Mellyssa escrita por ClaraKatrina


Capítulo 2
Capítulo 2-A cidade aparentemente sem graça


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo Mellyssa chega a Sociére e começa a notar estranhas coincidências.



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Já se passou uma hora desde que sai de Floripa, e a minha vida ainda não melhorou.

         O amendoim que eles serviram de lanchinho no avião estava muito salgado e agora estou com os meus lábios ardendo.        A comissária de bordo acabou de avisar que estamos pousando.Ainda não entendo como uma cidade tão pequena como Sociére tem um aeroporto, mas eu entendo um monte de outras coisas também.

         Pegamos um táxi e estamos enfim quase chegando na casa do meu pai, agora minha. Não sei se é pela minha tristeza, mas a cidade esta parecendo meio nublada.

         Passamos por um parquinho infantil, onde havia apenas uma criança, aparentemente triste se balançando desanimada.

         Ao chegar a nossa casa vi o quanto ela era grande e parecia meio antiga, entretanto aquele lugar me envolveu de tal forma que, foi como se por alguns estantes meu pai estivesse ali, ao meu lado, como quando eu era criança.

         Logo fui rondar a casa, enquanto minha mãe desembalava as coisas da mudança.

         A casa era linda,os banheiros, os quartos, as salas, mas foi quando cheguei a porta do ultimo quarto é que vi escritas, gravadas em uma placa de prata, as palavras:

O quarto de uma flor,

Mellyssa meu grande amor

Que acredite que tudo é possível

Quando se conta com um toque de magia,

E muito amor, grande alegria

         Anotação mental:Descobrir quem é essa Mellyssa.

         Entrei no quarto, a luz estava apagada, porém, o quarto não estava totalmente escuro, havia uma vela queimando, como se alguém tivesse estado ali minutos antes. Por um momento meu coração se encheu de esperança de que meu pai estivesse ali, e só queria nos pregar mais uma de suas peças sem graça. Então, no momento seguinte, me vi rindo das minhas lembranças e das minhas esperanças tão tolas. Pois meu pai estava morto, não poderia simplesmente voltar, mas, acho que enquanto eu ainda manter as lembranças dos momentos felizes que passei com ele, de alguma forma ele ainda estará vivo, dentro de mim.

         Desci as escadas e comuniquei a minha mãe:

         -Eu já me instalei na suíte no fim do corredor do segundo andar.

         -Bom saber que já se sente em casa! o que acha de desfazer as malas?

         -Com todo o prazer!

         Então peguei minhas malas e subi as escadas, elas estavam muito pesadas, pois tinha muitas roupas e uma enorme coleção de meias de todas as cores.

         Logo que cheguei novamente aquele quarto que me despertara tantas lembranças, eu acendi as luzes pela primeira vez, e resolvi explora-lo, havia dois espelhos compridos, onde conseguia ver meu corpo por inteiro, eles estranhamente pareciam flutuar pelo quarto.Encontrei também uma penteadeira com uma porção de frascos antigos e chiques, e uma foto de em preto e branco de uma moça que se parecia muito comigo.O quarto também contava com uma cama de casal, um guarda roupa gigante, com umas 20 gavetas, onde caberiam todas as minhas meias divididas por cor , também dois criados mudos e uma porta onde estava escrito:Banheiro.

                Abri aquela porta, tão cheia de detalhes que parecia ter sido esculpida magicamente. Lá dentro encontrei o banheiro mais lindo que já tinha visto, quando vi, a linda banheira cromoterápica, e a pia com mais uma coleção de frasquinhos antigos, no qual pelo pouco que sei do assunto, acho que eram miniaturas de perfumes franceses.

         Resolvi dormir, pois amanha tenho aula. Porem  quando me deitei na ouvi um barulho de papel amassando, coloquei a mão de baixo do travesseiro, e vi que era uma carta, datada de hoje.


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