E se Fosse Verdade escrita por EmyBS


Capítulo 15
Disputas


Notas iniciais do capítulo

Como vcs foram boazinhas... Mais um capítulo... Beijinhos...



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O simples fato de entrar no carro de Carlos já era uma aventura porque sempre existia a possibilidade dele não agüentar e me atacar. Não que eu estivesse muito preocupada com esse fato, mas era uma adrenalina a mais nas minhas já descompassadas veias. A boa notícia é que elas dificilmente entupiriam com toda essa agitação sanguínea. Mas voltando ao carro, outro detalhe muito importante para se considerar era a velocidade com que Carlos dirigia, as ruas pareciam meros borrões pela janela e longas distâncias eram percorridas em minutos.

- "Céus!" – eu pensava presa ao cinto de segurança ao lado dele e inconscientemente agarrada ao banco da maneira mais natural possível.

Tinha certeza que se eu prestasse atenção na paisagem lá fora enjoaria na mesma hora, mas nada conseguia me fazer desgrudar meus olhos dele de qualquer maneira, a pele branca como papel que me encantava, as expressões perfeitas e os olhos dourados.

- "Parecem ouro líquido!" – era impossível não pensar nisso vendo seus olhos em mim.

E esse era outro fato que transformava andar de carro com ele numa aventura. Carlos mantinha os olhos lindos e dourados fixos em mim e eu não fazia a menor idéia de como ele conseguia prestar atenção na rua a ponto de conseguir desviar até mesmos dos loucos pedestres que se atreviam a atravessar sem olhar.

Era incrível!

Podia sentir meu coração disparado e isso o fazia sorrir e esse era o sorriso mais lindo do mundo, cativante, perfeito e quente. Carlos podia ser gelado, mas o seu sorriso sempre me aquecia completamente.

Eu tinha completa consciência que deveria estar parecendo uma boba ali observando ele dirigir feito um louco pelas ruas, mas foi justamente por estar tão concentrada nas suas feições perfeitas que pude perceber quando ele trincou os dentes e fixou os olhos na estrada.

- O que foi Carlos? – perguntei insegura também olhando para frente como se eu fosse encontrar algo.

- Complicações. – ele praticamente rosnou.

Fiquei apreensiva sem entender aquela reação dele e essa sensação piorou quando Carlos apertou com ainda mais força o volante do carro, se ele não se controlasse poderia facilmente desmontar o veiculo sem grandes problemas, mas ele parecia consciente desse fato.

Ouvi outro rosnado sair da sua boca perfeita quando entramos na minha rua e levei um susto ao descobrir o motivo daquela alteração de humor dele, pois em frente ao meu prédio apoiado no carro vestindo uma calça jeans e uma blusa branca estava Rodrigo.

Recebi um olhar feio de Carlos quando ele percebeu meu coração disparar ao ver Rodrigo parado na minha porta.

- Não seja bobo! – tentei rir nervosa, mas não fazia idéia do que aquele ser estava fazendo lá.

Carlos estacionou atrás do carro do Rodrigo e desligou o carro visivelmente irritado.

- Me deixe resolver isso. – pedi saindo do carro e apenas ouvi outro rosnado em resposta. Talvez esse não notasse que parecia muito um cachorro raivoso.

- Bella! – Rodrigo disse contente ignorando que eu estava acompanhada e abrindo os braços para me abraçar.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei séria colocando as mãos na cintura numa típica posição materna de “você está encrencado mocinho”.

- Senti saudade Bella! – Rodrigo mantinha aquele sorriso inocente no rosto, mas pareceu desistir de me abraçar encostando-se ao carro.

- Eu nem tenho mais atendido suas ligações! – continuei séria parando na frente dele.

- Por isso mesmo, você tem sido uma menina muito malvada! – Rodrigo sorriu e tentou tocar no meu cabelo, mas eu afastei a cabeça evitando o contato.

- Rodrigo vai embora, por favor! – falei balançando a cabeça não acreditando no que ele estava fazendo ali.

- Você não acha que eu tenho medo daquele branquelo ali que acha que está com você. – Rodrigo disse baixo se curvando para mim.

Meus olhos faiscaram de raiva.

- Se você fosse inteligente teria medo, agora sai daqui! – falei no mesmo tom baixo dele, mas em tom de ameaça.

- Não sem sentir você!

O que aconteceu a seguir eu não consegui entender muito bem, mas eu fui arremessada ao chão e Rodrigo prensado contra o próprio carro num baque violente. Carlos prendia completamente Rodrigo seus olhos negros como carvão. Tive certeza que Rodrigo nunca imaginou que poderia acontecer algo assim com suas piadinhas, mas devia ser porque ele não considerou que meu acompanhante fosse um vampiro mal humorado.

Levantei antes que as coisas saíssem do controle e andei calmamente até Carlos tocando de leve o seu ombro. Por sorte, minha nada delicada queda não deixaria hematomas na minha pele. Eu pelo menos torcia para isso ou aquele vampiro brutamontes ouviria bastante.

- Não vale a pena. – disse num sussurro e, para sorte de Rodrigo, percebi Carlos relaxar um pouco.

- Vem Carlos! – chamei puxando-o de leve pela blusa.

Carlos soltou Rodrigo que caiu de joelhos no chão buscando ar e me acompanhou lentamente.

- Você é louco cara! – Rodrigo disse rouco levantando com dificuldade.

- Deixe ela em paz! – Carlos rebateu sério me segurando pela cintura.

- Até aonde eu saiba ela não é sua propriedade. – Rodrigo ainda teve coragem de responder, antes de entrar no carro e sair dali, para a sorte dele eu estava segurando Carlos pela cintura e consegui evitar que ele fosse atrás.

- Vamos subir... – chamei murmurando no ouvido dele e me encaminhei para a escadaria do prédio.

Não conseguia ouvir seus passos me seguindo, mas o frio que emanava dele me deixava arrepiada. Quando estava abrindo a porta do meu apartamento senti os lábios dele no meu pescoço. Era uma das sensações mais incríveis do mundo, meu coração disparou e quando abri os olhos já estava deitada no sofá da sala.

- As vezes você me deixa tonta... – falei rindo observando-o se ajoelhar ao meu lado.

- Você sempre me deixa louco! – Carlos respondeu acariciando minha barriga fazendo seu olhar escurecer ainda mais.

- Vem cá! – o puxei pela gola da blusa e capturei seus lábios com os meus.

Carlos me beijava, mas continuava a evitar a aprofundar muito o beijo e aquilo me deixa incompleta, tentei abrir seus lábios com a minha língua, porém era como forçar uma pedra de gelo com a desvantagem que o gelo pelo menos derrete aos poucos.

- Porque você não se comporta? – Carlos me perguntou sorrindo.

- Porque você resolveu começar a se comportar? – completei irritada me sentando no sofá.

- Eu não quero machucar você. – a resposta veio depois de alguns minutos em que ele me olhou profundamente.

- Você não vai me machucar. – me joguei nos braços dele que sorriu me acomodando neles.

- Você é maluquinha sabia? – ele brincava com meu cabelo e inspirava o meu pescoço me abraçando apertado.

- Eu sei que você não vai me fazer mal. – segurei seu rosto perfeito com as minhas mãos até encostar minha testa na dele.

Carlos deslizava uma das mãos minhas costas suavemente me causando leves arrepios enquanto a outra ainda acariciava meu rosto. Não tenho idéia de quanto tempo ficamos assim, podem ter sido alguns minutos como horas para mim não tinha diferença. Carlos estava ali comigo, me tocando, o aroma que vinha da sua respiração me deixava tonta, me convidava.

Nossas bocas se encontraram de maneira suave, num beijo calmo, tranqüilo. Senti meu corpo estremecer quando a língua dele percorreu meus lábios. O gosto dele me convidava.

Carlos me deitou no chão delicadamente e passou a descer em direção ao meu pescoço devagar com beijos e a língua deixando um rastro molhado e frio na minha pele. Suspirei quando sugou a área entre o pescoço e o ombro continuando a descer em direção ao meu colo.

Eu tentei segurar um gemido quando ele segurou firme minha cintura e começou a desabotoar minha blusa depositando um beijo cada vez que soltava um botão. Meu corpo queimava independente do toque gelado dele ou justamente por isso. Era uma sensação incrível.

Sentir sua língua percorrendo meu umbigo fez meu corpo arquear fazendo-o encher minha barriga de beijos que me fizeram rir.

- Bobo...

- Você me deixa assim... – Carlos disse rouco com sua voz melodiosa acariciando meu corpo.

- Eu quero sentir você... – falei brincando com os seus cabelos e ele suspirou apoiando a cabeça na minha coxa e deslizando os dedos próximos ao meu umbigo.

- Você já está sentindo. – ele espalmou a mão na minha pele puxando-a até minha cintura.

- Você me entendeu. – resmunguei revirando os olhos.

Ele continuou a percorrer minha pele com a mão despreocupado, às vezes fazendo desenhos outras escrevendo meu nome. Foi sutil, eu estava quase adormecida com os carinhos dele que nem percebi, mas o choque da minha pele quente logo abaixo do seio com a mão gelada dele me fez suspirar. Carlos parecia querer aquecer a sua mão em mim e a cada instante isso parecia mais real, pois a pele dele realmente parecia mais quente.

Foi incerto, mas não demorou muito para essa mesma mão cobrir todo o seio de forma possessiva, não machucava, mas era firme, logo o outro seio também foi coberto pela mão dele e apesar do tecido do sutiã era possível sentir o toque gelado da mão que não estava brincando na minha pele.

Quente e frio.

Os lábios dele contornaram a renda do tecido delicado causando arrepio e eu não faço idéia de como ele retirou a peça, mas sentir sua respiração contra a pele sensível me fez morder o lábio e arquear mais uma vez o corpo num suspiro.

A língua gelada circulou o bico de seio me fazendo agarrar os cabelos deles com força e eu podia sentir o olhar dele em mim, mas eu não arriscava olhá-lo mantinha os olhos bem fechados me entregando aquelas sensações.

- Carlos... – foi inevitável murmurar quando ele sugou o outro seio com uma calma inacreditável.

Minhas unhas arranhavam a pele marmórea dele, mas o máximo que eu conseguiria seria quebrá-las. A vantagem vinha justamente do fato dele pouco se importar com a força que eu usava para agarrar seus cabelos ou apertar seu corpo. Eu poderia espancá-lo que ele não ligaria mesmo.

As mãos frias deslizaram pela minha coxa e eu desisti de tentar saber aonde tinha ido parar a minha calça, tinha certeza absoluta que ela estava ali a minutos atrás, porém agora tudo o que eu sentia era a frio das mãos dele.

Apertei os olhos e me entreguei as sensações, mal comparando era como ter um cubo de gelo passeando pelo meu corpo, mas aquilo sem duvida nenhuma era mil vezes melhor. Era enlouquecedor. Era uma tortura para os meus sentidos, mas eu não reclamaria. Tudo o que eu queria era que ele continuasse nada mais importava.


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