PDV Bella

                Quando deitei-me na cama percebi que estava realmente exausta mas, ao mesmo tempo incrivelmente feliz. Não me lembro de ter adormecido, apenas me deitei e fechei o olho, quando abri o sol já entrava pela minha janela. Olhei para o despertador já passava das dez da manhã.

                Me arrumei e desci para tomar café.

                - Cadê o povo? – Perguntei ao meu pai depois de ver que só tinha nós dois na cozinha.

                - Bem... A Esme ta treinado a bronca que ela vai dar no Jazz; Alice ta tentando convencer a Esme em não ser muito cruel com o pobre do Jazz, Edward ta se escondendo da Rose, ela por sua vez não quer sair do quarto com medo do Aro e o Emmett acordou cedo e saiu dizendo que hoje era o dia mais feliz da vida dele.

                Tive que rir, o Emmett realmente estava feliz com a perda “acidental” de memória do Tio Aro.

                - Pai, você sabe que os dois tem alguma coisa a ver com isso não sabe?

                - Meu anjo, claro que sei. – ele sussurrou – Mas na pretendo contar as minhas suspeitas pra Esme, a menos que o tarado continue a dar em cima da Rose – ele parou aparentemente pensando em algo – Pensando bem eu posso tirar um certo proveito disso, afinal, uma coisa você tem que concordar comigo, vê a Rose explodindo para cima do Aro seria um belo jeito de morrer de rir – ele gargalhou.

                - Que coisa feia pai – eu olhei fingindo não aprovar, mas logo depois cai na gargalhada.

                - Querida, eu já vou indo, tenho que fazer uma cirurgia – ele me abraçou.

                - É grave? – fiquei curiosa.

                - Digamos que um dos meus pacientes aproveitou tanto a noite que acabou com uma faca enfiada nas nádegas.

                - Como uma pessoa consegue enfiar uma faca na bunda – perguntei sem conseguir conter a curiosidade e a vontade de rir.

                - Filha, ficaria chocada com que eu vejo todos os dias naquele hospital – ele riu parecendo lembrar de algo – digamos que eu tenho pacientes mais desmiolados do que Emmett.

                Uau, acho que a minha expressão me entregou, porque ele percebeu o quanto eu estava chocada!

                - Pois é, filha. – Ele pegou  casaco – Agora eu tenho que ir tirar a faca da bunda de um homem. – ele gargalhou.

                - Me conta depois como ele conseguiu fazer essa proeza.

                - Claro, se ele me contar. – e ele saiu rindo da cozinha.

                Terminei de tomar meu café sozinha e fui até o quarto do Edward com uma bandeja de café para ele.

                - Edward? – o chamei quando cheguei a porta do seu quarto. – Edward? – chamei novamente.

                - Desculpe a demora – ele apareceu na porta enrolado em uma toalha.

                - Eu... Trouxe seu café... – eu disse corando um pouco.

                Eu já disse como o meu namorado é lindo e Jesus que corpo é aquele?!

                - Entra – ele disse abrindo mais a porta do quarto.  – Eu vou terminar de me vestir – e foi em direção ao banheiro.

                Deixei a bandeja na mesa de cabeceira dele e sentei na cama esperando ele voltar.

                - Bom dia – ele disse depois de me dar um beijo.

                - Bom dia, dormiu bem? – perguntei tentando puxar algum papo.

                - Claro – ele sorriu – Já tomou café? – enquanto isso ele se servia de café que estava na jarra.

                - Já. Me responde uma coisa?

                - O que quiser.

                - Por que ta fugindo da Rose.

                - Há! – ele se concentrou no café – ela quer saber o que eu e o Emm fizemos com o Tio Aro. – ele deu aquele sorriso torto que eu amo de paixão – Mas não estou muito disposto a falar, é mais engraçado vê-la estressada, e se eu falar aqui em casa fica muito tedioso.

                - Claro, eu não agüentaria um dia de tédio aqui – Como seria ficar entediado aqui? – Coisa, que eu sinceramente, acho impossível.

                - Eu também.

                O resto da semana se passou normalmente, com a exceção do Jazz está sendo obrigado a acordar 3:30 da manhã para fazer mil flexões. Eu já contei que, quando a Esme era mais nova ela serviu a marinha? Não, néah? Pois é. Agora ela tá achando que o Jazz é um dos marinheiros. Ele ta pagando caro por toda aquela bebedeira. O castigo dele acaba hoje, sábado, e para aliviar o clima que tá aqui em casa Esme resolveu que quer fazer fundue com frutas hoje a noite.

                Então cada um ficou responsável por uma parte da diversão.

                Alli e eu fomos alugar uns filmes, Edward e o Jazz foram comprar os chocolates, Carlisle e Esme vão arrumar a casa, e o Emm ficou com a parte de comprar as frutas. Tenho que falar que isso tem uma grande chance, tipo 99,99% de chance de dar errado ou se torna algo catastrófico? Ainda estou me perguntando por raios a Esme ainda acha que o Emmett vai acertar alguma coisa. Vamos torcer pra ele não trazer alface ou rúcula pensando que são frutas! Eu tenho certeza que chocolate com alface na fica bom.

                A noite chegou a casa estava arrumada, o chocolate derretido, os DVD’s locados, mas ainda faltava uma coisa: as frutas. Cadê o Emmett com as benditas frutas?

                Todos nós estávamos sentados na sala, esperando o Emmett com as benditas frutas.

                - Como vocês puderam deixar para o Emmett a parte mais importante? – Rose estava indignada. – Vocês sabem que o Emmett tem os surtos dele e ainda sinceramente não sei como ele se lembra de sair vestido de casa, ou como ele consegue colocar as peças de roupas no lugar certo!

                - Rose dê algum credito a ele. – Esme como toda mãe tentou defender o filho, mas tudo estava contra ela.   

                - Esme me diz se estou mentindo: Como a gente vai confiar em uma pessoa que já saiu com a cueca na cabeça por que tinha o emblema do Super homem e como o boné tava sujo colocou a cueca na cabeça? – a Rose tem boa memória.

                - Rose ele era uma criança.

                - Querida, o Emmett é, sempre foi, e nunca vai deixar de ser uma criança – papai falou – E sinceramente acho melhor eu ir ao mercado comprar essas benditas frutas por que se depender do Emm é mais fácil a gente plantar as frutas e esperar pra colher elas.

                Foi nesse momento que o Emmett entrou pela sala todo saltitante.

- Emm, você foi ao mercado como a mamãe mandou? – Jazz perguntou

- Fui!

- Trouxe as frutas pra fazer o fundue?

- Frutas? Aquele troço comestível que sempre sobra casaca ou bagaço que só serve pra juntar mosquito? – Emm perguntou.

- É isso que você chama de troço mesmo. Trouxe ou não?

- Não, pra que? Pra juntar mosquito? Não, obrigado!

- Tô indo ao mercado – pai falou indo até a porta.

- Pra que Carlisle? – Até uma mula é mais inteligente que o Emm

- Pra comprar as frutas EMMETT! – Acho que ele se estressou um pouco.

- Mas  a gente não ia fazer aquele treco fundue, pra que as frutas?

- Pai, vai logo – eu disse antes que ele matasse o Emm.

A noite voou, desfrutamos o fundue (depois de explicarmos ao Emmett como era servido o fundue), conversamos e brincamos. Tudo estava bem. Por enquanto!