Um baile como outro qualquer, poderia ser legal, se minha acompanhante não fosse Katie Gardner.

A gente ainda estava sentado nas mesas... Eu é que não ia dançar.

E pelo que parece nem ela queria.

-Eu não vou dançar. – ela disse. – Pelo menos não com você.

- E você acha que eu quero? – eu perguntei.

Olhei para a pista de dança e lá estava Connor beijando Emily.

-Legal. – eu disse. – Agora ele só vai falar disso pelos próximos 4 meses.

Enquanto olhava para ele nem percebi Jane, uma filha de Afrodite chegar e sentar do meu lado. Jane poderia ser considerada a garota mais bonita do acampamento.

-Oi, Travis. – ela disse.

-Oi. – eu respondi. 

-O que está achando do baile? – ela perguntou.

-Bom. – eu falei e lancei um olhar para Katie. – Embora uma pessoa esteja fazendo ser horrível.

Katie revirou os olhos.

-Ah, entendo. – ela disse. – Então Travis... Não gostei muito do meu par... Digamos que você faz mais o meu tipo.

Antes de eu responder alguma coisa passou voando por cima da cabeça da garota.

Virei e percebi que aquilo tinha sido um copo, de plástico ainda bem.

-Droga, errei. – Katie disse.

-Por que você fez isso? – eu perguntei.

-Não sei. Deu vontade. – ela deu de ombros.

-Você planejava me acertar?

-Não, planejava acertar Jane. – ela disse.

-Qual o seu problema?- Jane perguntou com raiva.

-Acho legal acertar filhas de Afrodite com copos. Agora vai embora antes que eu resolva acertar comida nesse seu cabelo loiro falsificado.

Jane olhou para Katie com um olhar de ódio, como se quisesse causar a terceira guerra mundial.

-Ótimo. Eu vou. – levantou e foi embora.

-Por que você fez isso? – eu perguntei pela segunda vez. – A garota mais gata do acampamento estava dando em cima de mim!

- Eu já disse eu gosto de acertar copos nas filhas de Afrodite. – ela pegou outro copo e acertou em outra garota que passava. A garota ficou procurando quem havia jogado o copo, não encontrou e então desistiu. – Viu? É bem divertido.

-Você estava com ciúme?

-Eu? Com ciúme de você? – ela falou. – Me poupe, tenho mais o que fazer.

-Certo. – eu disse, ironicamente.

-Eu só pensei que você estivesse ME acompanhando no baile e não ela. Se ela queria tanto vir com você por que não te chamou?

-Não sei. – eu respirei fundo. – Vamos fingir que isso não aconteceu ok?

-Vamos... – ela disse. – Não quer tentar acertar nenhuma delas com o copo?

Eu revirei os olhos.

-Está bem. – ela falou e ficou encarando a pista de dança.

-Vou pedir desculpa para Jane. – eu decidi.

-Não, eu vou. – Katie disse se levantando.

-Depois de você fazer um atentado contra ela, acho melhor não.  – eu falei e levantei da mesa.

Procurei por todos os lugares e achei Jane com um grupo de garotas.Quando as garotas me viram aproximando mandaram Jane virar.

-Ei, Jane, eu queria te pedir desculpa pelo copo. Eu não sei o que deu na Katie. – eu disse.

-Não, tudo bem. – ela sorriu. – Menos a parte que ela disse que meu cabelo é falsificado.

-Você supera. – eu disse e ela riu.

As meninas deram risinhos e saíram.

-O que deu nelas? – eu perguntei. O que essas meninas tinham na cabeça?

-Travis é que... é que...

-É que...

Ela me beijou, do nada. Bom não vou reclamar... Mas foi do nada!

-O que foi isso? – eu encarei ela assustado assim que nos separamos.

Ela nem respondeu por que eu vi Katie saindo de lá e podia jurar que ela estava chorando...

Fui atrás dela.

-Gardner! – eu chamei, enquanto ela se dirigia aos chalés.

-Que foi? – ela perguntou, com raiva.

-O que deu em você? – eu perguntei. – Por que você saiu de lá chorando?

-Você quer saber mesmo? – ela disse e virou para mim.

-O que foi?

-Bom, você me convidou para vir a esse baile, então não era para ficar beijando outras garotas.Era para ficar comigo e não sair e me deixar lá sozinha, e pareço uma idiota que não tem com quem ir para o baile.

Não dava para enxergar muita coisa, todas as luzes estavam apagadas. Mas dava para perceber que ela estava chorando.

-O problema foi o te deixar lá sozinha? – Ela não era nem um pouco dramática, imagina.

-Foi. – ela disse e enxugou as lágrimas com a costa da mão.

-Serio era preciso chorar por isso? – eu perguntei.

-Não, mas é que... Eu estou naquele período do mês em que...

-Tudo bem, já entendi. Não precisa continuar. – eu interrompi.

Um barulho alto invadiu o acampamento. Olhei para o baile, ninguém parecia ter ouvido.

-O que foi isso? – Katie falou assustada.

-Não sei. – eu respondi.

Fomos em direção ao rugido e percebemos que aquilo era um monstro.

-Como ele entrou aqui? – eu perguntei.

-Deve ter passado pela fronteira!- Katie disse. –Vamos chamar Quiron e...

Corri para o chalé de Hermes e revirei tudo lá dentro atrás da espada.

Finalmente achei.

Voltei lá para fora.

-Katie fica lá dentro! – eu disse.

-Não, eu posso lutar tanto quanto você! – ela disse.

-Por favor, Katie, não quero que você se machuque.

-Então você se preocupa comigo? – ela disse ironicamente. – Ou só quer dar uma de herói?

O monstro sentiu nosso cheiro e veio atrás de nós. O bicho era muito estranho parecia um cachorro misturado com tatu e porco... Ah, sei lá só sei que veio em nossa direção.

Katie gritou e o monstro correu na direção dela, pronto para atacar.

 -Katie! – eu gritei e a empurrei para o lado ficando no seu lugar.

Senti um impacto forte e o mundo escureceu.

-Travis! Travis, por favor! – ouvi Katie falando.

Eu não acordei, estava inconsciente, mas ao mesmo tempo podia ouvir tudo que estava acontecendo.

A música do baile ainda tocava alto.

-Travis! – Katie choramingou. –Não morre por favor! – Ela provavelmente estava chorando agora, senti lágrimas caindo no meu rosto. – Não morre, por favor... Eu... Eu não te odeio... Você é muito legal e hilário. Eu adoro suas pegadinhas. Você e Connor são os garotos mais legais daqui do acampamento.

Sério, mais legais? Uau, quase morrer fazia a gente descobrir muitas coisas.

- Olha, com esse baile eu percebi que eu... Eu... Gosto de você! Serio, gosto mesmo! Eu te odiava até que aquela garota deu em cima de você e eu fiquei com ciúme e depois ela te beijou e eu saí chorando, não era por aquele motivo que eu disse.Travis, por favor não me deixa!

Gostar de mim... Legal.

Ela estava chorando em cima de mim.

Finalmente abri os olhos.

-Travis! – ela gritou de felicidade e me abraçou. – Ah. – ela me soltou de repente, como se tivesse percebido o que estava fazendo. – Você acordou, que ótimo.

Levantei a sobrancelha, não parecia nada com a Katie chorando e declarando seu amor por mim.

-O que aconteceu?

-Você se jogou no meu lugar. Uma atitude idiota, por que eu posso me defender sozinha. –ela disse. – Então a sua espada perfurou o peito daquele monstro quando ele te atacou.

Olhei minha mão e percebi que estava sem minha espada.

-Seu idiota. – ela disse e levantou.- Não precisava quase se matar por mim.

-Espera, o que aconteceu com a menina que gostava de mim?

-O que? – ela corou e virou rapidamente. – Eu só queria ver se dava certo como nos filmes.Sabe, a pessoa quase morta e a mocinha chorando.

Eu consegui forças para me levantar. Me recuperei bem rápido para alguem que quase morreu. (N/A: Reclame com a autora ela é que não sabe escrever direito)

-Então tudo que você disse era mentira? – eu consegui acompanha-la, olhei para o rosto dela que estava vermelho só de chorar.

Meu corpo doía muito. Muito mesmo.

Puxei ela para perto de mim e a beijei. Aprendi com Jane esse negocio de beijar uma pessoa do nada.

Quando afastei esperei que ela me desse um soco, mas não.  Ela só sorriu.

-Pensei que você fosse me deixar! – ela disse. – Nunca mais faça isso, idiota!

-Só se você não atrair um monstro para você gritando, Gardner. A culpa foi sua! – eu disse.

-E você com certeza poderia derrotar aquele monstro sozinho. Certo, acredito. – ela disse ironicamente.

-Poderia sim, se você não me atrapalhasse. – eu sorri.

Ela me beijou mais uma vez.

-Sabe, eu até que gosto de você, Stoll.