Um Dia de Adolescente escrita por Shin-san
Notas iniciais do capítulo
John deixa de lado a sua zanga teimosa com o irmão mais velho e fala sobre o que sente sobre a sua amiga Kate.
Residência dos Spacey
John estava completamente fora de si. Não acreditava como tinha conseguido ser tão estúpido. Como é que ele conseguiu dizer uma coisa daquelas à sua melhor amiga? Como?
- Sou tão estúpido… – murmurou John para consigo.
Ouviu uma porta a abrir. Talvez fosse o tio Ben. Isso seria óptimo. Precisava de alguém com quem falar. John dirigiar09;se até à porta da entrada até que ouviu a voz do seu irmão. Infelizmente.
- Ora bolas… – murmurou John.
Rick tinha chegado a casa com a companhia de Angel. Ela insistira em o acompanhar apesar de ele assegurar que não era necessário.
- Bem Rick – dizia Angel, – eu… adorei a nossa noite.
- Eu também – disse Rick.
- Quando é que voltamos a sair?
- Sabes Angel, existe algo chamado telemóvel. Podemos telefonar um ao outro para combinarmos outro encontro.
- Tens razão. Adeus!
- Adeus!
“Perfeito”, pensou John. “Aquele feliz da vida a beijar uma rapariga impecável e jeitosa e eu neste dilema. Richard vence por um a zero o seu patético irmão, John, no sucesso no amor”.
- Adeus – despediur09;se Rick de Angelina enquanto fechava a porta.
Richard pôsr09;se à vontade e depois dirigiur09;se para o local onde John se encontrava. Por um momento, o jovem John Spacey pensou em ir para o seu quarto. No entanto, precisava de desabafar. Como não tinha o velho senil para cumprir essa função, só sobrava o D. Juan dos cabelos dourados.
- Bolas – gritou John aborrecido.
- O que se passa maninho – perguntou Rick.
- Eu… eu…
- Tu… tu o quê?
- Preciso de falar contigo – disse John rispidamente e com clara relutância.
- Céus – disse Rick admirado. – Que santo caiu do altar hoje? Aposto que foi a figura de Jesus Cristo, não?
- Meu… Deixar09;te de parvoíces. Eu preciso mesmo de falar contigo.
Rick sentour09;se, indicou uma cadeira a John e disse:
- Sentar09;te. O que se passa John? A não ser que tenha acontecido um milagre, não sei por que razão queres falar comigo.
- Não está cá o tio Ben.
- Está explicado – suspirou Rick.
- Bem, deixemor09;nos de tretas. Se tiver mesmo de perder o que falta do meu orgulho, ao menos que seja rápido.
- Dispara lá.
- Eu fiz asneira pá.
- Olha que novidade – troçou Rick.
- Mas desta vez, não se trata de nenhum processo disciplinar. Por acaso apanhei um hoje mas…
- O quê – berrou Rick.
- Deixemos isso para depois, está bem? Isto é sério – berrou John zangado.
- Está bem – disse o irmão com relutância.
- É provável que não aches isto grave mas eu acho.
- Diz lá.
- Bem, prometes que…
- Eh pá deixar09;te de tretas e fala – disse Rick zangado.
- Está bem – disse John numa voz fraca.
- Então?
- A Kate zangour09;se comigo.
Rick abriu a boca de espanto. “Ora aí está algo novo e grave”, pensou.
- Contar09;me tudo.
Depois de dizer isto, Rick escutou com atenção todas as palavras de John.
Residência dos Winters.
Kate Winter estava incrédula. Tinha de escolher. O seu pai ou a sua mãe. Nem queria acreditar.
- Kate… – começou Grace mas Kate interrompeur09;a.
- Mãe. O que me está a pedir é…
- Difícil. Eu sei querida.
- Mas o que é que a mãe sabe – perguntou Kate a subir o tom da voz em cada palavra.
- Kate…
- Não percebe mãe? Está a pedirr09;me para escolher o rumo da minha vida. Está a colocarr09;me numa posição da qual eu não vou conseguir sair – gritou Kate à beira do desespero.
- Kate… – começou Grace mas foi interrompida com a pressa de Kate a sair de casa. – Kate.
Grace Winter ainda tentou chamar a sua filha mas não conseguiu. Ficou sem saber o que fazer.
- Fiz asneira – murmurou para si mesma. Depois começou a chorar.
Residência dos Spacey.
John tinha acabado de contar o seu disparate com Kate ao seu irmão mais velho.
- Bem – começou Rick.
- Vá lá! Rir09;te – disse John. – Ambos sabemos que é isso que queres.
Rick abanou a cabeça e disse:
- Não John. Não é isso que quero.
- Como – perguntou John sem querer acreditar.
- De facto é uma história estúpida. Mas não tem graça.
- Também acho.
- Pelo menos estamos de acordo nisso.
- O que é que eu faço?
- Queres um conselho?
- Não.
- Eu dour09;to na mesma. Vai falar com ela. Agora mesmo. Não esperes por amanhã.
- E porquê?
- Para não a perderes John.
- Espera aí. Estás a insinuar que vamos deixar de ser amigos por causa de uma piada foleira?
- Não John. Estou só a dizer que podes perder a oportunidade.
- Que oportunidade?
- Ambos sabemos que gostas da Kate, John.
- O que queres dizer com isso? Eu e a Kate somos só…
- Amigos? Vá lá John. Quem queres enganar? Vocês são mais que isso. Vocês gostam um do outro. No entanto, ainda não confessaram os vossos sentimentos.
John ficou a quieto a pensar um momento. Depois perguntou:
- Achas que devo mesmo falar agora com ela?
- Tenho a certeza.
- E se não tiveres razão?
- Ei! Quem tem uma vida amorosa mais activa? Eu ou tu?
- OK! Ganhaste.
- Arrisca John.
John sorriu e deu uma palmada no ombro do irmão. Depois disse:
- Não esperes por mim acordado.
- Não me vou esquecer disso.
John sorriu e foir09;se embora. O irmão ficou a vêr09;lo ir e depois murmurou:
- Boa sorte, irmão.
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