ultima esperança se casou depois de um ano de formada com o filho de seu pior inimigo, James Potter.

Tom conheceu os dois lados da vida a da alegria, felicidade e poder e também a de tristeza, dor e decepção agora ele sabia o que era ser um humano de verdade. Gina se lembrava das palavras de seu marido deitado naquela cama já muito fraco pela doença e avançado na idade.     

-Sabe Gina você me mostrou o céu e suas maravilhas, mais eu com meu orgulho arrogância e tantos outros defeitos preferi o inferno afastando de mim todos aqueles que me amavam sem cobrar nada em troca, por uma causa que não me trouxe nada de ultil.

-Não fale assim Tom, nossos filhos ainda te amam, e você tem que se orgulha que alcançar o que tanto desejava ver um mundo onde os bruxos são livres, não precisando se esconder. – falou a esposa acariciando os cabelos que agora já estavam brancos.

-Será Gina que tudo o que fiz foi o certo mesmo? Não valeu a pena perde meus filhos por isso hoje sei. Agora a única coisa que desejava era vê-los será que eles me perdoam algum dia Gina?- falou com a voz fraca.

Mas neste momento entrou no quarto seus filhos, Zeus e sua esposa com suas filhas Elisa e Linda. Afrodite com o noivo Ted Lupin, que era da resistência, os gêmeos e Hera com seu esposo Alvo e seu filho Tom. Todos  os filhos se aproximou da cama do pai.

-Pai !– falou Zeus – eu te perdoo o senhor pode não ter sido o melhor pai do mundo mais foi o melhor pai para mim e meus irmãos.

-é paizinho – falou Afrodite que era a única que podia chama-lo assim –não importa o que aconteceu ou o que você fez nós te amamos pelo que o senhor mostrou a nós aqui na nossa casa não lá fora.

- O senhor é e sempre será um grande homem e líder- falaram os gêmeos – e nos ensinou a correr atrás de nossos sonhos e ser persistente mesmo que por um lado torto, mais ensinou. – falou sorridente.

-E o senhor para mim sempre será meu herói !– completou Hera, abraçando ao pai.

Tom abraçou a todos os filhos e netos e logo depois deixou uma lagrima rolar por sua face, ele já não se lembrava como era a sensação de chorar, mais sentiu um alivio em sua alma tão maltratada e impura, Gina a secou nunca imaginando um dia secar uma lagrima do rosto do maior bruxo das trevas que já existiu. Tom fechou os olhos sabendo e sentindo verdadeiramente em sua vida pela primeira vez o que era o amor puro e verdadeiro, não deixou de pensar na ironia que em seu ultimo suspiro de vida descobrir a verdadeira felicidade.

Gina agora chorava, se lembrando daquele momento no fim da vida Lord Voldermont ou simplesmente seu amado marido Tom reconheceu seus erros e sentiu o amor, por poucos segundos mais sentiu.

Agora estava ali sentada recebendo os cumprimentos de pessoas que veio lhe dar os pêsames ou apenas confirma que o grande Lord morreu, viu no final da sala alguns cabelos ruivos, seu coração deu um salto quando reconheceu que era sua familia, seus pais já com a idade bem avançada e seus irmãos, ela como uma criança correu para eles e chorou, um choro triste e abafado que misturava angustia e felicidade, medo e ansiedade.

Não acreditava que depois de mais de trinta anos ela sentia o abraço reconfortante de sua mãe e do toque carinhoso de seu pai, os olhares de seus irmãos e do sorriso de sua melhor amiga. Gina se sentiu amada e novamente mais nunca mais se sentiria protegida ou feliz estes sentimentos se foram enterrados junto ao seu marido ele era o único que a fazia se sentir completa e feliz.

Já havia se passado um ano desde do enterro, sua filha Afrodite e os gêmeos voltaram a morar com ela, mais Gina apesar de esta novamente no seio de sua família, irmãos e pais não se sentia feliz. Todas as noites chorava um choro silencioso e aos poucos sentia-se como se nunca mais saberia o que era felicidade. A tristeza em sua alma era visível aos seus olhos que já não mais brilhavam e ao seu sorriso que não mais iluminava quem o via, por mais que se esforça não conseguia se livrar da solidão que sentia ao não ter Tom ao seu lado. Como um gesto de desespero tocava a marca em seu braço como se ela pudesse leva-la até ele, mais não funcionava só funcionava se ele a chama-se e ela sabia que era impossível, pois ele estava morto.

Naquela noite como tantas outras ela dormia com olhos inchados e marcas de lagrimas em seu rosto, mais diferente de outras noites ela sonhava com Tom.

Ela andava em um corredor que a muito tempo não via mais sabia onde ele a levaria, como esperava levou a câmara. Olhou ao redor com seu coração acelerado, olhou para si mesma e viu que já não era mais uma senhora de quase sessenta anos e sim uma jovem de quinze.

-Tom?- perguntou a jovem ao lugar.

De outro corredor saiu um jovem com cabelos negros e olhos azuis, com um porte de um príncipe, se aproximou dela e a tocou no rosto.

-Minha Gina, como senti sua falta – sussurrou em seu ouvido quando abraçava a moça.

-Tom eu também – falava Gina chorando novamente – tenho andado tão triste me sinto sozinha sem você.

-Eu também Gina – respondeu Tom carinhosamente.

-Tom não quero mais me senti assim me leva com você? – perguntou a garota insegura.

-Gina se eu te levar comigo não terá volta, é isto o que você quer? - Falou a fitando nos olhos.

-Tom desde dos meus quinze anos que eu sei que eu não tenho vida sem ter você ao meu lado, só quando eu estou com você eu me sinto viva e completa sempre será assim mesmo eu estando morta. – Tom sorriu triste a declaração da menina.

-Sabe Gina por que escolhi este local?- a menina negou com a cabeça – por que começou algo que achei que seria impossível eu aprender que é o amar e aqui vai termina algo que achei que era impossível eu superar que é a dor da perda.

Tom segurou levemente o braço de Gina.

-Eu te amo Ginerva – e falando estas palavras apertou a marca da rosa negra e Gina sorriu como a mais de um ano não sorria, estava novamente feliz.

No outro dia Gina foi encontrada morta em sua cama, mais duas coisas chamou a atenção um sorriso simples mais verdadeiro em seu rosto e a ausência de sua rosa negra em seu braço.

Gina fez sua ultima entrega esta seria eterna.