13h 20min, segunda feira, 27 de outubro – Mesa no Pátio

James, Reed, Remus, Sirius, Anne e Peter estavam sentados sozinhos em uma mesa no pátio conversando, na verdade sussurrando bem baixo para que ninguém os ouvisse. Os seis estavam arquitetando um plano para acabar com a Mary, e até agora estavam sem nenhum sucesso.

– Por que é tão difícil fazer um plano maligno do mal? – questionou Sirius – Era tão fácil antes! Laxante na água do Snape; colar papeis nas costas do Malfoy; passar tinha vermelha na cadeira que a Hayes ia sentar; trocar o gloss da Bellatrix por cola... Por que é tão difícil com a Mary? POR QUE É TÃO DIFÍCIL SENHOR? – berrou Six com as mãos para o céu esperando algum milagre.

– Hahahaha eu nunca vou esquecer a cara que a Bellatrix fez – riu Anne se lembrando do momento.

– E o mais legal foi quando ela não conseguiu gritar porque os lábios estavam colados – riu Sirius imitando Bellatrix com a boca colada.

– Não foi nada legal a advertência que a gente recebeu – reclamou Remus.

– Mas a ideia foi de quem hein Reminho? – falou Reed com as sobrancelhas arqueadas.

– Se nós tivéssemos ficado em sigilo daria tudo certo, mas alguém – olhou para Black – Tinha que apontar para a cara dela e rir que nem um louco antes dela começar a gesticular que nem uma loca e as pessoas perceberem que a boca tava colada?

– Quando as pessoas olham pro Remus ela vêem um projeto de nerd, tímido, quietinho, sério e inocente – começou Anne – Mas ela não sabe o que se esconde por trás dessa carinha falsa de nerd, um cara perverso, safado, que age por trás dos amigos.

– E não vamos nem falar de você não é Anne? Porque na cam... – Remus começou a dizer, mas foi interrompido.

– Eu não quero saber sobre a vida sexual de vocês! – exclamou Reed com nojo – LA LA LA LA LA LA LA.

Sirius se juntou a ela e os dois começaram um coro de LA’s.

– GENTE FOCO AQUI! – disse James um pouco alto de mais.

Os amigos ficaram quietos no mesmo momento.

– Bom o que nós temos? – questionou Peter já que haviam contado á ele sobre a Mary depois do jogo, então ele não sabia de muita coisa.

– O vídeo – respondeu Sirius.

– A advertência – replicou Anne.

– E a amarga lembrança dela em nossas vidas – acrescentou Reed fazendo os outros revirarem os olhos – O que? Eu estou traumatizada ok?

– Mais uma coisa para a lista de traumatismos da Reed – falou Six baixinho fazendo Anne e Peter rirem.

– Gente! – chamou James de novo a atenção, pois o grupo havia fugido (de novo) do assunto.

– Relax Jay, você está muito tenso hoje – comentou Anne.

– Desculpa, mas a Lily tá andando com uma psicopata agora – retrucou mal humorado.

Eles ficaram um tempo pensando, tentando ter alguma ideia.

– Nadinha – suspirou Anne.

– Absolutamente nada – disse James.

– Humm – também nada para Peter.

– Sem inspiração no momento – falou Remus.

– Tudo o que eu pensei pode nos deixar de suspensão... Ou presos – Reed disse mexendo em seu brinco.

Eles continuaram a pensar até que Black berrou:

– EURECA!

Os amigos se viraram para ele.

– Olha cá entre nós, a Reed não é a pessoa mais popular do mundo quando se trata de tiranos e psicopatas vadias do mal – Delamare assentiu – Por isso, se a Mary achar que a culpa foi dela não terá quase nenhum problema.

– Foda-se o que vai acontecer comigo eu só quero que ela morra – comentou a loira pouco ligando para as consequências – E logo de preferência.

Quando Sirius ia voltar a falar Lily apareceu para dar um recado:

– Nós vamos fazer uma festa de despedida para Mary ok? Só tratem de aparecer, amanhã na minha casa.

– Ela está indo embora? – perguntaram Reed e Anne com os olhinhos brilhantes.

– Humm pelo que eu saiba não... Mas se ela for pelo menos ela vai ter uma festa de despedida! – Anne e Reed broxaram com a resposta.

A ruiva foi embora para ir falar com Marlene deixando os Grifinórios continuando a tramar.

– Perfeito, o plano vai acontecer na festa de despedida – concluiu ele – Bom então é assim...

E ele foi contando a grande ideia que ia interessando e entretendo cada vez mais os Grifinórios.

13h 30min – Outra mesa no Pátio

– Aqueles seis estão estranhos – comentou Fabian olhando para os amigos que sussurravam e olhavam pros lados suspeitamente.

– Provavelmente tão tramando alguma coisa – sugeriu Gideon devorando seu hamburger.

– Por que você acha isso?

– A Reed e a Anne tão com aquela cara que vão aprontar alguma – respondeu – Igual quando trocaram o gloss da Bellatrix for cola.

Fabian deu uma risada se lembrando do momento, provavelmente foi à vez que ele mais riu de uma Sonserina.

– Ah a vingança é doce – disse Gideon.

– E é um prato que se come frio – acrescentou Fabian cutucando o seu iogurte com uma colher.

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos comendo/tomando seu almoço.

– Espera, se a vingança é doce e é fria... Então ela é sorvete? – perguntou Gideon maravilhado.

– Caramba então eu acho que amo vingança! – falou Fabian divertido.

– Humm Fabian?

– Sim Gideon?

– Vamos comer vingança?

O irmão concordou e os dois foram cantando até a cafeteria “Vingança, vingança, vingança, eu amo vingança!”

07h 40min, terça feira, 28 de outubro – Starbucks

Nessa hora da manhã não havia muitas pessoas no Starbucks, grande parte comprava seus cafés e ia correndo para o trabalho. Mas Reed não, ela estava flertando com o balconista que parecia estar caindo feito um patinho na jogada da loira.

– Sim eu a odiava – deu uma risadinha e jogou o cabelo para o lado – Aquela mulher tinha mandado o Leroy ir comprar café, e ele não havia aparecido há dois dias. Depois disso ela me mandou ir à máquina de coca cola e ela comeu o meu dinheiro e aí eu chutei aquela máquina até a morte – falou a garota depois se dando conta que não deveria ter contado para um funcionário que havia chutado até a morte a máquina de refrigerante já que bom, era propriedade do estabelecimento que ele trabalhava.

– Você é muito engraçada – disse ele rindo – E bonita também.

Ela mordeu o lábio inferior e já ia jogar mais charme nele quando uma voz (N/Reed: irritante, idiota, besta, egocêntrica, estraga prazeres) falou:

– Eu pago o latte dela e para mim um capuccino.

Ela olhou com raiva para o garoto.

– Posso saber o que você está fazendo aqui, seu imbecil?

– Eu vim comprar café e coincidentemente te encontro aqui, minha amiga – respondeu, acentuando minha.

– Eu não sou nem de longe sua amiga – retrucou a garota pegando o seu café.

– Obrigada – falou para o balconista (que estava bem chateado por a garota ter parado de dar atenção para ele) pegando o troco.

Ele e a loira foram se sentar em uma mesa perto da porta.

– Então você está aqui para quê? Mandar-me uma ameaça? Pombo correio? Carta de amor de alguém? Ou AI MEUS DEUS, enchendo o meu saco? – perguntou a garota animada quase berrando – Se sim parabéns você conseguiu – acrescentou com uma cara super séria.

O garoto suspirou e começou a falar:

– O Sirius me contou sobre o vídeo – a loira fez careta – E eu queria pedir desculpas, eu fiquei sim com a Mary e não vou te negar isso, porque aí eu estaria mentindo e mentir não é legal e eu não quero isso...

– Continuando – cortou a garota.

– Eu não quero que você fique brava ou chateada por causa da Mary.

– Eu não fiquei – mentiu a loira empinando o nariz – Nem um pouco.

– Nós não temos razão para ficarmos brigando toda hora, sabe não é bom para a nossa relação.

– Relação? Qual relação? A que a gente se odeia até a morte? Ou a que você me enche tanto que eu tento fazer voodu com você?

– Você já tentou fazer voodu? – questionou o garoto (assustado).

– Muitas vezes, mas acho que nunca deu certo... – pensou a garota – Por acaso você sentiu alguma dor na perna esses dias? –

– Não – Respondeu (ainda assustado) – Continuando novamente, eu acho que entendo porque você sabe ficou com o Hollys – falou com uma careta de nojo – Sei lá você estava brava comigo e aí ficou com ele.

Tudo bem você pode continuar a pensar desse jeito, mas o Lance continuar sendo a atração em pessoa, Reed pensou.

A garota deu de ombros e continuou a tomar o seu café.

– O que eu quero dizer é – falou a fitando com intensidade, tonando impossível não olhar para ele – Trégua? – e estendeu a mão para a garota em sinal de paz.

Ela suspirou, estalou o pescoço, tentou fazer um coque com o cabelo e respondeu:

– Trégua – apertou a mão dele – Certo, agora você vai me dar uma carona para a escola porque eu vim á pé pra cá.

E antes de Gray responder ela havia se levantado e estava indo para a saída.

– Estou começando a achar que você vai abusar de mim – falou Gray fazendo a garota mexer a cabeça em sinal de “sim” – E é bem baixo seduzir o balconista para ganhar café de graça sabia?

– Os meios não justificam os fins meu caro – retrucou a garota – Ah e saiba de uma coisa Gray Beaumont, eu nunca vou esquecer que você ficou com a Mary.

09h 15min – Aula de Biologia do segundo ano

O segundo ano estava realizando uma pesquisa nas estufas. A professora Sprout narrava às instruções que os alunos deveriam seguir para não perderem um dedo ou ficar uma semana internados.

– MORRE DIABO – berrou Reed batendo um rolo de jornal no inseto que estava na cabeça de Scarlet Heinz.

Scarlet começou a pular no mesmo lugar e mexer os braços berrando “AAAAAH TIRA, TIRA!”.

Lúcio Malfoy e Dexter Gale apontaram para a cara da garota e começaram a rir enquanto os olhos dela começaram a se encher de lágrimas e então enfiou a mão em um vaso e jogou terra molhada neles.

– Remus eu acho que nós temos um problema – falou Anne se virando para Lupin.

Remus pensou em milhões de problemas de uma vez só: ela ter ficado de recuperação; alguém conhecido ter pego alguma doença estranha e maléfica da África (?); pelo pandemônio que estava acontecendo naquele minuto em que conversavam; ou talvez... Ela querendo terminar com ele?

– O que foi Anne? – questionou temeroso.

A loira começou a falar bem rápido:

– Bom tudo começou ontem quando minha mãe reclamou que eu estava saindo muito, aí eu respondi que estava me encontrando com os meus amigos e então ela perguntou, vai saber por que, se eu estava namorando e eu respondi que sim. Ela perguntou quem era e eu disse que não ia falar, e ela começou a brigar comigo falando que eu não tinha direito nenhum de esconder esse tipo de coisa sobre a minha vida dela, aí eu berrei “Eu nunca te falei nada da minha vida. VOCÊ NUUUUUUUNCA VAI CONSEGUIR ME PEGAR” eu saí correndo e fui me esconder na casa do James.

– Você não contou para a sua mãe que você estava namorando? – perguntou.

– Não, ela não tem necessidade de saber isso. Só se eu ficar grávida, ai sim ela talvez tenha que saber – respondeu a garota simplesmente.

– Espera... Ela sabe que eu sou seu namorado?

– Humm não exatamente... Por isso ela vai te conhecer semana que vem em um jantar!

– Mas Anne, ela JÁ ME CONHECE! – comentou o garoto nervoso, ele odeia jantar com os pais.

– É isso é verdade... – pensou Anne – Bom fazer o quê, é melhor a gente ir de qualquer jeito se não ela vai me colocar em prisão domiciliar.

Ele suspirou pesadamente e continuou a plantar a sua planta no vaso.

– Detenção para o três – disse Sprout para Scarlet, Lúcio e Dexter – Onde já se viu fazer uma guerra de terra e minhocas?

10h 30min – Corredores de Hogwarts

– Me responde de novo, por que eu tô andando com você? – questionou Reed.

– Bom eu disse que eu ia para a biblioteca e aí você disse que a cafeteria era perto da biblioteca e então exigiu um café – respondeu Gray carregando dois livros debaixo do braço.

– Ah é... Eu amo café – se lembrou – Ei vamos logo se não a gente vai pegar muita fila – apressou a garota.

Os dois agilizaram o passo e depois de alguns segundos estavam quase correndo pelo corredor. Eles estavam virando o corredor até que avistaram duas figuras masculinas vindo na direção deles.

– Reed parece que você está fugindo de mim – falou Ted Tonks fingindo estar ressentido.

– TED! – berrou a garota pulando no garoto e o abraçando.

– Não vai me dar nem um beijinho Reed? – questionou outra voz.

Ela se virou e percebeu com quem Ted estava caminhando.

– Morra Diggory – retrucou a loira desdenhosa.

– Você sabe que me ama – gozou ele.

– Claro que eu te amo, por isso eu não falo mais com você nem te dou atenção – sorriu mostrando todos os dentes – Agora pare de falar, você cansa a minha beleza.

Os dois continuaram a se alfinetar cada vez mais. E Gray estava lá parado sem entender nada só observando o comportamento dos dois.

– A propósito esse é o Gray Beaumont – disse Reed de repente quando não tinha mais o que falar.

– Ah o francês – disse Amus parecendo se lembrar do loiro.

– Não o jamaicano – retrucou a loira irritada – Com licença, eu preciso de um café.

Deu um beijo estalado na bochecha de Ted e puxou Beaumont pelo braço, claro que antes ela mostrou o dedo do meio para Amus.

Os dois franceses continuaram a andar pelo corredor até que Gray perguntou:

– Você já ficou com o Ted?

– Não que eu me lembre – respondeu – Humm talvez em alguma festa que eu estava alta, mas não quando eu estava consciente.

Eles continuaram andando.

– E o Diggory?

Ela fingiu que não ouviu e começou a andar mais rápido.

19h 40min – Casa das Evans

Reed, James, Sirius, Anne, Peter e Remus chegaram um pouco atrasados na casa de Lily para a despedida da Mary.

– Vocês têm certeza que querem mesmo fazer isso? – questionou Remus pela quinquagésima quinta vez.

– Sim Remie pela quinquagésima quinta vez – respondeu Anne cansada.

– Peter está com o pen drive? – perguntou Sirius.

– Aqui no bolso – replicou Peter batendo no bolso perto da bunda da calça.

Reed e Anne usavam o mesmo modelo de vestido, um tomara que caia preto e salto prateado. E os garotos usavam polo e calça social.

James tocou a campainha e Lily veio recepcioná-los.

– Oi – cumprimentou e deu um beijinho em James.

A ruiva trajava uma camiseta branca com uma saia de cintura alta e o cabelo estava preso em um estiloso coque.

- Onde está a Lene? – perguntou Sirius sorrindo maliciosamente.

– Ela me ligou falando que estava doente – respondeu Frank aparecendo ao lado da ruiva.

– Vão entrando – falou a Lily dando espaço para eles passarem pela porta.

– Você já esteve aqui James? – perguntou Anne baixinho.

– Humm não - Respondeu.

A casa estava super decorada, misturando vários estilos: retro, moderno, vintage, etc.

– E onde está a Mary? Afinal a festa é para ela! – perguntou Reed soando animada.

– Ela está lá na sala – respondeu Lily indicando o caminho.

A casa estava cheia de gente de várias casas, maioria do primeiro ano. A música tocava alta e algumas pessoas dançavam enquanto outras bebiam e conversavam.

– Mary querida! – exclamaram Reed e Anne falsamente indo abraçar a morena.

– Garotas que bom vê-las por aqui – falou em um tom meio desconfiado – Não sabia que vocês viriam.

– Claro que vínhamos, afinal é a ultima festa com você não é Mary? – falou Reed apertando uma das bochechas da garota.

A morena deu um sorrisinho e foi conversar com algumas garotas da Corvinal.

– Bom, vocês sabem o que fazer não é? – questionou Sirius para as duas – Agora se divirtam.

Os amigos assentiram e foram caindo na festa.

22h – Sala das Evans

Sirius que estava dançando com James e Anne fez um sinal para Peter que estava perto das bebidas.

Wormtail pegou um copo de Ponche e foi andando pelas pessoas até chegar perto de Mary e “sem querer” tropeçar no próprio pé e jogar todo o conteúdo do copo no vestido dela.

– PETER! – berrou a garota olhando para o vestido branco totalmente encharcado.

– Humm eu acho melhor você ir secar... Se não vai ficar transparente – aconselhou Jane Parker, uma garota da Corvinal.

– Grrrrr – resmungou olhando feio para Peter.

Ela subiu as escadas para ir usar o banheiro de Lily. A deixa de Reed.

Sirius apontou para Mary e Reed já sabia o que fazer, foi atrás da morena.

22h 05min – Banheiro

Mary passava uma toalha molhada no vestido para ver se conseguia tirar a mancha enorme que estava lá. A garota estava de costas para a porta, olhando para o espelho enquanto tirava a mancha.

Ela ouviu a porta fechando e a chave sendo passada então se virou rapidamente.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou Mary sem entender nada – Eu nunca pensei que você viria para um banheiro me estuprar.

– Eu com certeza não vou estuprar você com esse corpinho - respondeu com uma voz zombeteira – Eu vim aqui para acertar as contas.

– O que você está falando? Você tá louca Reed ou bebeu de mais? – questionou a morena continuando a não entender nada.

– Mary, Mary, Mary você não tem noção do quão ferrada você está – disse a loira devagar, porque ela achava que soava igual a uma assassina.

– Você quer que eu repita a pergunta ou já deu pra entender que eu faço à mínima ideia do que você está falando – disse Mary levemente irritada.

Reed que estava de pé resolveu se sentar na beirada da banheira para ficar mais confortável.

– Há quanto tempo você vem enganando a Lily? – perguntou Delamare olhando atentamente para a outra garota.

– O que você quer dizer?

– Ah vamos Mary você não me engana. Eu sei que você não é a pequena e inocente Mary. Quando você disse que foi “pegar um ar” no brunch você quis dizer ligar para a Natasha e falar mal dos amigos da Lily não é?

Mary parecia estar petrificada. A morena não sabia o que fazer, se gritava, ameaçava ou negava. Preferiu o silêncio.

– Da próxima vez que for falar mal de alguém, certifique-se de estar há um raio de 500 metros dela ok? Mas agora vamos ao que interessa. Eu não gostei nem um pouquinho da advertência, de você ficar com o Gray, de você falar mal de mim e dos meus amigos e bom, você me enche a paciência então outro motivo para eu não gostar de você.

– Então você não gostou de eu ter ficado com o Gray... Afinal você gosta dele certo?

– Claro que não. Só que aquele retardado podia ter achado alguém melhor para humm se distrair. Voltando aos negócios, precisamos decidir o que fazer com você.

– E o que você vai fazer? Você não pode provar nada – Mary falou tentando achar uma escapatória.

– É aí que você se engana meu bem. O seu vídeo no brunch está sendo passado lá embaixo na festa, e para refrescar a sua memória, você está criticando o estilo de vida de todos os alunos de Hogwarts e vamos dizer que 60 deles estejam lá embaixo assistindo o vídeo... Humm muita gente brava não? – contou Reed o que estava acontecendo enquanto as duas estavam trancadas no banheiro.

– Não isso não é verdade... Reed não tem graça brincar com essas coisas!

– Pra sua sorte, o James tirou a Lily da festa para ela não ter que ver o vídeo. Ela não merece ver aquele vídeo – falou a loira esperando a reação de McDonald.

A garota parecia meio aliviada ao saber que Lily não estava assistindo, mas ainda sim nervosa por um monte de gente estar vendo ela praticamente falar mal deles, já que quando ela mencionou a rotina festeira não citou nomes.

– O que você quer? – questionou Mary finalmente.

Reed sorriu e se levantou, estava preparada para mandar a real:

– Eu quero que você pegue o ônibus, trem, metrô, avião para voltar o mais rápido possível para Amwell e suma da minha vida o quanto antes você conseguir, porque senão a Lily vai ver esse vídeo também e as coisas vão ficar piores para você do que já estão.

A garota assentiu, pelo menos ela deveria prezar a amizade que tinha com Lily.

– Ah e outra coisa, você admite ter mesmo falado mal de todos nós certo? Você armou para cima da gente não é?

Mary olhou para ela sem entender, já estava meio óbvio que sim, mas mesmo assim respondeu:

– Humm sim...

Delamare deu outro sorrisinho de satisfação e acrescentou:

– Ótimo era só isso, agora isso daqui – pegou um aparelhinho preto que estava colado nas costas do vestido – Vai ser também apresentado.

– G-gravador? – perguntou gaguejando.

– Isso aí. Quando for mexer com as pessoas de novo, saiba exatamente com quem está mexendo, você sabe quem brinca com fogo saí queimado.

Ela apertou um botãozinho no gravador parando a gravação, abriu a porta com a chave e antes de sair falou uma última coisa.

– Sabe Mary, a Lily prefere ver o que as pessoas têm de melhor. Mas eu prefiro ver a verdade.

E comi isso foi embora para dar a gravação á Sirius que apresentava o vídeo.

Mary tremia se apoiando na pia sem saber o que fazer.

22h 29min – Sala das Evans

– E agora meus queridos colegas de Hogwarts, mais uma revelação fresquinha sobre a Mary – anunciou Sirius para os Hogwartianos que assistiram com atenção o último vídeo, agora todos fofocavam/debochavam/xingavam Mary.

Six colocou o áudio para rodar e enquanto os colegas ouviam foi falar com os seus comparsas no plano.

– Exclusão social da Mary, completa – e Anne fez um “certo” no ar.

– Só quero ver como ela vai conseguir fugir de tanta gente – comentou Sirius.

– O mais interessante, é que as pessoas acham que a Mary estava falando sobre todas elas – falou Remus – Já passou pela cabeça deles que a Mary nem conversava com eles então não tinha o que falar mal.

– Isso só comprava um fato – disse Reed.

– Qual? – perguntaram os amigos.

– Os Hogwartianos são muuuuuuuito vingativos – concluiu Reed e logo depois berrou – OLHA LÁ A MARY FUGINDO PELA PORTA!

Todo o pessoal que estava na festa se virou e viu Mary tentando escapar pela porta da frente.

– ATRÁS DELA – berrou uma garota da Lufa-Lufa.

E uma multidão de garotas e garotos se juntaram a perseguição.

– Ei nós poderíamos vender camisetas e bótons escritos “CAÇA A MARY” – sugeriu Gideon surgindo do nada.

– Boa ideia, junto com bonés especiais e uma boneca de voodu da Mary. Tudo por um pacote de $9,99 – concordou Fabian fazendo propaganda.

Os outros Grifinórios riram dos gêmeos que continuavam com os seus planos de expandir uma loja de “CAÇA A MARY”.

07h 50min, quarta-feira, 29 de outubro – Estacionamento de Hogwarts

– Ué Lily cadê a Mary? – perguntou Sirius como se não quisesse nada.

– Ah ela não vai vir hoje, ela ficou em casa acho que está passando mal – respondeu Lily.

Sirius, Remus, Anne, James, Reed e Peter deram um sorriso cúmplice.

– E sabe o que é mais estranho? A gente fez a festa de despedida ontem e hoje de manhã mesmo a Mary disse que vai ter que antecipar a volta dela e vai tentar achar um trem para amanhã.

– Sinistro – concordaram os amigos ainda sorrindo.

14h, quinta-feira, 30 de outubro – Estação King Cross

James, Sirius, Anne, Gray, Reed, Peter, Remus, Marlene, Frank, Fabian, Gideon e Jason estavam lá na estação com Lily sua irmã e mãe para se despedir de Mary que misteriosamente teve que antecipar sua viagem.

– Own gente vou sentir muitas saudades de vocês! – falou Mary toda melosa – Nunca vou me esquecer de vocês nem dos momentos que passamos juntos.

Todos sorriram falsamente para a garota. Ela foi abraçando cada um de uma vez.

– Se você voltar eu te espanco – sussurrou Anne fazendo a garota tremer.

– Fica longe da Lily – sussurrou James.

– Aprende onde é o seu lugar – sussurrou Reed.

– As ta la vista – sussurrou Sirius com um sotaque (falso) mexicano.

A morena ainda abraçou Lisa e Petúnia.

– Querida volte mais vezes – pediu Lisa com lágrimas nos olhos.

– Au revoir – despediu-se Petúnia com um horrível sotaque francês que fez Reed e Gray rirem.

Mary embarcou no trem das 14h05min e deixou (finalmente) Londres.

17h 36min – Beco Diagonal

Lily havia aceitado ir às compras com Lisa, já que a mãe não tinha mais companhia já que Mary havia voltado para Amwell. As duas passeavam no Beco Diagonal lotada de sacolas, a mãe insistira em comprar um monte de roupas para a filha já que havia se saído tão bem em Hogwarts.

– Filha aquele não é o James? – perguntou Lisa apontando para a direita.

James estava sentado em uma mesa na Sorveteria do Florean com uma garota com longos cabelos castanhos e o pior de tudo, eles estavam se beijando.

– Lily tenho certeza que é um mal entendido, o James não faria uma coisa dessas... – Lisa começou a falar e não parava mais.

– Não tem problema mãe, a gente combinou desse jeito.

E as lágrimas começaram a rolar no rosto da ruiva.

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