Um Dia de Adolescente escrita por Shin-san


Capítulo 5
O valor de um irmão


Notas iniciais do capítulo

John deixa de lado a sua zanga teimosa com o irmão mais velho e fala sobre o que sente sobre a sua amiga Kate.



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Residência dos Spacey

            John estava completamente fora de si. Não acreditava como tinha conseguido ser tão estúpido. Como é que ele conseguiu dizer uma coisa daquelas à sua melhor amiga? Como?

            - Sou tão estúpido… – murmurou John para consigo.

            Ouviu uma porta a abrir. Talvez fosse o tio Ben. Isso seria óptimo. Precisava de alguém com quem falar. John dirigiar09;se até à porta da entrada até que ouviu a voz do seu irmão. Infelizmente.

            - Ora bolas… – murmurou John.

            Rick tinha chegado a casa com a companhia de Angel. Ela insistira em o acompanhar apesar de ele assegurar que não era necessário.

            - Bem Rick – dizia Angel, – eu… adorei a nossa noite.

            - Eu também – disse Rick.

            - Quando é que voltamos a sair?

            - Sabes Angel, existe algo chamado telemóvel. Podemos telefonar um ao outro para combinarmos outro encontro.

            - Tens razão. Adeus!

            - Adeus!

            “Perfeito”, pensou John. “Aquele feliz da vida a beijar uma rapariga impecável e jeitosa e eu neste dilema. Richard vence por um a zero o seu patético irmão, John, no sucesso no amor”.

            - Adeus – despediur09;se Rick de Angelina enquanto fechava a porta.

            Richard pôsr09;se à vontade e depois dirigiur09;se para o local onde John se encontrava. Por um momento, o jovem John Spacey pensou em ir para o seu quarto. No entanto, precisava de desabafar. Como não tinha o velho senil para cumprir essa função, só sobrava o D. Juan dos cabelos dourados.

            - Bolas – gritou John aborrecido.

            - O que se passa maninho – perguntou Rick.

            - Eu… eu…

            - Tu… tu o quê?

            - Preciso de falar contigo – disse John rispidamente e com clara relutância.

            - Céus – disse Rick admirado. – Que santo caiu do altar hoje? Aposto que foi a figura de Jesus Cristo, não?

            - Meu… Deixar09;te de parvoíces. Eu preciso mesmo de falar contigo.

            Rick sentour09;se, indicou uma cadeira a John e disse:

            - Sentar09;te. O que se passa John? A não ser que tenha acontecido um milagre, não sei por que razão queres falar comigo.

            - Não está cá o tio Ben.

            - Está explicado – suspirou Rick.

            - Bem, deixemor09;nos de tretas. Se tiver mesmo de perder o que falta do meu orgulho, ao menos que seja rápido.

            - Dispara lá.

            - Eu fiz asneira pá.

            - Olha que novidade – troçou Rick.

            - Mas desta vez, não se trata de nenhum processo disciplinar. Por acaso apanhei um hoje mas…

            - O quê – berrou Rick.

            - Deixemos isso para depois, está bem? Isto é sério – berrou John zangado.

            - Está bem – disse o irmão com relutância.

            - É provável que não aches isto grave mas eu acho.

            - Diz lá.

            - Bem, prometes que…

            - Eh pá deixar09;te de tretas e fala – disse Rick zangado.

            - Está bem – disse John numa voz fraca.

            - Então?

            - A Kate zangour09;se comigo.

            Rick abriu a boca de espanto. “Ora aí está algo novo e grave”, pensou.

            - Contar09;me tudo.

            Depois de dizer isto, Rick escutou com atenção todas as palavras de John.

            Residência dos Winters.

            Kate Winter estava incrédula. Tinha de escolher. O seu pai ou a sua mãe. Nem queria acreditar.

            - Kate… – começou Grace mas Kate interrompeur09;a.

            - Mãe. O que me está a pedir é…

            - Difícil. Eu sei querida.

            - Mas o que é que a mãe sabe – perguntou Kate a subir o tom da voz em cada palavra.

            - Kate…

            - Não percebe mãe? Está a pedirr09;me para escolher o rumo da minha vida. Está a colocarr09;me numa posição da qual eu não vou conseguir sair – gritou Kate à beira do desespero.

            - Kate… – começou Grace mas foi interrompida com a pressa de Kate a sair de casa. – Kate.

            Grace Winter ainda tentou chamar a sua filha mas não conseguiu. Ficou sem saber o que fazer.

            - Fiz asneira – murmurou para si mesma. Depois começou a chorar.

            Residência dos Spacey.

            John tinha acabado de contar o seu disparate com Kate ao seu irmão mais velho.

            - Bem – começou Rick.

            - Vá lá! Rir09;te – disse John. – Ambos sabemos que é isso que queres.

            Rick abanou a cabeça e disse:

            - Não John. Não é isso que quero.

            - Como – perguntou John sem querer acreditar.

            - De facto é uma história estúpida. Mas não tem graça.

            - Também acho.

            - Pelo menos estamos de acordo nisso.

            - O que é que eu faço?

            - Queres um conselho?

            - Não.

            - Eu dour09;to na mesma. Vai falar com ela. Agora mesmo. Não esperes por amanhã.

            - E porquê?

            - Para não a perderes John.

            - Espera aí. Estás a insinuar que vamos deixar de ser amigos por causa de uma piada foleira?

            - Não John. Estou só a dizer que podes perder a oportunidade.

            - Que oportunidade?

            - Ambos sabemos que gostas da Kate, John.

            - O que queres dizer com isso? Eu e a Kate somos só…

            - Amigos? Vá lá John. Quem queres enganar? Vocês são mais que isso. Vocês gostam um do outro. No entanto, ainda não confessaram os vossos sentimentos.

            John ficou a quieto a pensar um momento. Depois perguntou:

            - Achas que devo mesmo falar agora com ela?

            - Tenho a certeza.

            - E se não tiveres razão?

            - Ei! Quem tem uma vida amorosa mais activa? Eu ou tu?

            - OK! Ganhaste.

            - Arrisca John.

            John sorriu e deu uma palmada no ombro do irmão. Depois disse:

            - Não esperes por mim acordado.

            - Não me vou esquecer disso.

            John sorriu e foir09;se embora. O irmão ficou a vêr09;lo ir e depois murmurou:

            - Boa sorte, irmão.


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