Fui para a escola super disposta... Também teve caçada ontem, quem não iria adorar?

Tá legal, um nômade não ia, mas esquece. Deu pra entender

Eu apostei com o Jake, mas venci, como sempre!

Quando cheguei encontrei logo a Jen, a Becky, a Kim, a Lory e a Rachel conversando com o Lucas, o Alex, o Fernando e um garoto super fofo que apesar de estar na minha sala, eu raramente falo com ele, era o Diego. Ele está sempre meio rodeado pelos jogadores de futebol, é a estrela do time, então nem tem como me aproximar da pessoa.

Fui chegando, dei um oi animado pra todo mundo e com coragem e força falei com o Diego, sou meio tímida com isso, eu quase nunca falo com ele, é meio estranho.

- Nossa, que milagre do século, você não está rodeado por pessoas hoje – todo mundo riu, inclusive ele.

- É que eu tive que sair do time por um tempinho, porque eu machuquei a mão e eu sou o goleiro do time, então o pessoal tá meio preocupado procurando um novo goleiro. Mas daqui a pouco eu volto pro meu time.

- Ah... – e antes que eu pudesse falar alguma coisa, o sinal tocou e a gente saiu correndo antes que o professor chegasse à sala e fechasse a porta na nossa cara e a gente não pudesse mais entrar.

Passei e olhei com cara de nojo pra Mafalda, me senti ótima por dentro.

Aulas normais, como se eu já não soubesse de nada, com os meus estudos avançados by família vampira.

A professora de educação física (essa é a substituta porque o Wilson teve uns problemas no outro trabalho dele) deu um trabalho em grupo  (meninas e meninos) pra gente fazer sobre esportes e, graças a Deus, a gente pode escolher. Foram 10 pessoas pra cada grupo, ou seja,meu grupo foi: Jen, Becky, Kim, Lory, Rachel, Ever, Alex, Diego (milagre), Simas e eu.

- Como a gente vai fazer pra reunir o grupo todo? O trabalho é pra daqui uma semana, essa mulher é louca, não que o Wilson não seja, mas... – Jen preferiu não completar a frase

- Bom, será que a gente consegue se reunir de dois em dois? Ai todo mundo manda o trabalho pra uma pessoa que edita tudo? – a Kim disse olhando discretamente para o Alex.

Quem não sabe que ela gosta dele?

- Então, tá tudo bem pra mim – eu disse.

- Ok – disse a Kim – Vamos dividir... Hmmm... Jen e Becky, Simas e Ever, Lory e Rachel, eu e o Alex e a Ness e o Diego. Tudo bem? Ou os meninos preferem fazer juntos?

- Não Kim, a gente faz teatro junto, aí nós saímos e vamos fazer o trabalho- disse o Alex

- Ah, então  tá- a Kim falou com um sorrisinho diferente – E vocês dois? – ela disse para mim e para o Diego.

- Tudo bem- falamos ao mesmo tempo

Ok, como a gente ia fazer? Eu não vou levar ele para uma casa cheia de vampiros, ele ia ficar meio assustado com o ambiente.

A aula acabou, a gente foi se trocar. Eu e as meninas estávamos conversando quando a Rachel virou pra mim com a melhor cara que eu já vi.

- Olha que sorte, hein, Ness?

- Eu? Por que?

- Ah vai me dizer que o Diego não é mega fofo?

- Quem tá falando é você- eu disse, mas realmente ele era bonito, mas eu tinha que falar mais com ele.

XXXXXXXX

Eu estava esperando minha família no lado de ora da escola, quando vejo o Diego andando em  minha direção.

- Quando a gente pode fazer o trabalho?- ele me perguntou

- Eu não sei se vai dar pra fazer na minha casa, é que ainda está uma zona porque a gente ainda ta mudando umas coisinhas... - ok, eu menti legal

- Não, tudo bem a gente faz na minha casa... Pode ser sábado ás 3:00 da tarde?

- Claro.

Quando eu olho atrás do Diego vejo um pai vampiro, uma mãe vampira e um lobo com cara de puro ódio vindo na nossa direção e pra variar o tio safadinho estava com uma cara de “te peguei!”

Daí o Diego os viu.

- A seus irmãos estão vindo. Tchau.- beijo na bochecha,cara de ódio dos pais e melhor amigo com punhos cerrados... Tenso.

Meu pai chegou bem pertinho de mim.

- Nem pensar.

- Ah, pai, fala sério. É só um trabalho e ele é só um amigo- eu estava argumentando.

- Ah, é? Então você vai ficar argumentando... – depois disso ele fez uma cara de pura suavidade e eu me toquei.

- Mãe...

- É, sou eu mesma- ela disse sorrindo

- Pai... Vai é só um trabalho, mas que exagero.

- Tá bom, vocês mulheres chatinhas venceram

- Mulheres vampirinhas chatinhas que podem causar um estrago quando estão bravas- tia Alice fala e eu me toco que ainda tem um mundo a minha volta.

- Tá bom gente, vamos embora- eu disse

XXXXXX

Chegou sábado e eram 1:00 da tarde e eu fui começar a me arrumar.

Subi para o meu quarto. Abri a porta e bati.

Berrei.

- Tia Alice, o que você tá fazendo aqui?

- Ué, parece que minha sobrinha linda tem que se encontrar com outro garoto, que vamos combinar, não é de se jogar fora.

Ai, a história começou de novo.

- Tia, eu vou com qualquer roupa normal porque ele é um AMIGO! E é um trabalho e não um encontro.

- Ok, você vai com qualquer roupa normal pra tia Alice, vem! – Eu não acredito que ela está fazendo isso.

- Nada disso, nadinha. Você fica com o cabelo e eu com as roupas, assim eu pareço normal.

- Tá bom-  ela estava com uma cara de derrotada. Ela me adorava, mas implicava com todo mundo, menos comigo.

- Quando eu realmente tiver um encontro eu deixo você me arrumar.

- Agora sim! Mas você vai ficar tão brega de normal.

Tá legal, agora eu ri muito.

Bom, eu fui de blusa branca com um lobo (eu achei bem irônico) e um short preto com uma sandália preta. E o meu cabelo estava maravilhoso (tia Alice, não é).

Quando eu desci as escadas, estavam o meu pai e o Jake vendo um jogo de baseball. O Jake viu minha blusa e deu uma risadinha e eu sorri em resposta.

- Você já vai? Eu levo -  disse o meu pai

- Onde?- disse o Jake

- Fazer o trabalho na casa do amigo dela- meu pai disse com uma cara horrorosa, minha mãe o tinha convencido, mas ele podia fazer essa cara quando ela não estava presente.

- Ah é- o Jake fez uma cara de “eu vou ao enterro hoje”.

- É, mas a tia Alice me leva – despachei o meu pai legal.

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Cheguei lá e toquei a campainha. Cheguei em cima da hora.

O Diego abriu a porta, me disse oi e viu minha tia olhando pela janela do carro. Só faltou ele babar ao estilo Jake, o lobão.

- A gente tem que pesquisar as regras do basquete- eu disse.

-É, isso não é bem o meu estilo, mas a gente tem que fazer o trabalho, senão é 0

Eu sorri. Também odeio basquete.

A gente começou a pesquisa e ás vezes ele fazia umas piadas e contava umas histórias e eu saia comentando tudo o que ele falava. Tem que se enturmar não é?

Quando deu 4:30, a gente estava quase terminando o trabalho e estávamos conversando muito.

- Quer comer alguma coisa?- ele disse.

- Sorvete?- eu odeio algumas comidas humanas, mas eu amo sorvete.

- Você é quem manda- e foi pegar os sorvetes.

- Quer ajuda?- eu fui até a porta da cozinha e quase bati de frente nele. Nossos rostos ficaram a 10 cm um do outro e a gente ficou se olhando.

- Opa- eu sai da frente dele.

Ele foi até a sala sentou no sofá, eu me sentei do lado dele. Ele me entregou o sorvete no potinho e a gente começou a conversar.

- Sorte da Kim, não acha?- ele me disse.

- Como assim?

- Ela está fazendo o trabalho com o Alex- ele me olhou e eu me lembrei do pequeno detalhe.

- Ah, é verdade.

- Será que ela chama ele para o baile, eu sei que ainda tem muito tempo pra acontecer, mas vai saber.- ele pensou no futuro agora, tinha quase esquecido do baile... daqui a dois meses

- Eu acho que vai, ela é muito corajosa, não tem vergonha de meninas chamarem os meninos

- É, também acho. Se eu tivesse essa sorte...

- Do que? De ter alguém para o baile?- eu perguntei. Isso é bem estranho, ele é o astro do time. Isso é impossível

- Eu já sei o que você está pensando. O goleiro do time? Até parece que não tem ninguém

- É, você adivinhou.

- Só que o problema é que eu sempre estou rodeado pelo grupinho da Drina que não perde a chance de estar com algum garoto- ele suspirou – e momentos como esse são raros.

- Como assim como esse?

- Você e suas amigas não são atiradas. Mas eu não tinha tempo pra ficar conversando com vocês, porque a Drina, as garotinhas dela ficam me enchendo por tudo e tenho que combinar as táticas de jogos com o time. Bom, agora eu estou conversando com você, é muito bom.

- Ah, obrigada. Você também é uma ótima companhia.

Tá bom, o momento seguinte foi profundo. Ele ficou me olhando bem no fundo dos meus olhos e eu retribui até eu me tocar.

- Vamos terminar o trabalho?

- Ah, claro. É... O trabalho- ele me pareceu meio desconcertado, mas tudo bem.

XXXXX

Já tínhamos terminado o trabalho e eu estava esperando a tia Alice chegar (tinha ligado para ela).

- Esse foi um dia bem legal- ele disse sorrindo pra mim.

-Pois é.

- Quem sabe um dia a gente não vai ao cinema... - a campainha tocou quando ele ia completar a frase, me chamando pra sair.

Ele levantou e eu fui sorrindo discretamente da situação.

Quando ele abriu a porta três coisas aconteceram:

1- Ele olhou para a tia Alice

2 - Ela sorriu

3- O queixo dele caiu

- Oi, eu vim buscar a Ness - ela disse com a voz de sino tocando como música.

- Claro. Ness é a sua irmã!

Ri muito por dentro. Não me acostumei com os outros pensando que ela é minha irmã.

Cheguei até a porta

- Oi maninha!- eu disse sorrindo demais

- Oi Ness.

Me virei  para o Lucas e me despedi. Ele fechou a porta e enquanto nós caminhávamos para o carro, eu percebi tia Alice sorrindo e eu adivinhei.

- Escutando atrás da porta? Que feio!- eu a acusei

- O que? Euzinha? Que nada! Só estava cronometrando a conversa para tocar a campainha na hora exata e perfeita – ela riu

- Como você é fofa!

- Só agora que percebeu?

Nós entramos no carro e fomos pra casa.

Esse dia foi... diferente.