(Kami POV’s)

Aff, Anciões inúteis... Acham que o mundo não muda, reclamam de não serem mais os “deuses”... Idiotas hipócritas!

Eles reclamam de não serem mais os “deuses”, mas nunca fizeram nada para serem assim chamados, simplesmente têm um conhecimento amplo e detalhado de nossa história. Por isso acham que o Kuro é um de seus “familiares”. Odeio ser uma das “escolhidas”... Na verdade só existem duas garotas no meio, então são “escolhidos”.

- SUA ESTÚPIDA! IDIOTA! – gritou uma voz irritada (o que é raro... Ela estar irritada, digo) - Você está se achando pelo fato de ser conhecida entre todos os Anciões... – continuou ela - Só porque tem a chance de ser a Kuro, daquelas lendas que passam por aí... – ficou ainda mais irritada - E só por isso você acha que tem o direito de mudar o mundo do seu modo!

Eu conhecia bem aquela garota. Era Karoru, uma anciã também, ela aparentava ter 14 anos. Ela tinha cabelos roxos longos que soltos vão até a cintura, mas que vivem presos, olhos verdes e orelhas de coelho brancas com dois brincos de ouro em cada uma. Ela sempre usa uma camisa curta que vai até abaixo do busto branca de botões estilo social, bolero estilo colete marrom, blusa de manga comprida por baixo da camisa estilo social preta, short jeans escuro, bota cano alto marrom, meia até metade das coxas preta com uma listra grossa cinza.

- Primeiro: quem é você para falar assim comigo, Karoru? – retruquei virando o rosto para encará-la – Segundo: Você, assim como eu, é conhecida entre todos os Anciões e tem chance de ser a Kuro. – virei mais em sua direção – Terceiro: Eu não gosto do modo que os Anciões em geral pensam, mas não quero mudar o mundo do meu modo.

- Eu sou eu mesma e falo com você como EU quiser. – respondeu Karoru irritada – Mas nós duas sabemos que eles preferem você, que você é mais forte.

- Isso é mais uma coisa que não gosto: os Anciões acham que quem “tem um poder melhor”, - coisa que discordo -, é mais forte. Aff, cada um tem um poder que melhor se adapta para si mesmo. – retruquei ainda calma – Eu acho seu poder tão bom quanto o meu. E é bem mais interessante. O meu poder de “ler” objetos (inanimados ou não, reais ou irreais) não é muito bom, já que se eu encostar em alguém eu também leria a pessoa. O que não é bom.

- Idiota, esse poder é super útil! Você pode descobrir quem é seu inimigo ou não só com um toque. – retrucou Karoru irritada – Sabe de uma coisa, vou te matar aqui e agora para mostrar aos outros que você não é a Kuro!

Falado isso, Karoru pegou seu cubo e transformou em um rifle, pronta para atirar em mim. Suspirei irritada e movi-me rapidamente para seu lado e apertando seu rifle contra seu corpo.

Ela tentou me chutar, mas movi-me rapidamente para longe e voltei segundos depois, agarrando seus braços e torcendo-os atrás de suas costas. Chutei suas pernas e derrubei-a. Ainda segurando seus braços atrás de suas costas, pus um joelho sobre ela e inclinei-me para sussurrar em seu ouvido:

- Eu não quero ser morta agora. Ainda tenho muito que estudar. Mas, volte a tentar me matar daqui a 1000 anos que talvez eu deixe-me morrer. – falando isso soltei seus braços e tirei minha luva direita enfiando no bolso do sobretudo – Leiamos-lhe!

Encostei em seu rosto e, como sempre, meu poder agiu: mostrou-me suas emoções, pensamentos, sentimentos, temores, desejos, passado e parte do futuro. Antes de conseguir ver mais, desencostei-me de seu rosto e encostei no rifle, querendo ler o material e força dele. Descobri que o rifle era feito de sangue Himitsu.

- Huh... Arma interessante. – comentei repondo a luva – Você sabe que eu poderia usar seu, - ou meu -, sangue e criar uma arma agora mesmo, não é? Tá, tudo bem, não poderia, ainda não consigo. Mas se eu quisesse usar ossos eu poderia.

Dei um salto mortal para trás pousando em cima de uma árvore. Peguei dois galhos e transformei-os em um par de tonfas. Pulei na direção de minha oponente erguendo-as harmoniosamente. Acertei uma tonfa em sua bochecha (ela havia se levantado) e outra na lateral de seu corpo.

Transformei as tonfas em duas adagas e cortei seu rosto e a lateral do corpo. Transformei em um tridente juntando os dois pedaços e molhei no sangue dela, aprimorando minha arma. Fiz uns cortes em seus braços e mudei para uma pistola depois de pular para longe.

Ela aproveitou para pegar seu rifle de volta, que havia caído quando prendi seus braços. Ela usou sua energia para recarregá-lo e atirou contra mim. Fui mais rápida e desviei. Atirei de volta.

Transformei em um arco com uma flecha. Fechei os olhos me concentrando. Percebi uma bala vindo em minha direção.

Ainda sem abrir os olhos, dei um passo para o lado, só o suficiente para desviar da bala. Levantei o arco e mirei de olhos fechados. Atirei.

Ouvi um barulho e percebi que havia acertado meu alvo. Abri os olhos e vi que acertei seu nervo do braço.

- Huh... Talvez você não consiga mover seu braço por um bom tempo. Bem, estou indo. Caso queira uma revanche, venha atrás de mim... Mas não agora. – dei as costas e saí da vila dos Himitsu.

Andei até que encontrei um lugar bom para relaxar. Era uma planície bonita com uma cachoeira linda. Sentei-me na beira da cachoeira e fiquei observando o lugar. Era realmente lindo. Deitei-me ali mesmo e adormeci.

         (Midori POV's)

Eu estava no meio de uma luta, em uma área muito quente. Mas é claro que tá quente, eu to cercada por fogo. Se não me engano o nome da minha rival é Kamira, ela é até forte. Ela tem varias armas, se eu tivesse aquelas armas eu seria muito mais forte! Como ela acabou me vendo na minha forma original, eu vou ter que matá-la!

A Kamira aparentava ter 11~12 anos, ela era uma Kurisu. Ela tinha baixa estatura, cabelos negros como a noite que chegam apenas até seus ombros e olhos âmbar muito claros.

- Vamos, use todo o seu poder. Ou você já usou tudo? – provocou ela

- Não provoque criança! Eu não cheguei nem na metade! – agora eu estou começando a ficar com raiva.

- Vou acabar logo com essa luta! – ela vem em minha direção com uma velocidade incrível, e com uma espada na mão. Se ela me acertar eu vou acabar perdendo! – MORRA!

- Não é tão fácil me matar. – me desvio do golpe, mas ela ainda me acerta no rosto. Agora o meu lindo rosto esta sangrando. – Deixe-me te matar logo. Será uma morte rápida e indolor!

- Eu não vou deixar ninguém me matar! Eu é que vou te matar! – ela respondeu – Agora vamos parar de falar e vamos lutar a serio!

- Pode vir! – ela ficou irritada e veio pra cima de mim numa velocidade incrível, tenho que treinar mais a minha velocidade. Perfeito, ela vem com o mesmo golpe de antes. Que falta de imaginação!

- VAMOS VER QUEM VAI VENCER!!! – menina nervosinha! Vou acabar logo com isso. Quando ela chega perto eu simplesmente seguro a mão dela e desfiro vários socos em sua barriga fazendo sangue sair por sua boca. Acho que já está bom, coloco a nas minhas costas e a levo para um lugar mais fresco. Mesmo que eu tenha tentado matá-la, não vou a deixar morrer ali, pelo menos ela vai morrer em um lugar “bonito”.  Levo-a para perto de um lago e a largo lá, logo em seguida saio dali e vou para qualquer lugar.

- Ela vai morrer em um lugar muito bonito, onde será que eu vou morrer? – vou embora pensativa, mas tenho a sensação de que ela não vai morrer. Talvez eu volte a batalhar com ela de novo algum dia... Talvez...

(Alexis POV’s)

- O dia está chegando. Se minha previsão estiver certa, como sempre, amanhã será o dia. O dia em que o Kuro será decidido. O dia em que a guerra deve começar. – comentei observando um cristal que ficava “preso” ao meu cetro.

- “O traidor está aqui...” – comentou minha serva. Tudo bem, ela não comentou. Ela pensou. – Alexis-sama... Hime-sama! Keigo-san está aqui. Ele quer te ver.

- Deixe-o entrar. – respondi sem virar-me para ela – Olá, Keigo. Veio cumprir sua promessa? A de me matar, digo.

Kagemura Keigo é um Suri também. Ele tem cabelo liso e curto, castanho bem escuro (muito quase que preto mesmo), olhos castanhos mel (em dias de muito sol eles ficam esverdeados), fisionomia entre magro e atlético, altura mediana, pele clara, e aparenta ter 17 anos.

- Sim, eu vim, Alexis hime-sama! – ele respondeu com uma reverência – Espero que esteja pronta. Sua vida acaba agora.

- Não posso deixar que me mate, mas te darei uma chance. Batalhemos. Se me ganhar, eu me deixo ser morta. Se eu ganhar, você me deixa continuar protegendo meu reino. – retruquei virando-me para a entrada.

Ele sorriu gentil. Começou a fazer símbolos com as mãos. Fechei os olhos e sorri. Descobri ser o símbolo do espírito Elemental água. Peguei meu cetro e fiz uma rápida magia. Cancelei sua mágica e fiz um contra-ataque. Uma magia relacionada ao ar. O ar o empurrou contra a parede. Fiz uma magia de sono. Ela passou perto. Ele soltou-se e veio contra mim com uma magia elétrica. Desviei e me aproximei um pouco.

Bati o cetro no chão, mandando ondas de tremores. O vento direto na terra fez as ondas aumentarem e a poeira levantar. Aproveitei e me aproximei correndo, pronta para bater nele. Usei a magia do sono e o acertei na nuca. Ele desmaiou.

- Seu destino ainda está incompleto. Depende muito de suas escolhas. Por favor, não caia! – soprei um adeus para ele antes de sair em direção da saída do reino – Adeus meu reino. Prometo ajudá-los. Acabarei com essa guerra. Irei atrás do Kuro para salvá-los.