Secret Life escrita por KCenatti


Capítulo 1
Monday Morning.


Notas iniciais do capítulo

Enjoy! :3



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Acordei sem nenhuma vontade de acordar. O barulho chato do despertador ecoava por todo o meu quarto, obrigando meus olhos a abrirem e verificarem que horas eram: 6: 30 am.

            Me levantei da cama, vesti o uniforme do colégio e fui em direção ao banheiro. Lavei meu rosto, penteei meu cabelo e fui para a cozinha.

            Preparei meu café da manhã e fui para a sala. Meus olhos mal abriam, minhas pernas não colaboravam e eu ainda estava com sono. Merda de segunda-feira.

            Tentei me concentrar no programa de TV. Era de comédia, porém quando me dei por mim, estava quase dormindo.

- Ainda com sono, Little Girl? – Olhei para Joe com apenas um olho. Não conseguia abrir o outro. Urgh.

            Sorri automaticamente. Eles já estavam comigo.

- Uhum – resmunguei de volta.

            Caí para um lado do sofá.

- Ouch! Cuidado, Little Girl, você quase atingiu partes sensíveis agora... – Disse Patrick rindo.

- Ow! Sorry ae... – Devolvi sorrindo. Subi minha cabeça para seu ombro. Ela parecia pesar 500 kilos.

            A parte do zíper, que estava gelada, da almofada me deu arrepios. E pela a desgraçada ser mole, dei de cara no couro do sofá.

- Ai – minha voz estava estranha. Parecia que eu estava dorgada. Olhei no relógio: 7: 10 am.

            Me levantei do sofá, fui ao banheiro, escovei meus dentes e peguei meu iPod dentro de minha mochila. O liguei. E saí de casa.

- Let’s go bitches! – Girei a maçaneta da porta e pegamos o elevador.

- Let’s go, bitches! – Girei a maçaneta da porta e desci as escadas.

            Atravessei a rua, e mais outra e mais outra... Até que cheguei ao colégio.

            Mostrei a carteirinha para o “tio”, isso já tinha se tornado monótono e entrei em minha sala. Desliguei o iPod e cumprimentei minhas amigas. 

            O sinal soou, nos avisando que iria se seguir mais um dia horrivelmente tedioso.

- Animação, Little Girl! – Sugeriu Pete sorrindo e fazendo uma careta estranha. Tipo, abestalhado. Lancei-o um olhar ameaçador.

            Olhei para o lado. A professora tinha entrado na sala de aula. Agora ir para a casa só ao meio-dia e vinte.

                                                  ...

       Finalmente o sinal bateu. Finalmente, casa!

- Oh, Gosh, parecia que esse dia não ia acabar nunca! Credo. – Falei em voz alta.

- Concordo. – Disse minha amiga. – Quero ir para casa e dormir... Ah não!

- O quê?

- Merda! Tenho crisma hoje... Bom, pelo menos tenho Teatro, a alegria do dia! – Disse ela sorrindo e fazendo um gesto com as mãos. Eu ri.

            O resto do caminho se seguiu com conversas paralelas. Do tipo: Fics, Twitter, Tumblr, FOB, Supernatural e por aí vai.

            Cheguei em casa, larguei minha mochila em cima da cama e fui almoçar.

            Fiz todas as tarefas domésticas possíveis e fui para o meu quarto estudar. No dia seguinte teria prova de História.

            Abri a apostila e comecei a ler. E Não demorou muito para Little Girl vir me perturbar... Ou me salvar da chatice de História. No final acabei me rendendo a ela.

            Peguei meu iPod e o liguei. Começou a tocar “Califórnia Waiting” do Kings Of Leon . Gosh, como eu gostava dessa banda!

- Quem é? – Perguntou Patrick todo bobo, assim que eu comecei a cantar, porém sem proferir uma só palavra de minha boca.

- Kings – respondi, ainda “cantando”, fechei os olhos.

- Hmmm – Disse ele cabisbaixo. Abri os mesmos e o fitei.

- Awwww! Tá com ciuminho? – Me joguei em seus braços, rindo. Todos riram também. Quando digo todos, me refiro a Pete, Joe e Charlie.

- A única pessoa com ciúme aqui é você! – Devolveu ele.

- Hey! Eu não sou ciumenta, ok?

- O quê?! Little Girl, ciumenta? Nah, DE JEITO NENHUM! Pobres canetinhas... – Disse Joe.

- Trohman, não se mete! – Brinquei.

- Yooooo! – Disseram Charlie e Pete ao mesmo tempo.

            Ri.

            Fui até a sala e peguei uma folha em branco, uma caneta e escrevi nela: “Team Jared Followill”. Colei a folha na testa e voltei ao quarto.

- Little Girl, WTF?! – Perguntou Patrick.

- Não sabe ler? Sou do Team do Jared

- Oh, really?!

- Sei lá, você perguntou o que era, e eu respondi

- Ah, fui trocado então? – Comentou ele rindo.

- Claro, claro. – Falei ironicamente. Pete, Joe e Charlie riram. – Para aonde foram os outros?

- Andy, está dormindo. Dre e Dirty estão lá embaixo comendo. – Respondeu Pete.

- Que barulho é esse?! – Perguntei.

            Me virei e vi o despertador tocando. Olhei as horas e dei um salto da cama.

- FUUUUU! São 7: 25 pm e eu ainda nem estudei! Urgh, valeu Little Girl! – Quase gritei.

- Você tem prova do quê amanhã? – Perguntou Charlie.

- História.

- Ui

- È, eu sei... 

- Hey, eu gostava de História – disse Pete, fingindo mágoa.

- É Pete, eu sei... Pena que você não pode me ajudar...

- Pois é.

- Você consegue dar conta do conteúdo – disse Patrick sorrindo.

- Espero que sim.

- Espero que sim. – Disse em voz alta.

            Abri a apostila e tentei me concentrar, porém, eu estava dispersa demais.

            Olhei para o teto e logo me distraí novamente.

- Problemas para se concentrar? – Perguntou Patrick. Estávamos no quarto sozinhos.

- Aham... – Resmunguei involuntariamente com a cabeça enterrada no travesseiro macio. Ele estava ao meu lado, com o noteboock no colo. Provavelmente jogando Garage Band.

- Tente mais uma vez                                       

- Não dá. Estou começando a ficar com dor de cabeça.

- Então, durma e depois retome os estudos.

- Aí, já vai ser tarde demais.

- Então, já que nenhuma das minhas alternativas serve, peça ajuda para seu Jared Followill – disse ele fazendo uma voz estranha ao pronunciar o nome de Jared. Eu ri.

- Nah, prefiro você. – Falei deitando a cabeça em seu ombro.

- Uh, é mesmo?

- Claro, seu bobo. Conheço você pelo avesso. Já Jared, conheço apenas o nome.

- Ah, agora me sinto mais confiante... – Nós rimos.

- Patrick, me ajude a dormir.

- Ok. – Ele largou o noteboock e assim pude deitar minha cabeça em seu colo. – Quer que eu lhe conte uma historinha?

            Eu ri.

- Nah, a única coisa que exijo de você é que cante.

- Ah, ufa, porque eu não sei nenhuma mesmo. Cantar fica mais fácil. – Rimos.

            Ele começou a acariciar meu cabelo e cantar “It’s Not A Side Effect Of The Cocaine, I’m Thinking It Must Be Love”. Em questão de segundos peguei no sono.

- Filha? Filha, acorda. – Minha mãe estava me cutucando.

- Uh? O que foi mãe? – Minha voz estava grogue.

- Você ainda nem estudou – avisou-me Patrick.

- São9: 45 pm. Você dormiu demais, de novo.

- Urgh... – Me levantei e fui tomar banho.

            Saí do banho, jantei e fui para o quarto. Sentei na cama, dei uma lida na matéria, concentrada desta vez, e depois dei uma rápida olhada no relógio: 12: 00 am. Comecei a me arrumar para dormir, guardei a apostila e escovei os dentes. 

            Entrei no quarto e fechei a porta. Peguei meu caderno, onde faço minhas anotações, escrevo capítulos de fics etc. - era ali onde eu desabafava tudo. Me sentia confortável para contar isso - e comecei a escrever:

            “Assim que apago as luzes e enxergo pela escuridão, vejo você ali. Parado, sorrindo, para mim. Eu deito na cama e fecho os olhos, você me faz abrí-los de novo. Porém, com uma diferença, meus olhos na realidade estão fechados.

           

I am finding out that maybe I was wrong

That I've fallen down and I can't do this alone

Stay with me, this is what I need, please?

Sing us a song and we'll sing it back to you

We could sing our own but what would it be without you?

            Você apareceu quando eu não acreditava mais em nada. Engraçado, porque agora são os outros que não acreditam em você. Mas eu acredito. Uma vez já até pensei em mandar você embora, porém eu seria nada agora se o fizesse. Eu devo a você minha sanidade. O que, por um lado é irônico e por outro é triste.

I am nothing now and it's been so long

Since I've heard the sound, the sound of my only hope

This time I will be listening

Sing us a song and we'll sing it back to you

We could sing our own but what would it be without you?

           

            Eu diria que estaria enlouquecendo. Você faz de minha sanidade uma simples brincadeira, uma ilusão. Olha, vocês têm uma coisa em comum. Sei que você é imaginário eu continuo não sabendo o porquê que imaginei você tão perto de mim. Talvez que estivesse necessitando esquecer o passado. Sim, acho que é essa a resposta.

            Isso não importa agora, não irá mudar nada. Não irá fazer você ir embora. Eu não quero que você vá. Eu te amo. E acho que isso foi um erro.

This heart, it beats, beats for only you

This heart, it beats, beats for only you, my heart is yours

(My heart, it beats for you)

            Tenho que aprender a me entregar menos às pessoas. Veja que ironia do destino: eu que não acreditava em ilusões, acabei me apaixonando por uma. Sim, mundo cruel.

            Mas fazer o quê uma vez que não se têm nem o controle da própria sanidade. Acho que é esse o lado triste. Você se apoderou de mim e eu cedo tão bem.

(Please don't go now, Please don't fade away)

My heart is yours

            ‘Eu estou ganhando você e me perdendo’. Eu estou tão lá no fundo que não consigo me achar mais. Eu não quero me achar mais. Tudo o que quero é ficar presa neste conto de fadas imaginário e infinito; para sempre”

            Suspirei e fechei o pequeno caderno e apaguei a luz. Deitei na cama e fechei os olhos.

            Abri os olhos e vi Patrick ao meu lado.

- Oi – disse ele, sorrindo.

- Oi – respondi, retribuindo o sorriso.


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Notas finais do capítulo

Well, isso é basicamente o que acontece comigo. Sim, todos os dias.

Pode ter parecido que eu odeie isso, não, pelo contrário, eu gosto.


XOXO - Little Girl. A legítima.



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